Brasil

Aneel aciona bandeira vermelha 2 para o mês de junho

 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na noite desta sexta-feira (28) que a bandeira vermelha, no patamar 2, será acionada no mês de junho. Isso representa um custo de R$  A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,06243 para cada quilowatt-hora kWh consumido, fazendo com que as contas de luz fiquem mais caras. 

 

Segundo nota da Aneel, o mês de maio foi o primeiro da estação seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN) e registrou “condições hidrológicas desfavoráveis”. Nesta sexta-feira, o Sistema Nacional de Meteorologia emitiu um alerta conjunto de emergência hídrica para a área da Bacia do Paraná, que abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

 

O mês de junho vai começar com os principais reservatórios do SIN em níveis mais baixos do que o ideal para esta época do ano, o que tende a significar redução da geração de energia por hidrelétricas e o aumento da geração por termelétricas, o que encarece o custo da produção.

 

“Essa conjuntura pressiona os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto de prazo (PLD), levando à necessidade de acionamento do patamar 2 da Bandeira Vermelha. O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada”, informa a nota.

 

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel e sinaliza o custo real da energia gerada. Segundo a agência, a as cores verde, amarelo e vermelho (nos patamares 1 e 2) indicam ao consumidor se a energia custará mais ou menos em função do custo da geração e possibilitará que ele tome medidas para economizar no consumo ou efetuar um consumo mais consciente.

 

Em seu site, a Aneel dá dicas de como economizar energia, como tomar banhos mais curtos, usando o chuveiro na potência morna, deixar a porta da geladeira aberta apenas o tempo necessário e não colocar alimentos quentes dentro dela, juntar roupas para passar de um só vez e retirar aparelhos da tomada quando possível.

 

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Comitê do governo emite alerta de ‘risco hídrico’ e tenta evitar racionamento de energia

 

O governo federal emitiu pela primeira vez um alerta de “risco hídrico” e abriu caminho para que sejam tomadas medidas que evitem um racionamento de energia até outubro, período de poucas chuvas e de seca mais severa na região sudeste e centro-oeste. O alerta de “risco hídrico” foi emitido nesta quinta-feira (27) pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.

 

O Serviço Nacional de Meteorologia emitiu um alerta de emergência hídrica até setembro para a bacia do Paraná, que afeta as regiões Sudeste e Centro Oeste. As medidas abrem caminho para a Agência Nacional de Águas (ANA) determinar, já nos próximos dias, a redução da vazão dos reservatórios de hidrelétricas.

 

O movimento se dá pelo baixo volume de chuvas dos últimos meses. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema elétrico (ONS), o volume de chuvas foi ainda menor que o normal para o mês de maio – e deve se agravar nos próximos meses. Segundo especialistas do setor, há risco real de cortes no fornecimento de energia entre setembro e outubro, já que as chuvas só devem normalizar a partir de novembro.

 

Com a perspectiva de menos chuva e de seca ainda mais severa nas regiões centro-oeste e sudeste do país, o governo criou um comitê de crise para tratar do assunto. Na reunião do comitê nesta quinta (27) integrantes do governo afirmaram que medidas de racionalização do consumo de energia já deveriam estar em marcha. Entre elas, retomar a bandeira vermelha na conta de energia elétrica dos consumidores.

 

A medida esbarra nas esferas políticas do governo, que temem o efeito dela na inflação que já pressiona a população de mais baixa renda. Por outro lado, o risco de um racionamento ocorrer no segundo semestre é cada vez mais alto.

 

Segundo Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura, desde fevereiro o governo já deveria ter atuado para diminuir o consumo de energia no país, com medidas como a bandeira vermelha e reajuste no valor-referência para preços no mercado livre de energia. “A matriz elétrica é muito refém do clima, em parte por falta de planejamento”, diz Pires, que avalia que desde 2009 o Brasil falha no planejamento e em medidas que possam garantir segurança energética ao país.

 

Se o crescimento da economia tomar fôlego no segundo semestre, alerta Pires, a situação pode ser ainda mais grave. Um efeito imediato da redução da vazão dos reservatórios no país seria a inviabilização de rotas como a da hidrovia Tietê-Paraná, que atualmente escoa boa parte da produção de grãos do país. A medida afeta ainda a utilização de água para irrigação.

 

POR BLOG DA ANA FLOR/G1

 

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Carteira de Trabalho Digital registra mais de 344 milhões de acessos

 

A Carteira de Trabalho e Previdência Social Digital é o aplicativo mais baixado no portal gov.br. A solução tecnológica foi desenvolvida pela Dataprev, Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência, para a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho.

 

Foram mais de 344 milhões de acessos desde sua criação em 2017, sendo 270 milhões apenas em 2020. Esse aumento expressivo de usuários se deve à crise sanitária da Covid-19.

 

A partir de 2019, o documento digital passou a equivaler à carteira de trabalho física, o caderninho azul tão conhecido pelos brasileiros.

 

Com a carteira digital, todas as experiências profissionais ficam disponíveis para o trabalhador e o empregador, de maneira rápida e simples.

 

Pela carteira de trabalho digital, o trabalhador pode consultar dados sobre contratos de trabalho antigos e atuais, solicitar o seguro-desemprego e, ainda, acompanhar o andamento da concessão de benefícios como o abono salarial e o Bem, Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

 

A Carteira de Trabalho e Previdência Social Digital pode ser obtida pelo celular ou pelo computador.

 

No celular, é só baixar o aplicativo, que está disponível tanto para quem usa o sistema Android quanto o iOS. Pelo app, o trabalhador pode inclusive receber notificações sobre as movimentações em seu contrato de trabalho.

 

Pelo computador, o usuário deve acessar o portal gov.br e buscar por Carteira de Trabalho Digital. Os comandos, na sequência, são: Solicitar e Quero Me Cadastrar. Depois, basta ir preenchendo os campos pedidos. Se aparecer uma mensagem de que a pessoa já tem cadastro, basta voltar para a tela da senha de acesso e seguir as orientações da opção Já Tenho Cadastro.

 

A carteira digital está disponível para quem quiser a versão, mas o trabalhador pode obter a Carteira de Trabalho em papel se quiser.

 

Para isso, basta enviar o pedido para o seguinte endereço de e-mail: trabalho, ponto, seguido da sigla da unidade da Federação onde mora o trabalhador, arroba, economia.gov.br (trabalho.uf@economia.gov.br).

 

Já para quem baixar o aplicativo da carteira digital, mesmo ela contendo as informações sobre os contratos de trabalho anteriores, vale guardar a versão impressa antiga para consulta dos dados.

 

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Brasileiros já pagaram mais de R$ 1 trilhão em impostos este ano

 

Os brasileiros já pagaram R$ 1 trilhão em tributos arrecadados desde o 1º dia do ano de 2021 pelos governos federal, estaduais e municipais, de acordo com o que registra o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Essa marca foi atingida às 7h53 de hoje (19). Entraram na conta impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária.

 

Segundo as informações da ACSP, no ano passado esse valor foi superado no dia 27 de junho e em 2019, em 24 de maio. “O índice, portanto, aponta que os contribuintes brasileiros devem pagar mais dinheiro para os cofres públicos neste ano do que pagaram em 2020 e, até mesmo, em 2019, época sem pandemia”.

 

De acordo com a análise da ACSP, o aumento da inflação no período, comparada com as elevações de preços de produtos registradas anteriormente, a desvalorização do real frente ao dólar e o crescimento da economia em alguns setores como os relacionados ao aumento das importações, à indústria, à saúde, aos grandes varejistas e ao comércio considerado não essencial foram os fatores que contribuíram para essa marca. Também determinaram esse valor o aumento das compras online e pedidos de delivery.

 

Segundo o economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, várias prestações de serviços e o comércio estão sendo muito afetados na pandemia, mas atividades que geram muitos impostos também cresceram bastante. “Alguns exemplos são as exportações, que estão em alta, e o montante das vendas em supermercados que, além de estar muito elevado, ainda proporciona maior arrecadação por conta dos preços dos produtos que vêm subindo”.

 

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, de 2016 a 2019, os brasileiros tiveram de trabalhar 153 dias para pagar impostos. No ano passado, foram 151.

 

O Impostômetro foi implantado em 2005 pela ACSP para conscientizar os brasileiros sobre a alta carga tributária e incentivá-los a cobrar os governos por serviços públicos de mais qualidade. Está localizado na sede da entidade, na região central da capital paulista.

 

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Polícia investiga se MC Kevin pulou da sacada de hotel para a piscina

 

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte do funkeiro Kevin Nascimento Bueno, de 23 anos, conhecido como MC Kevin. Ele teria tentado pular da varanda do quarto para a piscina e teria batido com a cabeça na borda dessa piscina, segundo informações obtidas pelo G1.

 

O cantor morreu na noite desse domingo (16/5) depois de cair do 5º andar de um hotel na orla da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. Inicialmente, a informação era de que ele havia caído do 11º andar.

 

A esposa de MC Kevin, a advogada Deolane Bezerra, amigos e a equipe que trabalhava com o funkeiro prestaram depoimento na madrugada desta segunda-feira (17/5) na 16ª DP (Barra da Tijuca), que investiga o caso.

 

A morte do artista foi confirmada por agentes policiais. Kevin, que deu entrada no hospital em estado gravíssimo, sofreu duas paradas cardiorrespiratórias e não resistiu.

 

Testemunhas informaram que Kevin, que estava acompanhado da namorada, Deolane Bezerra, havia sido socorrido por uma ambulância e levado ao Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea.

 

Após ele dar entrada no centro médico, antes da confirmação da morte, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o estado de saúde do músico era preocupante: “O paciente Kevin Bueno deu entrada no Hospital Municipal Miguel Couto e seu estado de saúde é considerado muito grave”.

 

Por volta das 21h50, a Secretaria de Saúde confirmou a morte ao Metrópoles. “Infelizmente, o paciente Kevin Bueno não resistiu e faleceu”, afirmou a pasta, em nota.

 

No sábado (15/5), o funkeiro se apresentou em uma festa e compartilhou momentos do show.

 

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Pior seca da história encarecerá conta de luz o ano todo, avalia setor elétrico

 

Após a pior seca da história, os reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste terminam o período de chuvas no menor nível desde 2015 e a expectativa é que, como naquele ano, o consumidor seja chamado a cobrir o custo adicional de geração por térmicas até o fim do ano. É o que informa reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

 

Segundo a publicação, a situação é tão crítica que a avaliação de executivos é a de que, não fosse a queda de demanda provocada pela pandemia, o país correria o risco de racionamento já em 2020. E alertam para o risco de que a oferta de energia se torne gargalo à retomada econômica caso a seca persista no próximo verão.

 

De acordo com a Folha, o CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) autorizou na semana passada o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) a utilizar todos os recursos disponíveis para poupar água nos reservatórios das hidrelétricas, “sem limitação nos montantes e preços associados”.

 

Nesta segunda-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores que o problema é sério e vai dar “dor de cabeça”. “Só avisando, a maior crise que se tem notícia hoje. Demos mais um azar, né? E a chuva geralmente (cai) até março, agora já está na fase que não tem chuva.”

 

Desde 2015, a Aneel antecipa parte dos custos das térmicas por meio da cobrança mensal de bandeiras tarifárias sobre a conta de luz. Em maio, já com as perspectivas negativas para o ano, foi acionada a bandeira vermelha nível 1, que acrescenta R$ 4,17 para cada 100 kWh consumidos.

 

Considerados a principal caixa d’água do setor elétrico brasileiro, os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste fecharam esta segunda com 33,7% de sua capacidade de armazenamento de energia, ainda conforme a Folha.

 

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Mandetta: Governo Bolsonaro não queria fazer campanha de orientação sobre Covid-19

 

Luiz Henrique Mandetta, primeiro ministro da Saúde no governo de Jair Bolsonaro (sem partido) a enfrentar a pandemia do novo coronavírus, afirmou nesta terça-feira (4) que não havia interesse por parte do governo federal de fazer uma campanha oficial de orientação sobre a doença.

 

“Aquelas entrevistas [diárias] só existiam porque não havia o normal quando se tem uma doença infecciosa: você ter uma campanha institucional, como foi [feito], por exemplo, com a Aids – havia uma campanha em que se falava como pega e orientava as pessoas a usarem preservativos”, disse Mandetta, em depoimento na CPI da Pandemia.

 

“Não havia como fazer uma campanha [sobre Covid-19], não queriam fazer uma campanha oficial. Então, havia necessidade de manter a questão das informações”, completou.

 

O ministro relatou ainda que foram feitos pedidos para que os comunicados emitidos pela pasta incluíssem, também, dados positivos como o número de curados e não apenas os números de casos e mortes – ele não detalhou quem foram responsáveis por esses pedidos.

 

“Mas, realmente, havia um pedido: ‘coloque o número, por que não coloca dos curados, está colocando só número [negativo]’. Passamos a colocar, se é uma informação, colocamos informação positiva. Mas não havia essa iniciativa de comunicação”, completou.

Orientação paralela

 

O ex-ministro disse acreditar que o presidente Bolsonaro foi orientado de forma paralela, ou seja, por pessoas de fora do Ministério da Saúde, em questões relacionadas com o combate à pandemia, incluindo a recomendação de uso da hidroxicloroquina.

 

“Eu testemunhei várias vezes reunião de ministro onde o filho do presidente, que é vereador no Rio de Janeiro, estava sentado atrás tomando notas. Eles tinham constantemente reuniões com grupos dentro da presidência”, declarou Mandetta, se referindo a Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

 

Ele relatou ter participado de uma reunião com outros membros do governo em que foi apresentado, por exemplo, um rascunho de decreto presidencial cujo objetivo seria alterar a bula da cloroquina para recomendar o uso do medicamento em pacientes com Covid-19 – apesar de não haver evidências científicas de sua eficácia.

 

“O ministro da Saúde é convocado pelo presidente para conversar, é chamado para prestar suas explicações. Estive dentro do Planalto quando fui informado que era para subir para o 3º andar porque tinha uma reunião de vários ministros e médicos que iam propor esse negócio de cloroquina – que nunca eu havia conhecido”, afirmou.

 

“Quer dizer, ele [presidente] tinha um assessoramento paralelo. Nesse dia, havia sobre a mesa, por exemplo, um papel não timbrando de um decreto presidencial para que fosse sugerido daquela reunião que se mudasse a bula da cloroquina na [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] Anvisa, colocando na bula a indicação para coronavírus”, continuou.

 

Mandetta afirmou que a ideia foi barrada pelo diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, que também participou do encontro – e que será ouvido pela CPI da pandemia na quinta-feira (6).

 

“O ministro Jorge Ramos [então ministro-chefe da Secretaria de Governo] falou que era só uma sugestão. Mas era uma sugestão de alguém. Alguém pensou, se deu ao trabalho de colocar aquilo no formato de decreto.”

 

Dessa forma, Mandetta disse aos senadores imaginar que o presidente construiu, por fora do Ministério, “alguns aconselhamentos que o levaram para essas tomadas de decisão”. Ele ressaltou, porém, não saberia nomear quem seriam essas pessoas ouvidas por Bolsonaro.

 

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Ator Paulo Gustavo morre de covid-19

 

O ator Paulo Gustavo, de 42 anos, morreu ontem (4) vítima de complicações causadas pela covid-19. Ele estava internado desde 13 de março no Hospital Copa Star, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro.

 

O estado de saúde piorou desde domingo (2). Na tarde desta terça-feira, a família do ator divulgou uma nota classificando o quadro clínico do ator como “irreversível”. A informação foi divulgada na conta oficial do Twiter do comediante. Segundo a nota, desde o último domingo o quadro do ator vinha se deteriorando.

 

“Internado desde 13 de março, no Rio de Janeiro, com quadro de covid-19, Paulo Gustavo permanece no Serviço de Terapia Intensiva. A equipe médica acaba de emitir, novo boletim: Após a constatação da embolia gasosa disseminada ocorrida no último domingo, em decorrência de fístula brônquio-venosa, o estado de saúde do paciente vem deteriorando de forma importante. Apesar da irreversibilidade do quadro, o paciente ainda se encontra com sinais vitais presentes”.

 

Na mesma nota, a família do ator agradece o carinho dos fãs e admiradores e pede orações a Paulo Gustavo e às demais pessoas acometidas pela covid-19.

 

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Maior leilão da história trará o 5G ao Brasil

 

Muito mais do que uma internet mais rápida, a tecnologia 5G, que deverá chegar ao Brasil até o fim do ano, irá revolucionar toda a sociedade e os meios produtivos. “Não se trata de mais um G e sim de um guarda-chuva que envolve e potencializa outras tecnologias”, afirma o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Leonardo Euler de Moraes, em entrevista ao programa Brasil em Pauta que vai ao ar neste domingo (2), às 19h30, na TV Brasil.

 

De acordo com Moraes, a tecnologia 5G será a catalisadora de outras tecnologias como a Internet das Coisas, inteligência artificial, robótica, inteligência mista e aumentada. Tudo graças à sua baixa  latência, que é o tempo que os dados demoram para trafegar. “No caso do 5G, esse tempo é menor do que um piscar de olhos”.

 

O edital do leilão 5G está no Tribunal de Contas da União (TCU) para análise e deve ser lançado até o fim deste ano. “Vamos liberar a outorga do direito de uso da frequência, que são essas vias por onde os sinais trafegam”, diz o presidente da Anatel.

 

Segundo ele, esse não será um leilão arrecadatório. Isso porque além da implantação do 5G, as empresas terão compromissos de investimentos como a cobertura de internet em estradas brasileiras e em localidades que ainda não contam com internet nenhuma. “Espera-se que, em 20 anos, sejam de mais de  R$ 40 bilhões em investimentos”, diz.

 

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Manifestantes jogam ovo em comitiva de Bolsonaro em SP

 

A comitiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi hostilizada durante uma manifestação em frente ao prédio da Bolsa de Valores em São Paulo, nesta sexta-feira (30/4). Na entrada do prédio, onde acontece o leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), grupos jogaram ovos nos integrantes da comitiva.

 

Um ovo chegou atingir uma pessoa. Por pouco os deputados Hélio Lopes (PSL-RJ) e Carla Zambelli (PSL-SP) não foram acertados. As imagens foram captadas pela TV Globo.

 

Centenas de manifestantes ligados ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) fizeram o ato contra a política do governo federal frente à pandemia do coronavírus. Gritos de ‘fascista’ e placas mencionando as 400 mil mortes em decorrência da COVID-19 puderam ser ouvidos e vistos.

 

De acordo com a nota do MTST, se por um lado, “Bolsonaro segue ignorando a letalidade da doença, incentivando o não uso de medidas de proteção como a máscara e tentando atrapalhar como pode a CPI da Covid-19, por outro, está lado a lado com os magnatas do mercado a fim de passar toda a boiada de privatizações, destruição completa das leis trabalhistas e da Previdência Social”.

 

Na hora do almoço, Bolsonaro se encontrou com empresárias no Palácio Tangará, na Zona Sul da capital.

 

O Povo

 

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Marco Aurélio manda o Governo fazer o censo 2021

 

A União tem o dever constitucional de organizar e manter os serviços oficiais de estatística e geografia de alcance nacional. Dessa forma, o ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, determinou, em decisão monocrática, que o governo federal e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) adotem medidas para efetuar o censo demográfico.

 

O orçamento de 2021, aprovado na última semana, não separou recursos para o censo, e o governo informou que ele não seria feito neste ano. A pesquisa, produzida a cada dez anos, era prevista para 2020, mas já havia sido adiada devido à crise de Covid-19.

 

O governo do Maranhão ajuizou ação pedindo a alocação imediata de recursos para o censo. Segundo o Estado, a falta de pesquisa demográfica violaria o direito à informação e poderia dificultar a execução de políticas públicas.

 

O decano do Supremo destacou que os dados do IBGE permitem a análise do território nacional e o mapeamento das condições socioeconômicas da população. “Como combater desigualdades, instituir programas de transferência de renda, construir escolas e hospitais sem prévio conhecimento das necessidades locais?”, questionou o relator. Segundo Marco Aurélio, cabe ao STF impedir a omissão dos réus.

 

(Clique aqui para ler a decisão).

 

POR CONJUR

 

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Geração Ostentação: Fausto Silva apresenta Domingão com relógio avaliado em R$ 6 milhões

 

Colecionador de relógios de grifes, o apresentador Fausto Silva constantemente chama atenção pelos modelos diferenciados que utiliza para apresentar o ‘Domingão do Faustão’, porém a peça escolhida pelo veterano no último domingo (25) fez os olhos do público crescer por um outro motivo, o valor salgado.

 

De acordo com o colunista Leo Dias, do site ‘Metrópoles’, o modelo Roger Dubuis Excalibur Quatuor escolhido por Fausto faz parte de uma edição limitada com apenas três peças espalhadas pelo mundo.

 

A exclusividade faz com que o relógio seja avaliado em 1,1 milhão de dólares, o equivalente a R$ 6 milhões.

 

A peça feita de silício possui quatro turbilhoes espelhados pelo mostrador, traduzido para quem não é especialista, isso faz com que a frequência do relógio seja multiplicada por quatro.

 

O gosto por relógios passou de pai para filho. João Silva, de 17 anos, herdou o gosto do apresentador e já apareceu usando um modelo de mais de um milhão de reais nas redes sociais.

 

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Misericórdia: recém-nascida é encontrada em caixa de papelão com carta dos possíveis pais

 

Uma bebê recém-nascida foi encontrada em uma caixa de papelão, na manhã deste sábado (24), no bairro Paripe, em Salvador (BA). De acordo com a Polícia Militar, ela foi encontrada por um homem que coleta materiais de reciclagem. Com ela, havia um bilhete dos possíveis pais. As informações são do G1.

 

O bebê foi resgatado pela PM em frente a um estabelecimento comercial de transportes coletivos, após terem sido acionados pelo catador.

 

Na mensagem deixada junto com a caixa, a criança é chamada pelo nome de Sophia, e os autores comentam sobre as dificuldades que passam em casa para comer, e que não possuem condições financeiras e psicológicas para cuidar da criança.

 

“Peço que cuidem muito bem da minha pequena Sophia e que ela cresça nos caminhos do Senhor. Saiba que nós te amamos, filha. Beijos de seu pai e de sua mãe”, escreveram.

 

Sophia foi encaminhada pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para a Maternidade Tsylla Balbino, para receber cuidados médicos. O caso foi registrado na 5ª Delegacia Territorial.

 

 

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Levy Fidelix zomba do lockdown e da vacina antes de morrer de Covid

 

Antes de falecer neste sábado (24), vítima da Covid-19, o político e eterno candidato Levy Fidelix (PRTB) debochou do lockdown, ao qual chamou de “loquidão” e também insinuou que a segunda onda da pandemia era uma mentira e citou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para justificar a sua postura contrária às medidas sanitárias de combate ao coronavírus.

 

“O nosso presidente Jair Bolsonaro avisou isso daí, em março era questão de não fechar. Todo mundo fica em casa com medo, feito rato. E esse vacinão? Esse vacinão chinês? Olha gente, não é obrigado (a se vacinar)”, disse Levy Fidelix.

 

Levy Fidelix, o “homem do aerotrem” e dono do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), que abriga o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, morreu na noite desta sexta-feira (23), aos 69 anos, vítima de complicações da Covid-19.

 

“É com profunda dor e pesar que o PRTB, por sua diretoria, comunica o falecimento do nosso Líder, Fundador e Presidente Nacional Levy Fidelix, ocorrida nesta data na cidade de São Paulo. Descanse em paz homem do Aerotrem”, diz o tuite publicado no perfil oficial do político às 2h10 deste sábado (24).

 

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Educação é a área mais atingida pelos cortes orçamentários de Bolsonaro

 

A Educação é a área mais atingida pelos cortes orçamentários do presidente Jair Bolsonaro, conforme o decreto nº 10.686, assinado ontem e publicado hoje (23). O Ministério da Educação teve R$ 2,7 bilhões bloqueados, o equivalente a 30% do total bloqueado, que corresponde a R$ 9,2 bilhões. E teve R$ 2,2 bilhões vetados. Ao todo, quase R$ 5 bilhões a menos.

 

Ao contário dos recursos vetados, os bloqueados até podem vir a ser liberados ao longo do ano. Mas isso se houver uma “folga” dentro do teto de gastos. E os órgãos com orçamento bloqueado têm sete dias para detalhar quais rubricas serão enquadradas. Segundo o decreto de Bolsonaro, o bloqueio engloba despesas primárias discricionárias, aquelas não obrigatórias.

Defensores da educação?

 

“Mais uma vez a Educação é a área que mais sofre cortes com a seção da Lei Orçamentária de 2021. E ainda querem se dizer defensores da educação como serviço ‘essencial’. Bolsonaro é genocida e inimigo da Educação”, afirmou a União Nacional dos Estudantes (UNE) por meio de suas redes sociais.

 

Para a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), a médida é absurda e um alerta de retrocessos. “Além dos cortes de 18% no Orçamento, o Ministério da Educação terá mais 2 bilhões de contingenciamento ordenado pela dupla Bolsonaro/Guedes. É um absurdo! Vamos à luta contra o apagão da Educação e da Ciência”.

 

Em entrevista ao Congresso em Pauta, a coordenadora geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda, disse que os vetos e bloqueios só dificultarão a volta segura às escolas.

 

“Isso mostra mais ainda como é totalmente incoerente a aprovação do Projeto de Lei (PL) 5.595/2020, porque sequer temos orçamento público para garantir escolas seguras. Para garantir salários, obras de infraestrutura para retorno seguro e para alimentação escolar, por exemplo, precisávamos de um orçamento de R$ 181,4 bilhões”, afirma.

Fiocruz

 

Embora tenha sido poupado do contingenciamento, o Ministério da Saúde teve R$ 2,2 bilhões de seu orçamento vetados. Os programas que perderão recursos são a adequação de sistemas tecnológicos, ações de pesquisa e desenvolvimento, manutenção de serviços laboratoriais, assistência farmacêutica e até construções de sedes regionais da Fiocruz.

 

Entre os mais atingidos pelo bloqueio de despesas orçamentárias estão os ministérios do Desenvolvimento Regional, que perdeu R$ 827,2 milhões, da Infraestrutura (R$ 777,8 milhões), da Ciência, Tecnologia e Inovações (R$ 372,3 milhões) e da Cidadania, com R$ 322,103 milhões.

 

Já o que mais perdeu com veto é o Ministério do Desenvolvimento Regional. De um total de R$ 19,8 bilhões em gastos contingenciados por Bolsonaro, a pasta teve corte de R$ 8,6 bilhões, conforme órgão assessor do Senado.

Defesa e Meio Ambiente

 

O bloqueio do MEC é mais que o dobro daquele imposto ao Ministério da Defesa, que teve bloqueio de R$ 1,3 bilhão.

 

De todos os ministérios, apenas o da Saúde e do Meio Ambiente não tiveram verbas bloqueadas. A Saúde está excluída do teto de gastos por causa da pandemia de covid-19. Já a pasta de Ricardo Salles deve ter o orçamento dobrado nas áreas de fiscalização ambiental. Ontem, em discurso na Cúpula de Líderes do Clima, Bolsonaro afirmou que dobraria o recursos para este setor.

 

Rede Brasil Atual

 

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19 de Abril — Dia do Índio

 

Todo dia 19 de abril comemora-se no Brasil e em vários outros países do continente americano o Dia do Índio ou o Dia dos Povos Indígenas. Há outra data destinada à mesma finalidade, mas a nível internacional, que foi convencionalmente determinada pela ONU em 1995: trata-se do dia 09 de agosto. Entretanto, este texto tem o objetivo de esclarecer os motivos da escolha do dia 19 de abril como o Dia do Índio.

Por que 19 de abril é o Dia do Índio?

 

O 19 de abril remete ao dia em que delegados indígenas, representantes de várias etnias de países como o Chile e o México, reuniram-se, em 1940, no Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Essa reunião tinha o propósito de discutir várias pautas a respeito da situação dos povos indígenas após séculos de colonização e da construção dos Estados Nacionais nas Américas.

 

No início do século XX, havia um interesse muito grande por essas etnias, sobretudo com o desenvolvimento da etnologia, isto é, o ramo da antropologia que se dedica aos estudos das chamadas “culturas primitivas”. O esforço pela compreensão dos hábitos e da importância dos povos indígenas para história despertou a atenção também para o âmbito das políticas públicas que visassem à salvaguarda desses hábitos e costumes.

 

O Primeiro Congresso Indigenista Interamericano serviu como agenda programática para essas políticas públicas. Uma das decisões tomadas foi a escolha do dia em que ocorreu o congresso como o Dia do Índio. A partir do ano seguinte, vários países do continente americano passaram a incluir em seus calendários o 19 de abril como dia de homenagem aos povos nativos ou indígenas.

Por que celebrar o Dia do Índio?

 

celebração do Dia do Índio tem como propósito também a preservação da memória e a reflexão crítica nas universidades, escolas e demais instituições semelhantes sobre o passado da relação de dominação e conquista das civilizações europeias no continente americano.

Instituição do Dia do Índio no Brasil

 

No caso do Brasil, o Dia do Índio foi instituído via decreto-lei, em 1943, pelo então presidente Getúlio Vargas, que exercia o poder de forma autoritária no chamado Estado Novo. Veja o texto do decreto-lei:

 

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, e tendo em vista que o Primeira Congresso Indigenista Interamericano, reunido no México, em 1940, propôs aos países da América a adoção da data de 19 de abril para o “Dia do Índio”,

 

DECRETA:

 

Art. 1º É considerada – “Dia do Índio” – a data de 19 de abril.


Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário.

 

Rio de Janeiro, 2 de junho de 1943, 122º da Independência e 55º da República.”

 

GETÚLIO VARGAS

 

Vê-se que Vargas, bem como seu corpo de ministros, orientou-se diretamente pela resolução do Congresso Indigenista Interamericano. Havia também, no contexto do Estado Novo, a forte influência de sertanistas e estudiosos de comunidades indígenas, como o Marechal Cândido Rondon, que era também entusiasta do governo de Getúlio.

 

Por Me. Cláudio Fernandes

 

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Preço do botijão atinge recorde histórico e Congresso analisa programa social

 

A escalada do preço do gás de botijão em meio à crise econômica gerada pela pandemia reacendeu no Congresso o debate sobre políticas sociais para subsidiar o combustível à população de baixa renda, que vem apelando a lenha ou carvão para cozinhar suas refeições.

 

Em meados de fevereiro, o preço médio do botijão no país atingiu o maior valor desde que a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) começou a compilar os dados, em 2004. E, mesmo com a isenção de impostos anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro em março, o preço do produto não parou de subir.

 

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 14 milhões de domicílios brasileiros usavam lenha ou carvão para preparar alimentos em 2019, número equivalente ao do ano anterior e a cerca de 20% do total de domicílios do país.

 

A EPE (Empresa de Pesquisa Energética) estima que, já em 2018, combustíveis como lenha e carvão ultrapassaram a fatia do gás de cozinha na matriz energética residencial brasileira, tendência que, segundo especialistas, pode ter se acentuado na pandemia.

 

A estimativa é feita em toneladas de petróleo equivalente. Como lenha ou carvão têm poder calorífico bem menor ao do gás, é necessária uma quantidade bem maior desses combustíveis para obter o mesmo resultado na cozinha.

 

Além de poluidor e menos eficiente, o consumo de lenha ou carvão é prejudicial à saúde dos moradores da residência. Mas tem sido a única alternativa para famílias como a da estudante de serviço social Nadjane dos Santos, 27, de Salvador.

 

“Com três crianças, mais despesas com aluguel, água, energia, medicações para minhas filhas, internet móvel para estudar e manter contato com clientes, não tenho condições de comprar gás, senão a gente não come”, diz ela.

 

Nadjane trabalha como trançadeira de cabelos e vendedora ambulante de salgados, atividades que são parte do setor mais afetado pela pandemia, o de Serviços. Hoje, sobrevive com cerca de R$ 800 por mês, dos quais R$ 123 vêm do programa Bolsa Família.

 

Sem condições de gastar de R$ 80 a R$ 100 em um botijão de gás, ela improvisou um fogão com tijolos no quintal de casa e recolhe lenha nas redondezas, uma região pobre com cerca de 50 mil habitantes. Quando chove, apela para um fogareiro com álcool.

 

A escalada do preço do botijão ganhou força no fim de 2019, após o fim do subsídio cruzado dado pela Petrobras desde 2003, quando o governo Luiz Inácio Lula da Silva determinou que a empresa vendesse mais barato o gás envasado em botijões de 13 quilos.

 

A desvalorização cambial acrescentou outro ingrediente ao problema, pressionando ainda mais os preços nas refinarias, que seguem as cotações internacionais do petróleo e as variações do dólar.

 

Há dois meses, o preço médio do botijão ultrapassou pela primeira vez a barreira dos R$ 81. Na última semana, segundo a ANP, o produto era vendido a R$ 84, alta de 22% em relação ao valor vigente na semana em que o subsídio foi extinto, em 2019.
O cenário provocou uma enxurrada de projetos de lei sobre o tema no Congresso. Dos 28 textos hoje em tramitação, 12 foram apresentados e 2020 e 8, em 2021.

 

“A demanda da população de baixa renda é muito sensível a preço e a sua renda”, diz o pesquisador do Grupo de Economia da Energia da UFRJ, Marcelo Colomer. “Isso não só justifica como legitima a definição de políticas públicas”.

 

Os projetos no Congresso discutem três soluções principais: a criação de um programa social, a inclusão do botijão de gás na cesta básica e o tabelamento de preços, alternativa que enfrenta resistência do governo, da Petrobras e das empresas do setor.
Autor de um dos projetos, o deputado federal Christino Áureo (PP-RJ) avalia que a isenção concedida pelo governo em março é insuficiente e acaba subsidiando famílias que têm condições de comprar o botijão.

 

O desconto é de R$ 2,18 por botijão, o que representa uma renúncia fiscal de R$ 1,2 bilhão por ano. “Se destinarmos essa renúncia totalmente para o Bolsa Família, daria um desconto de até R$ 30 por botijão”, defende.

 

Seu projeto prevê o uso do cartão do Bolsa Família para direcionar o subsídio. O valor destinado ao botijão de gás só poderia ser usado em estabelecimentos que vendem o combustível.

 

Áureo defende que a estratégia adotada pelo governo, de dar um pequeno desconto para todos, “não é política pública”. “É desoneração sem capacidade de mensuração de resultados, que é o pior tipo de política pública que se pode ter”.

 

Ao dar o desconto para cadastrados no Bolsa Família, diz, é possível saber se o beneficiário migrou da lenha para o gás ou se melhorou padrão nutricional.

 

As propostas para incluir o botijão na cesta básica também têm efeitos no preço, ainda que menores, pela redução da carga tributária estadual, hoje responsável por cerca de 14%, em média, do preço final do produto.

 

Estudo da LCA Consultores estima que a medida provocaria corte de 9,1% a 17,3% no preço do botijão, dependendo do estado. A menor variação se daria em São paulo e a maior, em Pernambuco.

 

Os responsáveis pelo estudo afirmam que os maiores valores de ICMS são cobrados justamente nos estados de renda mais baixa e de maior consumo de lenha e carvão, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

A mudança na tributação, porém, depende da disposição de governos estaduais a perder arrecadação.

 

A posição do governo Bolsonaro sobre as propostas não é consensual. Segundo fontes, o Ministério da Economia tem uma posição mais refratária à adoção de subsídios, enquanto o Ministério de Minas e Energia vem estudando soluções para suavizar as variações de preços dos combustíveis.

 

A reportagem procurou as duas pastas e o Ministério da Cidadania, responsável pela gestão do programa Bolsa Família, mas nenhum deles quis dar entrevistas sobre o tema.

 

“Estamos vendo o empobrecimento da população e o aumento do consumo de lenha. É efetivamente uma questão social”, diz Sérgio Bandeira de Mello, que preside o Sindigás, que reúne os distribuidores do produto. “Não é o setor privado que vai resolver.”

 

“À medida em que a dificuldade aumenta, seja pelo preço, seja pelo desemprego, mais pessoas vão correr atrás da lenha para cozinhar os alimentos, mesmo com o risco de problemas de saúde”, conclui o presidente da Abragás (associação que representa a revenda do produto), José Luiz Rocha.

 

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TSE prevê compra de 176 mil urnas eletrônicas para 2022

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza amanhã (16) uma audiência pública sobre a compra de até 176 mil urnas eletrônicas adicionais para as eleições de 2022, quando os eleitores votam para os cargos de presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual.

 

A audiência pública é a primeira etapa no processo de licitação, conforme previsto na Lei das Licitações (Lei 8.666/1993). Caso seja concretizada, esta será a segunda compra de urnas eletrônicas para as eleições de 2022.

 

De acordo com as justificativas do edital da nova licitação, a compra adicional é necessária para substituir equipamentos adquiridos em 2009, hoje obsoletos. “Assim, nas Eleições 2022 está prevista a utilização das urnas modelos 2010, 2011, 2013, 2015, 2020 e 2022”, diz o documento.

 

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Governo Federal propõe salário mínimo de R$ 1.147 em 2022, sem aumento real

 

O salário mínimo em 2022 será de R$ 1.147 e não terá aumento acima da inflação, anunciou o Ministério da Economia. O reajuste consta do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2022, enviado hoje (15) ao Congresso Nacional.

 

O reajuste segue a projeção de 4,3% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para este ano. A estimativa também consta do PLDO.

 

Até 2019, o salário mínimo era reajustado segundo uma fórmula que previa o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de dois anos antes mais a inflação oficial do ano anterior. Desde o ano passado, o reajuste passou a seguir apenas a reposição do INPC, por causa da Constituição, que determina a manutenção do poder de compra do salário mínimo.

 

Segundo o Ministério da Economia, cada aumento de R$ 1 no salário mínimo tem impacto de aproximadamente R$ 315 milhões no orçamento. Isso porque os benefícios da Previdência Social, o abono salarial, o seguro-desemprego, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e diversos gastos são atrelados à variação do mínimo.

 

O valor do salário mínimo para o próximo ano ainda pode ser alterado, dependendo do valor efetivo do INPC neste ano. Pela legislação, o presidente da República é obrigado a publicar uma medida provisória até o último dia do ano com o valor do piso para o ano seguinte.

 

Em 2021, o salário mínimo está em R$ 1.100. Como o INPC do ano passado encerrou 2020 em 5,45%, puxado pela inflação dos alimentos, o valor do mínimo deveria ser R$ 1.102, mas o governo até hoje não incorporou a diferença de R$ 2 ao salário mínimo. Caso não faça isso antes do fim do ano, o resíduo será incorporado ao salário mínimo em 2022.

 

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