Saúde

Covid-19: Brasil é o 1º do mundo em mortes por milhão de habitantes

 

CNN – A taxa de mortes provocadas pela Covid-19 no Brasil é 4,7 vezes maior que a taxa global, de acordo com dados divulgados no boletim extraordinário do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Friocruz), na sexta-feira (25).

 

No mundo, a taxa de mortes corresponde a 497 por milhão de habitantes. No Brasil são 2.364 óbitos por milhão de habitantes.

 

Assim, o país ocupa a primeira posição mundial no ranking de mortos por milhão de habitantes, com dados piores do que os registrados entre países com grande população, como os Estados Unidos.

 

Só no início do ano, foram contabilizadas 100 mil novas mortes em apenas dois meses e 17 dias. Na semana passada, o Brasil ultrapassou a marca dos 500 mil mortos na pandemia.

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse resultado tem relação direta com uma combinação de fatores, como falhas do governo central no desenvolvimento de estratégias para a prevenção da transmissão da doença; descoordenação de políticas e ações entre os governos federal, estadual e municipal; desvalorização das medidas preventivas e de tratamentos baseados na ciência; além da negação do potencial impacto da pandemia, entre outros fatores.

 

A transmissão comunitária da Covid-19 permanece em níveis extremamente elevados em quase todo o país, com taxa de incidência acima de 10 casos por 100 mil habitantes. Os especialistas ressaltam a necessidade do emprego de esforços para manter políticas de contenção da transmissão e intensificação da vacinação.

 

Entre os dias 13 e 19 de junho, foi registrada uma média de 72.700 casos e 2.070 mortes por dia, um aumento de cerca de 1,3% no número de casos e de 0,8% no número de mortes.

 

O aumento do número de novos casos costuma ser seguido por um aumento no número de óbitos após duas semanas, destacam os pesquisadores. Por isso, a projeção é de uma tendência de alta nas mortes pela Covid-19 até o fim de junho.

 

O Brasil contabiliza, desde o início desse mês, cerca de 10% do total de casos registrado em todo mundo.  A média móvel do percentual de casos diários de Covid-19 no país está em torno de 20%, o que significa que a cada cinco casos registrados no mundo, um ocorre no Brasil.

 

Em relação aos óbitos, desde junho o Brasil responde por cerca de 10% do total de mortes no mundo. Os dados mais recentes apontam que de cada cinco mortes pelo novo coronavírus que ocorrem no mundo, uma é no Brasil.

Mortalidade de grávidas e puérperas

 

O país também é o com maior número de mortes maternas provocadas pela Covid-19. A taxa de mortalidade entre grávidas e puérperas é de 7,2%, quase três vezes maior do que a atual taxa de mortalidade por Covid-19, 2,8%.

 

Em 2020, foram relatadas no país 560 mortes pela Covid-19 em grávidas e puérperas. Até meados de junho de 2021, o número de mortes registradas foi de 1.156, ou seja, o dobro do ano anterior.

Para os especialistas, este cenário está relacionado às alterações morfológicas da gestante, quando ocorre uma alteração das estruturas circulatórias para atender à demanda de crescimento do bebê. Além disso, a oferta de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no Brasil é outro fator que contribui para mortalidade materna.

 

Os pesquisadores ressaltam que o plano de enfrentamento da pandemia deve incluir mulheres grávidas e puérperas como um grupo de risco independente de comorbidades.

Vacinação precisa avançar

 

No país, 27,2% das pessoas vacinadas completaram o esquema vacinal com duas doses e 72,8% só receberam a primeira dose do imunizante.

 

Em 13 estados, o percentual de vacinados com segunda dose é menor que a média nacional. Os estados do Maranhão, Acre e Sergipe apresentam percentual de população imunizada com esquema vacinal completo inferior ao percentual nacional, que é de 25%.

 

Segundo dados do Ministério da Saúde, 87,2 % dos imunizantes adquiridos já foram destinados aos municípios para aplicação.

 

Nove estados apresentam percentual de repasse inferior ao observado nacionalmente. Os estados de Rio Grande do Sul, Alagoas e Roraima apresentam repasse inferior a 80% das doses aos municípios.

 

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Por que a pandemia só piora no Brasil, mesmo com a vacinação?

 

Se a pandemia fosse um campeonato e o coronavírus fosse o adversário do Brasil, seria possível dizer que o país entrou na semana que começou no domingo (20) com um time lento, despreparado e insistindo em erros antigos. A vacinação seria o apoio técnico que está atrasado.

 

O Plano Nacional de Imunização segue, mas ainda assim, os números da pandemia não param de avançar. Os sete dias anteriores já tinham colocado o Brasil novamente no patamar de mais de 500 mil de novos contaminados em apenas uma semana, muito próximo aos piores recordes da história.

 

Podia ter sido diferente: Mortes que poderiam ter sido evitadas no Brasil estão na casa da centenas de milhares

 

Não há segredo para explicar o cenário, que parece discrepante para muita gente. Somente a vacinação, sem medidas de prevenção e sem uma melhora consistente no ritmo de chegada das doses à população, não vai conseguir diminuir os números da pandemia.

 

Em conversa com o  o podcast A Covid-19 na Semana*a médica Fernanda Americano Freitas Silva, da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, explica que o número de imunizados com a segunda dose é baixo e o Brasil sofre as consequências da falta de planejamento e de vontade política para combater a circulação do vírus.

 

“É importante destacar o ritmo lento da vacinação comparado ao potencial do SUS [Sistema Único de Saúde]. No Brasil, a gente já sabe que houve diversas formas de negligência. Tudo isso influencia no que a gente está vivendo agora”, alerta a médica.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para frear a propagação do vírus será necessário imunizar pelo menos entre 70% e 80% do país totalmente. Atualmente, mais de cinco meses após o início da campanha, o índice de pessoas que tomaram as duas doses está próximo a 15%.

 

Ainda assim, a falsa percepção de que a vacinação está avançada pode estar aumentando o abandono das medidas preventivas. Diminuir o isolamento e o uso de máscara, por exemplo, pode ser uma combinação fatal para uma nação que tem mais de 50 mil casos diários desde fevereiro.

 

Fernanda lembra que pessoas vacinadas ainda podem transmitir o coronavírus, “Essa sensação de proteção individual pode prejudicar a ação coletiva que a vacina tem. Todos que estão vacinados devem continuar usando máscara e evitando aglomeração”, ressalta ela.

 

Segundo o Imperial College de Londres, cada 100 pessoas contaminadas hoje no Brasil, têm potencial de infectar outras 113 pessoas. A taxa de transmissão vem aumentando no país, que superou 18 milhões de casos da covid nesta semana.

 

É preciso agir

 

Não há sinalização do governo de que algo irá mudar. No domingo (20), um dia depois de o Brasil alcançar a marca de meio milhão de mortos, a praia de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, foi decorada com 500 rosas em homenagem às vítimas. Da parte do presidente Jair Bolsonaro não houve nenhum tipo de condolência oficial.

 

O presidente só falou sobre o assunto na segunda-feira (21), em uma conversa com jornalistas em Guaratinguetá (SP). Ele disse que lamentava os óbitos, mas aproveitou para afirmar que os números são inflados por governadores em busca de verba, o que já foi desmentido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

 

Nos dias seguintes, as cidades de São Paulo, Campo Grande, João Pessoa, Aracaju, Porto Alegre e Florianópolis suspenderam a vacinação temporariamente por falta de doses. Na quarta-feira (23), a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que a pandemia começou a apresentar queda globalmente, mas ressaltou que no Brasil a tendência é oposta.

Divulgado na segunda-feira (21), o estudo Como o estado atual da vacinação no Brasil influencia no controle da pandemia da covid-19?, das Universidades Federais de Juiz de Fora e de São João del-Rei apontou as consequências da lentidão no PNI.

 

Se o país continuar vacinando no ritmo atual – cerca de 360 mil pessoas por dia – mais de 200 mil mortes podem ocorrer até o fim do ano e a pandemia não será controlada em 2021. Os estudiosos foram enfáticos na defesa de medidas de prevenção da propagação.

 

“As medidas não farmacológicas, como distanciamento social e uso de máscaras, são de fundamental importância para prevenir a propagação da doença e diminuir o número de mortes ao longo do ano”, alerta o estudo.

 

A médica Fernanda Americano afirma que a possibilidade de que a pandemia siga no ano que vem revela falhas gravíssimas. Ela cita as suspeitas de corrupção na compra de vacinas, as negativas de compra e a aposta na ideia da imunidade de rebanho por contágio.

 

Imunização: Mesmo se for finalizada este ano, vacinação da covid será marcada por inconsistências

 

“O que nos resta é continuar lutando com as evidências que a gente tem”, desabafa a profissional frente ao discurso negacionista e a fragilidade das políticas sociais.

 

“O brasileiro está cansado, o brasileiro está exausto fisicamente e emocionalmente”, ressalta Fernanda, ao defender a urgência da vacinação em massa.

 

Na quinta-feira (24), em audiência na CPI da pandemia, a médica Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil e integrante do Grupo Alerta, afirmou que mais de 300 mil mortes poderiam ter sido evitadas no Brasil com as medidas certas, isso sem levar em consideração o pior período do surto no país.

 

Também na CPI, o epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas, apontou que 400 mil pessoas poderiam ter sido salvas. Segundo ele quatro em cada cinco mortes ocorreram por falhas no combate à pandemia.

 

Brasil de Fato

 

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RN tem 51 municípios em risco ou perigo para taxa de transmissibilidade da covid-19

 

O Rio Grande do Norte tem 51 municípios em risco ou perigo para a taxa de transmissibilidade da covid-19, com índice maior que 1,03. O número indica uma piora no índice, já que há 14 dias, o número era de apenas 24. Os dados são do Laboratório de Inovação tecnológica em Saúde (LAIS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

 

De acordo com o site do laboratório, o estado tem um município com taxa maior que 2,00, o que configura zona de perigo: Caraúbas (2,14). São 50 municípios com taxa maior que 1,03 e menor ou igual a 2,00. Nesse quesito, os dois mais altos são Passa e Fica e Pureza (1,85).

 

Por outro lado, são 5 municípios em zona neutra, com índice maior que 1,00 e menor ou igual 1,03. Além disso, a maioria dos municípios se encontra em zona segura, com taxa menor ou igual a 1,00. O melhor resultado é de Timbaúba dos Batistas (0,34).

 

De acordo com o Lais, a taxa de transmissibilidade é um indicador importante para analisar a pandemia do coronavírus. No entanto, o laboratório destaca que os dados não podem ser utilizados separadamente. “É preciso considerar outros indicadores nas avaliações dos contextos epidemiológicos”, apontou.

 

Confira os dados em todos os municípios do RN, separados por zonas:

 

Zona de perigo (taxa maior que 2,00)

Caraúbas 2,14

 

Zona de risco (taxa maior que 1,03 a menor ou igual a 2,00)

Passa e Fica 1,85
Pureza 1,85
Almino Afonso 1,76
São Pedro 1,71
Martins 1,66
Baía Formosa 1,48
Passagem 1,48
Major Sales 1,47
São Bento do Norte 1,44
Tibau 1,39
São José do Seridó 1,38
Bento Fernandes 1,36
Doutor Severiano 1,36
Jandaíra 1,35
Januário Cicco 1,33
Fernando Pedroza 1,32
Sítio Novo 1,32
Galinhos 1,30
Jundiá 1,30
Ouro Branco 1,30
Viçosa 1,30
Jucurutu 1,29
Lagoa d’Anta 1,29
Ielmo Marinho 1,28
Paraná 1,27
São Paulo do Potengi 1,24
Luís Gomes 1,23
Pedro Velho 1,23
Riacho da Cruz 1,23
Rio do Fogo 1,23
São Francisco do Oeste 1,22
Lajes 1,21
Extremoz 1,20
Francisco Dantas 1,20
Parazinho 1,18
Água Nova 1,17
Pedra Grande 1,17
Coronel João Pessoa 1,15
São Tomé 1,13
Bodó 1,12
Lagoa Nova 1,11
Itajá 1,10
Santana do Matos 1,09
Frutuoso Gomes 1,08
Pau dos Ferros 1,07
Alexandria 1,06
Equador 1,05
Guamaré 1,05
Mossoró 1,05
Várzea 1,04

 

Zona neutra (Maior que 1,00 a menor ou igual a 1,03)

Jardim do Seridó 1,03
Canguaretama 1,02
Monte Alegre 1,02
Pendência 1,02
Grossos 1,01

 

Zona segura (igual ou menor a 1,00)

Arez 1,00
Monte das Gameleiras 1,00
Nova Cruz 1,00
Governador Dix-Sept Rosado 0,99
José da Penha 0,99
Ceará-Mirim 0,98
Santo Antônio 0,98
Tibau do Sul 0,98
Serra do Mel 0,97
Cruzeta 0,96
Maxaranguape 0,96
Ruy Barbosa 0,96
Serra de São Bento 0,96
Caiçara do Norte 0,95
Vera Cruz 0,95
Lagoa Salgada 0,94
João Câmara 0,93
Parnamirim 0,93
Currais Novos 0,92
Nísia Floresta 0,92
Assú 0,91
Encanto 0,90
Macaíba 0,90
Santa Cruz 0,90
Augusto Severo 0,89
Natal 0,89
Pedro Avelino 0,89
Umarizal 0,89
Venha-Venha 0,89
Florânia 0,88
Serrinha 0,88
Carnaúba dos Dantas 0,86
Lajes Pintadas  0,85
Alto do Rodrigues 0,83
Ipanguaçu  0,83
Patu 0,83
Baraúna 0,82
Japi 0,82
São José do Campestre 0,82
Areia Branca 0,81
Carnaubais 0,81
Touros 0,81
Triunfo Potiguar 0,81
Jaçanã 0,80
Acari 0,79
Caicó 0,79
São Bento do Trairi 0,79
São Miguel 0,79
São Miguel do Gostoso 0,79
Campo Redondo 0,78
São Gonçalo do Amarante 0,78
Upanema 0,78
Vila Flor 0,78
São Vicente 0,77
Serrinha dos Pintos 0,77
Bom Jesus 0,76
Felipe Guerra 0,76
Senador Georgino Avelino 0,76
Afonso Bezerra 0,74
São Rafael 0,73
Taipu 0,73
São João do Sabugi 0,72
Serra Caiada 0,72
Barcelona 0,71
Lagoa de Velhos 0,71
Paraú 0,71
Pedra Preta 0,71
Marcelino Vieira 0,70
Rodolfo Fernandes 0,70
Brejinho 0,69
Goianinha 0,69
Santana do Seridó 0,69
Lagoa de Pedras 0,68
Macau 0,68
Caiçara do Rio do Vento 0,67
Coronel Ezequiel 0,67
Ipueira 0,67
São José de Mipibu 0,67
Jardim de Piranhas 0,66
Senador Elói de Souza 0,65
Tangará 0,65
Messias Targino 0,63
Portalegre 0,63
Porto do Mangue 0,63
Santa Maria 0,63
Janduís 0,62
Parelhas 0,62
Angicos 0,61
Apodi 0,61
Cerro Corá 0,61
Montanhas 0,59
Serra Negra do Norte 0,59
Severiano Melo 0,59
Jardim de Angicos 0,57
Olho d’Água do Borges 0,57
Rafael Fernandes 0,57
Pilões 0,54
Riachuelo 0,54
Taboleiro Grande 0,54
Antônio Martins 0,51
Poço Branco 0,49
João Dias 0,45
Tenente Ananias 0,45
Rafael Godeiro 0,44
Riacho de Santana 0,44
Tenente Laurentino Cruz 0,41
Itaú 0,40
Espírito Santo 0,39
Lucrécia 0,36
São Fernando 0,36
Timbaúba dos Batistas 0,34

 

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Brasil ultrapassa a marca de 500 mil mortos pela Covid-19

 

CNN – O Brasil ultrapassou neste sábado (19), a marca de 500 mil mortos pela Covid-19. O Brasil é o segundo país no mundo com o maior número de vítimas da Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, que registram 601.574 mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

 

Segundo dados da Agência CNN, neste sábado, o país somou 500.250 mortes por Covid-19.

 

O país atingiu a marca de 100 mil mortes pela Covid-19 no dia 8 de agosto de 2020, 143 dias após o registro do primeiro óbito. No dia 7 de janeiro, o número chegou a 200 mil. Pouco mais de dois meses depois, em 24 de março, foram confirmadas 300 mil mortes. No dia 29 de abril, os índices superaram as 400 mil vítimas.

Vacinação

 

Enquanto o número de mortes chega a meio milhão, a vacinação da população ainda está longe da meta. Para atingir a cobertura vacinal prevista de 90%, o país ainda precisaria aplicar 237 milhões de doses para completar a meta, o que exigiria 1 milhão de vacinados por dia, até o resto do ano, objetivo então prometido pelo Ministério da Saúde ainda em março. O Brasil, entretanto, vacinou 1 milhão em 24 horas apenas apenas 25 vezes.

 

Se o país continuar na velocidade atual de vacinação, a meta seria atingida apenas em 2022. Ainda restam mais de 100 milhões de brasileiros acima de 18 anos a serem vacinados com a 1° dose, e outros 29 milhões de imunizados ainda não receberam 2°. Neste sábado, o Brasil registra 86.174.060 de doses aplicadas.

 

Com essa marca, o Brasil está no 67º lugar no ranking global de aplicação de doses da vacina contra Covid-19, na relação a cada 100 habitantes.

 

O Reino Unido segue na liderança da lista, com 108,06 na relação a cada 100 pessoas. Os Estados Unidos estão em segundo, com 94,50. O Canadá fica na terceira posição (83,24), seguido pela Alemanha (78,46), Itália (74,46) e França (69,49). A China (68,80) aparece em 7º lugar, seguida pela Arábia Saudita (47,27). A Turquia aparece na sequência, com 44,75 doses aplicadas a cada 100 habitantes.

 

Considerando os números absolutos da vacinação, a China continua com a liderança do ranking, com 990,2 milhões de doses já aplicadas.

 

Os Estados Unidos ficam em segundo lugar, com 316 milhões de doses aplicadas. Na sequência, aparece a Índia, com 266,3 milhões de doses aplicadas. O Brasil permanece em quarto lugar, com 86,1 milhões de doses aplicadas.

Ministro da Saúde manifesta pesar

 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga manifestou pesar diante do número de mortos na pandemia no país. “500 mil vidas perdidas pela pandemia que afeta o nosso Brasil e todo o mundo. Trabalho incansavelmente para vacinar todos os brasileiros no menor tempo possível e mudar esse cenário que nos assola há mais de um ano”, diz o texto publicado no Twitter. “Presto minha solidariedade a cada pai, mãe, amigos e parentes, que perderam seus entes queridos”, complementou.

 

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Por consequências da Covid-19, morre o jornalista Pinto Júnior

 

Faleceu nesta madrugada no hospital da Unimed, em Natal, o jornalista José Alves Pinto Júnior, vítima de complicações pós-Covid. O profissional tinha 53 anos. O velório será realizado no Centro de Velório São José, em Natal das 8h às 14h. Ás 14h, missa.

 

O sepultamento será nàs 16h no cemitério Morada da Paz, em Emaús, Parnamirim. Pinto Júnior era jornalista diretor chefe do jornal Potiguar Notícias e deixou um legado de mais de 20 anos na imprensa. Formado em jornalismo pela UFPB, era paraibano de Nova Floresta e se radicou no Rio Grande do Norte nos anos 1990. Em 1999 criou o Parnamirim Notícias, que logo ampliou como Potiguar Notícias, jornal impresso com circulação em todo o estado.

 

Nos anos 2000 criou e apresentou o programa Conexão Potiguar, pela TV União e depois pela Band, onde permanece até hoje. Nos anos 2010 migrou o PN impresso para a internet com o Portal Potiguar Notícias e fundou a PNTV, webtv com retransmissão em diversas emissoras de rádio.

 

Pinto era também escritor e poeta, tendo deixado um livro de poesias inédito. Deixa esposa, Irandi Dantas, e dois filhos, Ana Luiza e Pedro Henrique. “Momento de muita dor para a nossa familia com a partida do nosso querido, do nosso amor Pinto Junior, que foi para junto do pai”, registrou Irandi Dantas.

 

Veja a íntegra da nota: Nota de pesar:

 

“A equipe PN e a família informam que o diretor do Potiguar Notícias, jornalista José Pinto Júnior, faleceu na noite desta sexta, por complicações pós-Covid.

 

O velório será no Centro de Velório São José das 8h às 14h, Às 14h, missa, e o sepultamento no Morada da Paz às 16h. Agradecemos a todos e todas que se fizerem presentes e por todo o carinho, orações e boas energias durante este período”.

 

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Variante delta tem se tornado dominante em todo o mundo, diz cientista-chefe da OMS

 

A variante delta do coronavírus, identificada pela primeira vez na Índia, tem se tornado dominante em todo o mundo, disse nesta sexta-feira (18) a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan.

 

“A variante delta está prestes a se tornar a variante dominante global por causa de sua maior transmissibilidade”, disse Swaminathan em entrevista coletiva.

 

Uma variante é resultado de modificações genéticas que o vírus sofre durante seu processo de replicação. Um único vírus pode ter inúmeras variantes. Quanto mais ele circula (transmitido de uma pessoa para outra), mais ele faz replicações – e maior é a probabilidade de ocorrência de modificações no seu material genético.

 

Isso não significa que as vacinas disponíveis não protejam contra esta variação do vírus Sars-Cov-2. No Reino Unido, onde ela já é dominante, o Ministério da Saúde assegurou que as doses aplicadas conferem proteção às infecções.

 

“É importante que as pessoas recebam ambas as doses da vacina contra a Covid-19, porque dados nos mostram que ela pode proteger efetivamente contra a variante delta”, disse o ministro Matt Hancock.

Variante delta no Brasil

 

Em 20 de maio, foram detectados os seis primeiros casos da variante delta no Brasil. Seis pessoas que chegaram ao estado do Maranhão a bordo do navio MV Shandong da Zhi carregavam o vírus.

 

Um dos doentes teve que ser levado de helicóptero para um hospital.

 

Desde então, foram identificados outros dois casos: um em Juiz de Fora (MG) e um em Campos (RJ).

 

Até agora, esses foram os oito casos da variante delta no país.

Espalhada pelo mundo

 

Além dos britânicos, que confirmaram a predominância da delta entre as infecções de seu território, as autoridades de saúde da Alemanha e da Rússia acenderam seus alertas.

 

G1

 

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Helicóptero Potiguar 1 transporta vacinas contra Covid e medicamentos para interior do RN

 

O Potiguar 1, helicóptero do Governo do Estado à disposição das forças de segurança pública, decolou na tarde desta sexta-feira (18) para sua primeira missão oficial após retornar da manutenção obrigatória de 144 meses. A aeronave saiu por volta das 15h do campo de futebol do Centro Administrativo do Estado, transportando 5734 doses de vacinas contra o coronavírus e medicamentos para as cidades de Mossoró e Pau dos Ferros.

 

“Sabemos da importância de acelerarmos a vacinação dos potiguares, e no que depender da nossa gestão, não mediremos esforços. Exatamente por isso, determinamos ao nosso secretário Araújo que usássemos o helicóptero para levar as vacinas à região mais distante, o Oeste. Até porque já estavam sem vacinar em Mossoró por falta de vacina. Temos pressa! Queremos essas vacinas o mais cedo possível à disposição dos municípios”, disse a governadora, professora Fátima Bezerra.

 

“A professora Fátima Bezerra nos confiou mais esta missão, que é garantir que a população que reside nas regiões mais distantes possa ter o benefício da vacina o mais rápido possível. Para isso, estamos utilizando toda a estrutura que dispomos neste momento. A saúde pública, a vida das pessoas, são o mais importante neste momento”, destacou o titular da Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social, coronel Francisco Araújo Silva.

 

A primeira parada do Potiguar 1 será em Pau dos Ferros, prevista para acontecer por volta das 16h30. Lá, serão entregues 388 doses dos imunizantes. Para Pau dos Ferros também estão sendo levadas quatro caixas contendo medicamentos diversos, que são destinados aos internos do presídio localizado no município. Em Mossoró, com previsão de chegada por volta de 17h20, serão entregues 5364 doses dos imunizantes.

 

Após descarregar o lote de vacinas e remédio em ambas as cidades, o Potiguar 1 permanece em Mossoró, onde os policiais do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAR) irão pernoitar. A aeronave volta a Natal na manhã deste sábado (19), e já fica de prontidão para a execução de ações de segurança pública.

 

Nesta sexta (18), o RN recebeu um lote com 62.810 imunizantes, sendo 38.610 da Pfizer e 24.200 da Coronavac/Butantan.

 

Primeira missão

 

Nestes últimos dias, o Potiguar 1 sobrevoou áreas de presídios e fez algumas ações de treinamento e instrução. Na terça-feira (15), inclusive, foi acionado e deu apoio aéreo à Polícia Militar, logo após o roubo de malotes em um supermercado da cidade. Porém, o transporte de vacinas contra a Covid para Mossoró e Pau dos Ferros é a primeira missão oficial da aeronave após seu retorno ao Rio Grande do Norte. O helicóptero voltou a Natal na semana passada, após dois anos em manutenção obrigatória na capital cearense.

 

O Potiguar 1

 

O helicóptero Potiguar 1 é uma aeronave modelo Eurocopter Ecureuil ou Esquilo. Aeronave do tipo leve, foi desenvolvida pela Aérospatiale, hoje Airbus Helicopters, sendo montada no Brasil pela Helicópteros do Brasil S.A (Helibras). Possui autonomia de voo de 662 km. Atinge velocidade máxima de 289 km/h, pesa 1,2 tonelada e tem 11 metros de comprimento, com capacidade para até seis pessoas, sendo dois tripulantes e quatro passageiros.

 

Estando em plena atividade, o helicóptero faz voos diários, com incursões sobre Natal, cidades da região metropolitana, área litorânea e interior do estado. Além de auxiliar na fiscalização contra possíveis roubos e captura de criminosos foragidos, a aeronave também é utilizada para sobrevoos em áreas de presídios, salvamento de pessoas no mar ou em situação de risco, em meio a áreas de vegetação densa e de difícil acesso.

 

Comumente, também é utilizada em salvamentos aeromédicos, como transporte de pacientes ou para a transferência mais rápida a unidades de saúde distantes.

 

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Sesap recebe lotes de Coronavac e Pfizer

 

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) recebeu no fim da manhã desta sexta-feira (17), separado em dois voos, um novo carregamento de vacinas contra a Covid-19. O lote conta com 62.810 imunizantes, sendo 38.610 da Pfizer e 24.200 da Coronavac/Butantan, que volta a ser distribuída para vacinação dos potiguares.

 

O Governo do Estado, por meio da Sesap e da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), montou uma força-tarefa para entregar a vacina aos municípios ainda nesta sexta-feira, a partir das 15h, e garantir a continuidade da vacinação contra a Covid-19 em todo o Rio Grande do Norte. A operação contará com os policiais e bombeiros militares e também com o helicóptero da Sesed, o Potiguar 01, que vai agilizar a entrega no Oeste e Alto Oeste aos municípios de Pau dos Ferros e Mossoró.

 

As duas vacinas serão divididas, de acordo com as pactuações entre a Sesap e o os municípios potiguares, para diferentes públicos no Rio Grande do Norte. O lote da Pfizer tem parte destinada à primeira dose de trabalhadores da educação, além dos públicos já atendidos, como as pessoas com deficiência, com comorbidades ou gestantes, puérperas e lactantes que ainda não tenham tomado vacina, assim como a continuidade da imunização por faixa de idade.

 

As vacinas Coronavac/Butantan também atenderão às pessoas com comorbidades, deficientes, gestantes, puérperas e lactantes, ampliação da faixa etária da população e com a diferença de ter parte do lote voltado para o residual dos trabalhadores da saúde.

 

A Sesap segue aguardando a confirmação do Ministério da Saúde com relação às vacinas da Janssen. A gestão estadual e os municípios potiguares pactuaram que o lote do quarto imunizante a ser disponibilizado aos potiguares terá como preferência a população de rua e os caminhoneiros, atendendo na sequência o público por idade.

 

No início de julho, a Sesap deverá receber o primeiro lote de vacinas Sputnik V, segundo informaram os responsáveis pela produção do imunizante em reunião esta semana. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acatou o pedido de importação apresentado pelo Governo do Estado, liberando 71 mil doses para o RN do contrato feito pela gestão estadual junto aos russos.

 

As duas novas vacinas estão incluídas no calendário apresentado pelo Governo esta semana, que planeja a aplicação da primeira dose da imunização contra a Covid-19 em todos os potiguares maiores de idade até setembro deste ano. A projeção toma como base as estimativas de repasse das doses por parte do Ministério da Saúde.

 

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Brasil ultrapassa a marca de 490 mil mortes por covid-19

 

O Brasil ultrapassou a marca das 490 mil mortes por covid-19. Nas últimas 24 horas, as autoridades de saúde registraram 2.468 novos óbitos em decorrência da doença. Com isso, o número de pessoas que não resistiram à pandemia chegou a 490.696.

 

Ainda há 3.852 falecimentos em investigação. O termo é empregado pelas autoridades de saúde para designar casos em que um paciente morre, mas a causa segue sendo apurada mesmo após a declaração do óbito.

 

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta terça-feira (15). O balanço é organizado a partir das informações sobre casos e mortes levantadas pelas secretarias estaduais de saúde. Não foram computados os dados sobre o Rio Grande do Sul.

 

O total de pessoas infectadas desde o início da pandemia alcançou 17.533.221. Entre ontem e hoje, foram confirmados 80.609 novos casos.  O país tem ainda 1.097.879 casos ativos, em acompanhamento. O número de pessoas que foram infectadas mas se recuperaram desde o início da pandemia é de 15.944.646. Isso corresponde a 90,9% do total dos infectados pelo vírus.

 

Os números são em geral mais baixos aos domingos e segundas-feiras em razão da menor quantidade de funcionários das equipes de saúde para realizar a alimentação dos dados. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pelo envio dos dados acumulados.

 

Estados

 

O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (119.110). Em seguida vêm Rio de Janeiro (53.242), Minas Gerais (43.206) e Rio Grande do Sul (29.701), que não atualizou os dados nesta terça-feira. Já na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.680), Acre (1.721), Amapá (1.778), Tocantins (3.042) e Alagoas (5.038).

 

Vacinação

 

Até o momento, foram disponibilizadas a estados e municípios 110, 245 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, foram aplicadas 80,2 milhões de doses, sendo 56,4 milhões da primeira dose e 23,7 milhões da segunda dose.

 

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Pandemia piora em 31 municípios do RN; veja os 20 piores

 

A situação da pandemia de covid-19 piorou em 31 municípios do Rio Grande do Norte, entre os dias 8 e 15 de junho. É o que aponta o Indicador Composto, elaborado e divulgado pelo governo estadual, que analisa uma série de fatores e dá notas para cada cidade.

 

A 6ª Região de Saúde, que tem sede em Pau dos Ferros, registrou a maior quantidade de municípios com piora nos índices da pandemia. Ao todo, foram 10 cidades, o que representa 27% dos municípios da área. Proporcionalmente, a 5ª Região, de Santa Cruz, foi a pior, com piora em 28,6% dos municípios. Numericamente, foram seis cidades com piora na pandemia.

 

Na 1ª Região, em São José de Mipibu, cinco municípios pioraram. A lista segue com a 4ª Região (Caicó) e 3ª Região (João Câmara), com três municípios; 8ª Região (Assú) e 2ª Região (Mossoró), com dois em piora; a 7ª Região (Metropolitana de Natal), não teve piora.

 

Por outro lado, de acordo com o estudo, 109 municípios do estado (65,3%) ficaram estáveis na última semana. Apenas 27 (16,2%) apresentaram melhora nos números da covid-19.

 

Apesar dos resultados, o indicador sugere alguma melhora na situação do estado. No dia 8 de junho, dois municípios estavam em alerta vermelho – com a pior classificação. Nessa terça-feira (15), nenhum estava com esse escore, conforme mostra o mapa a seguir. Contudo, os municípios com escores em verde claro (o melhor) e verde escuro (o segundo melhor) representavam 10,7% do estado, agora caíram para 9,5%.

 

Lista dos 20 piores municípios

 

Carnaubais
Serra Negra do Norte
São João do Sabugi
Japi
Jardim de Piranhas
Severiano Melo
Carnauba dos Dantas
Santa Cruz
Porto do Mangue
Tibau
Lucrécia
Lagoa de Velhos
Francisco Dantas
Pau dos Ferros
Apodi
Alexandria
São Rafael
Frutuoso Gomes
Vila Flor
Caicó

 

Lista dos 20 melhores municípios

 

Bento Fernandes
Januário Cicco
Galinhos
João Câmara
Ruy Barbosa
Serra de São Bento
Pedra Preta
Monte das Gameleiras
Pureza
São Bento do norte
Olho d’Água do Borges
Maxaranguape
Rio do Fogo
Passagem
Caiçara do Rio do Vento
Sítio Novo
Umarizal
Ouro Branco
Várzea
Timbaúba dos Batistas

 

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Fungo preto” no RN: mulher passa por cirurgia e está estável; saiba mais sobre essa infecção

 

A mulher de 42 anos que teve o primeiro caso confirmado de mucormicose, infecção fúngica conhecida como fungo preto, relacionado com a Covid-19 no Rio Grande do Norte, passou por cirurgia para retirada do fungo e tem quadro de saúde estável. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), o procedimento cirúrgico foi realizado na semana passada, no Hospital Universitário Onofre Lopes, em Natal.

 

A relação do fungo preto com a Covid-19 se tornou mais um motivo de preocupação para os órgãos de saúde durante a pandemia do novo coronavírus. Os casos ainda são poucos, mas estão se espalhando pelo Brasil.

 

A Infectologista e diretora corporativa de infectologia do Hapvida, Silvia Fonseca, explica que o fungo preto pode acometer pacientes com Covid-19 ou não, mas pacientes com o coronavírus são mais suscetíveis.

 

“A mucormicose é sempre grave e se acometer qualquer paciente, tendo ou não Covid-19, pode levar ao óbito. Porém, com coronavírus pacientes ficam suscetível à mucormicose”, explica.

 

A infectologia destaca que sendo o fungo preto uma doença rara, esta infecção afeta hoje um número reduzido de pessoas. Já no que diz respeito à Covid-19, a médica reforça a necessidade dos cuidados.

 

“O vírus que causa a Covid-19 está espalhado na comunidade e temos que continuar a usar máscaras, álcool gel, distanciamento social e tomar a vacina quando chegar a nossa vez”, pondera.

 

Sintomas e Tratamento – Silvia Fonseca explica que o fungo preto pode afetar diversas partes do corpo. Porém, os sintomas variam de acordo com o órgão atingido e elenca alguns deles.

 

“Os órgãos mais atingidos são o sistema nervoso central, os seios da face e os pulmões. Também podem atingir a pele, principalmente depois de traumas ou queimaduras, após desastres naturais como tsunamis e tornados. Se o fungo infecta a face causa dor, protusão do globo ocular, perda da visão, obstrução da respiração, febre e necrose. Se atingir os seios da face causa secreção nasal, febre e dor local. Se atingir o cérebro, causa vários sintomas neurológicos, convulsões, dor de cabeça incontrolável, alterações mentais e motoras. Se atingir os pulmões causa febre, tosse, dor no peito, dificuldade para respirar. Se atingir a pele causa úlceras (feridas) e a área afetada se torna negra, com dor local, aumento da temperatura local, vermelhidão e inchaço ao redor da úlcera”, explica.

 

Já o tratamento é feito com drogas antifúngicas que são aplicadas na veia por meses e com a retirada cirúrgica das partes afetadas.

 

Riscos e Cuidados – Silvia Fonseca lembra ainda que o risco para contrair o fungo preto é sempre das pessoas com imunidade muito afetada, como os transplantados, os diabéticos graves, as pessoas em tratamento de câncer. Pessoas que tomam corticoides em altas doses devem sempre seguir orientação médica e evitar automedicação.

 

Mais informações – A infectologista explica que estes fungos causadores da mucormicose vivem no meio ambiente. No solo, em matéria orgânica em decomposição e geralmente só causam doença nas pessoas que estão com sistema imune muito debilitado, por exemplo, por tratamentos contra o câncer, transplantados ou pessoas que têm diabetes muito descontrolada ou usam corticoides em altas doses ou por tempo prolongado.

 

As pessoas entram em contato com os fungos, através de inalação dos esporos (forma de resistência do fungo) ou através de ferimentos da pele. Silvia lembra também que a mucormicose é chamada de “fungo preto” porque invade os vasos sanguíneos, as regiões irrigadas pelos vasos afetados morrem e ficam pretas, daí a origem do nome.

 

Fonte/ Blog do Barreto

 

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Por que Brasil ainda não pode relaxar uso de máscaras como os EUA fizeram

 

Amplamente recomendada por cientistas e alvo de desdém do presidente ao longo da pandemia, a máscara facial contra a covid-19 poderá ter seu uso flexibilizado no Brasil, segundo anunciou Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (10/6). No mesmo dia em que o país registrou mais 2.504 mortes pela doença nas últimas 24 horas, chegando a um total de 482.019 óbitos, Bolsonaro afirmou em um evento: “Nosso ministro (da Saúde) vai ultimar um parecer visando a desobrigar o uso de máscara por parte daqueles que estejam vacinados ou que já foram contaminados.

 

Horas depois, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o presidente pediu um estudo sobre a flexibilização do uso de máscaras, conforme avança a vacinação no país. O presidente já apareceu em diversas ocasiões sem ele próprio usar a máscara, inclusive em aglomerações e viagens pelo Brasil, e já deu declarações questionando os benefícios do item.

 

Outras partes do mundo que já chegaram a um controle da doença e percentual de vacinados bem maiores do que o Brasil estão discutindo o relaxamento do uso de máscaras para quem foi imunizado — e mesmo assim tais medidas estão sendo alvo de debates e críticas por boa parte da comunidade científica.

 

O Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos anunciou em abril que pessoas com a vacinação completa podem deixar de usar máscaras na maioria dos lugares — com exceção por exemplo da rede de transportes, hospitais e prisões. O governo britânico também está conduzindo alguns estudos para avaliar a possível flexibilização de medidas preventivas contra a covid-19, incluindo a exigência de máscaras.

 

“Os Estados Unidos e a Europa começaram a discutir isso com baixos níveis de contágio, mortes e variantes circulantes. É outra realidade, absolutamente incomparável com o Brasil”, diz o médico Estevão Urbano, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

 

O médico epidemiologista Antônio Augusto Moura da Silva, professor do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), compartilha da perplexidade do colega.

 

“Lá fora, a decisão foi tomada baseada na alta eficácia das vacinas, uma cobertura vacinal que já chegou a 50%, e a circulação viral baixa. Há um controle muito maior do que o nosso. No Brasil, a doença está solta”, diz Silva, acrescentado que a medida anunciada pelo presidente “não faz sentido do ponto de vista técnico”. Vamos aos indicadores citados pelos médicos.

 

‘Doença solta’: alta mortalidade, contágio e circulação de variantes

 

Nesta quinta-feira (10), o Brasil registrou uma média de 1.804 mortes diárias pela covid-19 na última semana. É um número abaixo do recorde já registrado nesse indicador — média móvel de 3.124 óbitos, registrado em 12 de abril de 2021 —, mas em um patamar nunca atingido em 2020, o primeiro ano da pandemia.

 

O mais recente Boletim Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicado no dia 9, afirmou que a pandemia no Brasil “se configura como de alto risco”, com ligeira queda no número de óbitos, mas manutenção da transmissão do vírus e taxa de ocupação de leitos muito elevada na maioria dos Estados e capitais: “Vinte estados e o Distrito Federal, bem como 17 capitais, encontram-se com taxas de ocupação iguais ou superiores a 80%.”

 

A taxa de transmissão do vírus no país também teve uma ligeira queda, segundo a universidade Imperial College. Ela está em 0,99, e há duas semanas, era de 1,02. Quando essa taxa é maior do 1, significa que o vírus está se espalhando de maneira exponencial, mas a pandemia só é considerada controlada quando o índice é mantido abaixo de 1 por algumas semanas — o que não foi atingido pelo Brasil ainda. Ainda há também vários Estados com taxa acima de 1.

 

Soma-se a esses fatores preocupantes a circulação de variantes no país.

 

“O Brasil tem particularmente hoje infecções por variantes. Elas representam de 85 a 90% das novas infecções”, aponta Estevão Urbano, da SBI.

 

O presidente Bolsonaro afirmou que seu governo estuda desobrigar o uso de máscaras entre pessoas que já tiveram a infecção ou que já foram vacinadas. Os fatores acima mencionados influenciariam em ambos os casos.

 

No primeiro, uma pessoa que já teve covid-19 e deixa de usar máscara, em um cenário de circulação significativa do vírus e suas variantes, está sujeita à reinfecção — e potencial transmissão a outras pessoas.

 

“A gente sabe que ter tido covid diminui a probabilidade mas não elimina o risco de ter a doença de novo. E a gente já sabe que a variante P.1 é capaz de reinfectar quem já foi infectado. Existem estimativas de que no surto em Manaus do fim do ano, e início do atual, cerca de 30% das infecções com a P.1eram reinfecções”, aponta Antônio Augusto Moura da Silva.

 

“Todo mundo que está infectado corre o risco de transmitir. E há os assintomáticos, que têm risco de menor de transmitir, mas podem transmitir”, lembra o epidemiologista, acrescentando que o uso de máscaras no Brasil hoje já deixa a desejar entre a população.

 

Baixa cobertura vacinal

 

O CDC flexibilizou o uso de máscaras depois que cerca de metade dos americanos recebeu a primeira dose da vacina. Até 19 de maio, cerca de 37% da população dos EUA tinha recebido a vacinação completa, e cerca de 60% dos adultos americanos, pelo menos a primeira dose.

 

Já no Brasil, segundo um consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, 11% da população recebeu a imunização completa, e 24,9% ao menos a primeira dose.

 

Os médicos entrevistados pela BBC News Brasil lembram que as vacinas administradas no Brasil, principalmente a CoronaVac, a mais numerosa no país, têm percentuais altos de proteção contra gravidade e mortalidade pela covid-19. Já a margem de proteção contra a infecção é menor, então mesmo vacinadas, é previsto que um número importante de pessoas ainda vá ter a doença.

 

Por isso, desobrigá-las a usar a máscara seria mais uma vez imprudente.

 

“Você tem uma parcela importante de vacinados que ainda pode se infectar e transmitir. Liberar a ausência de máscara para esses grupos vai facilitar muito a perpetuação da circulação viral, isso não vai acabar nunca”, diz Estevão Urbano. “E tem também a questão de qual é a eficácia da vacina contra as variantes.”

 

“Não tem a mínima chance dessa ser uma medida embasada cientificamente”, completa o infectologista.

 

Discussões no exterior

 

Os especialistas acrescentam que, no exterior, autoridades e cientistas estão começando a testar na vida real a validade da ideia de “imunidade coletiva”, conhecida também como de rebanho — quando o número de pessoas com imunidade contra um patógeno chega a um patamar tal que a doença é controlada.

 

Isso porque alguns países estão atingindo um número considerável de pessoas vacinadas e de baixa circulação do vírus, uma oportunidade para verificar a hipótese da imunidade coletiva. Os que chegaram lá, como os EUA, também estão lidando com problemas práticos. Por exemplo, como saber se um cliente ao seu lado no supermercado realmente tomou as duas doses de vacina, ou simplesmente deixou de usar a máscara por outro motivo, mesmo não imunizado?

 

Autoridades americanas afastaram a proposta de um “passaporte de vacina” para provar a imunização de uma pessoa, argumentando que isso representaria uma violação de privacidade. Com isso, governos e empresas locais estão decidindo se e como vão exigir alguma forma de comprovação. Redes importantes, como Walmart e Target, têm permitido que os clientes fiquem sem máscara sem este requisito. Já alguns shows e eventos têm sim exigido o histórico de vacinação.

 

Há também a preocupação de que o relaxamento com a máscara gere um sentimento de liberação geral, incluindo outras medidas preventivas contra o coronavírus. “Pode haver uma interpretação equivocada ou uma sensação de liberdade do tipo ‘não preciso fazer nada disso’”, afirmou à BBC Gabor Kelen, chefe do departamento de medicina de emergência da Universidade Johns Hopkins, nos EUA.

 

“Mas acho que o CDC percebeu que, se não adotassem medidas que parecessem razoáveis para as pessoas, eles meio que perderam a influência nas regras fazem sentido.” “Se as regras não fizerem sentido, as pessoas não seguirão mais o que o CDC diz”, completou Kelen.

 

Por BBC NEWS BRASIL

 

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EUA flexibilizam recomendações de viagens a 61 países; Brasil fica de fora

 

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos (EUA) flexibilizou as recomendações de viagens para 61 países e passou a recomendar viagens a indivíduos totalmente vacinados, de acordo com a agência nessa terça-feira (08). O Brasil continua de fora.

 

As novas classificações rebaixam 61 países para o nível 3 (evitar ir, se possível), incluindo França, África do Sul, Canadá, México, Rússia, Espanha e Itália. Segundo o Departamento de Estado norte-americano, a recomendação de viagem está em processo de revisão para refletir as mudanças do CDC. A agência informou que a alteração ocorre após a revisão de seus critérios para avisos de saúde em viagens. O CDC ainda disse que também revisou sua classificação para os Estados Unidos do nível 4 para o nível 3.

 

Em 24 de maio, o Departamento de Estado foi contrário a viagens ao Japão, nível 4, citando uma nova onda de casos de covid-19 antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio começarem, em 23 de julho.

 

Outros países que estão sendo rebaixados para o nível 3 incluem Honduras, Indonésia, Jordânia, Líbia, Panamá, Polônia, Dinamarca e Malásia.

 

Muitos dos países que agora têm classificações mais baixas permanecem na lista do governo dos EUA, sujeitos a severas restrições de viagens – e a maioria está sujeita a essas restrições desde o início de 2020.

 

O Brasil não teve sua situação modificada, permanecendo entre os do nível 4 (evitar ir), assim como Peru, Turquia e África do Sul. Já México, Equador e Honduras passaram para o nível 3.

 

Os Estados Unidos proíbem a entrada de quase todos os cidadãos não norte-americanos que estiveram na China, no Reino Unido, na Irlanda, Índia, África do Sul, no Brasil, Irã e os 26 países de Schengen (convenção entre países sobre política de abertura das fronteiras e livre circulação de pessoas) na Europa sem controles de fronteira nos 14 dias anteriores.

 

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Brasil está a caminho da terceira onda do coronavírus, “ainda mais difícil”, diz jornal

 

No Brasil, o segundo país com mais óbitos pelo coronavírus, a soma da lenta vacinação, reabertura prematura da economia e o potencial da variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, preveem uma nova onda duríssima da pandemia.

 

Alguns especialistas falam da chegada de uma terceira onda em junho ainda mais letal que as duas primeiras, visto que parte de um platô muito mais alto, com média móvel de cerca de 2.000 mortes diárias.

 

Outros antecipam que no Brasil não se pode falar em ondas porque nunca nos 16 meses de pandemia conseguiu-se sufocar o vírus até a queda mínima de mortes e casos, como aconteceu, por exemplo, em países europeus, algo que atribuem ao presidente Jair Bolsonaro e sua campanha contra as quarentenas por seus nocivos efeitos econômicos.

 

Nos dramáticos meses de março e abril, quando chegou-se a um pico de mais de 4.000 mortos em um único dia, quase todos os governadores voltaram a adotar o fechamento de serviços não essenciais e toques de recolher noturnos.

 

Mas nem bem os números começaram a cair, as medidas foram relaxadas, segundo os especialistas, de forma prematura, enquanto o país de 212 milhões de habitantes se aproxima do meio milhão de mortos e apresenta uma das maiores taxas de mortalidade por 100.000 habitantes do mundo (mais de 220).

 

“Intensificação”

 

Em seu último boletim extraordinário, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) advertiu que a “flexibilização” das medidas levará a “uma intensificação da pandemia” nas próximas semanas.

 

Embora a média de mortes permaneça estável, o número de casos tende a subir em quase todo o país nas últimas semanas.

 

“Este processo de manutenção de taxas elevadas de mortalidade, junto com o aumento das taxas de incidência, pode ter como consequência um agravamento da crise sanitária”, adverte Fiocruz.

 

A instituição também advertiu na sexta-feira (4) que 12 dos 26 estados e o Distrito Federal apresentam um aumento de casos de Síndrome Respiratória Agua Grave (SRAG), que em sua grande maioria são produto do coronavírus.

 

“No Brasil, conseguiu-se normalizar uma hecatombe sanitária sem precedentes e as pessoas vivem na maioria dos casos como se não houvesse uma pandemia. Por isso, as previsões são de que esta terceira recrudescência seja muito intensa porque saímos de um degrau muito alto e de uma circulação viral muito intensa, que vai se intensificar ainda mais”, explicou à AFP José David Urbáez, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia.

 

Variante incerta

 

Bolsonaro, que em outra polêmica decidiu sediar no Brasil a Copa América 2021, é alvo há semanas de uma CPI no Senado pela gestão caótica de seu governo na pandemia, em parte pelo início tardio e o lento avanço da vacinação.

 

Até agora, menos de 11% dos brasileiros receberam as duas doses das vacinas disponíveis no país.

 

Mas na semana passada, em pronunciamento à nação, Bolsonaro voltou a prometer que “todos os brasileiros” serão vacinados em 2021, uma meta questionada por especialistas.

 

E voltou a se vangloriar de que por não ter obrigado ninguém a ficar em casa, o Brasil foi um dos países do mundo que “mais cresceram” no primeiro trimestre (+1,2%).

 

Para Mauro Sánchez, epidemiologista da Universidade de Brasília (UnB), a intensidade da terceira onda da pandemia dependerá em parte do ritmo da vacinação.

 

“Se a velocidade de imunização é inferior, em termos do efeito benéfico que ela tem, ao peso negativo que o relaxamento das medidas de isolamento social, a terceira onda pode ser forte”, explicou à AFP.

 

A isso deve se somar a incerteza da variante Delta, cujos primeiros casos já apareceram no Brasil, e sua propagação deve ser favorecida pela reabertura econômica.

 

“Se se mostrar bem adaptada como na Índia, com uma alta transmissibilidade e pelo menos com uma virulência igual às cepas atualmente circulantes, ela pode causar um número muito grande de casos”, adverte Sánchez.

 

Sucesso em Serrana

 

Os potenciais efeitos benéficos da vacinação em massa foram confirmados em uma experiência inédita, feita pelo Instituto Butantan em Serrana, cidade de 45.000 habitantes no interior de São Paulo.

 

Após vacinar com as duas doses 95% da população adulta da cidade, as mortes por Covid-19 caíram 95%, as internações, 86%, e os casos sintomáticos, 80%.

 

“Com 75% da população-alvo imunizada com as duas doses da vacina CoronaVac, a pandemia foi controlada em Serrana e isso pode se reproduzir em todo o Brasil”, comemorou o governador João Doria, adversário de Bolsonaro.

 

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RN prorroga decreto até dia 23 e libera eventos corporativos para até 50 pessoas

 

O Governo do Rio Grande do Norte oficializou a prorrogação das medidas sanitárias até o próximo dia 23 de junho. De acordo com o documento, estão mantidas restrições como o toque de recolher entre 22h às 5h, inclusive aos domingos e feriados. As novas medidas passam a valer a partir desta quarta-feira (9) e foram oficializadas em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE), publicação nesta manhã.

 

A prorrogação foi adiantada pela governadora Fátima Bezerra (PT) na tarde de ontem em suas redes sociais. “A pandemia não acabou, estamos atravessando um momento muito delicado. Mantenham o uso da máscara, evitem aglomerações, sigam se cuidando e cuidando dos seus”, disse Fátima.

 

As regras do novo decreto passam a valer para todos os municípios, com exceção àqueles já inseridos em decretos regionais. Até a tarde dessa terça-feira (9), essa contagem compreendida 48 municípios do Estado. Essas cidades cumprem regras mais rígidas quanto à redução de circulação de pessoas entre elas, proibição de venda de bebida alcoólica e suspensão de aulas no formato presencial. Os decretos regionalizados terão validade até o dia 14 de junho.

 

A prorrogação das medidas restritivas do decreto atual no Rio Grande do Norte se faz necessária para conter o avanço da pandemia no Estado. O novo decreto mantém o escalonamento de horários de funcionamento do comércio dependendo da atividade econômica, como autoriza a prática de esportes coletivos em arenas, academias e similares, independentemente de estarem ou não vinculados a competições oficiais. O funcionamento de templos religiosos continua autorizado para celebrações com limite de 30%, podendo chegar a 50% se utilizadas áreas abertas e mediante prévia autorização da autoridade sanitária.

 

Tribuna do Norte

 

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Prefeitura do RN decreta “lockdown” para conter Covid-19

 

A Prefeitura de Lajes publicou um decreto endurecendo as medidas restritivas para conter o avanço da pandemia de Covid-19. As novas regras passaram a valer nesta segunda-feira (7) e estabelecem um período de “lockdown”, ou seja, uma obrigação mais rígida de confinamento à população.

 

O decreto do prefeito Felipe Menezes (PP) estabelece que bares, restaurantes e similares só podem funcionar para entrega em domicílio. A exceção é para os estabelecimentos que operam às margens da BR-304, para atendimento exclusivo a viajantes – o município é tradicional parada de motoristas que se dirigem de Natal para o interior do Rio Grande do Norte.

 

No restante do município, fica proibida também a venda de bebidas alcoólicas. Além disso, as academias não podem abrir. Centros comerciais ficam fechados, com exceção de açougues. Os templos religiosos podem abrir das 8h às 17h, mas para receber no máximo 5 fiéis ao mesmo tempo. Repartições públicas vão funcionar na próxima semana apenas para expediente interno.

 

Para frear o avanço da Covid-19, a prefeitura também decidiu montar barreiras sanitárias na entrada da cidade. Moradores de outras localidades podem transitar, mas precisam comprovar que estão praticando atividades essenciais.

 

Pelas redes sociais, a Prefeitura de Lajes explicou que o “lockdown” foi decretado porque, nos últimos 14 dias, os indicadores epidemiológicos passaram do máximo aceitável. A cidade estabeleceu que, para continuar com a flexibilização, o número de casos confirmados, casos suspeitos e óbitos não poderia passar da média de 80 por dia em um intervalo de duas semanas.

 

Entre 21 de maio e 3 de junho, a média ficou em 82,8 – foram 698 casos suspeitos, 463 casos confirmados e nenhuma morte.

 

“A Prefeitura de Lajes volta a pedir pela colaboração da população no cumprimento de todas as normas determinadas no decreto municipal mais recente. É somando os esforços de cada um, que vamos alcançar a esperada #LajesSemCovid!”, escreveu a gestão municipal, pelas redes sociais.

 

98 FM

 

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Dia D para vacinação das gestantes contra a Covid-19 será neste sábado

 

No próximo dia 12 de junho as gestantes do Rio Grande do Norte poderão procurar os postos de saúde para garantir sua imunização contra a Covid-19. As unidades básicas de saúde irão funcionar das 8h às 17h e a expectativa é vacinar aproximadamente 20 mil mulheres grávidas em todo o estado.

 

A ação faz parte de um esforço conjunto da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do RN (Cosems) para tentar frear o aumento de óbitos em gestantes no estado. Desde o início da pandemia, em março de 2020, já são 40 óbitos por Covid-19 em gestantes no Rio Grande do Norte.

 

O imunizante utilizado será o da Pfizer, recomendado pelo Ministério da Saúde, para uso nas gestantes com e sem comorbidades. É necessário levar o cartão de pré-natal À uma unidade de saúde mais próxima de sua casa ou aos sistemas de drive thru de vacinação, caso o município de residência ofereça essa estratégia.

 

Em reunião no dia 18 de maio, a Câmara Técnica das Vacinas do estado deliberou sobre a distribuição das vacinas da Pfizer para todos os municípios de RN. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, no final de maio, as novas condições de conservação e armazenamento para a vacina produzida pela Pfizer. O novo texto de bula estende de cinco para 31 dias o tempo para que a vacina seja mantida em temperatura controlada entre +2ºC a +8ºC

 

Hoje (07) a Sesap distribuí aos municípios 13.638 doses do imunizante da Pfizer. E para amanhã (08) está prevista, às 15h, a chegada de mais um lote com 43.290 doses da Pfizer.

 

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Síndrome Gripal causada pela covid-19 volta a crescer ou mantém patamar alto na maioria dos estados

 

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertam que, na maioria dos estados brasileiros, os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), causada majoritariamente pela covid-19, retomam a tendência de crescimento ou se estabilizam em patamares elevados. A análise consta do boletim semanal InfoGripe, divulgado na sexta-feira (4) pela fundação.

 

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, diz que o cenário pode ser parcialmente atribuído à retomada da circulação da população e pede que a flexibilização das restrições impostas para frear a transmissão do vírus seja reavaliada.

 

Gomes pede cautela com a flexibilização de medidas como o distanciamento para redução da transmissão da covid-19, enquanto a tendência de queda não se mantiver por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja átamares significativamente baixos. É preciso também reavaliar as medidas flexibilizadas nos estados”, alerta em texto publicado pela Agência Fiocruz de Notícias.

 

A incidência de SRAG é considerada uma métrica para acompanhar a pandemia porque a covid-19 é a causa de 96% dos casos da síndrome que foram atribuídos a uma infecção viral e submetidos a testes.

 

A análise divulgada ontem é referente à semana de 23 a 29 de maio e revela agravamento na compação com a semana anterior, quando cinco estados apresentavam queda na incidência da síndrome. No boletim divulgado ontem, apenas Roraima manteve a tendência de redução nos casos respiratórios graves.

 

Gomes chama a atenção para o fato de Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins terem ao menos metade de suas macrorregiões com sinal de crescimento na incidência de SRAG.

 

A análise de longo prazo (seis semanas) indica aponta que a probabilidade de alta nos casos de SRAG passa de 95% no Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.
O mesmo percentual foi constatado em três capitais: Curitiba, Goiânia, Natal e São Paulo. Ao todo, 14 das 27 capitais têm tendência de alta nos casos de SRAG, e somente quatro tendem a apresentar queda: Belo Horizonte, Boa Vista, Recife e Rio de Janeiro.

 

Entre as oito capitais com estabilidade, o boletim alerta que os casos estão em um platô de alta incidência: Aracaju, Belém, Florianópolis, Macapá, Brasília e arredores, Rio Branco, São Luís e Teresina.

 

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Obesidade infantil afeta 3,1 milhões de crianças menores de 10 anos no Brasil

 

Hábitos saudáveis têm mais chances de acompanhar a população durante a vida se começarem logo na infância. Por isso, é preciso chamar atenção para a qualidade de vida e rotina alimentar balanceada nesta quinta-feira (3), Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil. A estimativa é que 6,4 milhões de crianças tenham excesso de peso no Brasil e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade.

 

A doença afeta 13,2% das crianças entre 5 e 9 anos acompanhadas no Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde, e pode trazer consequências preocupantes ao longo da vida. Nessa faixa-etária, 28% das crianças apresentam excesso de peso, um sinal de alerta para o risco de obesidade ainda na infância ou no futuro. Entre os menores de 5 anos, o índice de sobrepeso é de 14,8, sendo 7% já apresentam obesidade. Os dados são de 2019, baseados no Índice de Massa Corporal (IMC) de crianças que são atendidas na Atenção Primária à Saúde (SAPS).

 

Esses números reforçam a importância da educação alimentar desde cedo para evitar as consequências que podem acompanhar esses jovens pela vida toda, afetando o desempenho escolar e aumentando o risco de várias doenças, como hipertensão e diabetes. A pandemia da Covid-19 também agravou a situação e teve impacto importante na alimentação das crianças e adolescentes, além do aumento do sedentarismo.

 

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Sedentarismo aumenta na pandemia e prejudica saúde musculoesquelética

 

No último ano, uma das frases que mais se ouviu foi: fique em casa! Embora a medida seja fundamental para conter a pandemia, permanecer no conforto do lar trouxe diversas consequências para a saúde física e mental da população em todo o mundo.

 

Um estudo global realizado em 2020, apontou que o tempo diário que as pessoas passam sentadas aumentou em 28%. Esse dado é alarmante, uma vez que o sedentarismo já era uma preocupação antes da pandemia.

 

Home office, ensino remoto, fechamento de academias, parques e espaços voltados para a prática esportiva são os principais fatores que contribuíram para aumentar a prevalência de problemas musculoesqueléticos e o sedentarismo.

 

Dores na coluna, ombros e pescoço são as queixas mais comuns de quem passa longas horas em frente ao computador ou usando o celular, confinado dentro de casa.

 

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