Religião

Dom Antônio Ranis toma posse como novo bispo da Diocese de Caicó em missa campal

 

A Diocese de Caicó viveu um momento histórico na tarde/noite deste sábado, dia 14 de junho, com a posse canônica de Dom Antônio Ranis Rosendo dos Santos como seu novo bispo diocesano. A celebração, marcada por emoção, fé e simbolismo, foi realizada em missa campal em frente à Catedral de Sant’Ana e contou com a presença de fiéis, autoridades religiosas e civis, além de representantes do clero local e de outras dioceses.

 

Estiveram presentes, a Governadora Fátima Bezerra, o deputado estadual Nélter Queiroz, o prefeito Dr. Tadeu e seu vice, Toinho Santiago.

 

Antes da missa, Dom Antônio Ranis se reuniu com os bispos convidados, padres, diáconos e demais religiosos na Igreja de Nossa Senhora do Rosário. De lá, seguiram em caminhada processional até a Catedral, onde foi realizada a solenidade de posse.

 

Durante a cobertura especial do Blog Sidney Silva, foram colhidas falas de diversas autoridades religiosas presentes ao evento:

 

Dom Alcivan Tadeus, bispo auxiliar da Paraíba, seridoense de Cerro Corá (RN), destacou a importância do momento para a Igreja seridoense:

 

“A chegada de um pastor, é um momento de muita importância para uma Diocese, para o povo de Deus. Ou seja, aquele que vem para pastorear o rebanho, conhecer o rebanho… a Igreja ganha com esse momento importante. O Seridó vive hoje a alegria de acolher o seu novo pastor, o oitavo bispo da Diocese de Caicó. Rezemos para que ele possa fazer um bom pastoreio, que seja um pastoreio abençoado, profícuo. Sabemos que o Seridó tem toda uma realidade própria e vai ajudá-lo bastante a viver o seu ministério.”

 

O bispo de Petrolina (PE), Dom Antônio Carlos Cruz Santos, que deixou a Diocese há quase um ano, falou da coincidência do nome e do perfil acolhedor do novo bispo:

 

“Agora, dia 25, vai fazer um ano que eu deixei a Diocese… Antes de completar um ano, vocês já estão dando posse ao novo bispo, que também, por coincidência, é Antônio, e eu fiquei muito feliz. Já o conhecia quando ele foi pároco em Natal. Ele é muito acolhedor, muito simpático. Tenho muita esperança de que ele vai fazer um bom trabalho aqui. Ele é um homem muito simples, e repito o que Dom Heitor disse pra mim quando fui nomeado: ‘Eu fui muito feliz aí. E eu garanto que o senhor vai ser feliz’. Com certeza o povo do Seridó acolhe muito bem. Eu fui muito feliz nesses 10 anos e acredito que ele também será.”

 

Em sua fala a nossa reportagem, antes da posse, Dom Antônio Ranis expressou gratidão e emoção:

 

“Um momento de profunda emoção, um momento de ação de graças ao nosso Senhor por ter me chamado para esse ministério. Estou aqui numa atitude de entrega ao Senhor, pedindo que Ele me cumule de bênçãos para iniciar este novo ministério. Já deu para perceber que o povo de Caicó é muito religioso e de uma acolhida extraordinária. Um povo acolhedor.”

 

O arcebispo emérito de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, ex-bispo de Caicó, também celebrou a ocasião:

 

“Aqui em Caicó, a alegria da acolhida, da posse do novo bispo, com a graça de Deus, e nós nos sentimos felizes. Estar aqui nesta igreja do Rosário, da Irmandade dos Pretos, é uma grande graça e também o reencontro com a história desta cidade e da Igreja de Sant’Ana. Minhas congratulações a toda a Igreja, ao clero, aos fiéis religiosos e ao povo muito católico do Seridó.”

 

Padre Edson Medeiros, que esteve à frente da Diocese por quase um ano como administrador, expressou gratidão pelo serviço prestado e confiança na continuidade do trabalho pastoral:

 

“Chegou o dia tão esperado, o dia da posse do nosso oitavo bispo. Com o coração bastante agradecido, estou concluindo uma missão em que estive à frente da Diocese de Caicó como administrador. Deus escutou nossas preces. É uma Igreja que caminha e constantemente se renova. Agora chega o sucessor dos apóstolos de nome Antônio. Deus seja louvado por essa caminhada.”

 

A posse marca uma nova fase para a Diocese de Caicó, que agora acolhe seu oitavo bispo, mantendo viva a fé e a tradição do povo seridoense.

 

Sidney Silva – Caicó

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Diocese de Caicó realiza coletiva de imprensa com o 8º Bispo Diocesano, Dom Antônio Ranis Rosendo dos Santos

 

Blog Edilson Silva – A Diocese de Caicó convida todos os profissionais de imprensa para uma coletiva especial com o novo 8º Bispo Diocesano, Dom Antônio Ranis Rosendo dos Santos, CSsR. O encontro acontecerá nesta sexta-feira, dia 14 de junho, às 10h, na Rádio Rural de Caicó.

 

Essa coletiva faz parte da programação oficial de acolhida e posse canônica de Dom Antônio, que será realizada às 17h do mesmo dia, na Catedral de Sant’Ana, em Caicó/RN.

 

Será uma ótima oportunidade para os jornalistas conhecerem mais sobre o novo bispo, sua trajetória missionária, suas primeiras impressões sobre a Diocese de Caicó e suas expectativas para o início do ministério junto ao povo seridoense.

 

Para participar, é necessário fazer o credenciamento até o dia 11 de junho, pelo WhatsApp com a Dalva Dantas: (84) 99965-2077.

 

A Diocese espera contar com a presença de veículos de comunicação, profissionais e comunicadores pastorais da região para esse momento especial!

 

Por Edilson Silva

Bacharelando em Jornalismo

 

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Papa Leão XIV recorda os 10 anos da Laudato Si’

 

Vatican News com CNBB

 

“Dez anos da #LaudatoSi’. A Encíclica do Papa Francisco nos chama a renovar o diálogo sobre como estamos construindo o futuro do planeta, unindo-nos na busca por um desenvolvimento sustentável e integral, e comprometendo-nos a proteger a casa comum que Deus nos confiou.”

 

Com esta mensagem nas redes sociais, o Papa Leão XIV recordou os 10 anos de um dos documentos mais importantes do pontificado do seu predecessor. Não é a primeira vez que o Pontífice cita esta Encíclica. Esta semana, no dia 20 de maio, este texto esteve no centro da mensagem enviada aos participantes do II Encontro Sinodal de Reitores de Universidades para o Cuidado da Casa Comum, reunidos em evento na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) que se encerra este 24 de maio.

 

Há uma década o Papa Francisco presenteava o mundo com a Carta Encíclica Laudato Si’, um documento que se tornou referência moral, espiritual e ambiental para líderes, instituições e cidadãos preocupados com o futuro do planeta. Promulgada em 24 de maio de 2015, a Encíclica permanece atual e necessária, como afirma o arcebispo de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, em recente artigo que reforça a urgência dos apelos lançados pelo pontífice.

 

Intitulada “sobre o cuidado da casa comum”Laudato Si’ é uma exortação ao compromisso ético e coletivo com a ecologia integral – um conceito que transcende a visão ambientalista tradicional ao conectar questões ambientais, sociais, econômicas e espirituais. “Apesar de promessas e acordos, ainda prevalece o interesse por lucros egoístas”, alerta dom Walmor, destacando a resistência de governos e setores econômicos em adotar mudanças profundas nos modelos de produção e consumo.

 

Segundo o arcebispo, a Encíclica se manteve viva nesses dez anos por insistir na conversão ecológica e na responsabilidade cidadã.

 

“O cuidado com a criação deve ser uma atuação de cada pessoa e todas as instituições. É também uma interpelação à prática da fé”, reforça.

 

Para ele, a negação da crise ecológica por parte de grupos poderosos é acompanhada por uma confiança cega nas soluções meramente técnicas, desconsiderando as dimensões éticas e espirituais do problema.

 

Entre os desafios apontados está a necessidade de um longo e contínuo processo educativo, ainda travado por interesses corporativos e visões limitadas. Dom Walmor cita, como exemplo, o projeto Junho Verde, iniciativa de motivação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que enfrenta dificuldades para ganhar força apesar de seu potencial transformador. O objetivo da campanha é mobilizar a sociedade para repensar estilos de vida e práticas econômicas em consonância com os valores da Laudato Si’.

 

O arcebispo também critica a incoerência de muitos cristãos que, embora celebrem a beleza da criação divina, não repudiam práticas destrutivas como o extrativismo predatório.

 

“A omissão diante da urgência ambiental ameaça o bem comum e nos afasta do desenvolvimento humano sustentável”, afirma.

 

Para ele, a ecologia integral propõe uma nova lógica de vida e de organização social que corrige desigualdades, discriminações e exclusões.

 

A mensagem da Encíclica, segundo dom Walmor, não se limita a uma convocação ambiental, mas representa um chamado à fraternidade universal.

 

“O meio ambiente é um bem coletivo, responsabilidade de todos, e a propriedade privada deve cumprir sua função social”, relembra, ecoando os princípios sociais da Igreja.

 

Ao celebrar os dez anos da Laudato Si’, o arcebispo propõe um novo ciclo de reflexão e ação, com foco na educação ambiental e na formação de consciências críticas. “Só assim poderemos trilhar um caminho mais sustentável, justo e solidário”, conclui.

 

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Leão XIV à Rede de Universidades para o Cuidado da Casa Comum: “trabalhem por uma justiça ecológica, social e ambiental”

 

Padre Modino – Rio de Janeiro

 

Com uma grande saudação à Rede de Universidades para o Cuidado da Casa Comum (RUC), o Papa Leão XIV iniciou suas palavras aos participantes do II Encontro Sinodal de Reitores de Universidades para o Cuidado da Casa Comum. Representantes de universidades de todo o continente americano e da Península Ibérica e Reino Unido, se reúnem na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), de 20 a 24 de maio de 2025, para debater de modo sinodal sobre como consolidar o compromisso universitário com o cuidado da Casa Comum. O tema abordado é “Dívida Ecológica e Esperança Pública”.

 

Apoio do Vaticano

 

O Vaticano apoia o encontro através da Pontifícia Comissão para América Latina (PCAL) e do Dicastério para a Cultura e a Educação. Um apoio que se fez explícito com as palavras do Papa Leão XIV, presidente da PCAL até sua eleição como pontífice. Leão XIV recordou que o encontro “têm este belo motivo do 10º aniversário do documento do Santo Padre Francisco, a encíclica Laudato si’”.

 

O Santo Padre enfatizou que no Congresso será realizado “um trabalho sinodal de discernimento como preparação para a COP30”. Junto com isso que, será um encontro onde “vão refletir juntos sobre uma possível remissão entre a dívida pública e a dívida ecológica, uma proposta que o Papa Francisco havia sugerido em sua mensagem para a Jornada Mundial da Paz”.

 

Construir pontes de integração

 

Neste Ano Jubilar, Ano de Esperança, o Papa Leão XIV enfatizou que “esta mensagem é muito importante”. Nessa perspectiva, o Pontífice mostrou aos reitores universitários, seu desejo de “encorajá-los nessa missão que assumiram: serem construtores de pontes de integração entre as Américas e com a Península Ibérica, trabalhando por uma justiça ecológica, social e ambiental”.

 

Finalmente, o Papa agradeceu “por todos os seus esforços e seu trabalho”. Ao mesmo tempo, os animou a “continuar construindo pontes”. Leão XIV encerrou suas palavras enviando uma bênção, “confiando na graça de Deus que sempre nos acompanha”.

 

Junto com o 10º aniversário da Laudato si’, o Congresso elaborará um documento para ser enviado à COP30, que também será realizada no Brasil, precisamente em Belém do Pará.

 

Nesse contexto os representantes do mundo acadêmico, governamental e eclesiástico, bem como de organizações multilaterais, se reúnem na PUC-Rio. O objetivo é uma proposta sinodal que promova a escuta, o discernimento coletivo e a ação concreta diante da crise socioambiental. É uma oportunidade de levar adiante as propostas iniciais do Papa Leão XIV, que defende a construção de pontes de paz e o desenvolvimento dos povos.

 

Duzentas universidades

 

Duzentas universidades de todo o continente americano e da Península Ibérica buscam consolidar o compromisso universitário com o cuidado da Casa Comum, no ano em que o Brasil acolhe a COP 30. Um encontro que dá continuidade à primeira reunião “Organizando a Esperança”, realizada em 2023 na Santa Sé com a participação do Papa Francisco. O congresso é organizado pela Rede Universitária para o Cuidado da Casa Comum (RUC), com o apoio da Pontifícia Comissão para a América Latina (PCAL), da qual o Cardeal Robert Prevost, hoje Papa Leão XIV, foi presidente, por meio da iniciativa Construindo Pontes.

 

 

 

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6º Congresso de Comunicação acontecerá entre os dias 22 e 24, em formato híbrido

 

Promovido pelo Serviço à Pastoral da Comunicação (SEPAC Paulinas), em parceria com a Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de São Paulo e a Signis Brasil – Associação Católica de Comunicação será realizado entre os dias 22 e 24 deste mês o 6º. Congresso de Comunicação, com o tema “Comunicação. Esperança. Verdade”.

 

Neste Ano Jubilar, o evento buscará favorecer a reflexão sobre novos caminhos da comunicação na sociedade contemporânea, inspirados no discurso do Papa Francisco, no Jubileu dos comunicadores 2025, buscando “um jeito novo de evangelizar”, na esperança e na verdade.

 

As conferências contam com especialistas que vão abordar as temáticas e dialogar com os participantes. Este Congresso se realizará de forma híbrida: nos dias 22 e 23, as conferências serão de forma on-line, das 20h às 21h30; Já no dia 24, um sábado, das 8h30 às 12h, a conferência será de forma presencial no auditório Paulinas (Rua Dona Inácia Uchoa, 62, Vila Mariana).

 

A entrada é gratuita, mediante prévia inscrição. CLIQUE AQUI E SE INSCREVA

 

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Leão XIV inicia seu ministério: “É a hora do amor! Olhem para Cristo e aproximem-se Dele”

 

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

 

Esta é a hora do amor!

 

O Papa Leão XIV presidiu à Santa Missa de início do seu ministério petrino numa Praça São Pedro lotada de fiéis e autoridades civis e religiosas. Antes da cerimônia, o Pontífice passou de papamóvel, pela primeira vez, por entre as 200 mil pessoas presentes, que se aglomeram também na “Via della Conciliazione”, que dá acesso à Praça.

 

A solene cerimônia teve início dentro da Basílica Vaticana, em oração diante do túmulo do Apóstolo São Pedro, junto com os Patriarcas das Igrejas Orientais. De lá, o Evangeliário, o Pálio e o Anel do Pescador foram levados em procissão para o Altar no adro da Praça São Pedro, enquanto o coro entoava a ladainha de todos os santos.

 

Após a proclamação do Evangelho, três cardeais das três ordens (diáconos, presbíteros e bispos) aproximaram-se de Leão XIV para o momento das insígnias episcopais “petrinas”: o card. Mario Zenari impôs-lhe o Pálio e o card. Luis Antonio Tagle entregou-lhe o Anel do Pescador, num dos momentos mais tocantes da missa, com o Papa contendo a emoção. A cerimônia prosseguiu com o rito simbólico de “obediência”, prestado ao Papa por doze representantes de todas as categorias do Povo de Deus, provenientes de várias partes do mundo, entre eles, o cardeal brasileiro Jaime Spengler. Na sequência, o Pontífice pronunciou a sua homilia.

 

“Fui escolhido sem qualquer mérito”

 

Leão XIV saudou a todos “com o coração cheio de gratidão” e uma das frases mais célebres de Santo Agostinho: «Fizeste-nos para Vós, [Senhor,] e o nosso coração está inquieto enquanto não repousar em Vós» (Confissões, 1,1.1).

 

O Santo Padre recordou os últimos dias, vividos de maneira intensa com a morte do Papa Francisco, “que nos deixou «como ovelhas sem pastor»”. À luz da ressurreição, enfrentamos este momento e o Colégio Cardinalício reuniu-se para o Conclave para eleger o novo sucessor de Pedro, “chamado a guardar o rico patrimônio da fé cristã e, ao mesmo tempo, ir ao encontro das interrogações, das inquietações e dos desafios de hoje”.

 

“Fui escolhido sem qualquer mérito e, com temor e tremor, venho até vocês como um irmão que deseja fazer-se servo da fé e da alegria, percorrendo com vocês o caminho do amor de Deus, que nos quer a todos unidos numa única família.”

 

Nunca ceder à tentação de ser um líder solitário e acima dos outros

 

Leão XIV ressaltou as duas dimensões da missão que Jesus confiou a Pedro: amor e unidade.

 

Jesus recebeu do Pai a missão de “pescar” a humanidade para salvá-la das águas do mal e da morte. Esta missão permanece ainda hoje, de lançar sempre e novamente a rede e navegar no mar da vida para que todos se possam reencontrar no abraço de Deus.

 

Essa tarefa é possível porque Pedro experimentou na própria vida o amor infinito e incondicional de Deus, mesmo na hora do fracasso e da negação. A Pedro, portanto, é confiada a tarefa de «amar mais» e dar a sua vida pelo rebanho.

 

“O ministério de Pedro é marcado precisamente por este amor oblativo, porque a Igreja de Roma preside na caridade e a sua verdadeira autoridade é a caridade de Cristo. Não se trata nunca de capturar os outros com a prepotência, com a propaganda religiosa ou com os meios do poder, mas se trata sempre e apenas de amar como fez Jesus.”

 

Para isso, Pedro e seus sucessores devem apascentar o rebanho sem nunca ceder à tentação de ser um líder solitário ou um chefe colocado acima dos outros, tornando-se dominador das pessoas que lhe foram confiadas pelo contrário, deve servir a fé dos irmãos, caminhando com eles.

 

“Irmãos e irmãs, gostaria que fosse este o nosso primeiro grande desejo: uma Igreja unida, sinal de unidade e comunhão, que se torne fermento para um mundo reconciliado.”

 

Olhar para Cristo!

 

No nosso tempo, acrescentou o Santo Padre, ainda vemos demasiada discórdia, feridas causadas pelo ódio, a violência, os preconceitos, o medo do diferente, por um paradigma econômico que explora os recursos da Terra e marginaliza os mais pobres.

 

“E nós queremos ser, dentro desta massa, um pequeno fermento de unidade, comunhão e fraternidade. Queremos dizer ao mundo, com humildade e alegria: Olhem para Cristo! Aproximem-se Dele! Acolham a sua Palavra que ilumina e consola! Escutem a sua proposta de amor para se tornar a sua única família. No único Cristo somos um.”

 

Este é o espírito missionário que deve nos animar, acrescentou Leão XIV, sem nos fecharmos no nosso pequeno grupo nem nos sentirmos superiores ao mundo.

 

“Irmãos, irmãs, esta é a hora do amor!”, concluiu o Papa, exortando a construir uma Igreja missionária, que abre os braços ao mundo e anuncia a Palavra.

 

“Juntos, como único povo, todos irmãos, caminhemos ao encontro de Deus e amemo-nos uns aos outros.”

 

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Vem aí a Semana da Comunicação

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A Pastoral da Comunicação no Brasil destaca que o tema convida “a refletir sobre a necessidade e a importância de “desarmar a comunicação”.
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Papa Leão XIV agradece aos jornalistas pelo “serviço à verdade”

 

Mariangela Jaguraba – Vatican News

 

O Papa Leão XIV encontrou-se, nesta segunda-feira (12/05), na Sala Paulo VI, no Vaticano, com a imprensa mundial.

 

“Dou-lhes as boas-vindas, representantes da mídia de todo o mundo. Agradeço o trabalho que realizaram e realizam neste tempo que, para a Igreja, é essencialmente um tempo de Graça.”

 

Depois dessas palavras de boas-vindas no início de seu discurso, Leão XIV prosseguiu, citando o “Sermão da Montanha”, no Evangelho de Mateus, em que Jesus proclamou: “Felizes os que promovem a paz”.

 

O modo como comunicamos é de fundamental importância

 

Segundo o Pontífice, esta é uma bem-aventurança que nos interpela a todos e chama quem trabalha nos meios de comunicação “ao compromisso de levar adiante uma forma de comunicação diferente, que não busque o consenso a todo custo, não se revista de palavras agressivas, não abrace o modelo da competição, não separe nunca a busca da verdade do amor com que devemos humildemente buscá-la”.

 

“A paz começa em cada um de nós: no modo como olhamos os outros, ouvimos os outros, falamos dos outros. Neste sentido, o modo como comunicamos é de fundamental importância: devemos dizer “não” à guerra das palavras e das imagens, devemos rejeitar o paradigma da guerra.”

 

A solidariedade da Igreja aos jornalistas presos

 

A seguir, Leão XIV reiterou “a solidariedade da Igreja aos jornalistas presos por terem buscado e relatado a verdade”, pedindo sua libertação.

 

“A Igreja reconhece nestas testemunhas, penso naqueles que relatam a guerra mesmo à custa da própria vida, a coragem de quem defende a dignidade, a justiça e o direito dos povos à informação, porque só os povos informados podem fazer escolhas livres. O sofrimento destes jornalistas presos interpela a consciência das Nações e da Comunidade internacional, chamando-nos a todos a salvaguardar o bem precioso da liberdade de expressão e de imprensa.”

 

Agradecimento pelo “serviço à verdade”

 

A seguir, Leão XIV agradeceu aos comunicadores pelo seu “serviço à verdade”.

 

“Vocês estiveram em Roma nestas semanas para contar a Igreja, a sua variedade e, ao mesmo tempo, a sua unidade. Vocês acompanharam os ritos da Semana Santa; depois, contaram a história da dor pela morte do Papa Francisco, que, no entanto, ocorreu à luz da Páscoa. Essa mesma fé pascal nos introduziu no espírito do Conclave, que os viu particularmente ocupados em dias cansativos; e, também nessa ocasião, vocês conseguiram narrar a beleza do amor de Cristo que nos une a todos e nos torna um só povo, guiados pelo Bom Pastor.”

 

Uma comunicação capaz de nos tirar da “Torre de Babel”

 

Leão XIV recordou, em seu discurso, que “vivemos tempos difíceis de percorrer e contar, que são um desafio para todos nós e dos quais não devemos fugir. Pelo contrário, pedem a cada um de nós, em nossos diferentes papéis e serviços, para nunca ceder à mediocridade. A Igreja deve aceitar o desafio dos tempos e, da mesma forma, não pode haver comunicação e jornalismo fora do tempo e da história. Como nos lembra Santo Agostinho, que disse: «Vivamos bem e os tempos serão bons. Nós somos os tempos»”.

 

Segundo o Papa Leão XIV, “um dos desafios mais importantes hoje é promover uma comunicação capaz de nos tirar da “Torre de Babel” em que às vezes nos encontramos, da confusão de linguagens sem amor, muitas vezes ideológicas ou tendenciosas. Por isso, o seu serviço, com as palavras que vocês usam e o estilo que vocês adotam, é importante“.

 

Comunicação, criação de ambientes humanos e digitais

 

“A comunicação, de fato”, disse o Pontífice, “não é apenas a transmissão de informações, mas a criação de uma cultura, de ambientes humanos e digitais que se tornam espaços de diálogo e discussão”.

 

“Olhando para a evolução tecnológica, essa missão se torna ainda mais necessária. Penso, em particular, na inteligência artificial com seu imenso potencial, que exige, no entanto, responsabilidade e discernimento para orientar os instrumentos para o bem de todos, para que possam produzir benefícios para a humanidade. Essa responsabilidade diz respeito a todos, na proporção da idade e dos papéis sociais.”

 

Queridos amigos, com o tempo aprenderemos a conhecer-nos melhor. Vivemos, podemos dizer juntos, dias realmente especiais”, partilhados “por todos os meios de comunicação: TV, rádio, internet, redes sociais”.

 

Desarmar a comunicação do ódio e do preconceito

 

“Gostaria que cada um de nós pudesse dizer deles que eles nos revelaram um pouco do mistério da nossa humanidade e que nos deixaram um desejo de amor e de paz”, disse o Papa Leão XIV, recordando o convite do Papa Francisco em sua última mensagem para o próximo Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado em 1º de junho próximo:

 

“Desarmemos a comunicação de todo preconceito, rancor, fanatismo e ódio; purifiquemo-la da agressividade. Não precisamos de uma comunicação estrondosa e muscular, mas de uma comunicação capaz de ouvir, de acolher a voz dos frágeis que não têm voz. Desarmemos as palavras e ajudaremos a desarmar a Terra. Uma comunicação desarmada e desarmante permite-nos partilhar uma visão diferente do mundo e agir de modo coerente com a nossa dignidade humana.”

 

“Vocês estão na linha de frente narrando conflitos e esperanças de paz, situações de injustiça e pobreza, e o trabalho silencioso de muitos por um mundo melhor. Por isso, peço-lhes que escolham com consciência e coragem o caminho da comunicação da paz”, concluiu o Papa Leão XIV.

 

 

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Papa pede fim das guerras, paz na Ucrânia e cessar-fogo em Gaza

 

VATICAN NEWS – Após a oração mariana do Regina Caeli, neste domingo, 11 de maio, o Papa Leão XIV dirigiu-se aos aproximadamente 100 mil fiéis reunidos na Praça São Pedro com palavras de solidariedade e súplica, clamando pela paz nas regiões dilaceradas por guerras e violências. Em seu apelo, recordou os horrores da Segunda Guerra Mundial e pediu um compromisso renovado dos líderes mundiais em favor da paz:

 

“A imensa tragédia da Segunda Guerra Mundial terminou há 80 anos, em 8 de maio, depois de causar 60 milhões de vítimas. No atual cenário dramático de uma terceira guerra mundial em pedaços, como tantas vezes afirmou o Papa Francisco, também eu me dirijo aos poderosos do mundo, repetindo o apelo sempre atual: ‘Nunca mais a guerra!’”

 

Com coração pastoral, o Papa manifestou proximidade especial a alguns territórios particularmente marcados por conflitos:

 

“Trago em meu coração os sofrimentos do amado povo ucraniano. Que se faça todo o possível para se alcançar, o quanto antes, uma paz autêntica, justa e duradoura. Que todos os prisioneiros sejam libertos e que as crianças possam retornar às suas famílias.” 

 

Em seguida, referindo-se à grave situação humanitária no Oriente Médio, o Santo Padre fez um pedido: “Dói-me profundamente o que acontece na Faixa de Gaza. Cesse imediatamente o fogo! Que seja prestado socorro humanitário à população civil exausta e que todos os reféns sejam libertos”.

 

Em contraste com as regiões ainda em conflito, Leao XIV manifestou esperança diante de recentes avanços diplomáticos no sul da Ásia: “Recebi com satisfação o anúncio do cessar-fogo entre Índia e Paquistão e espero que, por meio das próximas negociações, se possa em breve chegar a um acordo duradouro”. O Papa concluiu sua exortação confiando seus apelos à intercessão de Maria:

 

“Quantos outros conflitos existem no mundo! Confio à Rainha da Paz este apelo comovido, para que seja Ela a apresentá-lo ao Senhor Jesus, a fim de obtermos o milagre da paz.”

 

Antes de se despedir da multidão de peregrinos e turistas vindos de diversas partes do mundo, Leão XIV saudou com afeto os presentes na Praça São Pedro e fez questão de lembrar que hoje, na Itália e em outros países, celebra-se o Dia das Mães:

 

“Envio uma saudação carinhosa a todas as mães, com uma oração por elas e por aquelas que já estão no Céu. Feliz Dia das Mães!”

 

Após proferir os apelos e saudações, o Pontífice permaneceu no balcão central da Basílica de São Pedro por alguns minutos, retribuindo com acenos e sorriso o carinho e os aplausos dos fiéis, e desejou a todos “um bom domingo”.

 

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Em reunião com cardeais, Leão XIV sinaliza continuidade de reformas

 

O Papa Leão XIV fez, neste sábado (10), a primeira reunião com os cardeais no Vaticano. O pontífice homenageou o papa Francisco e sinalizou que continuará com as reformas feitas pelo antecessor.

 

Leão XIV pediu aos cardeais que adotem esse “precioso legado” e permaneçam no mesmo caminho.

 

Ele pediu também continuidade nas reformas da Igreja Católica criadas no Concílio Vaticano II, na década de 1960, que foram atualizadas magistralmente por Francisco. Entre elas: retorno ao primado de Cristo, conversão missionária da comunidade cristã, cuidado amoroso com marginalizados e excluídos, além de diálogo corajoso e confiante com o mundo contemporâneo em suas diferentes realidades.

 

Leão XIV explicou ainda que escolheu esse nome porque, hoje, a Igreja responde a outra nova revolução industrial e aos desenvolvimentos da inteligência artificial, que trazem novos desafios para a defesa da dignidade humana, da justiça e do trabalho.

 

Cardeais brasileiros, que estão em Roma, participaram do encontro.

 

A missa de posse do Papa Leão XIV está marcada para o dia 18 de maio. Neste sábado (10), o presidente Lula disse que deve ser representado na cerimônia pelo vice, Geraldo Alckmin.

 

O motivo da ausência é a preparação para a visita que o presidente fará à França, no início de junho.

 

Agência Nacional

 

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Padre Costa de Caicó celebra Missa das Mães na Paróquia de Jucurutu em homenagem ao dia especial

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Na manhã deste domingo, 12 de maio, a Paróquia de Jucurutu recebeu a celebração da Missa das Mães, conduzida pelo Padre Costa de Caicó. A missa aconteceu às 7h da manhã e foi transmitida ao vivo pela Pastoral da Comunicação (PASCOM) através do YouTube e pela Rádio Cidade FM, permitindo que toda a comunidade pudesse participar, mesmo à distância.
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É importante destacar que o atual pároco da Paróquia de São Miguel e São Sebastião, Padre Carlos Eduardo, está de férias neste período, e por isso, Padre Costa assumiu a celebração nesta data tão significativa.
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A celebração do Dia das Mães, do ponto de vista católico, reforça a importância do amor, do cuidado e da dedicação que as mães representam na vida de cada pessoa. É um momento de agradecer a Deus pelas mães, que são instrumentos de amor e de fé, e de refletir sobre o papel fundamental que desempenham na formação de uma sociedade mais justa e solidária.
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A missa foi marcada por momentos de oração, louvor e agradecimento, reforçando a mensagem de que as mães são presentes divinos que merecem todo reconhecimento e carinho. A comunidade de Jucurutu celebrou com fé e gratidão, homenageando todas as mães neste dia especial.
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Por Edilson Silva
Graduando em Jornalismo – Bacharelado
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‘Moderadíssimo, discretíssimo’: as características do novo papa Leão XIV na avaliação da vaticanista Mirticeli Medeiros

 

G1 – Robert Francis Prevost foi a aposta da vaticanista Mirticeli Medeiros para o novo papa. Ela citou o nome do americano em entrevista para Natuza Nery no podcast O Assunto desta quarta-feira (7), destacando que ele não estava nas principais listas e apostas da imprensa mundial.

 

“Muita gente não tem falado sobre um em particular, que se chama Prevost, que é americano. Moderadíssimo, discretíssimo”, disse ela.

 

“Então, ele é a pessoa responsável para aconselhar o papa a respeito da nomeação dos bispos, ou seja, aquele que cria toda a estrutura para a igreja católica.”

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Prevost foi escolhido por pelo menos 89 dos 133 cardeais – dois terços dos eleitores do conclave – e será o sucessor do papa Francisco na Cátedra de São Pedro.

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De acordo com Mirticeli, ele era bem visto pelo grupo dos conservadores. “Primeiro por ser uma pessoa fiel ao papa Francisco, plenamente, por ser um cardeal também religioso. Isso é muito importante na hora de escolher o sumo pontífice, principalmente após um papado reformador.”

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Prevost é especializado em direito canônico, o que, segundo Mirticeli, “é muito importante diante das grandes reformas legislativas que o papa fez” já que, como explicado por ela, “é necessário que um dê continuidade a elas”.

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O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação: Natuza Nery.

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Conheça a vida e a história do novo Papa Leão XIV

 

Robert Francisc Prevost, de 69 anos, é o primeiro papa americano da história. Nascido em Chicago, em 14 de setembro de 1955. Ele foi eleito no conclave encerrado nesta quinta-feira (8), e vai se chamar Leão XIV.

 

Apesar da origem norte-americana, Prevost construiu grande parte de sua trajetória religiosa na América Latina, especialmente no Peru. Foi lá que se destacou até alcançar os cargos mais altos da Cúria Romana.

 

Ao ser eleito, ocupava duas funções importantes no Vaticano: prefeito do Dicastério para os Bispos — órgão responsável pela nomeação de bispos — e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina.

 

Entrou para a vida religiosa aos 22 anos. Formou-se em teologia na União Teológica Católica de Chicago e, aos 27, foi enviado a Roma para estudar direito canônico na Universidade de São Tomás de Aquino.

 

Foi ordenado padre em 1982 e, dois anos depois, iniciou sua atuação missionária no Peru — primeiro em Piura, depois em Trujillo, onde permaneceu por dez anos, inclusive durante o governo autoritário de Alberto Fujimori. Prevost chegou a cobrar desculpas públicas pelas injustiças cometidas no período.

 

Em 2014, foi nomeado administrador da Diocese de Chiclayo, cargo em que foi ordenado bispo e permaneceu por nove anos.

 

Durante sua passagem pelo Peru, Prevost também ocupou cargos de destaque na Conferência Episcopal local e foi nomeado para a Congregação do Clero e, depois, para a Congregação para os Bispos. Em 2023, recebeu o título de cardeal — função que ocupou por menos de dois anos antes de se tornar papa, algo raro na Igreja moderna.

 

Durante a internação de Francisco, Prevost foi o responsável por liderar uma oração pública no Vaticano pela saúde do então pontífice.

 

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Fumaça branca: novo papa é eleito no conclave

 

O novo papa da Igreja Católica foi eleito nesta quinta-feira (8). Fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina para indicar que os cardeais chegaram a um consenso no conclave para escolher o sucessor de Francisco.

 

Isso acontece no segundo dia da votação secreta dos cardeais. Os cardeais precisaram de ao menos uma votação na parte da tarde, pois não chegaram a um consenso na parte da manhã.

 

Ainda não se sabe qual cardeal foi eleito e nem qual nome de papa ele usará.

 

Os sinos da Basílica de São Pedro estão tocando para anunciar a notícia da eleição de um novo papa.

 

A multidão na praça principal do Vaticano explodiu em aplausos quando a fumaça branca começou a sair da chaminé da Capela Sistina.

 

Quais são os próximos passos após eleição do papa?

 

O cardeal protodiácono, Dominique Mamberti, irá à varanda central da Basílica de São Pedro em breve para anunciar aos fiéis as palavras “habemus papam”.

 

Depois de alguns minutos do anúncio, o novo pontífice deve aparecer para a multidão na Praça de São Pedro e fazer uma primeira oração.

 

Em cerca de quatro a cinco dias deve ser feita a primeira missa do novo papa.

 

*em atualização

 

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Papa Francisco doa papamóvel para transformar em clínica de saúde para as crianças de Gaza

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O Vaticano revelou neste domingo (4) que um dos papamóveis do papa Francisco vai ser enviado para a Faixa de Gaza para se transformar em uma clínica de saúde móvel para crianças na região, realizando um de seus últimos desejos.

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O veículo escolhido foi o que o pontífice escolheu durante sua visita à Jerusalém e Cisjordânia em 2014. Ele está sendo equipado com equipamentos médicos de diagnóstico e emergência para ajudar pacientes jovens no enclave palestino, onde os serviços de saúde estão mais precários após bombardeios israelenses, segundo entidades internacionais.

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‘Esta é uma intervenção concreta e capaz de salvar vidas em um momento em que o sistema de saúde em Gaza entrou em colapso quase completamente’, afirmou Peter Brune, secretário-geral da Caritas Suécia, que está apoiando o projeto, ao Vatican News.

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Entre os equipamentos na qual estará levando o papamóvel estão testes rápidos de infecção, vacinas, ferramentas de diagnóstico e kits de sutura. Além disso, uma equipe médica irá junto.

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A chegada do papamóvel, entretanto, não será tão simples, já que depende de uma viabilidade na região. Assim que o acesso humanitário em Gaza for possível, ele entrará levando os profissionais e equipamentos.

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‘Não é apenas um veículo. É uma mensagem de que o mundo não se esqueceu das crianças em Gaza’, completou Brune.

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Papa planejava visitar Gaza

 

Em um artigo publicado no jornal diário do Vaticano Osservatore Romano, o jornalista Lucio Brunelli, que trabalha há anos cobrindo os papas, revelou que o papa Francisco planejava viajar para Faixa de Gaza e visitar a paróquia da Sagrada Família, o único local de culto católico na região. Ele confidenciou o projeto em janeiro, mesmo já sofrendo de bronquite.

 

Francisco ligava todas as noites para a Igreja local desde o início da intervenção israelense em Gaza. Mesmo com dificuldades na voz, ele seguiu nas ligações diárias perguntando como estava a situação. Ele teria ligado 563 vezes.

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Segundo Brunelli, que é amigo do papa desde quando era cardeal em Buenos Aires, houve uma conversa entre os dois em que Francisco afirmou que gostaria de fazer a viagem. Ele escreveu:

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‘Seria uma coisa boa. Falarei com o Secretário de Estado para investigar o assunto’, afirmou.

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Para além de ajudar a paróquia em Gaza, o papa também tinha um objetivo pacifista: tentar sensibilizar o mundo ainda mais para o conflito entre Israel e Hamas.

 

‘A imagem do Papa, numa cadeira de rodas, entre os escombros da guerra teria sido uma poderosa mensagem de proximidade a toda a população palestina’, escreve o jornalista.

 

Lucio Brunelli completa afirmando que acredita que a viagem teria sido ‘impossível’ por conta de razões políticas. E ele acredita que a piora no estado de saúde poucos dias depois, quando foi hospitalizado por conta da bronquite, bloqueou qualquer continuidade nos planos.

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Ao longo de sua trajetória na Igreja, o papa Francisco esteve em diversos conflitos para rezar pela paz, como em Bagdá em 2021. Dois anos depois tentou visitar a região de Nord-Kivu, na República Democrática do Congo, que estava em conflito, mas foi impedido devido a segurança. Além disso, chegou a dizer em diversas ocasiões o desejo de ir até Kiev em meio a guerra entre Ucrânia e Rússia. No entanto, isso acabou nunca ocorrendo.

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Francisco vive: lideranças plantam árvores em homenagem ao Papa

 

VATICAN NEWS – “Começamos a preparar o plantio sob chuva. Durante o gesto, o céu se abriu e o sol apareceu. Foi um sinal”. O relato da coordenadora da Pastoral da Ecologia Integral da Diocese de São José do Rio Preto, Ednalva Parreira, sintetiza uma certeza repleta de esperança: o cuidado com a Casa Comum, tão incentivado pelo Papa Francisco, permanecerá como compromisso e uma das muitas formas de honrar o legado do Santo Padre.

 

No sábado, 26 de abril, mantendo sintonia com o sepultamento do Pontífice, mudas de árvores de diversas espécies foram plantadas em sua homenagem. Nas Paróquias São Benedito (Nova Granada/SP), São Vicente de Paulo (São José do Rio Preto/SP), Santo Antônio de Pádua (Mirassol/SP) e São José (Adolfo/SP) crianças da Catequese e da Infância e Adolescência Missionária se reuniram para rezar e para realizar o plantio. Na Vila Vicentina (Mirassol/SP), que acolhe idosos no Noroeste Paulista, foi repetido o gesto. Lideranças da Pastoral da Ecologia Integral, da Comissão Justiça e Paz e da Campanha da Fraternidade, acompanhados pelo Pe. Fábio Dungue, também plantaram mudas junto à Basílica Menor de Nossa Senhora Aparecida, na sede da Diocese.

 

 

Ainda no sábado, representantes das Paróquias da Forania São Judas Tadeu se reuniram em Assembleia. O grupo, em “espírito sinodal” (outra marca do pontificado de Francisco), avaliou a caminhada eclesial e sugeriu ações para o Plano de Pastoral que está sendo construído sob a orientação do bispo diocesano de São José do Rio Preto, Dom Antonio Emidio Vilar, sdb. O coordenador do processo, Pe. Luiz Caputo, tomou as palavras do decano do Colégio Cardinalício, cardeal Giovanni Battista Re, que presidiu a Missa de Exéquias do Santo Padre, para unir as lideranças em oração. “O Papa Francisco costumava concluir os seus discursos e encontros pessoais dizendo: ‘Não vos esqueçais de rezar por mim’. Agora, querido Papa Francisco, pedimos-Vos que rezeis por nós e pedimos que, do céu, abençoeis a Igreja, abençoeis Roma, abençoeis o mundo inteiro”, destacou o presbítero.

 

Homenagens

 

Além do plantio de árvores, gesto que seguirá sendo realizado ao longo das próximas semanas, os fiéis igualmente se reuniram em Missas pelo sétimo dia de falecimento do Papa. Os momentos de oração, desde o dia 21 de abril, têm se multiplicado em toda a Diocese de São José do Rio Preto.

 

Na vivência do Ano Santo, na madrugada de primeiro de maio, feriado pelo Dia do Trabalho, cerca de 300 fiéis percorrerão os 21 quilômetros que separam as cidades paulistas de Orindiúva e Paulo de Faria. Segundo o organizador da iniciativa, Pe. Rafael Prudêncio, a “Caminhada da Misericórdia” será um sinal de esperança e uma forma de, igualmente render graças a Deus, pelos dois Jubileus convocados pelo Santo Padre. Partindo da Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, os peregrinos celebrarão a Eucaristia na Igreja Jubilar disposta no município vizinho; ocasião em que são esperados mais de 500 fiéis. “O Papa Francisco será trazido em todo o percurso e na Santa Missa”, concluiu o presbítero.

 

Legado

 

Dom Antonio Emidio Vilar, sdb, há três anos confirmado pelo Pontífice como bispo diocesano de São José do Rio Preto, ofereceu ao Povo de Deus uma Carta Pastoral em que resgatou os principais feitos do Papa. “Ele se faz próximo dos pobres e sofredores, migrantes e flagelados por guerras, e visita países pobres, pregando a dignidade de todos, consolando-os e animando-os em suas provações. Viajou à ilha de Lampedusa e mostrou ao mundo o drama da migração. Foi ao campo de refugiados em Lesbos, na Grécia, e trouxe consigo 12 refugiados sírios para serem cuidados. Ele cria o Dia Mundial dos Pobres em 2017 e alerta que Jesus está presente nos pobres que nos abrem o caminho para o céu e nos dão passaporte para lá”, escreveu Dom Vilar em documento datado de 24 de junho de 2023 e que, mesmo dois anos depois, permanece atual ao resgatar temas caros ao pontificado de Bergoglio.

 

De fato, os apelos do Santo Padre não foram emitidos para ficar no plano das ideias. Em cada gesto solidário, em cada árvore plantada e em cada gesto efetivado para “alargar as tendas”, uma certeza se fortalece: Francisco vive!

 

 

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REPAM-Brasil e CCM plantam uma árvore em memória do Papa Francisco

 

Neste sábado, 26 de abril, dia do sepultamento do Papa Francisco, a REPAM Brasil plantou uma árvore no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília, como gesto de homenagem e compromisso com o cuidado da criação. A missa foi celebrada por Dom Ionilton, secretário da REPAM-Brasil, e organizada pelos missionários de 17 países que participam do curso do CENFI. A Irmã Irene acompanhou e seguiu o rito da cerimônia.

 

Durante a celebração, Dom Ionilton destacou a importância de manter viva a memória do Papa Francisco:

 

“Aqui foi plantada essa árvore em memória do Papa Francisco, para deixar com que a sua memória permaneça sempre viva no meio de nós. Guardo no coração e na minha vida duas opções fundamentais do Papa Francisco: a opção pelos pobres e a opção pelo cuidado da natureza.”

 

Ele também lembrou as palavras do Papa:

 

“Pelos pobres, ele disse na Evangelii Gaudium, ninguém na Igreja deve dizer que não faz a opção pelos pobres porque tem que fazer outras coisas. Portanto, é uma opção bem definida na vida dele, nas suas palavras e nos seus gestos. E essa outra opção, que foi pelo cuidado da Casa Comum, está expressa na Laudato Si, onde ele nos chama a escutar o grito dos pobres e o grito da natureza.”

 

A árvore plantada foi uma jabuticabeira, símbolo dos frutos que nascem do amor à vida e do cuidado com a Casa Comum.

 

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Francisco recebia salário? A resposta é simples: não. Como jesuíta, o Papa fez votos de pobreza

 

Humildade e simplicidade sempre foram marcas registradas do Papa Francisco, que desde o início do pontificado dispensou luxos e manteve um estilo de vida discreto. Mas uma dúvida comum entre fiéis e curiosos é: afinal, o Papa recebia salário?

 

A resposta é simples: não. Como jesuíta, Francisco fez votos de pobreza, o que significa que não possui bens pessoais e também não recebe um salário fixo pelo cargo que ocupa. Todas as necessidades como alimentação, moradia, transporte e cuidados médicos, são custeadas pela Igreja Católica.

 

Em entrevistas e até em documentários, como Amém: Perguntando ao Papa, disponível no Disney+, Francisco já comentou sobre essa rotina com bom humor.

 

Quando preciso de dinheiro para comprar sapatos ou outra coisa, eu peço. Eu não tenho um salário, mas isso não me preocupa porque sei que serei alimentado de graça”, declarou o pontífice.

 

De onde vem a fortuna do Vaticano

 

Para sustentar os membros da Igreja que vivem no Vaticano, a Igreja Católica conta com várias fontes de rendimentos. Entre os principais meios de arrecadação está o turismo, que capta fundo a partir das visitas aos museus e templos locais.

 

Os donativos dos fiéis e das igrejas subordinadas ao Vaticano é outra forma de contribuição. Todos os bens angariados são coletados e armazenados no Óbulo de São Pedro, um sistema que coleta doações de dioceses em todo o mundo.

 

As posses e tesouros acumulados ao longo da história também fazem parte da economia do centro do catolicismo, bem como a própria carteira de investimentos do Vaticano, contribuindo para a manutenção da riqueza do local.

 

Morre Papa Francisco:

 

Após 12 anos a frente da Igreja Católica, o Papa Francisco morreu nesta segunda-feira (21), informou o Vaticano. Ele passou por internações nos últimos meses e não resistiu às complicações.

 

Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, em Buenos Aires, Argentina, faleceu nesta segunda-feira, aos 88 anos, em Roma.

 

Ele foi o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta a assumir o pontificado, marcando seu papado com um estilo simples e comprometido com os mais necessitados.

 

 

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“Ele amou-nos a todos”. Entre presidentes e reis, pobres em lugar de destaque no funeral do Papa Francisco

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A “insistência” do papa Francisco em trabalhar pelos pobres foi incorporada aos eventos fúnebres deste sábado (26), com grupos de pessoas carentes convidados a assistir ao culto na Praça de São Pedro, no Vaticano.

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Os convidados foram escolhidos pela instituição de caridade Sant’Egidio e representavam grupos que Francisco considerava marginalizados.

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Parte das pessoas marginalizadas também foi convidada a se alinhar nos degraus do local de descanso final, a Basílica de Santa Maria Maggiore, no final do cortejo fúnebre.

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Entre líderes políticos, monarcas e religiosos de todo o mundo, o funeral do Papa contou com outros convidados especiais: os necessitados.

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Com rosas brancas

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Um grupo de pessoas pobres e marginalizados aguardou o caixão de Francisco junto à Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.

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Segurando rosas brancas, migrantes, reclusos e pessoas sem-abrigo e transgénero fizeram uma guarda de honra na escadaria da basílica que será a última morada de Francisco, o Papa das “periferias”.

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O Papa Francisco levou-nos de autocarro ao Vaticano e ajudou-nos. Ele amou-nos a todos“, disse ao jornal jornal “Corriere della Sera” Tamara, que como Francisco é natural da Argentina.

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Francisco conheceu Tamara quando esta ainda vivia na rua e se prostituía para sobreviver. “O Papa não nos julgava. Ele ajudava-nos“, sublinha.

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Antonino Siracusa, ex-sem-abrigo que também estava nas escadarias da Basílica de Santa Maria Maior com uma rosa branca na mão, diz que com Francisco aprendeu que não podemos entrar em desespero, porque todos podem cair em situações difíceis na vida.

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Ajudaram-me na Comunidade de Santo Egídio, já não me sinto sozinho. Então, também comecei a ajudar outros“, conta Antonino Siracusa.

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O papa argentino acreditava que “os pobres têm um lugar privilegiado no coração de Deus”, segundo comunicado da Santa Sé emitido antes do funeral.

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Francisco, que escolheu seu nome em homenagem a São Francisco de Assis, com seu compromisso com a pobreza, a paz e a natureza, queria refletir sua própria dedicação aos desabrigados e desfavorecidos.

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O papa Francisco fez tanto por pessoas como eu, pessoas que estão passando por dificuldades, pessoas que não conseguem nem pagar para lavar suas roupas”, disse Anna Melnyk, uma ucraniana de 30 anos que veio para Roma antes da guerra.

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Melnyk costumava usar uma lavanderia que o falecido papa havia criado para pessoas necessitadas. “Ele nos fez sentir parte de sua família, especialmente aqueles de nós que não temos família”, disse à CNN.

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Florian Gretz, de 66 anos, que acampa perto do Vaticano há vários anos, contou a vez em que o Papa Francisco convidou moradores de rua para jantar na Sala Paulo VI do Vaticano em 2023. “Ele nos tratou com respeito e dignidade, sentamos à mesa e comemos com talheres”, disse Gretz. “Será que o próximo papa fará isso?”, questionou.

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Jornal Corriere della Sera e CNN

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Fiéis plantam árvore em homenagem ao papa Francisco

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G1 – Um grupo de fiéis da Paróquia Maria Auxiliadora dos Cristãos, de Jacareí, no interior de São Paulo, se reuniu na manhã deste sábado (26) para plantar uma árvore em homenagem ao papa Francisco, que morreu na última segunda-feira (21).

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O plantio da árvore ocorreu na Praça da Chacrinha, no Parque Meia Lua. A praça fica em frente à igreja, liderada pelo Padre Ricardo de Andrade.

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Além de dezenas de crianças, fiéis da igreja também participaram da ação. Segundo o pároco, a ideia de plantar a árvore é justamente seguir um dos ensinamentos do pontífice, que era cuidar do meio ambiente.

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Morte do papa Francisco

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Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, morreu aos 88 anos às 2h35 pelo horário de Brasília, 7h35 pelo horário local, na última segunda-feira (21). As informações foram confirmadas pelo Vaticano. O pontífice ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos.

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“O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino”, diz comunicado oficial.

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Francisco se recuperava de uma pneumonia nos dois pulmões após ficar internado por cerca de 40 dias.

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Nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, na Argentina, Francisco foi o primeiro papa latino-americano da história. Ele também foi o primeiro pontífice da era moderna a assumir o papado após a renúncia do seu antecessor e, ainda, o primeiro jesuíta no posto.

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À frente da Igreja Católica por quase 12 anos, Francisco foi o papa número 266. Em 13 de março de 2013, durante o segundo dia do conclave para eleger o substituto de Bento XVI, Bergoglio foi escolhido como o novo líder – inclusive contra a sua própria vontade, segundo ele mesmo admitiu.

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