Religião

Paróquia de São Sebastião & São Miguel divulga horário das Missas de Natal e Ano Novo em Jucurutu

 

Blog Edilson Silva – Confira os horários das celebrações especiais do nascimento do Menino Jesus na Paróquia de São Sebastião & São Miguel de Jucurutu/RN.

 

Venha celebrar conosco as alegrias do Verbo Encarnado!

 

Confira a programação das celebrações:

 

DIA 24/12/2023 – DOMINGO

 

7h – Missa na Igreja Matriz
8h – Batizados na Igreja Matriz
16h – Missa na Capela de Senhora Santana em Barra de Santana
17h – Batizados na Igreja Matriz
18h – Missa na Capela de Nossa Senhora Daguia em Boi Selado
20h – Missa na Igreja Matriz

 

DIA 31/12/2023– DOMINGO – ANO NOVO

7h – Missa na Igreja Matriz
18h – Missa na Capela de Senhora Santana em Barra de Santana
20h– Missa na Capela de Nossa Senhora Daguia em Boi Selado
22h – Missa na Igreja Matriz

 

 

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Pascom da Diocese de Caicó realiza encontro de avaliação do ano de 2023, planejamento para 2024 e confraternização

 

A Pastoral da Comunicação (Pascom) da Diocese de Caicó concluiu, no sábado, 09 de Dezembro, o seu calendário de atividades de 2023.

 

Um encontro reuniu no Centro de Pastoral Dom Wagner em Caicó-RN, os coordenadores da Pascom da Diocese.

 

O objetivo da reunião foi avaliar os passos dados e planejar as atividades para 2024.

 

Na oportunidade foi reafirmado o compromisso de sediar o VIII Mutirão Regional de Comunicação na Diocese.

 

Dentre as propostas, ficou definido estudar o documento 70: “Rumo a presença plena”, entre os meses de fevereiro e abril nas 4 foranias.

 

Em maio, direcionar ações do Dia Mundial das comunicações sociais nas paróquias e, em outubro, realizar um tríduo solene de orações em preparação para o IX Muticom Regional NE2 e os 85 anos da Diocese de Caicó.

 

O encontro foi concluído com um almoço de confraternização.

 

 

 

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Mensagem do Papa Francisco para o VII Dia Mundial dos Pobres

 

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO
PARA O VII DIA MUNDIAL DOS POBRES

 

XXXIII Domingo do Tempo Comum
19 de novembro de 2023

«Nunca afastes de algum pobre o teu olhar» (Tb 4, 7)

 

 

1. O Dia Mundial dos Pobres, sinal fecundo da misericórdia do Pai, vem pela sétima vez alentar o caminho das nossas comunidades. Trata-se duma ocorrência que se está a radicar progressivamente na pastoral da Igreja, fazendo-a descobrir cada vez mais o conteúdo central do Evangelho. Empenhamo-nos todos os dias no acolhimento dos pobres, mas não basta; a pobreza permeia as nossas cidades como um rio que engrossa sempre mais até extravasar; e parece submergir-nos, pois o grito dos irmãos e irmãs que pedem ajuda, apoio e solidariedade ergue-se cada vez mais forte. Por isso, no domingo que antecede a festa de Jesus Cristo, Rei do Universo, reunimo-nos ao redor da sua Mesa para voltar a receber d’Ele o dom e o compromisso de viver a pobreza e servir os pobres.

 

Nunca afastes de algum pobre o teu olhar” (Tb 4, 7). Esta recomendação ajuda-nos a compreender a essência do nosso testemunho. Deter-se no Livro de Tobite, um texto pouco conhecido do Antigo Testamento, eloquente e cheio de sabedoria, permitir-nos-á penetrar melhor no conteúdo que o autor sagrado deseja transmitir. Abre-se diante de nós uma cena de vida familiar: um pai, Tobite, despede-se do filho, Tobias, que está prestes a iniciar uma longa viagem.

 

O velho Tobite teme não voltar a ver o filho e, por isso, deixa-lhe o seu “testamento espiritual”. Foi deportado para Nínive e agora está cego; é, por conseguinte, duplamente pobre, mas sempre viveu com a certeza que o próprio nome exprime: “O Senhor foi o meu bem”. Este homem que sempre confiou no Senhor, deseja, como um bom pai, deixar ao filho não tanto bens materiais, mas sobretudo o testemunho do caminho que há de seguir na vida. Por isso diz-lhe: “Lembra-te sempre, filho, do Senhor, nosso Deus, em todos os teus dias, evita o pecado e observa os seus mandamentos. Pratica a justiça em todos os dias da tua vida e não andes pelos caminhos da injustiça” (Tb 4, 5).

 

2. Como salta à vista, a recordação, que o velho Tobite pede ao filho para guardar, não se reduz simplesmente a um ato da memória nem a uma oração dirigida a Deus. Faz referência a gestos concretos, que consistem em praticar boas obras e viver com justiça. E a exortação torna-se ainda mais específica: “Dá esmolas, conforme as tuas posses. Nunca afastes de algum pobre o teu olhar, e nunca se afastará de ti o olhar de Deus” (Tb 4, 7).

 

Muito surpreendem as palavras deste velho sábio. Não esqueçamos, de facto, que Tobite perdeu a vista precisamente depois de ter praticado um ato de misericórdia. Como ele próprio conta, desde a juventude que se dedicou a obras de caridade, “dando muitas esmolas aos meus irmãos, os da minha nação que comigo tinham sido levados cativos para a terra dos assírios, em Nínive (…), fornecendo pão aos esfomeados e vestindo os nus e, se encontrava morto alguém da minha linhagem, atirado para junto dos muros de Nínive, dava-lhe sepultura” (Tb 1, 3.17).

 

Por causa deste seu testemunho de caridade, viu-se privado de todos os seus bens pelo rei, ficando na pobreza completa. Mas, o Senhor precisava ainda dele! Foi-lhe devolvido o seu lugar de administrador e ele não teve medo de continuar o seu estilo de vida. Ouçamos a sua história, que hoje nos fala também a nós: «Pela festa do Pentecostes, que é a nossa festa das Semanas, mandei preparar um bom almoço e reclinei-me para comer. Mas, ao ver a mesa coberta com tantas comidas finas, disse a Tobias: “Filho, vai procurar, entre os nossos irmãos cativos em Nínive, um pobre que seja de coração fiel, e trá-lo para que participe da nossa refeição. Eu espero por ti, meu filho” (Tb 2, 1-2). Como seria significativo se, no Dia dos Pobres, esta preocupação de Tobite fosse também a nossa! Ou seja, convidar para partilhar o almoço dominical, depois de ter partilhado a Mesa Eucarística. A Eucaristia celebrada tornar-se-ia realmente critério de comunhão. Aliás, se ao redor do altar do Senhor temos consciência de sermos todos irmãos e irmãs, quanto mais visível se tornaria esta fraternidade, compartilhando a refeição festiva com quem carece do necessário!

 

Tobias fez como o pai lhe dissera, mas voltou com a notícia de que um pobre fora morto e deixado no meio da praça. Sem hesitar, o velho Tobite levantou-se da mesa e foi enterrar aquele homem. Voltando cansado para casa, adormeceu no pátio; caíram-lhe nos olhos  excrementos de pássaros, e ficou cego (cf. Tb 2, 1-10). Ironia do destino! Pratica um gesto de caridade e sucedelhe uma desgraça… Apetece-nos pensar assim, mas a fé ensina-nos a ir mais a fundo. A cegueira de Tobite tornar-se-á a sua força para reconhecer ainda melhor tantas formas de pobreza ao seu redor. E, mais tarde, o Senhor providenciará a devolver ao velho pai a vista e a alegria de rever o filho Tobias. Quando chegou este momento, “Tobite lançou-se-lhe ao pescoço e, chorando, disse: “Vejo-te, filho, tu que és a luz dos meus olhos!” E continuou: “Bendito seja Deus e bendito o seu grande nome! Benditos os seus santos anjos! Que seu nome esteja sobre nós e benditos sejam todos os seus anjos, pelos séculos sem fim! Ele puniu-me, mas eis que volto a ver Tobias, o meu filho”” (Tb 11, 13-14).

 

3. Podemos questionar-nos: Donde tira Tobite a coragem e a força interior que lhe permitem servir a Deus no meio dum povo pagão e amar o próximo até ao ponto de pôr em risco a própria vida? Estamos diante dum exemplo extraordinário: Tobite é um marido fiel e um pai carinhoso; foi deportado para longe da sua terra e sofre injustamente; é perseguido pelo rei e pelos vizinhos de casa… Apesar de ânimo tão bom, é posto à prova. Como muitas vezes nos ensina a Sagrada Escritura, Deus não poupa as provações a quem pratica o bem. E porquê? Não o faz para nos humilhar, mas para tornar firme a nossa fé n’Ele.

 

Tobite, no período da provação, descobre a própria pobreza, que o torna capaz de reconhecer os pobres. É fiel à Lei de Deus e observa os mandamentos, mas para ele isto não basta. A solicitude operosa para com os pobres torna-se-lhe possível, porque experimentou a pobreza na própria pele. Por isso, as palavras que dirige ao filho Tobias constituem a sua verdadeira herança: “Nunca afastes de algum pobre o teu olhar” (Tb 4, 7). Enfim, quando nos deparamos com um pobre, não podemos virar o olhar para o lado oposto, porque impediríamos a nós próprios de encontrar o rosto do Senhor Jesus. E notemos bem aquela expressão «de algum pobre», de todo o pobre. Cada um deles é nosso próximo. Não importa a cor da pele, a condição social, a proveniência… Se sou pobre, posso reconhecer de verdade quem é o irmão que precisa de mim. Somos chamados a ir ao encontro de todo o pobre e de todo o tipo de pobreza, sacudindo de nós mesmos a indiferença e a naturalidade com que defendemos um bem-estar ilusório.

 

4. Vivemos um momento histórico que não favorece a atenção aos mais pobres. O volume sonoro do apelo ao bem-estar é cada vez mais alto, enquanto se põe o silenciador relativamente às vozes de quem vive na pobreza. Tende-se a ignorar tudo o que não se enquadre nos modelos de vida pensados sobretudo para as gerações mais jovens, que são as mais frágeis perante a mudança cultural em curso. Coloca-se entre parênteses aquilo que é desagradável e causa sofrimento, enquanto se exaltam as qualidades físicas como se fossem a meta principal a alcançar. A realidade virtual sobrepõe-se à vida real, e acontece cada vez mais facilmente confundirem-se os dois mundos. Os pobres tornam-se imagens que até podem comover por alguns momentos, mas quando os encontramos em carne e osso pela estrada, sobrevêm o fastídio e a marginalização. A pressa, companheira diária da vida, impede de parar, socorrer e cuidar do outro. A parábola do bom samaritano (cf. Lc 10, 25-37) não é história do passado; desafia o presente de cada um de nós. Delegar a outros é fácil; oferecer dinheiro para que outros pratiquem a caridade é um gesto generoso; envolver-se pessoalmente é a vocação de todo o cristão.

 

5. Damos graças ao Senhor porque há tantos homens e mulheres que vivem a dedicação aos pobres e excluídos e a partilha com eles; pessoas de todas as idades e condições sociais que praticam a hospitalidade e se empenham junto daqueles que se encontram em situações de marginalização e sofrimento. Não são super-homens, mas “vizinhos de casa” que encontramos cada dia e que, no silêncio, se fazem pobres com os pobres. Não se limitam a dar qualquer coisa: escutam, dialogam, procuram compreender a situação e as suas causas, para dar conselhos adequados e indicações justas. Estão atentos tanto à necessidade material como à espiritual, ou seja, à promoção integral da pessoa. O Reino de Deus torna-se presente e visível neste serviço generoso e gratuito; é realmente como a semente que caiu na boa terra da vida destas pessoas, e dá fruto (cf. Lc 8, 4-15). A gratidão a tantos voluntários deve fazer-se oração para que o seu testemunho possa ser fecundo.

 

6. No 60º aniversário da Encíclica Pacem in terris, é urgente retomar as palavras do Santo Papa João XXIII quando escrevia: «O ser humano tem direito à existência, à integridade física, aos recursos correspondentes a um digno padrão de vida: tais são especialmente a nutrição, o vestuário, a moradia, o repouso, a assistência sanitária, os serviços sociais indispensáveis. Segue-se daí, que a pessoa tem também o direito de ser amparada em caso de doença, de invalidez, de viuvez, de velhice, de desemprego forçado, e em qualquer outro caso de privação dos meios de sustento por circunstâncias independentes da sua vontade» (n. 11).

 

Quanto trabalho temos ainda pela frente para tornar realidade estas palavras, inclusive através dum sério e eficaz empenho político e legislativo! Não obstante os limites e por vezes as lacunas da política para ver e servir o bem comum, possa desenvolver-se a solidariedade e a subsidiariedade de muitos cidadãos que acreditam no valor do empenho voluntário de dedicação aos pobres. Isto, naturalmente sem deixar de estimular e fazer pressão para que as instituições públicas cumpram do melhor modo possível o seu dever. Mas não adianta ficar passivamente à espera de receber tudo “do alto”. E, quem vive em condição de pobreza, seja também envolvido e apoiado num processo de mudança e responsabilização.

 

7. Mais uma vez, infelizmente, temos de constatar novas formas de pobreza que se vêm juntar às outras descritas já anteriormente. Penso de modo particular nas populações que vivem em cenários de guerra, especialmente nas crianças privadas dum presente sereno e dum futuro digno. Ninguém poderá jamais habituar-se a esta situação; mantenhamos viva toda a tentativa para que a paz se afirme como dom do Senhor Ressuscitado e fruto do empenho pela justiça e o diálogo.

 

Não posso esquecer as especulações, em vários setores, que levam a um aumento dramático dos preços, deixando muitas famílias numa indigência ainda maior. Os salários esgotam-se rapidamente, forçando a privações que atentam contra a dignidade de cada pessoa. Se, numa família, se tem de escolher entre o alimento para se nutrir e os remédios para se curar, então deve fazer-se ouvir a voz de quem clama pelo direito a ambos os bens, em nome da dignidade da pessoa humana.

 

Além disso, como não assinalar a desordem ética que marca o mundo do trabalho? O tratamento desumano reservado a muitos trabalhadores e trabalhadoras; a remuneração não equivalente ao trabalho realizado; o flagelo da precariedade; as demasiadas vítimas de incidentes, devidos muitas vezes à mentalidade que privilegia o lucro imediato em detrimento da segurança… Voltam à mente as palavras de São João Paulo II: «O primeiro fundamento do valor do trabalho é o próprio homem. (…) O homem está destinado e é chamado ao trabalho, contudo antes de mais nada o trabalho é “para o homem”, e não o homem “para o trabalho”» (Enc. Laborem exercens, 6).

 

8. Este elenco, já em si mesmo dramático, dá conta apenas de modo parcial das situações de pobreza que fazem parte da nossa vida diária. Não posso deixar de fora, em particular, uma forma de mal-estar que aparece cada dia mais evidente e que atinge o mundo juvenil. Quantas vidas frustradas e até suicídios de jovens, iludidos por uma cultura que os leva a sentirem-se “inacabados” e “falidos”. Ajudemo-los a reagir a estas instigações nocivas, para que cada um possa encontrar a estrada que deve seguir para adquirir uma identidade forte e generosa. É fácil cair na retórica, quando se fala dos pobres. Tentação insidiosa é também parar nas estatísticas e nos números. Os pobres são pessoas, têm rosto, uma história, coração e alma. São irmãos e irmãs com os seus valores e defeitos, como todos, e é importante estabelecer uma relação pessoal com cada um deles.

 

O Livro de Tobias ensina-nos a ser concretos no nosso agir com e pelos pobres. É uma questão de justiça que nos obriga a todos a procurar-nos e encontrar-nos reciprocamente, favorecendo a harmonia necessária para que uma comunidade se possa identificar como tal. Portanto, interessar-se pelos pobres não se esgota em esmolas apressadas; pede para restabelecer as justas relações interpessoais que foram afetadas pela pobreza. Assim «não afastar o olhar do pobre» leva a obter os benefícios da misericórdia, da caridade que dá sentido e valor a toda a vida cristã.

 

9. Que a nossa solicitude pelos pobres seja sempre marcada pelo realismo evangélico. A partilha deve corresponder às necessidades concretas do outro, e não ao meu supérfluo de que me quero libertar. Também aqui é preciso discernimento, sob a guia do Espírito Santo, para distinguir as verdadeiras exigências dos irmãos do que constitui as nossas aspirações. Aquilo de que seguramente têm urgente necessidade é da nossa humanidade, do nosso coração aberto ao amor. Não esqueçamos: “Somos chamados a descobrir Cristo neles: não só a emprestar-lhes a nossa voz nas suas causas, mas também a ser seus amigos, a escutá-los, a compreendê-los e a acolher a misteriosa sabedoria que Deus nos quer comunicar através deles” (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 198). A fé ensina-nos que todo o pobre é filho de Deus e que, nele ou nela, está presente Cristo: “Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes” (Mt 25, 40).

 

10. Este ano completam-se 150 anos do nascimento de Santa Teresa do Menino Jesus. Numa página da sua História de uma alma, deixou escrito: “Compreendo agora que a caridade perfeita consiste em suportar os defeitos dos outros, em não se escandalizar com as suas fraquezas, em edificar-se com os mais pequenos atos de virtude que se lhes vir praticar; mas compreendi, sobretudo, que a caridade não deve ficar encerrada no fundo do coração: “Ninguém, disse Jesus, acende uma candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas coloca-a sobre o candelabro para alumiar todos os que estão em casa”. Creio que essa luz representa a caridade, que deve iluminar e alegrar, não só os que são mais queridos, mas todos aqueles que estão na casa, sem excetuar ninguém” (Manuscrito C, 12rº: História de uma alma, Avessadas 2005, 255-256).

 

Nesta casa que é o mundo, todos têm direito de ser iluminados pela caridade, ninguém pode ser privado dela. Possa a tenacidade do amor de Santa Teresinha inspirar os nossos corações neste Dia Mundial, ajudar-nos a «nunca afastar de algum pobre o olhar» e a mantê-lo sempre fixo no rosto humano e divino do Senhor Jesus Cristo.

 

Roma – São João de Latrão, na Memória de Santo António, Patrono dos pobres, 13 de junho de 2023.

 

PAPA FRANCISCO

 

Fonte: Vaticano

 

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Paróquia de Sant’Ana coordena entrega de kits de higiene pessoal, alimentação e água a pessoas em situação de rua em Caicó

 

Atendendo a um apelo feito pelo Papa Francisco, a Diocese de Caicó vem evidenciando ações pelo dia mundial dos pobres. A paróquia de Sant’Ana de Caicó realizou neste sábado (18), entrega de kits de higiene pessoal, alimentação e água, para pessoas em situação de rua.

 

O pároco de Sant’Ana e reitor do seminário, padre Jerônimo Batista, acompanhou a entrega que foi feita por jovens vocacionados, seminaristas e voluntários, Pastoral familiar e Serviço à Vida da Diocese de Caicó, que foram ao encontro das pessoas em vulnerabilidade social no território paroquial.

 

“Muitas vezes passamos na realidade que existe, e nos é invisível, até aqui mesmo no centro de Caicó, com estes nossos irmãos em situação de rua. Uma igreja em saída e com apelo preferencial pelos pobres”, destacou.

 

A ação tem continuidade em todas as celebrações religiosas neste domingo das paróquias da Diocese de Caicó onde serão recebidos roupas e quilos de alimentos não perecíveis para serem destinados a caritas diocesana que faz acompanhamento a famílias em vulnerabilidade social em Caicó e toda região do Seridó.

 

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Show com os Cantores de Deus abriu Festa de Nossa Senhora das Graças em Florânia

 

Blog Edilson Silva – Aconteceu nesta quarta-feira, 16 de novembro de 2023 a primeira noite da Festa de Nossa Senhora das Graças em Florânia no interior do RN.

 

Católicos e devotos da mãe de Jesus, poderam viver momentos especiais, onde a noite foi marcada por show religioso com os Cantores de Deus e o ascender das luzes de Natal.

 

O show religioso atraiu pessoas de todas idades e foi patrocinado pela Prefeitura Municipal de Florânia, onde reuniu muita gente para esse momento de fé, descontração e confraternização.

 

O projeto Florânia Luz em seu 3º ano irradiou o clima natalino pelo centro da cidade.

 

Nosso blog/site gosta do que é bom e esteve presente no evangelizashow e compartilha com nossos leitores alguns momentos.

 

 

Os Cantores de Deus

 

O grupo Cantores de Deus nasceu em 1997, do coração do Pe. Zezinho, scj, que desejava ser acompanhado em seus shows, viagens e missões, por cantores comprometidos com a fé católica. Inicialmente era formado por Luan, Vanessa, Suely Ferreira, Dalva Tenório e Karla Fioravante. Com essa formação, gravou os CDs “Em verso e em canção” (1997), “En verso y en Canción” (1998), “Iguais” (2000) e “De olho no mundo” (2002). No ano de 2003, Luan e Vanessa mudaram-se para os EUA, deixando de fazer parte da missão. No mesmo ano, os Cantores de Deus acolhem Robson Jr, e em 2004, com a saída de Suely, veio somar Andréia Zanardi. Com a nova formação, gravaram o CD “Nas ruas do país” (2004).

 

Durante o período de 2000 a 2002, o grupo apresentou o programa de TV “Palavras que não passam” transmitido pela Rede Vida de Televisão juntamente com o Pe. Zezinho, scj. Pouco tempo depois, ganhou seu próprio programa, o “Universo em Canção”, também exibido pela Rede Vida, até o ano de 2004.

 

Com o lançamento do CD “Nas ruas do país” na nova formação, agora com Karla Fioravante, Dalva Tenório, Andréia Zanardi e Robson Jr, recebe de sua gravadora, Paulinas Comep, o disco de ouro duplo, pela vendagem dos CDs: “Em verso e em canção” e “Iguais”. Em dezembro de 2006, Robson Jr. vem a falecer, e então, mesmo com tantas mudanças, o grupo Cantores de Deus decide continuar. Em 2007, em comemoração aos 10 anos de evangelização, é lançado o CD “Nossa História” que conta com a participação dos ex-integrantes e regravações de músicas desde o primeiro CD com uma nova roupagem.

 

Também em 2007, participa da visita do Papa Bento XVI ao Brasil, bem como da missa de canonização de Frei Galvão. Em 2011 teve a honra de participar da JMJ em Madrid com o Papa Bento XVI e em 2013, no Rio de Janeiro, com o Papa Francisco.

 

Em agosto de 2009, lança o CD “Mulheres”, o sétimo da carreira, retratando a nova fase do grupo com as três integrantes: Karla, Dalva e Andréia. Já em Dezembro de 2011 é lançado o DVD “Mulheres ao vivo” que firma esta nova identidade, e no início de 2012, o CD “Mulheres ao vivo”. O DVD Mulheres tem uma seleção de músicas que marcaram os 15 anos de história de evangelização, além de duas canções inéditas.

 

Participaram desse momento os amigos da música católica: Pe. Zezinho,scj, Ziza Fernandes, Suely Façanha, Walmir Alencar, Eliana Ribeiro, além de Oswaldinho do Acordeon.

 

Além de três prêmios como melhor grupo vocal católico no “Troféu Louvemos o Senhor” realizado pela TV Século 21, em 2012 o grupo Cantores de Deus recebe o troféu como melhor DVD de 2011 e também a indicação ao “Grammy Latino” como melhor álbum cristão, com o CD Mulheres ao vivo.

 

Com uma história sólida na música católica, em 2015 lança o CD inédito intitulado “Mulheres em foco, força e fé”, que traduz, em canção, a força e beleza da mulher que tem fé e que, apesar das dificuldades, se sustenta no amor de Deus. No ano de 2019,Andréia Zanardi, Karla Fioravante e Dalva Tenório lançam o EP “Mulheres de fé em fé” com canções que fazem pensar no sentido da vida, em amar e sentir-se amado, em acalentar as dores de quem se ama. Não são uma “receita milagrosa”, mas querem ser um alento para as feridas do coração.

 

O grupo Cantores de Deus continua fazendo história e firme no desejo de transformar corações pela música que evangeliza. Que essa canção de fé, de amor e de esperança alcance a cada dia mais vidas!

 

 

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Imagem peregrina de Santa Luzia visita jucurutuenses nesta quarta (01)

 

Blog Edilson Silva – A cidade de Jucurutu/RN, teve o privilégio de receber, nesta quarta-feira, 01 de novembro de 2023 a imagem peregrina de Santa Luzia, padroeira de Mossoró.

 

A peregrinação da imagem de Santa Luzia ocorre pelas cidades do interior do estado do RN.

 

A imagem passou pelo município de Jucurutu por volta das 18h.

 

Fiéis católicos, devotos e devotas da santa protetora da visão recepcionaram a imagem na entrada da cidade na BR 226, sentido Triunfo Potiguar.

 

Motociclistas, ciclistas, motoristas e pedestres ao lado do Padre Carlos Eduardo, pároco da cidade conduziram a imagem peregrina até a Matriz, onde foi celebrada a Missa da Luz.

 

Santa Luzia foi levada até o interior da Matriz pela equipe de peregrinação, que ao chegar realizou uma celebração de bênçãos a todos presentes.

 

A imagem ficou exposta na Igreja Matriz, para que todos pudessem fazer suas orações e agradecimentos a santa padroeira da cidade de Mossoró.

 

Padre Carlos Eduardo agradeceu ao empenho da equipe de peregrinação por conceder mais uma vez a visita da imagem, permitindo assim momentos de oração e reflexão aos católicos e jucurutuenses.

 

 

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Paróquia de Jucurutu divulga programação para Dia de Finados

 

Blog Edilson Silva – O Dia de Finados é de muita reflexão, de oração e lembrança dos nossos entes queridos que partiram.

 

O dia dois de novembro não é apenas um feriado, mas para a Igreja Católica é uma oportunidade de oração e para fazer uma reflexão sobre a vida, pois quem vive em Cristo, a morte é a passagem da peregrinação terrena para a pátria celestial, onde o Pai acolhe seus filhos. Neste dia são celebradas missas nas Igrejas e cemitérios das cidades e comunidades.

 

Para este ano, a Paróquia de São Sebastião e São Miguel de Jucurutu realizará uma programação especial.

 

02 de Novembro | Quinta-feira

 

07h – Missa na Matriz

09h – Missa no Cemitério da Nova Barra de Santana

16h – Missa no Cemitério do Distrito de Boi Selado

19h – Missa no Cemitério Municipal de Jucurutu

 

 

 

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Imagem de Santa Luzia, padroeira de Mossoró, visitará Jucurutu nesta quarta (01)

 

A imagem de Santa Luzia, padroeira de Mossoró, estará visitando os jucurutuenses nesta quarta, 01 de novembro de 2023.

 

Toda uma programação está sendo preparada pela Paróquia de São Sebastião e São Miguel de Jucurutu/RN.

 

18h – Acolhida da imagem na entrada da cidade no sentido Triunfo Potiguar.

 

18h30min. – BICIMOTO LUZIA, com partipação de ciclistas e motociclistas conduzindo a imagem em um percurso até o centro da cidade.

 

19h – Missa da Luz, celebrante pároco Carlos Eduardo de Lira.

 

Santa Luzia é muito amada e invocada como a protetora dos olhos, janela da alma, canal de luz.

 

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Paróquia de Jucurutu reuniu mais de dois mil jovens no DNJ Diocesano – Dia Nacional da Juventude

 

Blog Edilson Silva – A juventude do Seridó está on e preparada para um novo tempo com JESUS!

 

Mais de 2 mil jovens católicos de toda a Diocese de Caicó participaram no último sábado, 28/10, do DNJ 2023 – Dia Nacional da Juventude.

 

Uma verdadeira diversidade de grupos de todos os movimentos e expressões juvenis marcaram presença no município de Jucurutu/RN, sede do evento diocesano, proporcionando à juventude católica jucurutuense e de toda região uma profunda experiência com Jesus vivo e ressuscitado.

 

O evento teve início por volta das 13h com momentos de oração, catequese e adoração nos ginásios de esportes Ailson Lopes e Eufrasão. Em seguida às 18h ocorreu um arrastão partindo do Posto Manoel Janúncio em direção ao centro.

 

No palco central, milhares de jovens acompanharam uma programação centrada na pessoa de Jesus e seu Evangelho com a celebração da Santa Missa presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Antônio Carlos. Além de um grande show com Cosme que veio da cidade do Rio de Janeiro.

 

Na praça da Matriz uma Feira Vocacional contou com a participação de várias Congregações Religiosas, que, partilhando seus dons e carismas, deram aos jovens a oportunidade de discernir e vivenciar a alegria de seguir Cristo vivo.

 

Stand com livraria e artigos religiosos também fez parte da programação.

 

Confira alguns momentos registrado pelo nosso blog:

 

 

 

 

 

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História da devoção a Nossa Senhora Aparecida

 

A Mãe de Jesus merece dos cristãos um carinho especial e a devoção por ela se manifesta em todos os lugares, venerada sob os mais diferentes títulos e em muitas igrejas – desde modestas capelas a imponentes santuários.

 

Em nosso país, ela é venerada como Nossa Senhora da Conceição Aparecida. A devoção popular que se iniciou em 1717, quando a imagem foi encontrada no Rio Paraíba do Sul, foi crescendo e atingindo todas as regiões brasileiras, tornando-se o maior movimento religioso do país.

 

Aquela imagem pequenina, despojada de tudo, foi aos poucos se tornando objeto de especial veneração do povo brasileiro. Os devotos logo a cobriram com um manto da cor do céu brasileiro e a cingiram com uma coroa, reconhecendo-a como rainha – a servidora do povo junto de Deus.

 

NOSSA PADROEIRA – Em 1930, o Papa Pio XI proclamou Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil, atendendo ao pedido de bispos brasileiros.

 

Logo após a realização do Congresso Mariano de 1929, por empenho do então arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Sebastião Leme, e do reitor do Santuário de Aparecida, Padre Antão Jorge Hechenblaickner, os bispos presentes no congresso pediram ao Papa Pio XI que proclamasse Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil. O pontífice acolheu o pedido e, no dia 16 de julho de 1930, assinou o decreto.

 

A proclamação oficial se deu no Rio de Janeiro, então capital federal, no dia 31 de maio de 1931. Cerca de um milhão de pessoas foram prestar suas homenagens à Padroeira naquele dia. De manhã, o ponto alto foi a Missa Campal celebrada diante da Igreja de São Francisco de Paula. Mais tarde, uma procissão conduziu a imagem para a Praça da Esplanada do Castelo.

 

Junto do altar da Padroeira, encontrava-se o Núncio Apostólico, Dom Aloísio Masella, o Presidente da República, Getúlio Vargas, Ministros de Estado, outras autoridades civis, militares e eclesiásticas.

 

Notícias de jornais da época relatam que a imensa multidão repetiu com entusiasmo as palavras da consagração da nação e do povo a Nossa Senhora, proferidas por Dom Sebastião Leme: “Senhora Aparecida, o Brasil é vosso! Rainha do Brasil, abençoai a nossa gente. Paz ao nosso povo! Salvação para a nossa Pátria! Senhora Aparecida, o Brasil vos ama! O Brasil, em vós confia! Senhora Aparecida, o Brasil vos aclama: Salve, Rainha!”

 

Maria Santíssima, em suas manifestações, geralmente adota a fisionomia do povo do país ou do lugar onde ela se manifesta. No Brasil, seu nome é Nossa Senhora Aparecida; no México, de Guadalupe; na França, de Lurdes; em Portugal, de Fátima. Em cada nação toma o nome que a identifica com o seu povo e com cada uma das raças. Na África, é de feição negra; no Extremo Oriente, de cor amarela, e olhos rasgados. Os missionários europeus, quando de lá partiram, só conheciam a Madonna de seus renomados artistas com traços fisionômicos da mulher de sua gente.

 

Como explicar esse extraordinário fenômeno de verdadeira inculturação da “imagem” da mãe de Jesus? Os filhos querem a Mãe parecida com eles. Ela pode ser de origem judia, mas, no Brasil, nós a sentimos mais próxima do nosso povo. Por isso nós a veneramos e invocamos como Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rainha e padroeira do Brasil.

 

Assim nasceu a devoção

 

A história dessa devoção mariana iniciou-se na segunda quinzena de outubro de 1717 , quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, Dom Pedro de Almeida e Portugal, governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, chegaria à Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá. Convocados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba do Sul para o banquete que seria oferecido ao ilustre visitante e sua comitiva.

 

Desceram o rio e nada conseguiram. Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu. João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançou novamente a rede e apanhou a cabeça da mesma imagem.

 

São escassos os documentos que registram o encontro da imagem. Oito anos após aquele acontecimento, o pároco de Guaratinguetá redigiu um relatório sobre ele, nomeando os três pescadores, Domingos, João e Felipe, que se envolveram no achado. Esse texto serviu de base para o que foi escrito no Livro Tombo da paróquia, em agosto de 1757, pelo vigário Padre João de Morais e Aguiar, sob o título “Notícia da Aparição da Imagem da Senhora”.

 

No Livro Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá, conservado no Arquivo da Cúria de Aparecida, encontra-se a narrativa feita pelo vigário. Ela registra que foi “achada” a imagem pelos três humildes pescadores: “João Alves, lançando a rede de arrasto, tirou o corpo da Senhora sem cabeça; e lançando mais abaixo outra vez a rede, tirou a cabeça da mesma Senhora, não se sabendo nunca quem ali a lançasse”.

 

Os pescadores viram nesse fato um sinal de Deus, devido à pesca abundante que se seguiu. A narrativa diz: “Não tendo, até então, tomado peixe algum, dali por diante foi tão copiosa a pescaria em poucos lanços que, receosos de naufragarem pelo muito peixe que tinha nas canoas, os pescadores se retiraram a suas vivendas admirados desse sucesso.”

 

Pequeno oratório: a primeira casa de Maria

 

No aconchego de um lar humilde, sobre um altar de paus, foi colocada a imagem de Nossa Senhora da Conceição que depois viria a ser conhecida com o acréscimo “Aparecida”, dada a maneira como “apareceu. Era a casa de Filipe Pedroso, o mais velho dos pescadores, que conservou a imagem em sua casa por 15 anos. Seu filho Atanásio construiu um pequeno oratório onde as famílias vizinhas se reuniam para rezar o terço e outras orações. Foi o início de uma devoção que depois se tornaria o maior movimento religioso do país.

 

Mais tarde, diante da crescente afluência do povo, a imagem foi transferida para uma capela primitiva, construída no Porto Itaguaçu, marcando o local onde ela foi encontrada. Depois de peregrinar por diversas casas, em 1745 foi levada para uma capela maior. O culto já recebe a aprovação oficial da Igreja.

 

O Padre José Alves Villela, vigário da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá, decidiu construir essa nova igreja no alto do Morro dos Coqueiros. Iniciada em 1741, foi construída pelos escravos, com barro socado (taipa de pilão). No dia 25 de julho de 1745, o povo realizou uma grande procissão para levar a imagem da Senhora Aparecida para a nova igreja. No dia seguinte, o Padre Villela abençoava e inaugurava a primeira igreja dedicada a Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

 

Com essa inauguração, nasciam o santuário e as bases do povoado de Aparecida. Em 1760, a capela foi reformada e recebeu a segunda torre.

 

Basílica antiga

 

Como era crescente o número de fiéis que visitava o local, Frei Joaquim do Monte Carmelo resolveu dar a Nossa Senhora uma igreja maior. Com as obras iniciadas em 1844, ampliou a capela, deu-lhe altares artísticos, mudou o estilo colonial para o barroco, com alguns elementos do neoclássico. Em 24 de junho de 1888, a nova igreja era solenemente entregue aos seus devotos. Em 1893, recebeu o título de Santuário Episcopal.

 

Em 1908, Dom Duarte Leopoldo e Silva, arcebispo de São Paulo, pediu à Santa Sé o título de Basílica Menor para o Santuário de Aparecida, a igreja que fica na parte alta e mais antiga da cidade, conhecida como basílica velha. Essa dignidade foi concedida pelo papa São Pio X, em 29 de abril de 1908.

 

Finalmente, em 1928, a vila que se formou ao redor da capela foi emancipada de Guaratinguetá, tornando-se uma nova cidade, Aparecida do Norte.

Maior santuário mariano

 

Aparecida torna-se a “capital mariana do Brasil”. A primeira basílica ficou pequena, por isso era necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros.

 

O lançamento da pedra fundamental da nova basílica deu-se no dia 10 de setembro de 1946, mas o início efetivo da construção ocorreu em 11 de novembro de 1955. Com projeto do arquiteto Benedito Calixto de Jesus Neto, a basílica tem a forma de uma cruz grega, com capacidade para abrigar 45 mil peregrinos.

 

Em 4 de julho de 1980, na primeira visita ao Brasil, o Papa João Paulo II celebrou a cerimônia de consagração da nova igreja, embora inacabada, que recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil declarou-a oficialmente Santuário Nacional.

 

As atividades religiosas no Santuário, em definitivo, passaram a ser realizadas a partir de 3 de outubro de 1982, quando aconteceu a transladação da imagem da antiga basílica para a nova.

 

O Santuário Nacional é considerado o centro da fé católica no Brasil, recebendo anualmente milhões de fiéis peregrinos, de distintos lugares e etnias, em um bela manifestação de nossas raízes culturais, de nossa “unidade na pluralidade” mantida e fortalecida pela fé.

 

É o maior centro de peregrinação religiosa da América Latina, o maior santuário mariano do mundo, imenso em sua pujante e bela arquitetura, que reflete a grandiosidade do amor e devoção dos brasileiros por sua rainha e padroeira.

 

A imagem encontrada

 

A imagem de Nossa Senhora encontrada era pequenina, de terracota, isto é, argila que, depois de modelada, é cozida em forno apropriado, medindo 39 centímetros de altura, incluindo o pedestal. Quando foi pescada, estava, muito provavelmente, sem as cores originais devido aos anos em que esteve mergulhada nas águas e no lodo do rio. Seu estilo é seiscentista, como atestam alguns especialistas. Ainda conforme estudos dos peritos, a imagem foi moldada com argila paulista da região de Santana do Parnaíba, situada na Grande São Paulo.

 

A cor acanelada com que hoje é conhecida deve-se ao fato de ter sido exposta, durante anos ao calor das chamas das velas e dos candeeiros. A partir de 8 de setembro de 1904, quando foi coroada, a imagem passou a usar oficialmente a coroa e o manto azul-marinho, ofertados pela Princesa Isabel.

 

No dia 16 de maio de 1978, a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi alvo de um atentado que a reduziu em 165 pedaços. Mas foi totalmente reconstituída graças ao trabalho competente da artista plástica Maria Helena Chartuni, na época restauradora do Museu de Arte de São Paulo.

 

Coroação de Nossa Senhora

 

Em 1901, os bispos da Província Eclesiástica Meridional do Brasil, acatando a ideia de Dom Joaquim Arcoverde, arcebispo do Rio de Janeiro, formalizaram pedido ao papa para a coroação da imagem de Nossa Senhora Aparecida.

 

Em fevereiro de 1904, o Papa Pio X, traduzindo o sentimento do povo e atendendo ao pedido de Dom Joaquim Arcoverde, feito em nome do episcopado brasileiro, autorizou, como era usual na Igreja para imagens e quadros insignes, a coroação solene da imagem de Nossa Senhora Aparecida.

 

Assim, no dia 8 de setembro, Dom José de Camargo Barros, bispo de São Paulo, coroou solenemente a imagem da Padroeira do Brasil, com a coroa doada pela Princesa Isabel, uma belíssima coroa de ouro, cravejada de brilhantes (24 maiores e 16 menores). Também foi doado pela princesa o riquíssimo manto azul-marinho, simbolizando o céu estrelado brasileiro, enfeitado com 21 brilhantes, representando as 20 províncias do império e a capital.

 

A cerimônia contou com a presença do Núncio Apostólico, Dom Júlio Tonti, numerosos sacerdotes, religiosos e milhares de romeiros. Em seguida, foi inaugurado o monumento à Imaculada Conceição em comemoração aos 50 anos do dogma da Imaculada Conceição (proclamado pelo Papa Pio IX em 8 de dezembro de 1854).

 

NOVA COROA – No dia 8 de setembro de 2004, o Santuário Nacional de Aparecida viveu uma grande celebração, comemorando os 150 anos de proclamação do dogma da Imaculada Conceição e os 100 anos da coroação de Nossa Senhora Aparecida. Nessa celebração, a imagem da Padroeira do Brasil recebeu uma nova coroa, confeccionada em ouro e pedras preciosas.

 

Ela foi desenvolvida pela “designer” mineira Lena Garrido, em parceria com Débora Camisasca, que venceram o “Concurso Nacional para o Centenário da Coroação de Nossa Senhora Aparecida”. Foi confeccionada em ouro e pedras preciosas, em projeto financiado pela Ajoresp – Associação dos Joalheiros e Relojoeiros do Noroeste Paulista.

 

A antiga coroa, doada pela Princesa Isabel, foi restaurada e é conservada no Museu do Santuário, sendo utilizada apenas em ocasiões especiais.

 

A nova coroa foi escolhida entre cinco por uma comissão formada por 12 jurados; também se levou em consideração um voto do júri popular, que expressou a preferência entre 63.870 fiéis. As cinco coroas que foram propostas à votação eram protótipos, apenas a vencedora foi feita de ouro e pedras preciosas. Mas os cinco protótipos, em prata, passaram a fazer parte do acervo do Museu Nossa Senhora Aparecida, onde podem ser vistos pelos devotos.

 

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Padre do RN que está em Israel aguarda orientações para deixar o país após ataque

 

O Padre potiguar, Francisco Fernandes, que está em Israel aguarda orientações para deixar o país após um ataque do Hamas que deixou centenas de vítimas. Israel declarou guerra neste sábado 7.

 

Francisco Fernandes é pároco da Paroquia do Bom Jesus   e está em Tel Aviv com um grupo de fiés composto por 24 potiguares. Segundo públicação feita nas redes sociais, o grupo chegou a Tel Aviv (Israel), na madrugada deste sábado e, já nas primeiras horas da manhã, foi surpreendido pela notícia dos ataques mas estão todos bem e aguardam no hotel.

 

“Agradecemos pela atenção de todos manifesta, especialmente, através das orações. O nosso grupo chegou a Tel Aviv (Israel), na madrugada deste sábado e, já nas primeiras horas da manhã, foi surpreendido pela notícia dos ataques contra Israel. Estamos bem, no hotel, e aguardamos as orientações e providências para deixar o país. Que o Senhor, Deus da paz, abençoe a todos.”, escreveu o padre.

 

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Show Católico com Cosme (atração nacional) animará DNJ em Jucurutu

 

Blog Edilson Silva – O cantor Cosme do Rio de Janeiro é atração confirmada para o show católico que ocorrerá por ocasião do DNJ – Dia Nacional da Juventude em Jucurutu.

 

O evento será realizado em 28 de outubro de 2023.

 

É organizado pelo Setor Juventude da Diocese de Caicó e este ano com colaboração da Paróquia de São Sebastião e São Miguel que será a grande anfitriã.

 

Trata-se de um mega evento religioso que reúne jovens de todas as idades e caravanas de diversos municípios da região.

 

Cosme é uma atração nacional e constantemente se apresenta nos palcos da TV Canção Nova, no Halelluya e muitos outros eventos católicos pelo Brasil.

 

Os evangeliza show´s com Cosme atrai milhares de fiéis que pulam e dançam os grandes sucessos como “Marchando para o Senhor”, “Homenzinho Torto”, “Me Faz Novo”, e “Cante e Dance”, além de canções que fazem a galera sair do chão, como “Pipoca e “Dança do Esquisito”.

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Nascido no Rio de Janeiro, Cosme não se considera um cantor, mas um animador. Segundo ele, seu ministério expressa a alegria de ser uma testemunha viva da misericórdia de Deus, que o resgatou do mundo das drogas nos morros cariocas, onde viveu no seio de uma família pobre e desestruturada e cresceu em meio mazelas da vida.
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Viajando por todo o Brasil, com seu testemunho de vida, Cosme tem levado os corações a celebrar, com alegria e amor, a presença do Deus Vivo no meio do seu povo.
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Potiguar: Sinônimo de coragem e fé

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O Rio Grande do Norte é berço dos primeiros mártires brasileiros. Neste 03 de outubro fazemos memória dos primeiros santos da nossa terra. A Igreja Católica do RN é uma igreja banhada pelo sangue dos mártires, ”Os Santos Protomártires do Brasil”.
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Ainda na primeira metade do século XVII (1645), vários cristãos, sacerdotes e leigos, homens e mulheres, crianças, jovens e meninos foram mortos durante uma Celebração Eucarística, pelo ódio daqueles que naquele tempo dominavam o RN.
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Ao recordar o massacre dos fiéis católicos em Cunhaú no município de Canguaretama e o morticínio de Uruaçu nas proximidades de São Gonçalo do Amarante, destacamos a importância dessas testemunhas do catolicismo, que deram a vida pela fé no Cordeiro de Deus.
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Que sua festa, neste dia, seja a celebração de nossa fé, do senhorio de Cristo e de seu poder que vence sempre, trazendo paz e alegria aos nossos corações.
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Artigo do Padre João Medeiros descreve os martírios de Cunhaú e Uruaçu

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João Medeiros Filho
Padre
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Na primeira metade do século XVII, parte do Nordeste brasileiro esteve sob o domínio holandês, concentrando-se na área de produção açucareira. No início de 1640, a ocupação neerlandesa sofreu grande revés com a queda dos preços do açúcar. A Companhia das Índias Ocidentais, gerenciadora da exportação, passou a exigir o pagamento de dívidas contraídas pelos senhores de engenho e produtores rurais, decorrentes de empréstimos concedidos, durante o governo de Maurício de Nassau. A cobrança e as modificações na política financeira dos Países Baixos para o Brasil motivaram a revolta dos luso-brasileiros. A partir de 1644, teve início um movimento para expulsão dos holandeses, chamado de Insurreição Pernambucana ou Restauração, como preferem alguns historiadores. Foi nesse contexto que, em 16 de julho de 1645, ocorreu o massacre do Engenho de Cunhaú, município de Canguaretama (RN). Ali, católicos participavam da missa na Capela de Nossa Senhora das Candeias. Forças neerlandesas, indígenas janduis, potiguares e outros opositores do regime português, liderados por Jacob Rabbi, invadiram o templo e mataram os fiéis, inclusive o celebrante Padre André de Soveral. Em Uruaçu (São Gonçalo do Amarante/RN), a chacina ocorreu em 3/10/1645, tendo sido trucidados Padre Ambrósio Ferro e várias pessoas.
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Historiadores generalizam, apontando os holandeses protestantes (sem identificar as igrejas às quais pertenciam), como os responsáveis pelas mortes de Cunhaú e Uruaçu. Estudos recentes vêm mostrando que não foram somente protestantes e holandeses os autores do massacre em território potiguar. Cientistas religiosos afirmam que nem todos os neerlandeses habitantes do Nordeste eram protestantes. Havia católicos, judeus e descrentes. Consoante Frans Leonard Schalkwijk (em “Igreja e Estado no Brasil holandês”), existiam índios convertidos ao protestantismo, que se aliaram aos neerlandeses para se libertar do jugo português. Dentre os indígenas, havia seis membros de tribos potiguares, que estudaram na Holanda e aqui fundaram a Igreja Reformada Potiguara (1625-1692). Escreve Schalkwijk: “A história do protestantismo indígena durante a ocupação holandesa está registrada nos arquivos de Amsterdã e Haia.”
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Há pesquisadores, dentre eles Francisca Jaquelini de Souza, que se contrapõem a essa opinião, afirmando que as congregações evangélicas sediadas em Recife não possuíam filiais no RN. Outros autores relatam, indo na direção de Schalkwijk, que na província ocupada floresciam denominações protestantes de inspiração franco-inglesa e holandesa, assim como a religião judaica. Segundo F. Varnhagen, “Nassau era liberal, tendo concedido liberdade religiosa. Daí, resulta a fundação da primeira sinagoga em continente americano, no Recife. Várias fontes atestam que Jacob Rabi, de origem judaico-alemã, foi um dos líderes do morticínio.
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É inegável o testemunho heroico de vida cristã dos mártires, não obstante existir motivos alheios à religião, que contribuíram para a morte. Há indícios de que o trucidamento foi perpetrado também como represália à Coroa Portuguesa, à Inquisição e punição aos revoltosos contra as medidas tributárias impostas pelos Países Baixos. Este último motivo ajuda a explicar a escolha da execução em zonas rurais. Desses fatos, infere-se que para a matança concorreram razões religiosas e sociopolíticas. Decorridos quase cinco séculos, torna-se difícil recompor a verdade histórica do morticínio. Se foram os protestantes, a que denominações pertenciam? Eram apenas neerlandeses e índios?
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Entretanto, depreende-se das fontes disponíveis que as vítimas foram massacradas por sua fé, apesar de outras motivações: reação ao Padroado, à Inquisição e cobrança aos rurícolas das dívidas contraídas. Tais fatores não são inerentes à fé cristã. Há de ressaltar que os simples católicos da época sequer tinham conhecimento ou consciência do regime concordatário português, não podendo responder por atos das autoridades civis ou eclesiásticas. Houve extrapolação sociopolítica, atingindo a dimensão religiosa. A execução das vítimas nos locais e momentos referidos prova esse excesso. Se não havia ódio à religião, por que os assassinatos só atingiram os católicos? O martírio tem uma tripla conotação: a) repulsa ao Estado português e ao Padroado inquisitorial, b) vingança aos inadimplentes luso-brasileiros de empréstimos e c) perseguição à fé cristã. As razões econômico-políticas não invalidam o martírio daqueles que “deram o seu sangue, louvando o Santíssimo Sacramento”, segundo Monsenhor Paulo Herôncio de Melo, a quem se deve notável registro do morticínio. Os mártires viveram as palavras de Cristo: “Não temais os que matam o corpo, mas quem pode matar a alma” (Mt 10, 28).
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Procissão e Missa encerram Festa de São Miguel, padroeiro de Jucurutu, veja fotos

 

Blog Edilson Silva – Centenas de fiéis foram às ruas do município de Jucurutu no fim de tarde deste domingo, 01 de outubro de 2023 para celebrar o seu padroeiro o Arcanjo São Miguel.

 

A Missa de encerramento foi presidida pelo Bispo da Diocese de Caicó, Dom Antônio Carlos Cruz Santos.

 

A procissão teve início na Igreja Matriz de São Sebastião e passou por várias ruas e avenidas até chegar ao centro da cidade, onde o bispo diocesano celebrou a missa de encerramento dos festejos.

 

A programação religiosa começou ainda na madrugada, com alvorada festiva e repicar dos sinos, em seguida 9h30min. recitação do terço e às 10h Missa Solene da Festa.

 

A tradicional procissão que finaliza os festejos de São Miguel com o descerramento das bandeiras, é o grande encerramento desse momento de fé, na esperança de que 2023/2024 seja abençoado por Deus e pelo nosso padroeiro. O prefeito Iogo Queiroz foi convidado a participar dessa grande solenidade.

 

Todo apurado na comercialização de itens alimentícios, camisetas, bonés, artigos religiosos, chaveiros, assim como as doações arrecadadas pelas “Matriarcas das Festa” serão revertidos para a climatização da igreja matriz.

 

 

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Os Santos Padroeiros do RN – Protomártires do Brasil: Exemplo de fé, coragem e devoção ao sagrado

 

No dia 03 de outubro, a Igreja no Brasil comemora a Memória dos Protomártires do Brasil: os Santos André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, presbíteros, Mateus Moreira e outros 27 companheiros leigos, Mártires, brutalmente trucidados pelos invasores holandeses e índios a eles associados em 1645.

Martírio de Cunhaú

 

Dia 15 de julho chegou a Cunhaú Jacó Rabe, trazendo consigo, como sempre, seus amigos e liderados, os ferozes tapuias, e, além deles, alguns potiguares com o chefe Jerera e soldados holandeses. Jacó Rabe era conhecido por seus saques e desmandos, feitos com a conivência dos holandeses, deixando um rastro de destruição por onde passava. Dizendo-se em missão oficial pelo Supremo Conselho Holandês do Recife, convoca a população para ouvir as ordens do Conselho após a missa dominical no dia seguinte. Sua simples presença deixou todos tensos e temerosos.

 

Uma chuva torrencial na manhã de domingo, dia 16, alagando sobremaneira os caminhos da região, impediu que o número de pessoas a comparecer na missa fosse maior. Foi uma chuva providencial.

 

Pelo receio de Rabe, alguns esperaram na casa de engenho. Os fiéis chegaram, em grupos de famílias, para cumprir o preceito dominical, e Pe. André de Soveral iniciou a missa…

 

Os primeiros ataques ao venerando sacerdote, Pe. André de Soveral, partiram dos tapuias. O Padre, porém, falando a língua indígena na qual era bem versado, exortou-os a não tocar na sua pessoa ou nas imagens e objetos do altar, sob pena de ficarem tolhidas as mãos e as partes do corpo que o fizessem. Os tapuias recuaram receosos. Mas os potiguares não deram importância às palavras do sacerdote, arremetendo contra o ministro de Deus e “fazendo-o em pedaços”. O autor da façanha foi o principal dos potiguares, Jerera, que, empunhando uma adaga, feriu de morte o Pe. André”( PEREIRA, F. de Assis. Protomártires do Brasil, p.16s).

 

Após a elevação da hóstia e do cálice, erguendo o Corpo do Senhor para a adoração dos presentes, a um sinal de Jacó Rabe, foram fechadas todas as portas da igreja e se deu início à terrível carnificina”. Foram cenas de grande atrocidade: os fiéis em oração, tomados de surpresa e completamente indefesos, foram covardemente atacados e mortos pelos flamengos com a ajuda dos tapuias e dos potiguares. Ao perceber que iam ser mesmo sacrificados, os fiéis não se rebelaram. Ao contrário, “entre ânsias se confessaram ao sumo sacerdote Jesus Cristo Senhor Nosso, pedindo-lhe cada qual, com grande contrição, perdão de suas culpas”, enquanto o Pe. André estava “exortando-os a bem morrer, rezando apressadamente o ofício da agonia”.

 

Os que haviam se refugiado na casa do senhor de engenho tiveram a mesma sorte. Após a igreja, esta foi invadida. Três conseguiram fugir escapando pelos telhados. Os outros tentaram se defender como puderam, mas também foram mortos.

 

A disposição dos fiéis à hora da morte era a de verdadeiros mártires, ou seja, aceitando voluntariamente o martírio por amor a Cristo. Os assassinos agiam em nome de um governo que hostilizava abertamente a Igreja Católica, a religião do governo português, do qual eram adversários. As vítimas tinham plena consciência disso.

 

De toda essa numerosa multidão de mártires, cerca de 70 pessoas, apenas duas foram identificadas, e, por isso, beatificadas (e agora, recentemente, canonizadas): Pe. André de Soveral e Domingos de Carvalho.

 

Martírio de Uruaçu

 

A notícia do massacre de Cunhaú espalhou-se por todo o Rio Grande e capitanias vizinhas, deixando a população aterrorizada, temendo novos ataques dos tapuias e potiguares, instigados pelos holandeses. Mesmo suspeitando dessa conivência do governo holandês, alguns moradores influentes pediram asilo ao comandante da Fortaleza dos Reis Magos. Assim, foram recebidos como hóspedes o vigário Pe. Ambrósio Francisco Ferro, Antônio Vilela, o Moço, Francisco de Bastos, Diogo Pereira e José do Porto.

 

Os outros moradores (a grande maioria), não podendo ficar no Forte, assumiram a sua própria defesa, construindo uma fortificação na pequena cidade de Potengi, a 25 quilômetros da Fortaleza.

 

Enquanto isso, Jacó Rabe prosseguia com seus crimes. Após passar por várias localidades do Rio Grande e da Paraíba, chegou a setembro à Casa Forte do francês João Lostau Navarro, a poucos quilômetros de Natal. Vários moradores foram mortos e o proprietário, por ser estrangeiro, foi levado ao Forte dos Reis Magos. No Forte encontrou-se com os nossos conhecidos hóspedes e outro prisioneiro, Antônio Vilela Cid. Este era acusado de cumplicidade na morte de um holandês e de fazer parte de uma conspiração pela expulsão dos holandeses.

 

Rabe foi então à Potengi, e encontrou heroica resistência armada dos fortificados. Como sabiam que ele mandara matar os inocentes de Cunhaú, resistiram o mais que puderam, por 16 dias, até que chegaram duas peças de artilharia vindas da Fortaleza dos Reis Magos. Não tinham como enfrentá-las.

 

Depuseram as armas e entregaram-se nas mãos Deus. Cinco reféns foram levados à Fortaleza: Estevão Machado de Miranda, Francisco Mendes Pereira, Vicente de Souza Pereira, João da Silveira e Simão Correia.

 

Desse modo, os moradores do Rio Grande ficaram em dois grupos: doze na fortaleza e o restante sob custódia em Potengi.

 

Dia 2 de outubro chegaram ordens de Recife mandando matar todos os moradores, o que foi feito no dia seguinte, três de outubro. Os holandeses decidiram eliminar primeiro os 12 da Fortaleza, por serem pessoas influentes, servindo de exemplo: o vigário, um escabino, um rico proprietário. Foram embarcados e levados rio acima para o porto de Uruaçu. Lá os esperava o chefe indígena potiguar Antônio Paraopaba e um pelotão armado de duzentos índios seus comandados. Este chefe fora educado na Holanda e convertido à religião calvinista, da qual era fanático defensor. Mais tarde os holandeses o fizeram regedor dos índios da Capitania do Rio Grande.

 

Logo que chegaram, os flamengos ordenaram aos doze que se despissem e ajoelhassem. Chamando os índios, que estavam emboscados, estes cercaram os pobres indefesos e deram início à requintada carnificina que se seguiu.

 

Mons. Assis, o postulador da causa desses nossos queridos beatos, por dever de ofício e necessária precisão histórica, narra os tormentos e crueldades praticados tanto por índios como por holandeses (PEREIRA, F. de Assis. Protomártires do Brasil, p. 36-44; também p. 109-114)…

 

Impossível ler aquelas páginas e não chorar! Santo Deus! Como resistiram a tanta crueldade? Só mesmo a força da graça divina, que se manifesta na fraqueza humana, pode explicar o heroísmo desse transe! Antes de receberem a palma do martírio na Glória do céu, o mínimo que lhes aconteceu foi terem olhos, orelhas e línguas arrancadas, órgãos sexuais cortados e colocados em suas bocas…ainda vivos! Os que não morreram por essas e outras crueldades, começaram a ter os membros cortados, e, dessa forma, entregaram a alma a Deus. Depois de mortos, a barbárie continuou, e seus corpos foram feitos em pedaços… Em contraste a essa violência, temos a atitude serena e profundamente cristã das vítimas. Além disso, importantíssimo para a caracterização do martírio pela fé, foi justamente a presença de um pastor protestante calvinista, que tentou fazê-los abjurar a fé católica e converterem-se à religião dos flamengos. Confessaram a alta voz que morriam na verdadeira fé:

 

“Pedindo todos a Deus que tivesse deles misericórdia, e lhes perdoasse suas culpas e pecados, protestando que morriam firmes na santa fé católica crendo o que cria a santa madre Igreja de Roma” (SANTIAGO, D. L.. História da Guerra de Pernambuco, p. 346, citado em: PEREIRA, F. de Assis. Protomártires do Brasil, p. 38)

 

É importante ser ressaltado isso, pois não era simplesmente uma perseguição política. Era claro para as vítimas que ceder aos invasores era ceder aos hereges calvinistas; era trair ao Rei, o soberano português, e à Religião Católica. Era esse o sentir das pessoas então; vencer e expulsar os invasores era defender a pátria e vencer para Deus e a verdadeira fé. Nas atrocidades do martírio também se manifesta o ódio à fé católica por parte dos assassinos, pela forma como foi tratado Pe. Ambrósio: por ser sacerdote, estando ainda ele vivo, foi mais duramente torturado. Quanto aos outros moradores que estavam presos em Potengi, também eles não tinham mais ilusões de que sobreviveriam, e teriam o mesmo fim que os inocentes fiéis de Cunhaú.

 

Aguardavam o martírio em clima de grande religiosidade. Dentro da fortificação, que se tornou cadeia, eram realizadas orações, procissões, jejuns e penitências fortíssimas. As penitências foram tantas que seus corpos depois as denunciavam antes de serem sepultados.

 

Embora somente os homens é que deveriam ser levados para a morte, sabe-se que algumas mulheres com seus filhos acompanharam os chefes de família e foram  também sacrificados. Quando os soldados holandeses vieram buscá-los, sabiam que iam para o suplício:

 

“Despediram-se os miseráveis de suas mulheres e filhos com muitas lágrimas, pedindo-lhes com muita eficácia que, pois iam morrer por seu Deus e inocentes, que lhes encomendassem as almas a seu Criador, e a quem pelo caminho foram pedindo perdão de seus pecados, dando-lhe muitas graças. Mui conformes por morrerem daquela sorte, e, antes de serem chegados ao sítio, teatro de crueldade e tirania jamais vista, foram cercados pelos índios, e em chegando viram os cadáveres de seus companheiros e vizinhos que ainda palpitavam com as feridas, com cuja vista não desmaiaram, antes deram a Deus muitas graças consolando-se uns aos outros, e protestando que morriam firmes na fé católica romana.”. (PEREIRA, F. de Assis. Protomártires do Brasil, p. 40s)

 

Merece destaque também o martírio do leigo Mateus Moreira que teve o coração arrancado do peito pelas costas. Quando o carrasco arrancou seu coração, milagrosamente ainda teve forças para bradar em alta voz: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”. Foi proclamado Padroeiro dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão.

 

Repetiram-se então as piores atrocidades e barbáries, que os próprios cronistas da época sentiam pejo em contá-las, porque atentavam às leis da moral e modéstia. Em Uruaçu foram mortos os principais moradores de Natal, que por medo dos índios e holandeses tinham se refugiado na Fortaleza dos Reis Magos e na fortificação de Potengi. Calcula-se em torno de 80 pessoas.

 

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Hoje a Igreja celebra os Arcanjos São Miguel, Rafael e Gabriel

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Miguel, padroeiro da Igreja Católica e do município de Jucurutu, é aquele que desce para combater o demônio, autor e princípio do erro, aquele anjo quebrador de promessas e soberbo. Miguel não vem para lutar contra os homens, ele não traz o espírito de guerra, o desejo de aniquilar o outro, aniquilar o diferente ou os mais pobres, mas Miguel vem para uma guerra espiritual nos corações dos filhos de Deus, que são atormentados pelas insídias do mal. Ele vem para combater o bom combate.
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Gabriel desce para trazer-nos o anúncio mais belo que a humanidade já recebeu: “O Filho de Deus se fez carne e habitou entre nós no ventre da Virgem Maria” (cf. Lucas 1,26-38). Gabriel não é disseminador de fakenews; Gabriel não está a serviço de nenhuma corrente política, de nenhuma ideologia. Gabriel vem da parte de Deus nos trazer a boa-nova.
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Rafael desce para socorrer o sofrimento dos filhos de Deus. Rafael não traz um paliativo; ele não vem tirar o sofrimento de um ser humano causando outro sofrimento. Ele não vem com bandeiras ideológicas que falsificam a dignidade humana; ele vem com o amor pela vida em todas as suas fases, desde a concepção até a sua morte natural. Rafael vem da parte de Deus.
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Padre Gleiber Dantas cai de rede enquanto participava de leilão em Caicó

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Na manhã deste domingo (24), o Padre Gleiber Dantas estava participando do Leilão Virtual de São Miguel Arcanjo, na cidade de Caicó/RN, quando caiu da rede em que se balançava.
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Pelo visto não passou de um susto. O padre logo se levanta sem maiores dificuldades. Internautas reagiram rápido ao episódio: ‘Queda fake, pra engajar nas mídias, friamente calculada”.
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Em resposta ao primeiro comentário, uma internauta reage: “Não diga isso nem de brincadeira 😟… Padre Gleiber Dantas poderia até ter quebrado a coluna”.
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Confira o vídeo completo.
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Virgílio, Rosângela e Isadora Garcia no palco do jantar de confraternização da tradicional festa de São Miguel Arcanjo, padroeiro de Jucurutu

 

Blog Edilson Silva – A cidade de Jucurutu vivencia os festejos do seu padroeiro.

 

Conforme todos os anos, ocorreu na noite desta sexta-feira (22), o jantar de confraternização da tradicional festa de São Miguel Arcanjo, padroeiro do município.

 

No palco os músicos Virgílio, Rosângela e a participação especial de Isadora Garcia com um repertório emocionante recordando os sucessos dos anos 80, 90 e hit´s da atualidade.

 

Com início nesta quinta-feira (21), o evento festivo se estende até a sexta-feira (01/10), com uma programação que contará com uma série de celebrações, carreata e homenagens ao padroeiro, além de apresentações culturais.

 

As apresentações socioculturais estão sendo realizadas no Pavilhão Showmiguel ao lado da matriz.

 

Na igreja católica, o Dia de São Miguel Arcanjo comemora-se no dia 29 de setembro, feriado municipal em Jucurutu.

 

Confira nas imagens do blog:

 

 

 

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1ª Novena de São Miguel é dedicada a Pastoral da Comunicação (PASCOM), imprensa e motoristas

 

Blog Edilson Silva – A equipe que integra a PASCOM, Pastoral da Comunicação de Jucurutu, participou na noite desta sexta, dia 22/09, da 1ª noite de novenário em honra de São Miguel, padroeiro da cidade de Jucurutu/RN, que teve início no dia 21 de setembro e prossegue até 1º de outubro com a missa de encerramento da festa.

 

Antes do novenário uma grande carreata/buzinaço percorreu ruas e avenidas da cidade em direção a matriz.

 

A novena foi celebrada pelo Padre Carlos Eduardo de Lira, pároco de Jucurutu, que convidou o povo reunido para refletir sobre o exemplo do arcanjo, exortando-os para os valores que constroem o reino e convidando-os a passar do egoísmo para a solidariedade. O pregador da noite foi o Padre Alcivan Tadeus de Jardim do Seridó.

 

Pe. José Marcos de Medeiros Dantas (Assessor Pastoral da Pascom para Regional Nordeste 2) esteve prestigiando o momento.

 

Logo no início da celebração, cumprimentou os animadores da noite: Pastoral da Comunicação, profissionais da imprensa e motoristas.

 

Participaram da celebração fiéis e devotos de São Miguel.

 

Ao final da celebração a comunidade participou do tradicional jantar do padroeiro.

 

Imagens: Pastoral da Comunicação PASCOM/Jucurutu

 

 

 

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