Dr (a) Emanuela Alves, membro da Sociedade Brasileira de Doenças Neurológicas fala sobre Parkison

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A Doença de Parkinson é um dos distúrbios nervosos mais comuns dos idosos, podendo se desenvolver mais frequentemente depois dos 50 anos, afetando tanto homens quanto mulheres. Dados recentes da Sociedade Brasileira de Doenças Neurológicas indicam que pelo menos 38% da população brasileira acima de 60 anos é acometida por esta doença.

As células nervosas usam uma substância química do cérebro chamada dopamina para ajudar a controlar os movimentos musculares. A Doença de Parkinson ocorre quando as células nervosas do cérebro que produzem dopamina são destruídas lentamente. Sem a dopamina, as células nervosas dessa parte do cérebro não podem enviar mensagens corretamente, levando à perda da função muscular. O dano piora com o tempo. A causa exata do desgaste destas células do cérebro é desconhecida.

As alterações fonoaudiológicas na Doença de Parkinson estão concentradas nas áreas de voz, articulação e deglutição.

O paciente parkinsoniano pode apresentar intensidade de voz reduzida, dificuldade em articular os sons da fala, voz trêmula e rouquidão. Além das alterações vocais o paciente pode apresentar dificuldades para engolir, tosses ou engasgos antes, durante e após a deglutição (ato de engolir).

Assim, o fonoaudiólogo, através de orientações e exercícios, trabalha junto com o paciente para que ele aumente o volume da voz, assim articulará melhor os sons da fala e consequentemente passará a ser melhor compreendido pela família e pelos amigos. Nos aspectos de deglutição o fonoaudiólogo trabalha com exercícios específicos e mudanças de postura para facilitar e adequar a deglutição.

Estas manifestações podem atrapalhar muito a comunicação. Às vezes as pessoas não compreendem a fala do indivíduo com Doença de Parkinson e pedem para repetir o que foi dito, ou às vezes reclamam que a voz está muito “baixa” e que não conseguem compreendê-lo por isso.

O diagnóstico da Doença de Parkinson é realizada com base nos sintomas e no exame físico. Porém, os sintomas podem ser difíceis de avaliar, principalmente nas pessoas mais velhas. Os sinais (tremores, alterações no tônus muscular, problemas na marcha e postura instável) se tornam mais claros conforme a doença avança.

Um exame pode mostrar:

·         Dificuldade para começar ou terminar movimentos voluntários;

·         Movimentos espasmódicos e rígidos;

·         Atrofia muscular;

·         Tremores de Parkinson;

·         Variação dos batimentos cardíacos.

Os reflexos podem ser normais. Podem ser necessários exames para descartar outras doenças que  causam sintomas similares. Procure um Neurologista ou o Fonoaudiólogo. Dra. Emanuela Alves é membro da Sociedade Brasileira de Doenças Neurológicas.

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