Cresce número de empreendimentos funcionando online e com entregas no RN, segundo Sebrae

Pesquisa realizada pelo Sebrae no Rio Grande do Norte para avaliar os impactos da pandemia de coronavírus nas empresas revelou que 36,5% das pequenas e médias empresas potiguares estão funcionando de forma online e com sistema de entregas. A adaptação foi sentida especialmente entre comerciantes e donos de restaurantes.

Os dados são do estudo realizado pelo Núcleo de Inteligência de Mercado do Sebrae-RN, entre os dias 21 e 26 de maio. No levantamento, foram ouvidos 361 empresários donos de Microempresas (ME), Empresa de Pequeno Porte (EPP) e Microempreendedor Individual (MEI) em todo o estado.

O total de empresas que passaram a operar com o sistema de entregas e de vendas online passou de 31,5% para 36,5%, mais de 5 pontos percentuais em relação à última pesquisa realizada em abril. Entre as ferramentas digitais usadas para as vendas estão o WhatsApp (57%) e o Instagram (48,4%).

Conforme o estudo publicado pela Agência Sebrae, subiu para 57,5% o número de empresas que mudou a forma de operar. Cerca de cinco pontos percentuais a mais em comparação com a pesquisa feita em abril, quando foi constatado o percentual de 52,4%. Aumentou também o percentual daqueles que não tiveram que se adaptar ao novo formato, saindo de 17,2% do registro anterior para 23,9%.

Porém, a grande maioria passou a operar mesmo com horário reduzido. O quantitativo de empresas que adotaram essa estratégia representa 62,6% dos empresários potiguares entrevistados. Antes, esse número era de 74,2%. O sistema de teletrabalho também teve uma redução na adoção pelas empresas, diminuindo de 25,2% para 15%.

Ainda conforme o estudo, houve uma redução no número de empresas fechadas temporariamente, passando de 29,1% aos atuais 16,9%. Os empreendimentos que fecharam as portas de vez somam agora 1,6% de acordo com a sondagem realizada pelos pesquisadores.

Também foi verificado o impacto direto da crise do coronavirus no mercado de trabalho. Segundo a pesquisa, 75% dos empresários disseram não ter demitido especificamente em função da pandemia. No mês anterior, esse percentual era de 78%. Mas em compensação, a média de funcionários demitidos aumentou de quatro para cinco empregados por empresa.

“Vimos que não houve aumento significativo do número de demissões e ainda é pequeno o número de empresas que buscam empréstimos, porém, as que buscaram empréstimo, apenas 24% conseguiram” comemorou Paulo Bezerra, analista do Sebrae.

A boa notícia é que a quantidade de empresários que tiveram diminuição do faturamento caiu em relação a pesquisa feita abril. Naquele mês o total afetado com a redução das receitas do negócio era de 88,4% e no mês seguinte diminuiu para 84,1%. Aqueles, cujo faturamento subiu, também registraram aumento, saindo de 3,6% para 7,8%. Por isso, a redução média de faturamento em maio ficou em 64,8% contra 67,3% em abril.

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