PASCOM – Comunicar como vocação: um ato de formação e informação

 

Na cena evangélica da Transfiguração do Senhor, numa mensagem comunicadora do Pai ouvimos: “Eis meu Filho muito amado”! Deus, em sua infinita ternura, mostra, aponta e revela Cristo como seu vocacionado. É nesta cena e nesta narrativa que queremos olhar para  nossas estruturas paroquiais e comunitárias e pela luz da figura de Cristo, sejamos formados à sua imagem vocacional, comunicadora e afetiva.

 

Acima de tudo é necessário compreender que cada agente de comunicação católico tem uma identidade específica. Não comunicamos o mundo, não fazemos vendas e muito menos um marketing da figura de Cristo. Nossa missão é comunicar o Cristo e o seu Evangelho sem distinção, a todos e a todas. Nesta vertente nos vemos e assumimos a vocação de discípulos do amor, ouvindo e falando com o coração.

 

Mas afinal, o agente da Pastoral da Comunicação precisa ter formação acadêmica na área?

Vamos conversar um pouquinho sobre isso. O Guia de Implantação da Pascom, nos traz o seguinte texto:

 

O agente da Pastoral da Comunicação não precisa ser alguém necessariamente formado na área de comunicação. Muito além disso, o pasconeiro precisa ser alguém disposto a assumir a missão de comunicar, sendo capaz de abraçá-la e seguir firme diante dos desafios que possam surgir. Devemos valorizar as habilidades, saberes e expertises de cada pessoa, Certamente todos têm como contribuir no trabalho da Pascom, afinal o ser humano por natureza é um ser comunicacional.

 

Portanto, cabe aqui frisarmos que cada um pode contribuir para o trabalho comunicador da Pascom. Ao levarmos em consideração suas habilidades, nós precisamos oferecer formação pastoral aos nossos agentes. Oferecer a cada um deles e delas uma experiência profunda de fé, através da espiritualidade para que encontrem em sua prática pastoral ânimo e força para servir à Igreja.

 

O nosso título é sugestivo, formar para informar. É sobre formar aqueles e aquelas que irão informar através da evangelização a pessoa de Cristo. E o nosso Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil, o documento n. 99 da CNBB, salienta sobre proporcionar formação aos agentes:

 

É fundamental que a Igreja Ihes propicie oportunidades de formação continuada na área da comunicação. Os agentes pastorais são os animadores das práticas comunicacionais e provocam na comunidade as possibilidades de anunciar a Boa-Nova com os meios de comunicação, levando em conta as diretrizes da Igreja e os avanços culturais e técnicos na sociedade.

 

Portanto, à luz do magistério e das diretrizes da Igreja, os agentes devem ser gestados, nascer e ser nutridos. E neste sentido, a Igreja no Brasil, vive um novo momento para a sua comunicação, no qual a Comissão Permanente para a Comunicação aprovou a 4ª edição do nosso Documento 99, com atualizações e revisões temporais. Com isso, podemos propiciar aos nossos vocacionados e vocacionadas, um novo ar e momento formativo.

Afinal, quais pistas seguir: 

 

 

  • Realizar o Curso da CNBB sobre o diretório de comunicação.

 

  • Cursos e treinamentos: Uma das maneiras mais comuns de buscar formação é por meio de cursos e treinamentos específicos na área da comunicação. Procure por instituições de ensino, dioceses ou movimentos eclesiais que ofereçam programas voltados para a formação de comunicadores católicos. Esses cursos podem abranger temas como redação, produção de conteúdo, mídias sociais, fotografia e vídeo.

 

  • Workshops e seminários: Participar de workshops e seminários é uma excelente forma de aprimorar suas habilidades práticas e estar atualizado com as últimas tendências da comunicação. Fique atento aos eventos promovidos pela sua diocese, paróquia ou organizações católicas locais. Essas oportunidades de aprendizado também proporcionam troca de experiências com outros comunicadores paroquiais.

 

  • Leitura e estudo: Nunca subestime o poder da leitura e do estudo na formação de um comunicador. Dedique-se a ler livros, artigos e blogs sobre comunicação, mídia e evangelização. Além disso, estude a Doutrina Social da Igreja, que oferece fundamentos éticos e morais para a comunicação católica. Busque aprender com os grandes comunicadores da história da Igreja, como São Francisco de Sales e Santo Inácio de Loyola, por exemplo.

 

  • Oportunidades práticas: Além do conhecimento teórico, é importante ter oportunidades práticas para aplicar o que você aprendeu. Ofereça-se para colaborar com a equipe de comunicação da sua paróquia ou diocese. Ajude na produção de boletins, site, redes sociais e outros meios de comunicação utilizados pela comunidade paroquial. A experiência prática é valiosa para o seu crescimento como comunicador.

 

A formação dos agentes paroquiais na área da comunicação é essencial para uma evangelização eficaz nos dias de hoje. Buscar cursos, participar de workshops, ler e estudar são passos importantes nessa jornada de formação. Lembre-se sempre de que a comunicação tem o poder de aproximar as pessoas de Deus e levar a mensagem do Evangelho a todos os cantos do mundo.

 

Neste mês Vocacional, no 3° ano Vocacional do Brasil, que possamos comunicar para formar e informar com os pés ardentes e o os corações a caminho. Afinal, somos Vocacionados e Vocacionadas no amor pela comunicação.

 

Boa jornada formativa!

 

Fonte:

 

Alex Alves Guimarães é agente da Pascom há 7 anos e membro do GT Produção da Pascom Brasil. É um apaixonado por Jesus Cristo e por sua mensagem comunicadora e encantado pelas Comunidades Eclesiais de Base – CEBs, pelo jeito prático e vivencial do Evangelho. É professor licenciado em Letras, Português/Inglês pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), pós-graduado e membro de grupos de pesquisa na área de linguística textual, produção do texto e práticas docentes.

 

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