Sem acordo com o Governo, Movimento ameaça recomendar que empresa retire maquinários de Barra de Santana

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A situação no canteiro de obras da Barragem de Oiticicas começa a ficar tensa. Há 61 dias acampados, agricultores e agricultoras cujas terras serão atingidas pela barragem ainda não tiveram metade de suas reivindicações atendidas pelo Governo do Estado, tanto que estão ameaçando recomendar ao consorcio de empresas responsável pela construção da obra que retirem seus maquinários, como forma de evitar que eles sejam danificados. Pelo menos foi o que garantiu um dos líderes do movimento, o técnico do Seapac, José Procópio de Lucena.

Ele explica que há vinte dias os agricultores deliberaram e comunicaram ao Governo do Estado a disposição de suspender o movimento, desde que fosse apresentado um plano de trabalho conforma a carta enviada ao Governo Federal, com cronograma detalhado, prazos e volume de recursos disponíveis com desembolso físico-financeiro para as indenizações, desapropriações, desmatamento e terraplanagem do alto dos paios, construção de barra de Santana, casas para os sem tetos, terra para os sem terras e garantia de que a barragem principal construída em maciço de concreto compactado a rolo, onde está inserido o trecho do vertedouro localizado no braço principal do rio Piranhas, só seja fechada quando todas as indenizações forem realizadas e a nova comunidade estiver construída e as famílias ali residindo.

Em decorrência da ausência de posicionamento do Governo do Estado até o momento, o movimento deliberou que se até próxima sexta-feira (18), o governo não apresentar a proposta com os compromissos acima citados recomendará ao consorcio EIT/ENCALSO a retira das máquinas do canteiro de obra para evitar incidente com estes equipamentos. Ao mesmo tempo o movimento comunica ao governo e a sociedade que não se responsabiliza por qualquer ato ou danos materiais as máquinas e equipamentos após sexta-feira, pois, o grau de insatisfação e indignação da população com a ausência de atitude e agilidade nas negociações por parte do governo é crescente e preocupante”, disse Procópio.

Via Marcos Dantas

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