Rússia revela “Satã 2”: o míssil nuclear capaz de destruir o Sul do Brasil de uma só vez

Conforme a tensão aumenta entre os candidatos à presidência dos EUA, a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump – este último chamado por ela de “fantoche” do presidente russo Vladimir Putin – a Rússia resolveu compartilhar com o mundo a primeira imagem de seu mais novo míssil balístico termonuclear intercontinental.

Chamado de “Satan 2” (“Satã 2”, em tradução livre), o modelo RS-28 Sarmat foi revelado após anos de alarde por parte do governo russo, segundo informações do Gizmodo.

De acordo com uma publicação do site associado ao Kremlin, Sputnik, a superarma nuclear tem o potencial para destruir uma área “do tamanho do Texas”. Considerando que a extensão do estado é de 695.662 km², podemos calcular que ela é suficiente para destruir todo o Sul do Brasil juntamente com o estado do Rio de Janeiro de uma única vez.

A nova arma é capaz de lançar ogivas de 40 megatons, consideradas 2.000 vezes mais potentes do que as bombas nucleares lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki em 6 e 9 de agosto de 1945.

Segundo o ex-secretário assistente do Tesouro para Políticas Econômicas dos EUA, Dr. Paul Craig Roberts, as bombas atômicas lançadas no Japão seriam apenas “estalinhos” se comparadas com as armas termonucleares russas. “Um [modelo] SS-18 seria capaz de apagar três quartos de todo o estado de Nova York”, disse. “Cinco ou seis desses ‘Satans’ [como são conhecidos pelos militares dos EUA] poderiam fazer desaparecer toda a Costa Leste norte-americana”.

Como se sua potência não fosse suficientemente assustadora, Satã 2 também é capaz de se esquivar de defesas e viajar longe o suficiente para atacar qualquer lugar do globo. A imagem da arma de destruição em massa foi publicada por designers da empresa Makeyev Rocket Design Bureau, juntamente com uma breve declaração em russo que destaca que o modelo foi criado “a fim de garantir eficácia às tarefas de dissuasão nuclear das forças estratégicas da Rússia”.

O modelo original foi desenvolvido na década de 1970, na corrida da Guerra Fria, quando a URSS alcançava sua paridade nuclear com os EUA. No entanto, esses mísseis estão se aproximando do fim de suas vidas úteis, uma vez que ambos os países assinaram em 2010 tratados que visavam restringir essas reservas balísticas intercontinentais. Apesar da trégua, a Rússia disse que deve manter uma dissuasão nuclear forte, em razão do envolvimento americano em questões europeias. Espera-se que a arma seja utilizada até o final de 2018.

A decisão recente de revelar o novo míssil é especialmente preocupante em razão das crescentes tensões entre ambos os países causadas por alegações de espionagem, além do conflito sírio. Embora a possibilidade de eventuais atritos ainda seja descartada, certamente é preocupante saber que especialistas estejam dedicando tempo para a construção de armas de potencial catastrófico.

Jornal Ciência, via Gizmodo

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