Patrimônio de ex-diretor da Petrobras cresce 340% em imóveis

Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo deste domingo (12), o ex-diretor de Engenharia da Petrobras Renato Duque foi acusado por Paulo Roberto Costa, também ex-diretor da instituição, de participar de esquema de corrupção na estatal. Duque, que morava com a família em um bairro de classe média carioca, adquiriu quatro apartamentos em áreas nobres no Rio de Janeiro e também duas salas comerciais de alto padrão no período em que foi diretor da estatal, entre os anos de 2003 e 2012.

Duque nega a acusação, afirma que Costa não apresentou provas do que disse e, por isso, o processará. Os rendimentos de Duque aumentaram substancialmente devido aos altos salários pagos aos diretores da estatal, cerca de R$ 100 mil mensais nos dias de hoje. A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) informa que a renda dele, nos quase dez anos a frente da Petrobras, ultrapassou os R$ 8 milhões. O ex-diretor não confirma esse valor.

Os imóveis em questão foram adquiridos ao longo dos anos em que Duque trabalhou na empresa, que coincidiu com um período de expressiva alta no mercado imobiliário na Barra da Tijuca, bairro onde os apartamentos estão localizados no Rio de Janeiro. A questão é que os valores atribuídos a alguns destes imóveis são diferentes daqueles praticados no mercado à época da compra. Segundo dados da Receita Federal, Duque gastou cerca de R$ 3,29 milhões com alguns destes bens, o que representaria 40% de sua renda. As salas comerciais não estão incluídas nestes valores.

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