País registra 3.530 casos suspeitos de microcefalia

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Primeiros pacientes com microcefalia a receber atendimento na Policlínica Lessa de Andrade, no bairro da Madalena, na zona oeste do Recife (PE). (Líbia Florentino/Leia Já Imagens/Estadão Conteúdo).

O total de casos suspeitos de microcefalia subiu de 3.174 para 3.530 segundo novo boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde. De acordo com o levantamento, o número de municípios com notificações de nascimentos de bebês com a má-formação também aumentou, passando de 684 para 724. Até agora, a doença foi registrada em 21 estados.

Pernambuco, o primeiro a identificar aumento de microcefalia, continua com o maior número de casos suspeitos (1.236), o que representa 35% do total registrado em todo o país. Em seguida, estão os estados da Paraíba (569), Bahia (450), Ceará (192), Rio Grande do Norte (181), Sergipe (155), Alagoas (149), Mato Grosso (129) e Rio de Janeiro (122).

A pasta informou também que estão em investigação 46 óbitos de bebês com microcefalia possivelmente relacionados ao vírus zika — todos na região Nordeste. Segundo o boletim, somente quatro mortes relacionadas ao vírus zika já foram confirmadas após análise realizada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. Dois desses casos eram fetos que foram abortados e dois eram recém-nascidos que faleceram nas primeiras 24 horas de vida. As vítimas foram submetidas a dois testes: um laboratorial, chamado PCR, um teste de imunohistoquímica — ambos positivos para o vírus zika.

“Esses resultados somam-se às demais evidências obtidas em 2015 e reforçam a hipótese de relação entre a infecção pelo vírus Zika e a ocorrência de microcefalia e outras malformações congênitas”, diz o boletim. “No entanto, o Ministério reforça a necessidade de prosseguimento das investigações e pesquisas da alteração do número de microcefalias e outras malformações em decorrência de processos infecciosos”.

Zika vírus e a microcefalia 

O zika vírus é transmitido pelo Aedes aegypt, mosquito transmissor da dengue e da febre chigungunya. Embora os sintomas – dores nas articulações, no corpo e na cabeça, febre, náuseas e diarreia – do zika sejam mais leves que das outras doenças transmitidas pelo vetor, recentemente o Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus e a microcefalia em bebês.

A microcefalia é uma anomalia que prejudica o desenvolvimento do cérebro dos recém-nascidos e se caracteriza pelo perímetro cefálica igual ou inferior a 32 centímetros.O problema também pode ser provocado por uma série de fatores, desde desnutrição da mãe, abuso de drogas até infecções durante a gestação, como rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus.

(Da redação)

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