Na hora da taça, aplausos a campeões e ofensas a Dilma

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O momento da entrega da Taça Fifa aos vencedores da vigésima Copa do Mundo foi inusitado: uma mistura de aplausos aos alemães, que foram apoiados pela maioria esmagadora da torcida brasileira na finalíssima deste domingo, no Maracanã, e ofensas em coro à presidente Dilma Rousseff, que repassou o troféu ao capitão Philipp Lahm de cara fechada e num gesto rápido, livrando-se rapidamente do prêmio reservado aos tetracampeões. Dilma, que já havia sido vaiada em todas as ocasiões em que foi mostrada no telão (ela só apareceu depois do encerramento da partida), voltou a ouvir o mesmo xingamento em coro que já havia sido gritado pela torcida no jogo de abertura, no Itaquerão, em São Paulo. Ao lado do presidente da Fifa, Joseph Blatter, e da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, Dilma também foi vaiada ao ser mostrada no telão entregando as medalhas de ouro aos alemães e de prata aos argentinos.

Lahm, de 30 anos, remanescente das campanhas alemãs nas Copas de 2006 e 2010, levantou a taça e juntou-se aos capitães das conquistas de 1954, Fritz Walter, 1974, Franz Beckenbauer, e 1990, Lothar Matthäus. Depois de descerem da tribuna, os campeões do mundo foram buscar as mulheres e namoradas nas arquibancadas, e muitas delas permaneceram no gramado durante a comemoração com a torcida, que estava concentrada no lado oposto à meta onde foi marcado o gol do título, de Mario Götze, aos 7 minutos do segundo tempo da prorrogação. Os alemães cantaram, fizeram coreografias – uma delas, aprendida com os índios da tribo pataxó que visitou a concentração da equipe, na Bahia – e saíram do gramado cerca de meia hora depois da entrega das medalhas e da Taça Fifa. A Alemanha é a primeira tricampeã do torneio desde a adoção do novo troféu, em 1974. Ao contrário do que aconteceu com a Jules Rimet, conquistada de forma definitiva pelo Brasil em 1970, o troféu atual tem posse transitória e não ficará com nenhuma seleção, mesmo em caso de múltiplas vitórias na competição.

Revista Veja 

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