Fiéis celebram Dia de São Sebastião, um dos padroeiros de Jucurutu, com missas e procissão

 

Blog Edilson Silva – Fiéis da Igreja Católica estiveram celebrando, neste sábado (20), o Dia de São Sebastião, um dos padroeiros do município de Jucurutu. A programação religiosa e social começou no dia 10 de janeiro e se encerra após 10 dias de comemorações.

 

O último dia da festa de São Sebastião começou cedo na Paróquia que leva o nome do Mártir, no Centro. Às 7h, houve Alvorada Festiva e repicar dos sinos na Matriz; às 9h30min, teve recitação do Santo Terço, às 10h, aconteceu a Nissa Solene da Festa; às 17h foi a vez da Procissão e Santa Missa de Encerramento seguida do sorteio de prêmios.

 

   

 

São Sebastião, soldado romano e cristão

 

São Sebastião era um soldado romano que foi martirizado por professar e não renegar a fé cristã. Sua história é conhecida somente pelas atas romanas de sua condenação e martírio. Nessas atas de martírio de cristãos, os escribas escreviam dando poucos detalhes sobre o martirizado e muitos detalhes sobre as torturas e sofrimentos causados a eles antes de morrerem. Essas atas eram expostas ao público nas cidades com o fim de desestimular a adesão ao cristianismo.

.

Nasceu na cidade de Narbona, na França, em 256 d.C. Seu nome de origem grega, Sebastós, significa divino, venerável. Ainda pequeno, sua família mudou-se para Milão, na Itália, onde ele cresceu e estudou. Sebastião optou por seguir a carreira militar de seu pai.

.

No exército romano, chegou a ser capitão da 1ª da guarda pretoriana. Esse cargo só era ocupado por pessoas ilustres, dignas e corretas.

.

Sebastião era muito dedicado à carreira, tendo o reconhecimento dos amigos e até mesmo do imperador romano, Maximiano. Na época, o império romano era governado por Diocleciano, no oriente, e por Maximiano, no ocidente. Maximiano não sabia que Sebastião era cristão. Não sabia também que Sebastião, sem deixar de cumprir seus deveres militares, não participava dos martírios nem das manifestações de idolatria dos romanos.

.

Por isso, São Sebastião é conhecido por ter servido a dois exércitos: o de Roma e o de Cristo. Sempre que conseguia uma oportunidade, visitava os cristãos presos, levava uma ajuda aos que estavam doentes e aos que precisavam.

.

De acordo com Atos apócrifos atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião teria se alistado no exército romano já com a única intenção de afirmar e dar força ao coração dos cristãos, enfraquecidos diante das torturas.

Martírio

 

Ao tomar conhecimento de cristãos infiltrados no exército romano, Maximiano realizou uma caça a esses cristãos, expulsando-os do exército. Só os filhos de soldados ficaram obrigados a servirem o exército. E este era o caso do Capitão Sebastião. Para os outros jovens, a escolha era livre.

.

Denunciado por um soldado, o imperador se sentiu traído e mandou que Sebastião renunciasse à sua fé em Jesus Cristo. Sebastião se negou a fazer esta renúncia. Por isso, Maximiano mandou que ele fosse morto para servir de exemplo e desestímulo a outros.

.

Maximiano, porém, ordenou que Sebastião tivesse uma morte cruel diante de todos. Assim, os arqueiros receberam ordens para matarem-no a flechadas. Eles tiraram suas roupas, o amarraram num poste no estádio de Palatino e lançaram suas flechas sobre ele. Ferido, deixaram que ele sangrasse até morrer.

.

Sebastião continuou vivo e foi levado por um grupo de amigos para a casa de Irene, uma cristã devota que cuidou de seus ferimentos.

Segundo martírio

 

.

Depois de curado, Sebastião continuou evangelizando e se apresentou ao imperador Maximiano, que não atendeu ao seu pedido. Sebastião insistia para que ele parasse de perseguir e matar os cristãos.

.

Desta vez o imperador mandou que o açoitassem até morrer e depois fosse jogado numa fossa, para que nenhum cristão o encontrasse.

.

Porém, após sua morte, São Sebastião apareceu a Lucina, uma cristã, e disse que ela encontraria o corpo dele pendurado num poço. Ele pediu para ser enterrado nas catacumbas junto aos apóstolos.

Sepultamento

 

Alguns autores acreditam que Sebastião foi enterrado no jardim da casa de Lucina, na Via Ápia, onde se encontra sua Basílica. Construíram, então, nas catacumbas, um templo: a Basílica de São Sebastião. O templo existe até hoje e recebe devotos e peregrinos do mundo todo.

Devoção

 

O culto a São Sebastião nasceu no século IV e atingiu o seu auge nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa.

.

São Sebastião é padroeiro de mais de 500 paróquias no Brasil – nove delas são no Rio Grande do Norte.

.

“Essa devoção foi trazida para o Brasil pelos portugueses, que já eram devotos desse Santo. Nós o invocamos como protetor, defensor, aquele que nos livra da peste, da fome e da guerra”, contou o padre José Freitas Campos.

.

Compartilhe aqui:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*