Datafolha: Gritaria do 7 de Setembro não rendeu nada a Bolsonaro

 

O movimento autoritário e criminoso desatado por Jair Bolsonaro (PL) no feriado do Bicentenário da Independência do Brasil, quando o presidente sequestrou a data cívica nacional para transformá-la num comício eleitoral de proporções gigantescas para seus radicais, não lhe rendeu qualquer resultado.

 

O Datafolha divulgado esta noite (9) mostrou que, mesmo após implodir a Lei Eleitoral e atropelar toda a liturgia exigida de quem exerce o cargo de presidente da República, o líder de extrema-direita não transferiu a enxurrada de adesão das ruas para as urnas, tendo mais uma vez pregado (odiosamente) para seus convertidos extremistas.

 

Pelos números mais recentes da mais importante pesquisa de intenção de voto do país, sua ligeira subida de 2%, que o conduziu de 32% para 34% (o que pode ser lido até como uma variação dentro da margem de erro), não afetou em nada os 45% de Lula (PT), seu rival, que segue líder isolado na corrida pelo Palácio do Planalto, imóvel como uma rocha.

 

A leve subida, para muitos, inclusive, apenas extraiu alguns pontinhos do escasso desempenho de Ciro Gomes (PDT), que desceu de 9% para 7%, rendendo-lhe a pecha nas redes sociais de “linha auxiliar do bolsonarismo”.

 

A campanha de Lula também fez essa leitura. Para integrantes de seu séquito político, a permanência do índice do petista e um breve crescimento na margem de erro por Bolsonaro podem ser lidos como um tiro na água por parte atual mandatário, após tamanha gritaria com seus atos de 7 de Setembro. Na pior das hipóteses, avaliam esses setores da campanha do ex-presidente, se realmente dois pontos percentuais tiverem sido ganhos pelo radical de extrema-direita, eles teriam saído de Ciro, que segue com sua obsessão de atacar Lula o tempo todo, mesmo vendo o que se passa no Brasil e quem é a figura sinistra e funesta do atual presidente.

 

Por fim, as análises gerais do novo Datafolha permanecem desembocando na mesma conclusão: o cenário eleitoral é de profunda estabilidade, de tendências cristalizadas, com 86% dos eleitores de Lula cravando que não mudam de voto de jeito nenhum e 83% de Jair Bolsonaro dizendo o mesmo.

 

Revista Fórum

 

 

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