Açudes rasos d´água

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Dos 70 reservatórios monitorados pela Secretaria de Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte, 57 estão com volume abaixo dos 30%, o que equivale a um total de 81% dos açudes, barragens e lagoas existentes no Rio Grande do Norte. A informação, por mais grave que seja, dada desta maneira – um dado isolado – não consegue passar a real situação desses reservatórios, a verdadeira imagem da seca que assola o Estado. O fotógrafo Ney Douglas, deste NOVO JORNAL, visitou recentemente três dos mais importantes reservatórios potiguares: barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Assú (Itajá); o Gargalheiras, em Currais Novos; e o Itans, em Caicó. E suas imagens revelam a crueldade que os números esfriam.

A situação mais grave é no reservatório de Acari, que está com apenas 5,85% do seu volume total, 44.421.480 de metros cúbicos. Atualmente, segundo medição feita dia 9 recente, o Gargalheiras (cujo nome oficial é barragem Marechal Eurico Gaspar Dutra) está com apenas 2.598.477 metros cúbicos. A imagens feitas por Ney Douglas revelam que é possível “caminhar” dentro da área antes ocupada pela água. Várias pedras que antes permaneciam encobertas pelas águas, revelam agora as marcas da seca. Um cenário arrasador.

No Itans, a situação está um pouco melhor, mas também muito preocupante: o reservatório está com apenas 10,43% do seu volume total, que é de 81.750.000 de metros cúbicos. Atualmente o açude está com 8.525.000 metros cúbicos. No açude de Caicó, a torre das bombas de água está completamente descoberta, uma imagem que não agrada a nenhum sertanejo, pelo mau sinal que representa.

Já no maior reservatório do Estado, a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, que possui volume total de 2.400.000.000, metros cúbicos, o volume atual é de 908.360.000, o que representa 37,85%, de acordo com medição feita dia 10 recente. Lá, a exemplo de Caicó, a torre que serve de referência visual para indicar o volume do reservatório está bem perto de ficar completamente fora da água. É mais uma imagem que impressiona qualquer um que já tenha visto a barragem com seu volume normal.

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