Paralisação dos ônibus prejudica natalenses nesta quinta-feira

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A paralisação dos motoristas e cobrados de ônibus prejudica a ida do natalense ao trabalho na manhã quinta-feira (12). Desde as primeiras horas da manhã, muitas pessoas lotam as paradas em todas as regiões da cidade. Algumas delas relataram que esperaram mais de uma hora por ônibus. Os motoristas e cobradores exigem um reajuste salarial de 16% e aumento do vale alimentação para R$ 450.

“Eu acho essa greve uma irresponsabilidade. Não dos motoristas, mas dos empresários, que não valorizam o trabalho deles. Aí o jeito é os motoristas fazerem greve. Mas, no final, é a gente que sai prejudicado”, disse o vigilante Fabiano Costa. “Eu trabalhei a noite toda, estou cansado, querendo ir para casa e não como fazer isso”.

O jardineiro Jacinto da Silva, de 54 anos, não conseguiu ir trabalhar. “Isso é uma falta de respeito com o povo. Eu estou há mais de uma hora esperando ônibus e não passou nenhum. Vou perder o meu dia de trabalho. Pior: não sei se terei como voltar para casa para ver a estreia da seleção brasileira na Copa”, reclamou.

Motoristas e cobradores de ônibus anunciaram nesta quarta (11) que iriam iniciar uma paralisação por tempo indeterminado a partir da 0h desta quinta. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Passageiros do Rio Grande do Norte (Sintro/RN), Nastagnan Batista, disse que a categoria iria trabalhar mantendo 30% da frota em funcionamento em Natal, e 50% dos veículos que fazem o transporte intermunicipal e metropolitano na Grande Natal.

Na noite desta quarta, o desembargador José Rêgo Júnior, presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Norte, determinou que 70% da frota circule em horário de pico – 5h às 9h e 16h às 20h – 50% nos demais horários. Caso a decisão seja descumprida, ele estabeleceu multa diária de R$ 100 mil.

Além disso, José Rêgo Júnior proibiu os motoristas e cobrados de fechar ruas e avenidas, depredar ônibus e garagens, fechar acessos às garagens das empresas e fechar acessos às garagens das empresas. Caso haja descumpimento, ele já autorizou o uso da força policial.

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