Não vacinados têm 240 vezes mais chances de morrer por covid-19 que pacientes com três doses da vacina no RN

 

No Rio Grande do Norte, a taxa de morte por covid-19 entre pacientes não vacinados é 240 vezes maior que a taxa entre aqueles que completaram o esquema vacinal com três doses. O dado está presente em relatório divulgado nesta sexta-feira (18) pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais) da UFRN.

 

Os pesquisadores calcularam a Taxa de Óbitos dos Não Vacinados (693,36), Taxa Óbitos de Vacinados com a D1 (122,76), Taxa Óbitos de Vacinados com a D2 (26,36) e Taxa Óbitos de Vacinados com a D3 (2,89). Foram cruzados dados das plataformas RegulaRN e RN Mais Vacina, observando as mortes de pacientes que foram internados em leitos covid-19 SUS/RN no período de janeiro de 2021 a janeiro de 2022, considerando-se somente os óbitos após o início da imunização no RN.

 

“Fica claro que pacientes com esquema vacinal incompleto são mais afetados quando fazem a forma mais grave. Da mesma forma, os pacientes com a dose de reforço são mais protegidos, portanto a taxa de óbitos nestes casos é mais baixa”, diz o relatório. Nesse período, o estado registrou 2.183 óbitos entre pessoas não vacinadas, 451 de indivíduos apenas com a D1, 382 com a segunda dose e 30 com a terceira.

 

O documento também traz uma análise detalhada do processo de vacinação e sua repercussão na ocupação de leitos e óbitos. Como resultado da imunização e da expressiva parcela da população vacinada estima-se que, durante a terceira onda com a alta contaminação em janeiro de 2022, foram poupadas mais de 1.000 vidas quando se compara o número de novos casos diários e de óbitos do mês de março de 2021.

 

O texto diz também que o Rio Grande do Norte “tem avançado de forma consistente e satisfatória na imunização em todos os municípios e em todos os grupos vacinais”. No dia 16 de fevereiro de 2022, o estado conseguiu alcançar 90% de toda a sua população com pelo menos a primeira dose e é possível que no mês de fevereiro de 2022 consiga imunizar 80% com a segunda.

 

Mas os pesquisadores alertam também para a necessidade de criar novos ambientes e horários mais oportunos para vacinar a população trabalhadora; e as crianças de 5 a 11 anos e adolescentes nas escolas, sejam elas públicas ou privadas.

 

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