Seleção Brasileira encara a Croácia nesta sexta (9) pelas quartas de final
Todo jogo de Copa do Mundo FIFA parece ser especial para Luka Modric. Conhecido por suas grandes atuações no torneio, o croata terá mais um grande desafio diante do Brasil, pelas quartas de final, nesta sexta-feira (9). Mas este jogo será ainda mais especial para ele. Dentro de campo, defendendo o adversário, estarão vários de seus amigos de Real Madrid, como Vinícius Júnior, Rodrygo e o ex-?companheiro Casemiro.
No clube espanhol desde 2012, Modric faz parte de uma das mais vitoriosas gerações da história do Real. Por lá, conquistou cinco vezes a Liga dos Campeões da Europa, quatro vezes a Copa do Mundo de Clubes da FIFA e outros três edições do Campeonato Espanhol, entre outros títulos. Em várias dessas conquistas, Luka atuou ao lado de brasileiros.
O mais importante deles talvez tenha sido Casemiro. Ao lado de Toni Kroos, os dois formaram um meio de campo que ficou conhecido como “Triângulo das Bermudas”, por sua capacidade de esconder a bola de seus adversários. Em agosto deste ano, o brasileiro deixou o clube para se transferir ao Manchester United, da Inglaterra, e Modric não escondeu sua tristeza.
“Fizemos história com ele, foi uma peça fundamental para nós. Sentiremos muita falta, como pessoa e jogador. Isso é parte do futebol. Estou triste de vê-lo ir,” disse o croata à época.
Mesmo meses após deixar o Real, Casemiro não esquece da boa parceria que fez com Kroos e Modric. Ao ser perguntado, durante a Copa, sobre quem preferiria que Tite escalasse ao seu lado na Seleção Brasileira, o volante recorreu aos amigos para deixar a decisão para o técnico. “Modric e Kroos”, brincou, arrancando risos de toda a sala de coletiva.
Além de ter passado anos dividindo o meio de campo com Casemiro, Modric também exerce uma função de líder dentro do elenco do Real. Para os jovens brasileiros, esta liderança vai além, em uma relação de quase paternidade com os recém chegados.? Foi o caso de Rodrygo, que descobriu no croata uma base para sua sequência no Real.
“É um garoto muito bom, especial. Temos uma grande relação. Quando fala de ‘pai e filho’ é porque descobri que o pai dele tem a minha idade. Está jogando bem, é um garoto muito humilde e com os pés no chão. Fico feliz por ele e tem que seguir assim,” contou Modric.
Assim que o confronto entre Brasil e Croácia foi definido, Rodrygo foi às redes sociais para mandar um recado especial para seu “papa”.
Além das dicas de comportamento, Modric também ensina alguns de seus melhores truques aos seus pupilos. Uma de suas jogadas mais famosas é o passe de trivela, usando o lado de fora do pé para dar efeito contrário na bola. De tanto ver o craque fazer, Vinícius Junior começou a aprender – e já acertou várias vezes durante o jogo.?
A última delas foi justamente na estreia da Seleção Brasileira. Foi com a “trivela do Modric” que Vini encontrou Richarlison no lance do segundo gol do Brasil sobre a Sérvia.
Em entrevista ao FIFA+ após a partida, Vini Jr. creditou Modric pela jogada e revelou que gostou tanto de fazê-la que até mesmo Neymar pediu para ele maneirar na frequência.
“É que eu aprendi muito com o Modric e acabo fazendo muitas vezes nos jogos. Venho treinando bastante. O Ney até reclama às vezes que eu tenho dado bastante três dedos,” confessou.
Diante de tantos rostos familiares, Luka Modric tentará recolocar a Croácia na semifinal da Copa do Mundo após quatro anos.
Dani Alves fica perto de realizar “sonho maluco”
O sonho maluco de Daniel Alves se realizou, pelo menos em grande parte, quando ele pisou no gramado do Estádio Lusail para a partida entre Brasil e Camarões, na sexta-feira passada, fechando a fase de grupos da Copa do Mundo FIFA.
“Sempre passa um flashback. Em 2018, acabei me lesionando a uma semana da de convocação. Depois desse dia eu coloquei como meta que todos os dias ia ter de fazer um pouquinho para estar aqui nessa competição”, disse ao FIFA+.
Poder se recuperar de uma decepção dessas e jogar o Mundial aos 39 anos é uma façanha, fato. Mas, considerando o personagem em questão, simplesmente participar de um jogo de futebol não seja o bastante. No fim, Dani Alves está habituado, mesmo, a vencer. A ser campeão. Depois da vitória sobre a Coreia do Sul, pelas oitavas de final da Copa do Mundo FIFA, em Doha, agora restam três partidas em suas contas.
Se a estreia não correu da forma como ele e seus companheiros de Seleção, por conta de uma cabeçada perfeita de Vincent Aboubakar no finalzinho, o veterano ao menos tem a vivência de futebol para por as coisas sob perspectiva. Esse é um dos fatores que o levou a ser convocado. Seu currículo e sua jornada desde a Rússia lhe conferem peso. Para poder tirar das adversidades algo que possa impulsionar o time.
“Chegar aqui na Seleção para fazer essa última viagem, com uma idade avançada, mostra o respeito que foi construído nessa trajetória. Significa que a resiliência durante todo esse processo foi muito bem feita. Mostra também o comprometimento com esse objetivo, é um pouco do que trago. E aí entra a experiência”, afirmou o lateral.
Tribuna do Norte