Setores criticam situação calamitosa no principal açude da cidade de Santa Cruz

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Nos últimos dias muitos vídeos nas redes sociais tem protestado contra a situação da parede do reservatório, e a situação de abandono por parte do DNOCS é visível.

A irresponsabilidade do poder público com o Açude Santa Cruz, administrado pelo Departamento de Obras Contra a Seca (DNOCS), ultrapassa o limite do aceitável, tanto pela população, instituições e até a Prefeitura Municipal. Em uma situação calamitosa que apresenta buracos, erosão, muitas árvores na parede e lixo no sangradouro e nas margens.

O avanço da zona urbana na área também tem afetado o açude, com mais poluição e lixo nas margens. Com esse período de estiagem dos últimos cinco anos o reservatório chegou ao seu esgotamento total, sem qualquer acúmulo d’água. Fica pela terra um pouco úmida muito capim, lixo e canoas esperando o tempo chuvoso e de peixes para movimentar a economia local.

Nos últimos dias muitos vídeos nas redes sociais tem protestado contra a situação da parede do reservatório, e a situação de abandono por parte do DNOCS é visível. Desde que foi inaugurado em meados dos anos 90, o Açude Santa Cruz não sabe o que é uma reforma ou qualquer obra que de fato objetive sua melhoria.

Entre 2011 e 2013, o blog intensificou as postagens e cobranças sobre o açude, as autoridades ensaiaram seus discursos e tudo ficou nesse debate de interesse sem motivação prática. A Rádio Santa Cruz AM fez contato com o DNOCS, e o chefe de serviços técnicos do órgão, João Guilherme, informou que “o Departamento já tinha conhecimento do problema, mas não tinha recursos para realizar nenhuma obra de recuperação, das quais são disponibilizados pelo Ministério da Integração Nacional”.

Em setembro de 2015, através de solicitação do IFRN Santa Cruz, na figura do diretor-geral Erivan Sales, o DNOCS enviou dois engenheiros para averiguação dos dois açudes (ver matéria), que classificaram a situação do Açude Santa Cruz como crítica e alarmante. Um dos engenheiros alertou que seria encaminhado no relatório o pedido de urgência nas obras de recuperação da parede, que teria boa parte da sua estrutura sendo demolida e refeita, com acréscimo de uma pavimentação de paralelepípedos.

Meses depois da visita nenhum registro de movimentação do DNOCS para regularizar essa situação e afastar de vez os fantasmas de 1º de Abril de 1981, data da grande enchente nos municípios de Campo Redondo e Santa Cruz, com as cheias no Rio Trairi, que teve o arrombamento de vários açudes que barravam o referido rio.

Via Santa Cruz

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