Pesquisa de professores do Ceres/UFRN no Rio de Janeiro resgata materiais sobre os sertões

 

Organizada por professores do Mestrado em História dos Sertões (MHIST), do Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres), a Missão de Pesquisa Rio de Janeiro realizou uma expedição em museus e arquivos no estado do Rio de Janeiro para coletar documentação e bibliografia por meio de vídeo e de material fotográfico. O trabalho propõe a criação de uma base de dados que ajude a criar sustentação empírica aos projetos de pesquisa ligados ao MHIST.

 

Para coletar os materiais, os professores Helder Macedo, Lourival Andrade e Rosenilson Santos sondaram materiais de diferentes lugares de preservação de memória, como o Arquivo Nacional (AN), o Museu Histórico Nacional, o Centro Cultural Djalma Sabiá e o Museu de Arte Moderna, entre outros locais no período de 28 de novembro a 4 de dezembro.

 

“Especificamente no Rio de Janeiro, partimos do pressuposto de que, por muito tempo — de 1763 a 1960 —, a cidade foi a capital do Brasil desde a Colônia, passando pelo Império e entrando na República. Logo, em alguma medida, os espaços de memória do Rio de Janeiro (como arquivos, museus e bibliotecas) agregam registros documentais da cultura material e bibliográfica do que hoje é o país. Visitar esses espaços e fazer as sondagens em seus acervos nos possibilitam conhecer aspectos da história do Brasil e de vários sertões constituídos em seu território — incluindo os ditos sertões cariocas e mesmo os do Seridó”, diz o professor Helder Macedo.

 

Apesar da expedição acontecer no Sudeste do país, os materiais documentados falam muito sobre a história do sertão nordestino. Um dos materiais encontrados, por exemplo, foi um decreto no qual era agraciado com o grau de Comendador da Ordem de Christo o sacerdote Francisco de Brito Guerra, personagem muito relevante na conformação do que hoje é considerado o sertão do Seridó do Rio Grande do Norte.

 

Essas missões de pesquisa são realizadas desde 2016, antes da implementação do Mestrado em Histórias dos Sertões, e têm como objetivo construir um banco de dados que até então era inexistente, reunindo materiais com o potencial de dar apoio aos novos pesquisadores que queiram se aprofundar no estudo dessa região.

 

Compartilhe aqui:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*