Núncio na Ucrânia: quem provoca a guerra não tem o direito de chamar-se cristão

 

Vatican News – É alta a tensão no leste europeu com a ameaça de uma invasão russa no território ucraniano. Vários países tem diminuído o pessoal diplomático nas embaixadas em Kiev. Na última quarta-feira, em mais um apelo pela paz, o Papa pediu para não esquecer que “a guerra é uma loucura”.

 

“Repito a todos que, aqueles que causam a guerra ou aqueles que não se comprometem em proteger a paz, não têm o direito de se chamar cristão”.

 

O núncio apostólico na Ucrânia, Visvaldas Kulbokas, não mede palavras nessas horas tão delicadas em que a paz mundial está tão duramente ameaçada.

 

“As pessoas estão muito preocupadas e tensas”, disse o núncio à Agência SIR dos bispos italianos: “É evidente que os políticos muitas vezes não encontram ferramentas adequadas para superar os conflitos, porque quase sempre há algum conflito entre os interesses de parte”.

 

“Meu sonho – acrescenta Visvaldas Kulbokas – é ver não só na Europa, mas em todos os lugares, mais pessoas que se dediquem à política com sinceridade e dedicação, reconhecendo que se trata de uma vocação digna, a serviço de todos, de não deixar nas mãos de quem zomba da política como se a própria vida e a dos outros não fossem nada”.

 

Ao ser questionado sobre qual caminho tomar para promover a paz nos dias atuais, o núncio não hesita em responder: “Antes de tudo, converter-nos a Deus e ao nosso verdadeiro e eterno ‘eu’, isto é, a nós como seres humanos, chamados a ser luz e amparo uns dos outros”.

 

E acresenta: “Nós, como pessoas de fé, cristãos ou judeus ou muçulmanos, sabemos que só na verdadeira fé em Deus temos a possibilidade – e a chave certa – de resolver os conflitos; gostemos ou não, é assim: só a fé sincera nos ilumina”.

 

“A paz e a promoção da convivência entre todos – recorda o núncio – continuam sendo nossa vocação clara e imperativa. Confiemos nossa súplica de paz ao Senhor Jesus e à Virgem Maria”.

 

*Com Agência Sir

 

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