Natal completa 422 anos de história

 

Fundada em 1599, às margens do Rio Potengi, Natal completa 422 anos neste sábado (25). Ao longo desse tempo, a capital do Rio Grande do Norte já acumula muita história. De acordo com a última estimativa do IBGE, a cidade conta atualmente com mais de 896 mil habitantes espalhados pelos 167 km² de área.

 

Os carinhosos títulos de “Cidade do Sol” ou ainda “Noiva do Sol” não são à toa. A capital potiguar possui elevada luminosidade solar, a maior dentre as capitais brasileiras. São 2.900 horas anuais de muito sol. Atrelando isso às belas praias do litoral, Natal é destino certo entre os turistas. Anualmente, dois milhões de pessoas visitam a cidade.

 

Dentre os principais pontos turísticos, está a praia de Ponta Negra, a mais movimentada da cidade, que abriga o cartão-postal de Natal e um dos principais do estado, o Morro do Careca. A praia do Meio também está no roteiro e conta com a Fortaleza dos Reis Magos, local que é marco do surgimento da cidade. A praia da Redinha é outro ponto tradicional e traz como principal atrativo a famosa ginga com tapioca, prato típico potiguar.

 

O Centro Histórico da cidade guarda nos paralelepípedos das ruas a história de Natal. É lá onde estão situados a Rua Chile, Beco da Lama – recentemente revitalizado -, e muitos monumentos e prédios históricos. Alguns dos principais pontos são as igrejas de Nossa Senhora da Apresentação (antiga catedral arquidiocesana), do Rosário dos Pretos (segunda igreja da cidade) e de Santo Antônio (conhecida como Igreja do Galo); o Espaço Cultural Palácio Potengi, antiga sede do governo; o Instituto Histórico e Geográfico do RN; a Rampa (Museu da Aeronáutica); e o Memorial Câmara Cascudo, com cerca de 10 mil volumes, onde está preservada uma boa parte da obra de Luís da Câmara Cascudo, ícone da cultura potiguar.

 

História

 

Tudo começou com as Capitanias Hereditárias quando o Rei de Portugal Dom João III, em 1530, dividiu o Brasil em lotes. As terras que hoje correspondem ao Rio Grande do Norte couberam a João de Barros e Aires da Cunha. A primeira expedição portuguesa aconteceu cinco anos depois com o objetivo de colonizar as terras. Antes disso, os franceses já aportavam por aqui para contrabandear o pau-brasil. E esse foi o principal motivo do fracasso da primeira tentativa de colonização. Os índios potiguares, ajudavam os franceses a combater os colonizadores, impedindo, a fixação dos portugueses em terras potiguares.

 

Passados 62 anos, em 25 de dezembro de 1597, uma nova expedição portuguesa, desta vez comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, chegou para expulsar os franceses e reconquistar a capitania. Como estratégia de defesa, contra o ataque dos índios e dos corsários franceses, doze dias depois os portugueses começam a construir um forte que foi chamado de Fortaleza dos Reis Magos, por ter sido iniciada no dia dos Santos Reis. O forte foi projetado pelo Padre Gaspar de Samperes, o mesmo arquiteto que projetou a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação.

 

Concluído o forte, logo se formou um povoado que, segundo alguns historiadores, foi chamado de Cidade dos Reis. Depois, Cidade do Natal. O nome da cidade é explicado em duas versões: refere-se ao dia que a esquadra entrou na barra do Potengi ou a data da demarcação do sítio, realizada por Jerônimo de Albuquerque no dia 25 de dezembro de 1599.

 

Com o domínio holandês, em 1633, a rotina do povoado que começa evoluir foi totalmente mudada. Durante 21 anos, o forte passou a se chamar Castelo de Keulen e Natal, Nova Amsterdã. Com a saída dos Holandeses, a cidade volta a normalidade. Nos primeiros 100 anos de sua existência, Natal apresentou crescimento lento. Porém, no final do século XIX, a cidade já possuía uma população de mais de 16 mil habitantes.

 

A partir de 1922, o desenvolvimento de Natal ganhou ritmo acelerado com o aparecimento das primeiras atividades urbanas. Pela sua posição geográfica privilegiada é o ponto das Américas mais próximo da Europa, na Segunda Grande Guerra Mundial, já no século XX, serviu de base militar para os nortes americanos, ganhando ares de metrópole internacional, transformando definitivamente Natal e a cidade teve seu nome conhecido por milhões de cidadãos pelo mundo.

 

Nos anos pós-guerra, a cidade continuaria a se desenvolver e sua população cresceria, mas só alguns anos mais tarde é que esse quadro mudaria definitivamente, foi no início da década dos anos 80 com a construção da Via Costeira este um marco importante. São 10 km de praias com uma excelente rede de hotéis entre as Dunas e o Mar.

 

Fonte da história: Prefeitura do Natal

 

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