Ministro da saúde de Israel testa positivo para Covid-19, e Netanyahu volta a isolamento

O ministro da Saúde de Israel, o ultraortodoxo Yaakov Litzman, testou positivo para o novo coronavírus. A infecção ocorreu justamente no momento em que cresce a preocupação com a elevada propagação da Covid-19 nesta comunidade religiosa, a mais afetada do país. Litzman, de 71 anos, e a esposa testaram positivo, mas os dois estão em bom estado de saúde, embora devam permanecer em quarentena.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também voltou a ser colocado em quarentena até a próxima quarta-feira, após ter entrado em contato com o ministro da Saúde. O líder do governo de Israel, de 70 anos, havia acabado de deixar um primeiro isolamento feito depois da infecção de uma assessora parlamentar.Yaakov Litzman, do partido Judaísmo Unido da Torá, recebeu numerosas críticas no mês passado quando confiou no “Messias” para curar a Covid-19. A declaração ocorreu depois de medidas preventivas colocarem em dúvida a celebração da Páscoa judaica, que começa no próximo dia 8.

Na ocasião, perguntado sobre as chances de Israel continuar em quarentena até o feriado da Páscoa, Litzman ofereceu uma resposta pouco convencional. “Deus não permita!”, afirmou. “Oramos e esperamos que o Mashiach (Messias) chegue antes da Páscoa, pois é um tempo de nossa redenção. Estou certo de que o Messias virá pela Páscoa e nos salvará da mesma maneira que Deus nos salvou durante o êxodo e fomos libertados. O Mashiach virá e salvará todos nós”, acrescentou.

Além disso, ele resistiu inicialmente ao fechamento de sinagogas, que permaneceram abertas em alguns bairros ultraortodoxos, apesar da proibição, levando as forças de segurança a intervir não sem alguma resistência por parte dos residentes. O modo de vida dessa comunidade religiosa – composta por famílias numerosas, geralmente amontoadas em pequenas casa, governadas pelas leis da Torá e pela palavra dos rabinos – despertou o alarme pelo não cumprimento das medidas preventivas que a colocavam em risco.

O primeiro-ministro israelense anunciou ontem a intenção de fechar completamente a cidade ultraortodoxa de Bnei Brak, perto de Tel Aviv, onde os casos aumentaram 25% nas últimas 24 horas. Atualmente, Israel tem mais de 6,2 mil infectados e 32 mortos, enquanto se teme um aumento de contágio nas principais zonas das comunidades religiosas, como distritos de Jerusalém e Modin Illit.

Informações da Agência EFE/UOL

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