Meteorologista explica chuva forte em Jardim de Piranhas

 

O meteorologista Gilmar Bristot, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), explicou o que provocou a chuva torrencial que caiu em Jardim de Piranhas, no Seridó potiguar, nessa sexta-feira (14). Segundo ele, o cenário tem sido frequente ao longo dessa semana.

 

“Essas chuvas podem acontecer. Todos esses dias tiveram chuvas fortes em alguma cidade. As instabilidades recebem a umidade que está acumulada no final da tarde, início da noite, e podem causar formação de chuvas pesadas, como tem acontecido”, explicou.

 

Segundo o meteorologista, essas chuvas são comuns nessa época do ano devido a uma temperatura mais elevada no Oceano Atlântico. Outro fator é a atuação de um vórtice ciclônico sob as nuvens cumulonimbus, que são responsáveis por essas chuvas intensas e até pelo granizo que caiu no estado.

 

“É normal quando tem o vórtice cilônico nesta época do ano, que ele concentra essa umidade embaixo da cumulonimbus. Para essa época do ano, que você tem condições mais favoráveis no Oceano Atlântico com águas mais quentes, você pode ter essas chuvas no interior”, esclareceu.

 

Bristot considerou a precipitação bastante elevada, mas citou as características da cidade como outro fator de influência para os alagamentos registrados nessa sexta-feira.

 

“É um valor muito alto para uma hora de chuva. 130 milímetros esgota qualquer sistema de drenagem. E tem também a questão da cidade. A RN que corta a cidade em duas e nos dois lados são duas depressões. São locais que acumulam água facilmente”, pontuou.

 

O especialista acrescentou ainda que “a questão de ter inundações é muito fácil de se prever por causa da característica da cidade”.

 

Ainda nessa sexta-feira (14), o governo do RN mobilizou uma ação integrada para acompanhar a situação em Jardim de Piranhas. Neste sábado (15), o Instituto Nacional de Meteorologia emitiu um alerta de chuvas intensas para todos os municípios do Rio Grande do Norte. O aviso indica chuvas de 20 a 30 milímetros por hora ou até 50 milímetros por dia.

 

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