Jucurutu: Promotor de Justiça concede entrevista e fala sobre Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

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Carlos Henrique Harper Cox, Promotor de Justiça da Comarca de Jucurutu. Foto: Edilson Silva.

Carlos Henrique Harper Cox, Promotor de Justiça da Comarca de Jucurutu foi o convidado do #ProgramaEdilsonSilva desta quinta – feira, 28 de Abril. Na oportunidade o representante do Ministério Público esteve falando sobre o Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes aqui na comunidade.

O Promotor informou que é alarmante o número de casos de pedofilia e que em se tratando de Jucurutu a situação é bem mais complicada do que em outros municípios do mesmo porte. Além disso, ele afirmou que esse alto índice chamou a atenção da promotoria, delegacia e juizado.

Em sua opinião o problema sempre existiu na sociedade, mas historicamente algumas famílias por preconceito, vergonha ou tabu preferiam ocultar os casos. Ele ainda lembrou que nos dias de hoje corajosamente os parentes da vítima estão denunciando e procurando profissionais que atuam nesta área.

É preciso alertar as famílias para este grave problema. Pais e mães tenham mais cuidado com os seus filhos, fiquem muito atentos às situações, pois a maioria dos casos acontece com pessoas do seu círculo de amizade (pai, tio, primo, amigo ou vizinho) e quero lembrar que o perfil do pedófilo não é o mesmo do assaltante e do traficante”, destacou.

No caso de dúvidas de como proceder nestes casos é recomendável primeiro procurar o CREAS – Centro de Referencia Especializada da Assistência Social em seguida a Delegacia e por último o Ministério Público. Ele lembrou que o Conselho Tutelar faz o meio campo e integra esta rede de proteção à criança e o adolescente.

“O papel da família é denunciar e ajudar o Ministério Público e a Delegada de Polícia Civil a conseguir provas, pois na dúvida o sujeito será absolvido e vai para rua mesmo, por isso quanto mais próximo do fato, mais chance agente tem de conseguir uma responsabilização criminal. Também é importante destacar que não devemos nos preocupar apenas em punir, muitas vezes os pais e a própria vítima ficam necessitando de um atendimento psicológico e Jucurutu neste caso conta com uma equipe qualificada o que tem sido positivo”, lembrou.

De acordo com ele pelo menos dezesseis (16) casos já foram abertos e seguem em sigilo na Comarca de Jucurutu. O promotor ainda lembrou que mais de 95% dos casos de pedofilia envolve uma pessoa que tem convivência com a família da vítima, seja um tio, pai, primo que mora no mesmo ambiente, um prestador de serviço que semanalmente vai aquela residência enfim não existe um perfil por isso a necessidade em manter a vigilância.

Carlos Henrique Harper Cox ainda agradeceu o apoio do CREAS/Jucurutu e elogiou os profissionais que dedicam-se diariamente à causa.

“Gostaria aqui de elogiar a equipe do CREAS, pois o apoio dos profissionais (Advogados, Assistente Social, Psicólogos e outros) tem sido fundamental na formação desta rede de proteção”, frisou.

Redação: Edilson Silva

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