Jucurutu: Drª. Emanuela Alves fala sobre Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna

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Drª. Emanuela Alves fala sobre Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna.

No dia 28 de Maio se comemora o DIA NACIONAL DE REDUÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA e é importante citarmos como o Brasil está colocado diante desta realidade. Dois informes da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o Brasil e mais dez países latino-americanos conquistaram avanços significativos na redução de mortes relacionadas à gravidez ou parto de 1990 a 2013. Mundialmente, taxas também estão em queda, embora doenças crônicas e outras condições médicas preexistentes ainda sejam um problema grave.

O Brasil reduziu sua taxa de mortes maternas em 43% desde à década de 90. Outros países mencionados pelo relatório são Peru (64%), Bolívia e Honduras (61% cada), República Dominicana (57%), Barbados (56%), Guatemala (49%), Equador (44%), Haiti (43%), El Salvador (39%) e Nicarágua (38%). A OMS alerta que, ainda assim, nenhum dos países da região tem condições de alcançar meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) de reduzir 75% a taxa de mortalidade materna até 2015.

O progresso, no entanto, não diminui o peso das 9,3 mil mulheres latino-americanas e caribenhas que morreram em 2013 por causas relacionadas à gravidez em 1990, forma mais de 17 mil mortes.

Adicionalmente, o segundo relatório da OMS, com foco nas causas globais das mortes maternas, destaca o impacto que condições médicas preexistentes – como diabetes, AIDS, malária e obesidade – têm sobre a saúde da gravidez, sendo responsáveis por 28% das mortes deste tipo no mundo. Esta proporção é similar a das mortes por hemorragias graves durante gravidez ou parto, que isoladamente é a principal causa da morte materna no mundo.

Entre mais de 60 mil disfunções maternas em 115 países, as causas de morte materna estão distribuídas da seguinte forma:

Hemorragia grave (especialmente durante e depois do parto): 27%

Hipertensão na gestação: 14%

Infecções: 11%

Parto obstruído e outras causas diretas: 9%

Complicações de aborto: 8%

Coágulos sanguíneos (embolias): 3%

Esses avanços são devidos à evolução ainda que pouco reconhecida dos serviços de saúde que através do SUS têm prestado assistência regular mínima, com acompanhamento pré-natal continuado nas diversas unidades de saúde espalhadas pelas cidades e comunidades.

Um entrave, porém e ainda, é a assistência ao parto que ainda esbarra na burocracia aliada à condições precárias de cobertura fazendo-nos enxergar que ainda há muito o que ser feito, mas não devendo nós nos esquecermos dos ganhos obtidos.

Por Edilson Silva

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