Grupo que fraudava licenças de pesca gerou prejuízo de R$ 1,4 bilhão

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Segundo a PF, o esquema tinha participação de servidores públicos, representantes sindicais e intermediários.

A organização criminosa suspeita de atuar na concessão ilegal de permissões de pesca industrial, desarticulada ontem (15) pela Polícia Federal, gerou R$ 1,4 bilhão em danos ambientais, segundo informações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Durante a Operação Enredados, foram presas 19 pessoas, entre elas o secretário executivo interino do extinto Ministério da Pesca, Clemeson José Pinheiro da Silva, e o superintendente do Ibama em Santa Catarina, Américo Ribeiro Tunes.

Em entrevista na tarde desta quinta-feira, a delegada Aletea Vega Marona, chefe da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal em Porto Alegre, esclareceu que a organização criminosa agia de diversos modos, todos com objetivo de facilitar ou vender permissões do Ministério da Pesca. Segundo a PF, o esquema tinha participação de servidores públicos, representantes sindicais e intermediários. “A pesca, por força desses servidores públicos, em pontos estratégicos do alto escalão, estava ocorrendo, em sua maioria, sem nenhuma observância e com muito dano à natureza”, acrescentou Aletea. A delegada informou que as propinas chegavam a R$ 100 mil.

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