Força Nacional chega a Natal para auxiliar na segurança de presídios

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Setenta e nove homens da Força Nacional desembarcaram em Natal na manhã desta terça-feira (17) para reforçar a segurança nas unidades prisionais potiguares, onde ocorre uma série de rebeliões desde a semana passada.

A previsão, segundo a Secretaria de Segurança Pública, é que a tropa chegue a 200 militares ainda nesta terça. Há um acordo para que até 300 homens da Força Nacional atuem no Rio Grande do Norte. O pedido de reforço foi feito pelo governador Robinson Farias ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Desde a última quarta-feira (11), presos se revoltaram em nove unidades prisionais. Nesta terça-feira (17), duas ainda não estão com a situação controlada: a Penitenciária Estadual do Seridó Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega, o Pereirão, em Caicó, e o Centro de Detenção Provisória de São Paulo do Potengi.

Os militares da Força Nacional chegaram em um avião Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) às 10h35. Eles seguem para o local onde ficarão alojados e, em seguida, já iniciam o trabalho nas unidades prisionais.

Além disso, dois helicópteros cedidos pelo Ministério da Justiça chegam a Natal também nesta terça.

Calamidade

O governador decretou situação de calamidade do sistema prisional do estado. A decisão considerou a destruição feita pelos rebelados de mil vagas, divididas entre Alcaçuz (450), Penitenciária Estadual de Parnamirim (250) e Cadeia Pública de Natal (300).

Com o decreto, medidas de emergência podem ser adotadas, e foi determinada a criação de uma força tarefa.

A situação das unidades prisionais levou à exoneração do secretário estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), Zaidem Heronildes da Silva Filho.

Pedidos dos presos

Detentos gravaram vídeos em que fazem uma série de exigências, como a saída da diretora da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, Dinorá Simas.

Uma TV e um ventilador em cada uma das celas, roupas e tênis para jogar bola na quadra e material de artesanato estão entre as reivindicações dos detentos do presídio estadual Rogério Coutinho, em Nísia Floresta, na Grande Natal. Os pedidos dos presos estão em uma carta obtida com exclusividade pelo G1.

A Secretaria de Segurança Pública afirmou, nesta segunda-feira (16), que “não vai negociar com preso”.

Via G1

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