Foliões classificam retorno ao Galo da Madrugada como renascimento e esperança

 

Um grupo de cinco foliões fantasiadas que participa do Galo da Madrugada definiu o retorno ao bloco como renascimento e esperança em dias melhores.

 

Uma das integrantes do grupo, a funcionária pública Silvana Araújo, participa do Galo há 30 anos.

 

“Vida, renascimento, esperança. Voltar ao Galo não é só a festa, é ver as pessoas depois de tudo que a gente passou. Você encontra pessoas no Galo que só se vê aqui”

 

A servidora pública Mônica Monteiro também está há três décadas participando do Galo. Ela foi uma das integrantes do grupo que trouxe o debate da fome ao maior bloco do mundo.

 

“Esse é um pequeno grupo que em 2020 a gente fez espetinho de ovo, que é só o que a gente conseguia comer. E agora os ovos já deram os pintinhos e chegamos agora ao Galo. Em breve, vem a picanha”, disse.

 

EMOÇÃO

 

A dupla Mateus e Katilinda participa do Galo da Madrugada neste sábado no Recife. Os dois personagens do Carnaval saíram com as cores de Pernambuco para o desfile.

 

Os dois acordaram por volta das 4h para organizar as roupas e as maquiagens. Eles vão desfilar em um dos trios elétricos.

 

“A expectativa é grande depois do que passamos na pandemia. Houve essa grande expectativa para o Galo”, disse Mateus, que ficou emocionado e não conseguiu prosseguir a fala.

 

“Faz 24 anos que a gente está celebrando a cultura pernambucana. Mateus está nervoso porque a emoção é grande nesse retorno”, disse Katilinda.

 

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

 

Um grupo de 30 pessoas levou mensagem sobre o enfrentamento à violência contra a mulher ao Galo da Madrugada. “Numa mulher não se bate nem com uma flor”, diz uma faixa exibida pelo grupo no bloco.

 

A cabeleireira Joelma Ribeiro faz parte do grupo e disse que tirou a saudade do Galo da Madrugada na manhã deste sábado.

 

Elas também homenageiam uma amiga que faleceu vítima da Covid-19.

 

“Inclusive, a gente se dividiu em dois grupos para fazer uma homenagem maior a ela”, afirma.

 

“A gente vê muitas mulheres agredidas e passamos essa mensagem necessária”, acrescenta.

 

JOSÉ MATHEUS SANTOS – FOLHAPRESS

 

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