Fiocruz divulga estudo sobre nutrição de crianças

 

Dados inéditos sobre anemia e deficiência de vitaminas e minerais em crianças de até 5 anos estão entre os resultados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil, coordenado pela Universidades  Federal e Estadual do Rio de Janeiro em parceria com a Universidade Federal Fluminense e a Fiocruz, Fundação Oswaldo Cruz .

 

Um dos resultados da pesquisa aponta que a insuficiência de vitamina D nessa faixa etária não é um problema de saúde pública no Brasil e que a prevalência da deficiência de vitaminas e minerais  reflete as desigualdades socioeconômicas do país.

 

As conclusões serão apresentadas em webinário nesta terça-feira (19) a. Partir das três é meia da tarde com transmissão ao vivo.

 

A prevalência da insuficiência de vitamina D em crianças menores de 5 anos é de 4,3% no Brasil: 0,9% no Nordeste, 1,2% no Norte, 2,2% no Centro-Oeste, 6,9% no Sudeste e 7,8% no Sul.

 

Os dados sugerem que a suplementação universal desse micronutriente, para todas as crianças, não é necessária. Casos específicos devem ser avaliados e acompanhados individualmente”, explica o coordenador nacional da pesquisa , Gilberto Kac, que é professor titular do Instituto de Nutrição Josué de Castro da UFRJ.

 

O levantamento aponta ainda que a prevalência de deficiência de vitamina B12 em crianças menores de 5 anos é de 14,2% no Brasil, com grande diferença entre as macrorregiões: 28,5% no Norte, 14% no Sudeste, 12% no Centro-Oeste, 11,7% no Nordeste e 9,6% no Sul.

 

As desigualdades também aparecem no recorte econômico e no quesito raça/cor. A proporção de crianças nessa situação é maior nas famílias mais pobres.

 

A pesquisa mostra ainda que a prevalência de anemia em crianças brasileiras de até 5 anos foi reduzida à metade nos últimos 13 anos: de 20,9%, em 2006, para 10,1%, em 2019. O cenário foi registrado em todas as regiões brasileiras, à exceção do Norte, que apresentou aumento de 6,6% neste período, subindo de 10,4% em 2006 para 17% em 2019.

 

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