Estamos distantes de acabar com a pandemia e vamos enfrentar as variantes, diz ministro da Saúde

 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, alertou nesta segunda-feira que o Brasil está distante de acabar com a pandemia da Covid-19, em que pese a queda em indicadores como média móvel de mortes, e apontou a campanha de vacinação contra a doença como a chave para superar o coronavírus.

 

“Nós ainda estamos distantes de pôr fim à pandemia. Existem desafios como, por exemplo, enfrentamento a possíveis variantes desse vírus, a exemplo da variante Delta, que tem tido casos no Brasil”, disse.

 

“Ainda não são tantos, mas não quer dizer que só tenham esses que foram diagnosticados, então é por isso que nós devemos manter a nossa campanha de vacinação fortemente, como está seguindo”, disse o ministro a jornalistas em Brasília. Queiroga afirmou que a vacinação é a “chave” para o Brasil sair da pandemia.

 

“Nós não conseguimos avançar ainda em 100% da população com a primeira dose da vacina. Qual é a evidência científica disponível que nós devamos já começar a falar numa terceira dose? Isso só leva a mais insegurança à população. ‘Ah, vou precisar tomar uma terceira dose agora’. Então quando nós dissermos isso à população é necessário que nós tenhamos uma evidência científica sólida, inclusive como nós devemos fazer”, disse Queiroga.

 

“Por exemplo, se é com o mesmo imunizante, se vamos usar intercambialidade, se é com outro imunizante, se é só um booster que vai se fazer, um reforço, ou se nós precisamos aplicar duas doses. Então é por isso que tenho feito um apelo a todos os gestores para que nós sigamos a decisão do Programa Nacional de Imunização”, reforçou.

 

Queiroga já disse que espera concluir a vacinação de todos os brasileiros acima dos 18 anos até setembro deste ano.

 

Eventos com público

 

Indagado sobre autorização dada pelo governo do Distrito Federal para a presença de público em jogos de futebol, o ministro afirmou que, se os protocolos de saúde forem seguidos, é possível retomar alguns eventos, e apontou a necessidade de os espectadores desses eventos serem testados contra a covid-19 ou já estarem vacinados.

 

Ele disse que conversou com o presidente Jair Bolsonaro, que recebeu alta hospitalar no domingo depois de um tratamento contra uma obstrução intestinal, e disse estar satisfeito em ver o presidente “aparentemente restabelecido” e afirmou esperar que Bolsonaro siga as orientações de seus médicos.

 

O ministro também saudou a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de autorizar testes clínicos para avaliar a eficácia de uma terceira dose da vacina da AstraZeneca contra  covid-19 e do medicamento proxalutamida no tratamento da doença.

 

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