Escritor patoense apresenta novo livro infantil sobre o Seridó

 

O artista visual e jornalista patoense Junior Misaki divulgou nas suas redes sociais, nesta terça-feira, 19, a capa do seu novo livro infantil “O Mágico do Seridó”, uma fábula baseada no clássico de L. Frank Baum, que ganhou adaptação teatral em 2018, com o título: “O Mágico de Oz: Desvendando os mistérios das terras do Sabugi”.

 

“Acredito que mesmo quem não leu a obra de Baum já deve ter assistido alguma adaptação no cinema ou na TV sobre este livro, na minha versão que se passa nas terras do Seridó nordestino não temos uma Dorothy, mas sim uma menina chamada Dorinha que com o seu amigo cachorrinho vão parar em uma misteriosa serra inspirada no “mulungú” que fica em São João do Sabugi no Rio Grande do Norte, a cidade que foi inspiração para a criação desse projeto”, comentou Junior Misaki.

 

O livro que teve cerca de seis meses de produção foi escrito e ilustrado por Junior Misaki, com a revisão da professora patoense Claudia Gean, que também foi uma colaboradora no projeto inicial teatralizado. “Claudia foi uma grande apoiadora dessa obra, além da colaboração realizamos um artigo científico que apresentamos em 2019 em Fortaleza, sobre a importância do texto dramatizado como letramento no ensino fundamental, este livro é o desfecho de tudo o que este projeto nos trouxe de positivo, que precisava ser eternizado”, explicou.

 

Este é o terceiro livro do escritor patoense e segundo no gênero infantil, que tem a previsão de lançamento presencial em meados de setembro de 2021. No ano passado, o artista lançou a obra “Clarice e a Andorinha” ganhador do Prêmio Maria Pimentel, pela lei Aldir Blanc, promovida pela secretaria de cultura do estado da Paraíba.

 

Junior Misaki: dos pincéis para a escrita

 

Com mais de 20 anos de carreira, o artista que inicou na arte da Pintura em Tela em 2000, Junior Misaki conseguiu ganhar um recente título de novo escritor paraibano em 2020 por lançar uma obra infantil que lhe rendeu bons elogios da crítica e premiações na área. O artista que iniciou sua vida de educador na antiga Escola Profissionalizante Verlane Wanderley – hoje, desativada no bairro do Monte Castelo – trouxe-lhe a popularidade enquanto artista e educador.

 

Produtor do projeto audiovisual “A arte da Pintura a Dedos” (2010) e idealizador do festival de cultura pop PlayComic (2015-2017), o artista tem contribuído no desenvolvimento cultural também em projetos de outros artistas locais. Jornalista por formação, licenciado em Pedagogia e Artes Visuais, concluiu recentemente o mestrado em Artes pela UFRN, com uma pesquisa voltada ao uso de História em Quadrinhos na Educação Básica. Professor efetivo de Arte na rede estadual do Rio Grande do Norte e da Paraíba e, do curso de Pedagogia da UNIFIP, tem colaborado para a arte educação de ambos os estados com seus projetos e ações.

 

A propagação da literatura local nas escolas

 

Em tempos de ensino remoto muitas escolas têm promovido eventos online com seus alunos, para poder se reinventar em tempos de pandemia. Alguns momentos literários com estudantes da educação básica tem sido uma oportunidade para os novos escritores interagirem com o público. “Clarice e a Andorinha” foi uma das obras locais mais trabalhadas no começo de 2021 nas escolas de Patos (PB), por se tratar da temática sobre diversidade familiar, onde os educadores ressaltaram a importância de se conhecer um artista local e com um texto direcionado para crianças.

 

Lançamentos em tempos de Pandemia

 

No final de 2020 com o apoio de projetos promovidos pelo apoio cultural da Lei Aldir Blanc, a cidade de Patos ganhou uma série de lançamentos de escritores veteranos e novatos, que foram contemplados com esse projeto desenvolvido pelo governo federal para os artistas que ficaram sem poder produzir neste tempo de Pandemia.

 

Com a continuação da pandemia, em 2021 haverá uma prorrogação da Lei Aldir Blanc que lançará novos editais para auxiliar os artistas que continuam prejudicados no âmbito cultural, com uma verba que sobrou do ano passado. Embora a crise na indústria literária tem fechado livrarias e editoras, novos escritores tem se mantido com produções independentes e de editais ou festivais na área.

 

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