Energia elétrica no RN terá reajuste de 20%

 

A boa notícia dada recentemente com o retorno da bandeira verde nas contas de energia elétrica durou pouco. Como um doce que derreteu rápido nos lábios, o fim da taxa extra foi sobrepujada com o anúncio da  Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de um novo reajuste nas contas. No caso do Rio Grande do Norte, o consumidor residencial médio, que consome em baixa tensão e é maioria entre os clientes da Neoenergia Cosern, o aumento será de 20,55% e já passa a vigorar a partir da próxima sexta-feira (22).

 

A variação percebida pelos clientes atendidos em alta tensão, como indústrias e comércio de médio e grande porte, será de 19,75%. O índice médio do reajuste tarifário anunciado pela Aneel para o estado fica em 20,36% para os mais de 1,5 milhão de pontos atendidos pela Neoenergia Cosern.

 

De acordo com a Aneel, entre os itens que mais afetaram a correção estão os encargos setoriais, os custos de distribuição e a retirada de financeiros anteriores. Os custos de transmissão, por sua vez, geraram impacto negativo.

 

Desse percentual total de reajuste, segundo a  Neoenergia Cosern, apenas 5,54% são referentes à operadora. Os custos incorridos com geração de energia e encargos de segurança energética foram um dos que mais impactaram no índice do reajuste.

 

No entanto, apesar do novo reajuste autorizado, tanto a Neoenergia como a Aneel apontam que o consumidor residencial convencional não verá aumento em sua conta. De acordo com os cálculos deles, o fim da bandeira de escassez hídrica, que estabelecia uma cobrança extra de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, a conta de energia elétrica desse público terá sim uma redução média de 4,1%.

 

O aumento autorizado, no entanto, poderia ser ainda mais pesado no bolso de quem paga energia elétrica. A Aneel aplicou uma série de medidas que atenuaram o efeito médio do reajuste em cerca 12%. Entre as medidas, estão o uso de créditos tributários de PIS e Cofins, com impacto médio de -5,80% e o empréstimo concedido por conta da crise hídrica, com efeito de -4,55%.

 

Tribuna do Norte

 

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