Depois de fracasso no Mundial, CBF e federações são alvos do Congresso
A campanha da seleção brasileira na Copa do Mundo já resulta em consequências em Brasília. O Senado pode votar nesta quarta-feira projeto de lei que submete a CBF e federações de futebol a controle e fiscalização do Tribunal de Contas da União e dos Estados. Seis líderes de partido já manifestaram apoio ao regime de urgência na votação. Falta apenas a assinatura do PMDB para que o projeto seja apreciado no Senado.
O projeto, de autoria do senador Álvaro Dias (PSDB), estabelece formas e obrigações das entidades que administram o futebol no Brasil. Entre elas, determina que todos os contratos da CBF sejam públicos e que as contas da instituição passem por auditoria tributária anual. Além disso, proíbe que parentes de dirigentes tenham negócios direta ou indiretamente com a confederação e as federações.
Para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL), um dos entusiastas do projeto, a ideia é intervir na CBF e federações.
“Só assim poderemos desbaratar essa quadrilha. É preciso uma intervenção do Estado nessas entidades que se apropriaram do futebol nacional”, disse, em contato com a reportagem.
Para virar lei, o projeto terá de ser aprovado no Senado, o mesmo acontecer na Câmara dos Deputados e posteriormente ser submetido à presidente Dilma Rousseff.
“Se não conseguirmos o requerimento de urgência nesta quarta e votar ainda no mesmo dia, vamos votar na sessão de 5 e 6 de agosto”, explicou o senador.
Para acessar o projeto na íntegra, clique aqui.
Abertura de CPI
Além desta iniciativa, Randolfe tenta reunir assinaturas para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o futebol brasileiro e a gestão da CBF. Faltam 9 assinaturas para as 27 exigidas.
“Estas 18 assinaturas que conseguimos foram antes da Copa. Com o vexame que passamos, vamos conseguir as que faltam”, afirmou Randolfe.
Via ESPN