Confronto entre PM e manifestantes deixa mais de cem feridos no Paraná

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Manifestantes e PMs entraram em confronto em frente à Assembleia Legislativa do Paraná

Após servidores estaduais do Paraná tentarem romper o cerco da Polícia Militar e a corporação reagir com bombas de gás e balas de borracha, manifestantes e PMs entraram em confronto em frente à Assembleia Legislativa. O local virou uma praça de guerra onde ao menos cem pessoas se feriram.

Deputados votam no Legislativo, com portas fechadas, o projeto do governo Beto Richa (PSDB) que modifica a previdência dos servidores do Estado, que são contrários à proposta.

Desde o início desta semana, a Assembleia foi cercada por PMs a pedido do governador, que se baseou numa ordem judicial para fazer a votação sem a presença de manifestantes.

A polícia jogou também jatos de água contra os ativistas. Já os manifestantes atiram pedaços de pau e pedras. O prédio da prefeitura, que fica em frente à Assembleia, foi transformada em uma espécie de enfermaria para agilizar o atendimento dos feridos.

O confronto já dura quase duas horas. Após o ataque da PM, os manifestantes –entre eles alunos da rede pública–, recuaram, mas continuam ocupando as ruas ao redor do Legislativo.

‘REFÚGIO’

Dos cem feridos, 35 foram socorridos por ambulâncias do Samu e por guardas civis municipais. Eles foram levados para hospitais e para a UPA matriz.

Segundo a assessoria da prefeitura, diante do tumulto, as pessoas se refugiaram na prefeitura. O saguão principal está lotado de pessoas ensanguentadas, ainda sob efeito de crise nervosa ou que tiveram algum tipo de ferimento.

Funcionários tentavam acalmar manifestantes, distribuindo água.

Enquanto isso, a sessão está sendo realizada na Assembleia. Foi interrompida por cerca de dez minutos, já que o gás chegou a atingir o plenário da Casa, mas foi retomada, mesmo com o barulho de bombas e gritos do lado de fora.

Também houve confronto nesta terça-feira (28), quando um caminhão de som tentou se aproximar do Legislativo. Na ocasião, a PM reagiu com bombas de gás e spray de pimenta.

A expectativa dos servidores é evitar a aprovação da proposta de Richa.

Com medo de que o prédio do Legislativo fosse invadido, a exemplo do que ocorreu em fevereiro, a gestão Richa montou uma operação de guerra ao redor da Assembleia Legislativa do Paraná para garantir a votação.

PREVIDÊNCIA

Os deputados do Paraná começaram a votar, nesta semana, um projeto que pretende alterar a previdência estadual, aliviando o caixa do governo em R$ 1,7 bilhão ao ano. Em protesto, professores e outras categorias, como agentes penitenciários e servidores da saúde, entraram em greve e têm organizado manifestações em frente à Assembleia desde segunda (27).

A direção da Casa conseguiu uma ordem judicial que proíbe a invasão do plenário, como já ocorreu em fevereiro. A PM diz que está agindo para cumprir a decisão.

Via Uol

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