Comitê indica onde há mais necessidade de chuvas para recarga de reservatórios

Matéria publicada no site do Comitê da Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu afirma que “O fim da crise hídrica não é determinado somente pelo volume de chuvas em um território. É preciso que ela caia nos lugares certos para seguir um caminho até os reservatórios, que o solo esteja úmido para facilitar o escoamento e que não haja represamento ilegal dos rios para uso particular da água. No Rio Grande do Norte, alguns dos maiores reservatórios de água são abastecidos por bacias que cortam muitos municípios, como o Rio Piranhas-Açu, e tem mais chance de encher. Mas outros, como o Itans, em Caicó, ficam em bacias menores, e permanecem secos apesar das boas chuvas”.

Prossegue afirmando que “A dinâmica das precipitações no Estado segue no sentido oeste para leste. O maior reservatório do Rio Grande do Norte, a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, recebe água do Rio Piranhas-Açu, que nasce na Paraíba. O abastecimento depende sobretudo da situação do reservatório de Coremas, também localizado no estado vizinho, que antecede a Armando Ribeiro e pode limitar a vazão d’água se estiver com volume baixo, mas outros rios também encontram o Piranhas-Açu e auxiliam a barragem. Há uma distância de 260 quilômetros entre Coremas e Armando Ribeiro, que também pode receber chuvas”.

Segundo as últimas informações, o nível atual da Armando Ribeiro é de 23,57% da capacidade total, equivalente a 551 milhões de metros cúbicos d’água. A capacidade total é de 2,37 bilhões de m³. Apenas há dois anos, a barragem chegou a atingir o volume morto, mas as chuvas de 2019 conseguiram recuperar o volume. O curso das águas para grandes reservatórios do RN são estes:

1. Barragem Armando Ribeiro Gonçalves – Assu, Itajá e São Rafael

Reserva atual: 23,1% (548,1 milhões de m³). A água vem do Rio Piancó/Piranhas/Açu, sistema que começa na Paraíba. As principais contribuições de água vêm dos rios Seridó, Espinharas e Baião. É preciso chover nos rios que passam por Cajazeiras, Coremas, Souza, Pombal, São Bento, Paulista, Patos e São José de Espinharas, todos na Paraíba, e Serra Negra-RN.

2. Barragem de Paus dos Ferros – Pau dos Ferros está seco. Recebe água do Rio Apodi/Mossoró, localizado no Rio Grande do Norte, e seus afluentes do Alto Oeste potiguar. É preciso chover em municípios da microrregião da Serra de São Miguel, Água Nova, Doutor Severiano, Luís Gomes, Encanto, Coronel João Pessoa, Major Sales, Riacho de Santana, Venha Ver e São Miguel.

3. Açude Gargalheiras – Acari, está com8,41% (3,7 milhões de m³). A água vem do Rio Picuí, que nasce na Paraíba. Uma das principais contribuições vem dos riachos Quintuaré, Mochila e Cachorro. É preciso chover em Acari e Currais Novos, no RN, e em Frei Martinho, Picuí e Nova Palmeira na Paraíba.

4. Itans – Caicó está com apenas 0,05% (40,5 mil m³) e a água vem do Rio Barra Nova e seus afluentes, a maioria deles são riachos da região do Seridó. Precisa chover nos municípios de Santa Luzia e Várzea na Paraíba, e Ouro Branco no RN.

5. Sistema Coremas/Mãe D’água – localizado na Paraíba, é o principal sistema que recarrega o Rio Piancó-Piranhas-Açu.

Fonte: http://www.cbhpiancopiranhasacu.org.br/

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