Saúde

Justiça determina que empresa entregue 14 respiradores mecânicos comprados pelo Governo do RN

O juiz Magnus Augusto Costa Delgado, 1ª Vara Federal, determinou que a empresa Intermed Equipamento Médico Hospitalar entregue 14 respiradores mecânicos (ventiladores pulmonares) comprados pelo Governo do Rio Grande do Norte para o combate ao novo coronavírus.

Os aparelhos foram licitados pelo Executivo no valor de R$ 755.499,78 em um pregão eletrônico e a empresa havia suspendido a entrega devido a uma requisição administrativa do Ministério da Saúde para que toda a produção da empresa, em um período de 180 dias, fosse destinada à União. A Procuradoria Geral do Estado entrou na Justiça na segunda-feira (20) para garantir o recebimento dos aparelhos.

G1RN

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Registrado 8º óbito por Covid-19 em Natal, já são 30 mortes no RN

A Secretaria Municipal de Saúde de Natal, SMS-NATAL, informou que nesta quarta feita (22), foi confirmado o óbito da oitava vítima diagnosticada com a Covid-19, na capital potiguar.

A paciente, do sexo feminino, 58 anos, portadora de comorbidades, câncer em metástase considerável, buscou o serviço de saúde no dia 13/04, onde ficou internada e iniciou sintomas respiratórios no dia 20/04 evoluindo para óbito no dia 22/04.

Com essa nova morte, o Rio Grande do Norte passa a ter 30 óbitos causados pelo novo coronavírus. O boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) informava que o estado tinha 646 casos confirmados e 29 mortes por Covid-19. Ainda segundo o boletim, pelo menos 9 mortes estão sob investigação no estado por contaminação pela doença.

Situação do coronavírus no RN

  • 30 mortes
  • 646 casos confirmados
  • 3.089 suspeitos
  • 2.643 descartados
  • 289 recuperados
  • 110 internados (entre suspeitos e confirmados)

Mortes por coronavírus no RN

  • Mossoró (8)
  • Natal (8)
  • Canguaretama (2)
  • Tenente Ananias (2)
  • São Gonçalo do Amarante (2)
  • Cerro Corá (1)
  • Taipu (1)
  • Assu (1)
  • Lagoa de Pedras (1)
  • Apodi (1)
  • Encanto (1)
  • Touros (1)
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Ipanguaçu confirma primeira morte por Covid-19 e óbitos sobem para 30 no RN

A cidade de Ipanguaçu (RN) registrou a primeira morte em decorrência do novo Coronavírus na noite desta terça-feira (21). A informação foi confirmada pela Secretaria de Saúde do município. Com isso, o número de óbitos por Covid-19 no Rio Grande do Norte sobe para 30.

A vítima é um homem de 52 anos, com histórico de diabtes e que estava internado no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, desde o último dia 13.

Os casos confirmados da doença no estado são 646. Já os suspeitos somam 3.089, em 150 municípios do estado. Recuperados são 289; descartados, 2.643. Os dados foram atualizados pela Secretaria de Saúde Pública do Estado (Sesap) na manhã desta quarta-feira (22).

Ainda de acordo com a Sesap, o estado tem 9 óbitos em investigação nos seguintes municípios: Acari (1), Baraúnas (1), Mossoró (1), Natal (2), Parnamirim (1), Pau dos Ferros (1), Poço Branco (1) e São Pedro do Potengi (1).

AGORARN

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Jornalista da afiliada Tv Globo veio a óbito por Covid-19

Morreu na tarde desta terça-feira (21), o jornalista Roberto Fernandes, da TV Mirante, afiliada da TV Globo no Maranhão. Roberto faleceu em decorrência de complicações da Covid-19. Ele estava internado desde o dia 23 de março no Hospital UDI em São Luís (MA) e chegou a ficar vários dias entubado.

De acordo com Jornal Nacional, o apresentador tinha 61 anos e era natural de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco.

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Enterros triplicam, e cemitério de Manaus abre valas comuns para vítimas do coronavírus

Diante do colapso no sistema de saúde do estado do Amazonas e de uma explosão no número de enterros, o maior cemitério de Manaus teve que abrir valas comuns para dar conta do sepultamento das vítimas do novo coronavírus.

Antes da pandemia, cerca de 30 corpos eram enterrados diariamente no cemitério Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tumarã. Nos últimos dias, foram mais de cem enterros diários.

Nas valas comuns, chamadas pela prefeitura de trincheiras, são enterrados diversos caixões, um ao lado do outro. O órgão afirma que essa metodologia preserva a identidade dos corpos, com a garantia do distanciamento entre os caixões e da identificação das sepulturas.

Além de abrir valas comuns, a Prefeitura de Manaus instalou duas câmaras frigoríficas no cemitério para resguardar os corpos antes do enterro.

O objetivo é liberar os carros do SOS Funeral, que deixam os caixões no cemitério e podem atender novos chamados. O serviço é oferecido gratuitamente pelo estado para quem não tem condições de arcar com os custos da remoção do corpo e do sepultamento.

Diante do aumento da demanda por enterros, a prefeitura informou que o acesso ao cemitério está restrito aos que forem sepultar familiares.

São permitidas cinco pessoas ao máximo nos funerais. “A medida visa preservar a privacidade das famílias enlutadas e também considera o risco de propagação do novo coronavírus”, diz nota do órgão.

Segundo último boletim divulgado pelo estado, nesta segunda-feira (20), o Amazonas soma 2.160 casos confirmados do novo coronavírus e 185 mortes. Manaus é o município mais afetado, com 1.772 casos e 156 mortes.

O sistema público do estado colapsou na última semana, com 100% dos leitos para Covid-19 ocupados na rede pública. Os hospitais estão superlotados em Manaus, única cidade com UTI.

Sem conseguir atendimento na rede pública, doentes passaram a pedir na Justiça para serem atendidos na rede privada.

No sábado (18), ao menos duas decisões judiciais foram emitidas obrigando hospitais privados a manter internados na UTI pacientes que pedem que os custos dessa internação sejam bancados pelo governo do estado.

Nesta segunda (20), o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, e o governador do Amazonas, Wilson Lima, reuniram-se com o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) para discutir a situação do sistema de saúde do estado.

O prefeito solicitou ao governo federal aparelhos de tomografia, medicamentos como a cloroquina, respiradores, testes rápidos, EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e aporte financeiro para o hospital de campanha aberto na cidade.

Segundo a prefeitura, serão necessários mais R$ 42 milhões para garantir o funcionamento desse hospital inaugurado em Manaus para o atendimento de pacientes do novo coronavírus.

Na sexta-feira (17), o órgão informou que 22 pacientes estavam internados em leitos intensivos e semi-intensivos no hospital, que é gerido pela Prefeitura e pela iniciativa privada. O objetivo é chegar a 279 leitos.

G1

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Ex-vice-governador do Pará Gerson Peres morre aos 88 anos por Covid-19

O ex-deputado e ex-vice-governador do Pará Gerson Peres morreu aos 88 anos, nesta terça-feira (21), após contrair o novo coronavírus. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular de Belém há cerca de uma semana.

O atual governador, Helder Barbalho, lamentou o falecimento nas redes sociais. “É com pesar que recebo a notícia de falecimento do querido Gerson Peres, importante liderança política que deixou uma grande contribuição para o desenvolvimento do nosso Estado”, escreveu.Barbalho anunciou na última semana que também foi diagnosticado com Covid-19, mas disse que “está bem” e segue trabalhando de casa.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também lamentou a morte e ressaltou que “uma maneira de a Câmara honrar o seu legado é manter o trabalho e o foco na aprovação de medidas que minimizem os efeitos da doença entre a população brasileira”.

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Fagundes: ‘O nazismo eliminava idosos, a história não pode se repetir’

No próximo dia 1º de maio, Antonio Fagundes entraria em cartaz no Rio de Janeiro com a peça Baixa Terapia, que recentemente encerrou a temporada em São Paulo. Os planos foram adiados. Como boa parte dos brasileiros, o ator e sua equipe estão em quarentena, os teatros estão fechados e, sem patrocínio, a equipe se esforça para acertar as contas que ainda precisam ser pagas. “Dependemos exclusivamente da bilheteria”, conta Fagundes por telefone a VEJA. O ator de 70 anos se depara agora com uma nova e inédita rotina. “Há 54 anos minha vida é trabalhar e viajar. Estou desfrutando dos prazeres de ficar em casa.” Entre eles, ler muitos livros e ver muitos filmes, além de apreciar a companhia da esposa, Alexandra Martins, e alimentar um novo vício: o Instagram.

O ator falou a VEJA sobre a crise que se abate sobre o mundo por causa do coronavírus e fez um apelo para que as pessoas aprendam com os erros cometidos não só por outros países que minimizaram a ação da doença, mas também com as lições que a história tem a ensinar.

Confira:

Como tem sido essa descoberta das redes sociais na quarentena? As redes são envolventes: se você entra e fica… você fica, e fica, não sai mais. Dedico uma hora e pouco por dia, tenho usado especialmente para dar dicas de livros aos seguidores. Amo ler e agora estou tendo um tempo para leitura que normalmente eu tinha de cavar entre meus dias movimentados. Lia enquanto esperava para fazer uma cena, no período de refeição, tirava algumas horas de sono da minha vida. Agora, basicamente sento e leio por horas. Estou lendo um livro a cada dois dias. E em média uns três filmes por dia. Logo, o dia vago está ficando curto.

Há muitos relatos de pessoas idosas saindo de casa. O que diria para elas? Que elas devem olhar para o resto do mundo, que está pagando um preço altíssimo por não ter se isolado antes. Tivemos sorte, entre todas as aspas possíveis, de sermos um dos últimos países a entrar nesse processo. É assustador o número de mortos na Itália, Espanha, Estados Unidos. Espero que não aconteça conosco.

Há também nas redes sociais e em noticiários de todo o mundo um aumento do “ageísmo” (preconceito com idosos). São comuns hoje frases como “essa doença só mata idosos”. O que pensa desse tipo de atitude? Primeiro, acho que essas pessoas devem ser órfãs, pois ninguém pode em sã consciência não se preocupar com a morte dos pais e dos avós, certo? Outra coisa: elas marcaram a data para morrer? Porque, depois dos 40 anos de idade, já estamos todos mais perto da velhice do que da juventude. É horrível quem não valoriza idosos. Todo esse cenário me faz lembrar da frase de Edmund Burke: “Quem não conhece sua história, está condenado a repeti-la”. Esse mesmo tipo de preconceito já foi visto na história, com a eugenia. Na Alemanha, o nazismo eliminava idosos, uma história que não pode se repetir. Eliminava-se também os que pensavam diferente, os deficientes. O mundo está passando por isso de novo. Milhões de pessoas morreram pela irracionalidade. E parece que não aprendemos nada com isso.

Hoje discute-se política no Twitter. Não vejo como seja possível falar sobre um assunto tão complexo em 140 caracteres. Eu gosto de sentar e falar por horas. O diálogo racional é a solução para diminuir a radicalização política.

O senhor tem medo de ficar doente? Tem pensado nisso? Não tenho medo de ficar doente. Acho desagradável ficar doente. Qualquer machucado me incomoda. E morrer todos nós vamos. Agora, se eu puder adiar esse dia, fico feliz.

Gosta de falar sobre política? Não em entrevistas ou nas redes sociais. Hoje discute-se política no Twitter. Não vejo como seja possível falar sobre um assunto tão complexo em 140 caracteres. Eu gosto de sentar e falar por horas, ouvir a opinião do outro e dar a minha. Tenho amigos que pensam radicalmente diferente de mim, para todos os espectros, para a direita e para a esquerda. Mesmo assim, a gente tem troca. E, quando conversamos, os dois lados saem modificados. O diálogo racional, baseado em fatos e não em preconceitos ou vontades, é a solução para diminuir essa radicalização política.

Qual sua opinião sobre as políticas adotadas neste momento de calamidade pública, em que a saúde e a economia estão em foco? Vimos agora as falhas da política econômica liberal que se diz independente do Estado. Mas o Estado tem, sim, funções e obrigação em participar de políticas econômicas, como projetos para a criação de emprego e uma melhor distribuição de renda. A principal dessas atribuições é a saúde, que não pode ser privatizada. Se o mundo não der atenção à ciência e à saúde nos próximos anos, a próxima pandemia vai ser muito mais letal.

O senhor atuou diversas vezes com Regina Duarte. Ainda mantém contato com ela? Não, pois nunca tivemos um contato além do profissional. Fomos bons colegas. Gosto dela. E eu disse que quando ela entrou para a pasta da Cultura eu torcia para ela não se queimar, pois imagino que um artista, por mais inteligente e capaz que seja, vai ter muitas dificuldades de lidar com o circo que é nossa política. Aquilo é para profissionais. Sei que ela está se queimando por todos os lados, com quem apoia e com quem não apoia o Bolsonaro, com a classe artística. Mas minha torcida ainda é que ela não se queime mais. Não tenho nenhum ódio ou sentimento ruim por ela, assim como não sou ignorante de dizer que seria fácil lidar com o monstro que é aquele ministério.

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Morador de rua é a 7ª vítima de Covid-19 em Natal; total de óbitos no RN vai a 29

Um homem de 52 anos que vivia em situação de rua é a sétima pessoa a morrer em Natal em decorrência da Covid-19 – doença provocada pelo novo coronavírus, segundo confirmou a Secretaria Municipal de Saúde da capital potiguar na manhã desta terça-feira (21).

Segundo o município, o paciente tinha tuberculose e era usuário de craque. A morte aconteceu no dia 7 de abril, mas o diagnóstico com a confirmação para Covid-19 só saiu agora.

De acordo com a secretaria, o paciente foi conduzido para uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) com tosse, desconforto respiratório e febre. Ele foi entubado, porém morreu no mesmo dia.

Até esta segunda-feira (20), o Rio Grande do Norte registrava 595 casos confirmados e 27 mortes por coronavírus. Ao todo, a capital tinha seis óbitos registrados. Mossoró, no Oeste potiguar, tem 8. A nova morte deve ser incluída no boletim estadual nesta terça-feira (21).

G1 RN

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Em Manaus, enfermeiros dizem escolher entre quem respira ou não

A rede pública de saúde no estado onde corpos foram deixados ao lado de pacientes – a imagem mais reveladora, até agora, dos impactos da pandemia no país – tem UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) obrigadas a oferecer assistência equivalente à de uma UTI, por saturação dos leitos de terapia intensiva; falta de equipamentos básicos para garantir a respiração dos pacientes; falta de máscaras tanto para as equipes de enfermagem quanto para pacientes com tosse intensa; reutilização de aventais que deveriam ser descartados; inexistência de testagem para os profissionais de saúde; e famílias isoladas de qualquer notícia sobre pacientes em estado grave, diante da alta demanda por atendimento. Os relatos foram feitos ao jornal O Globo por quatro enfermeiros que estão na linha de frente em Manaus, ouvidos sob a condição de anonimato.

“Estamos tendo de escolher quem vai respirar ou não”, resume uma enfermeira, diante da falta de equipamentos básicos no Hospital João Lúcio, onde foram gravados os vídeos de corpos deixados ao lado de pacientes com Covid-19.

O Amazonas vive uma situação de “emergência”, assim como outros seis estados, segundo classificação do Ministério da Saúde. De acordo com o governo local, quase 90% dos leitos de UTI estão ocupados, numa demanda que ultrapassou a capacidade do hospital de referência para atendimento de pacientes com Covid-19, o Delphina Aziz. Foi necessário recorrer a outros hospitais, como o João Lúcio, que colapsou diante da grande quantidade de infectados pelo novo coronavírus. Amazonas tem a segunda maior incidência de infectados no país, com 415 diagnosticados por 1 milhão de habitantes.

Os problemas decorrentes da sobrecarga perpassam as mais diferentes unidades de saúde, das UPAs às UTIs de hospitais destinados a pacientes com Covid-19. Segundo um enfermeiro que trabalha numa UPA, a unidade está sendo obrigada a fazer as vezes de uma UTI: “O paciente fica esperando uma vaga numa UTI. Não há como mandar mais para hospital de referência. Assim, assumimos o paciente e fazemos a terapia intensiva. Todas as unidades de média complexidade estão tendo de assumir os pacientes críticos, até que se abram vagas. No meu último plantão, recebemos nove pacientes. A gente já vive um colapso”.

Segundo uma enfermeira que trabalha no João Lúcio, onde câmaras frigoríficas foram providenciadas depois da revelação das cenas de pessoas mortas ao lado de pacientes, não há pessoal suficiente para o atendimento necessário: “Na sala onde trabalho, são necessários cinco técnicos de enfermagem. Tem só um. Quando muito, dois”.

Exames demoram um dia inteiro para serem providenciados, segundo a enfermeira. Não há máscaras de proteção para os pacientes. Aventais que deveriam ser descartáveis são esterilizado para serem reusados. O uso de uma única máscara N-95 é recomendado para 15, 20 e até 30 dias. O isolamento dos familiares, que não conseguem notícias dos parentes internados, é outra realidade no João Lúcio.

“A demanda está tão grande que o SOS Funeral, destinado a pessoas pobres, não tem condições de recolher todos os corpos. Como as famílias não têm condições financeiras de providenciar a retirada dos corpos, eles acabaram paralisados ali, ao lado de pacientes”, afirma a enfermeira.

Uma outra enfermeira diz conhecer 12 colegas da enfermagem que foram infectadas pelo novo coronavírus. Ela diz que os profissionais não conseguem fazer o teste para detectar se têm Covid-19.

“Sabemos que estamos em uma guerra. O problema é estar em guerra sem nenhuma arma. A gente não tem equipamento de proteção individual. Se aparece algum EPI, é de material inferior”, afirma.

No Delphina Aziz, referência em Manaus para Covid-19, os leitos de UTI estão quase sempre ocupados. Novos espaços estão sendo providenciados em outro andar do hospital.

“É um paciente saindo e outro entrando. Agora vão abrir mais 56 leitos, será mais um andar com UTI. Só vai para UTI quem realmente precisa. E eu não quero nem pensar na possibilidade de ter de participar de uma escolha sobre quem vai ter e quem não vai ter um leito”, diz uma enfermeira que atua na UTI no hospital.

Para ela, a morte virou algo cotidiano: “Eu prefiro não somar quantos pacientes morreram nos meus plantões. Teve noite que foram cinco. Em outra, sete. É uma frustração, porque ninguém quer morrer, mas a gente tem nosso limite”.

A enfermeira diz que no Delphina Aziz não ocorrem as cenas vistas no João Lúcio: “Existe todo um processo para a remoção e preparação do corpo. Colocamos o corpo em dois sacos, para não haver risco de contaminação. É preciso ter um cuidado extra na hora de retirar os acessos periféricos, para que não respinguem os fluidos. Não há dificuldades de remoção dos corpos. O maqueiro aparece, leva para o necrotério e tem frigorífico lá. A maca que leva o corpo tem uma tampa, então ele fica bem armazenado, não fica exposto”.

A enfermeira tem colegas internados por Covid-19. Um técnico de enfermagem está no Delphina Aziz e um enfermeiro, no João Lúcio. “No começo, eu entrei em pânico com isso. Agora, eu peço a Deus que, se for para ser contaminada, que não seja de forma agressiva. Eu não quero ser mais uma vítima”.

O governo do Amazonas diz que está providenciando tanto EPIs para os profissionais de saúde quanto mais leitos de UTI, além de reposição de profissionais por meio de convocações de concursados e abertura de novos processos seletivos. Os cinco hospitais da rede terão 1.023 leitos, conforme a Secretaria de Saúde. O Delphina Aziz, por exemplo, ativou 25 leitos de UTI e 20 leitos clínicos a mais, segundo a secretaria.

O novo coronavírus já resultou no afastamento de 376 profissionais de saúde, segundo o governo local. Ao todo, há 983 profissionais afastados por atestado médico. A Secretaria de Saúde reconhece que o afastamento desses profissionais e a limitação do número de leitos afeta o combate à Covid-19 no Amazonas. Por isso, serão convocados 517 profissionais aprovados em concursos antigos e novo processo seletivo vai contratar 704 técnicos de enfermagem, conforme a secretaria. Também houve reforço de 16 voluntários do programa “Brasil Conta Comigo”, do governo federal.

O Globo

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URGENTE: No Ceará, 100% das vagas de UTI estão ocupadas e número de leitos está perto do limite

No Ceará, o número de leitos nos hospitais também está perto do limite, e 100% das vagas de UTI estão ocupadas. A angústia é dupla: saber que o pai está internado e não poder ter nenhum contato com ele. Há seis dias, o mecânico Aldeci Nascimento de Moraes vive esta aflição: “A gente está aqui direto, só vê chegando direto aqui as funerárias levando os corpos e ninguém sabe.

Um deles pode ser meu pai. Eu acho que, para ele, é mais angustiante porque não sabe, pensa que nós abandonamos ele. Mas, não abandonamos”. Um hospital de campanha com 51 leitos para casos simples da doença foi inaugurado num estádio de futebol de Fortaleza neste fim de semana. Tinha sete pessoas internadas até o fim da tarde, mas duas delas receberam alta. Ao todo, 204 leitos vão ficar prontos até o final desta semana.

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Canguaretama registra 2ª morte por coronavírus; total de óbitos no RN sobe para 28

Canguaretama (RN) tem segunda morte por coronavírus, registrada nesta segunda-feira (20), sendo a 28ª morte no Rio Grande do Norte. Informações foram divulgadas pela Secretaria Municipal de Saúde de Canguaretama. A vítima era um homem de 37 anos e sem histórico de doenças crônicas.

Nesta segunda-feira (20), também foram registradas duas mortes: a primeira do município de São Rafael e a sexta de Natal.

AGORA RN

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Vacina contra Covid-19 só deve chegar em 2021

O desenvolvimento de uma vacina será um ponto de inflexão determinante na luta contra o coronavírus que já matou mais de 120.000 pessoas no mundo, mas por enquanto os cientistas não sabem se ela ficará pronta neste ano ou se o mundo terá que esperar até 2021.

– Por que a vacina é essencial? –

Somente com campanhas de vacinação em massa se conseguirá frear de modo eficaz a pandemia da Covid-19, alertam epidemiólogos, virólogos e sanitaristas.

“O desenvolvimento e a distribuição de uma vacina segura e eficaz serão necessários para interromper completamente a transmissão”, enfatiza o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

As medidas de confinamento e o distanciamento social são caras e difíceis de manter por um longo período de tempo e, portanto, não são viáveis no médio e no longo prazo.

Por enquanto, nenhum tratamento é eficaz para curar doentes graves de Covid-19, que podem sofrer com pneumonia ou acelerações fatais do sistema imunológico.

Uma vacinação em massa permitiria imunizar uma alta porcentagem da população, impedindo a circulação do vírus SARS-CoV-2 e interrompendo a epidemia.

Foi o caso da varíola, outra doença viral sem tratamento efetivo, controlada desde a década de 1980 graças às vacinas.

– A pesquisa, em efervescência –

Em meados de janeiro, foi obtida a sequência completa do novo coronavírus e, paralelamente à sua disseminação mundial, laboratórios de pesquisa do mundo todo se lançaram em busca de uma vacina.

Atualmente, mais de cem projetos estão em desenvolvimento com gigantes farmacêuticos e uma infinidade de laboratórios de biotecnologia, de acordo com François Balloux, pesquisador da University College London.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) indicou que está em contato com os responsáveis por uma “dúzia” de projetos de vacinas, dos quais dois já entraram na fase de testes clínicos.

A China realiza três testes clínicos e o prestigiado Instituto Pasteur, na França, gerencia três projetos.

Os gigantes farmacêuticos Sanofi (França) e GSK (Reino Unido) esperam propor uma vacina em conjunto até o ano que vem. A concorrente americana Johnson & Johnson está comprometida com o desenvolvimento para o início de 2021.

– Quais são os obstáculos? –

A primeira dificuldade é o próprio vírus. “Até agora, uma vacina eficaz contra o coronavírus humano nunca foi desenvolvida”, explica Christian Bréchot, ex-diretor do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França.

“Os cemitérios estão cheios de candidatos-vacinas que nunca funcionaram”, ilustra ao jornal britânico The Guardian Jonathan Heeney, pesquisador canadense que lidera a empresa de biotecnologia DIOSynVax, na corrida para encontrar um antígeno.

Esse vírus também apresenta outra dificuldade e é a reação exagerada da resposta imune que provoca em pacientes em estado grave. São “tempestades de citocinas”, ou seja, uma produção muito abundante dessas substâncias inflamatórias que podem levar à morte.

Como estimular a reação antiviral com uma vacina sem levar em conta essa perigosa aceleração do mecanismo imunológico?

“Ainda não compreendemos completamente o papel dos anticorpos nesse fenômeno”, admite Frédéric Tangy, especialista em vacinas do Instituto Pasteur.

“Em algumas condições, os anticorpos podem agravar a doença”, diz a AFP.

Esse foi o caso de várias vacinas da Sanofi contra a dengue e o sarampo na década de 1960.

Além disso, os coronavírus são vírus de RNA que têm a característica de “sofrer muita mutação”, segundo Tangy. Por esse motivo, o Instituto Pasteur também está trabalhando em uma “vacina universal contra o coronavírus” que atua sobre as proteínas comuns dessa família de vírus.

Outro tipo de dificuldade diz respeito à temporalidade: é mais fácil e mais eficiente desenvolver uma vacina e distribuí-la antes de uma onda epidêmica.

Em meio à epidemia, o recrutamento de pessoal para os estudos é mais delicado, pois é preciso garantir que as pessoas não estejam e não sejam infectados, o que dificultaria a interpretação dos resultados.

Depois que a onda epidêmica passa, também é mais difícil determinar a eficácia real de uma vacina se o vírus parou de circular ou se circula apenas entre a população.

– Para 2020 ou 2021? –

“Há uma boa chance de que funcione. O êxito no segundo semestre deste ano é possível se tudo correr perfeitamente”, afirmou ao jornal britânico The Times a especialista britânica Sarah Gilbert, professora da Universidade de Oxford e CEO da empresa Vacccitech, que está conduzindo testes clínicos.

O lançamento de uma vacina nesse período seria duplamente importante, antes de uma possível nova onda de Covid-19 durante o inverno no hemisfério norte.

No Instituto Pasteur, onde os testes começarão em julho, Tangy estima que uma vacina possa chegar “antes do final do outono ou do início do inverno (do hemisfério norte)”.

A EMA é cautelosa e indica que o calendário é “difícil de prever”. “Com base em experiências anteriores, pode levar pelo menos um ano até que uma vacina esteja pronta para ser aprovada e disponível em quantidades suficientes para permitir o uso generalizado”.

Isto É

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Sem conseguir UTI, técnica em enfermagem de 30 anos morre com suspeita de covid-19 em Pernambuco

A abertura de novas vagas de UTIs em Pernambuco para atender casos graves de covid-19 não está sendo suficiente para suprir a demanda de pessoas que precisam de terapias intensivas. Pelo menos é o que denuncia amigos e familiares da técnica em enfermagem Williane Maily Lins dos Santos, de 30 anos, que morreu na noite da sexta-feira (17/4), no Hospital João Murilo, em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata pernambucana, suspeita de ser mais uma vítima do coronavírus. Williane, que deixou uma filha de seis anos, lutava pela transferência para uma unidade de terapia intensiva desde a manhã da quinta-feira (16), quando o quadro do que parecia ser uma grave laringite se agravou, após duas semanas de sintomas. Foram mais de 24 horas tentando uma transferência. Quando surgiu uma UTI – disponibilizada num hospital privado do Recife – era tarde demais. Às 23h45 a técnica em enfermagem teve uma parada cardíaca e faleceu.

A médica nefrologista Suzana Melo, chefe e amiga de Williane Maily Lins dos Santos, é quem está à frente das denúncias em nome da família da técnica. A mãe, a fisioterapeuta Maria Soares Lins Pereira, está inconsolável e revoltada. Não conseguiu conversar com a reportagem. Segundo denuncia a médica, a Central de Regulação de Leitos de Pernambuco complicou todo o procedimento de transferência da paciente do Hospital João Murilo para o Recife. A informação oficial era de que não havia vagas de UTIs disponíves na capital e que pelo menos 60 pacientes aguardavam uma transferência na frente de Williane. “E eu, como médica, tinha a informação de que havia UTIs disponíveis tanto no antigo Hospital Alfa, recém transformado em unidade referência do tratamento da covid-19, como em unidades privadas. Falei com diversos médicos coordenadores dessas UTIs e eles me garantiram que havia vagas sim, mas que só poderiam receber a paciente se fosse pela central. Quando vieram identificar uma vaga, no Hospital São Marcos, ela já estava morta. É tudo muito, muito triste e revoltante”, lamenta Suzana Melo.

A angústia da médica se justifica no fato de que foi a ela que Williane Maily implorou por socorro. Não queria morrer. Como profissional de saúde, começou a perceber que a laringite era algo maior quando a falta de ar e o cansaço se agravaram. Já tinha buscado atendimento em postos de saúde, mas recebia a prescrição de antibióticos (versões de amoxicilina) e era encaminhada para casa. Estava assim há duas semanas. Na quinta-feira, já com muita dificuldade para respirar, procurou novamente o posto de saúde. Foi quando a encaminharam para o Hospital João Murilo, onde ficou internada, mas sem conseguir ser entubada para facilitar a respiração.

A família já estava assustada, ela também. Percebiam, por serem da área, que era a covid-19 e que ela deveria ser entubada mediatamente. Ela me mandou um vídeo às 8h30 da sexta-feira, num estado muito grave, quase sem conseguir respirar. Ela era uma mulher jovem, sem qualquer problema de saúde, nunca foi tabagista, era saudável, trabalhadora. Não sou Deus para dizer que ela iria sobreviver, mas possuía grandes chances. Trinta anos sem patologias. Uma UTI a salvaria”, afirma a médica.

A demora da equipe do Hospital João Murilo em decidir pela entubação da paciente também foi duramente criticada pelos familiares e pela médica. Quem acompanhou o processo conta que, já na noite de sexta-feira, poucas horas antes de a vítima falecer, o médico não conseguiu a entubação rápida. “A família alertou que ela precisava ser entubada imediatamente desde a quinta-feira, mas não foi atendida. Só a entubaram na noite da sexta-feira, quando ficou tarde demais”, lamentou a médica Suzana Melo.

Williane Maily era técnica de enfermagem na Clínica do Rim de Vitória de Santo Antão, onde nove profissionais de saúde estão afastados com suspeita de contaminação pelo coronavírus. Apesar das idas a um posto de saúde na cidade, a técnica em enfermagem só foi tratada como possível vítima da covid-19 quando chegou ao hospital. Mas nenhum teste foi feito. Somente depois do óbito realizaram a testagem, cujo resultado ainda não saiu. A reportagem do JC não conseguiu contato com o Hospital João Murilo. Já a Secretaria Estadual de Saúde (SES) explicou que a paciente deu entrada na unidade de VSA com um quadro moderado de Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave), mas que se agravou. Garante que, diante desse agravamento, foi solicitada uma vaga de UTI à Central de Regulação de Leitos, disponibilizado ainda na noite do mesmo dia em um hospital privado. “Infelizmente a paciente teve uma piora súbita antes que fosse possível realizar a transferência”, diz a nota oficial.

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Médicos aplaudem taxista que leva pacientes com covid-19 de graça para hospital

Um motorista de táxi de Madri, na Espanha, foi surpreendido por médicos e enfermeiros com aplausos e um cheque após ser chamado mais uma vez para levar, de graça, um paciente vítima do novo coronavírus ao hospital.

O homem, que não foi identificado, ficou conhecido pelo seu ato de bondade em meio à pandemia da covid-19. Em um vídeo compartilhado no Twitter pelo sindicato espanhol de taxistas, o motorista chora, emocionado, após a homenagem da equipe médica.

A Espanha é um dos países mais afetados pelo novo coronavírus, atrás apenas do Estados Unidos. Até o domingo (18) o número de casos confirmados por lá era de 195.944, com 20.453 mortes e 77.357 curados.

No país, por região, Madri continua liderando os números da pandemia, com 54.884 casos, 7.239 mortos e 31.313 pacientes recuperados.

Veja AQUI.

JOVEM PAN

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RN perde mais um médico para o coronavírus; Jayme Júnior

Foi confirmada a pouco a morte do médico Jayme de Oliveira Junior. Ele foi internado e intubado no dia 28 de março de 2020, e mesmo após esse tempo, não conseguiu sobreviver ao coronavírus.

É importante frisar que o profissional em Angiologista | Cirurgião Vascular era atleta, não tinha comorbidade nenhuma, mas era asmático. Vítima tinha 52 anos e faleceu no Hospital Rio Grande.

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Assú tem 18 casos confirmados do covid-19 e 01 óbito

A Coordenação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde e o Comitê Municipal de Gestão da Emergência em Saúde Pública decorrente do Coronavírus (Covid-19) em Assú comunicam que foram registrados 18 (dezoito) casos confirmados, 15 (quinze) suspeitos, 53 (cinquenta e três) descartados e 01(um) óbito. Entre os casos confirmados, 01 (um) encontra-se internada em um hospital de referência no município de Mossoró com evolução em seu quadro clínico, 07 (sete) já estão recuperados.

Os casos suspeitos e confirmados estão em constante monitoramento e isolamento social, devidamente acompanhados pelos profissionais da Vigilância em Saúde do município. Deve-se atentar para que o descumprimento do isolamento poderá acarretar em punição civil, administrativa e penal dos agentes infratores.

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Touros registra primeira morte por coronavírus; 25º óbito no RN

Informação foi divulgada pela secretaria de saúde local no sábado (18).

Um homem de 91 anos morreu vítima da Covid-19 em Touros, no litoral norte potiguar.

Foi a primeira morte provocada pelo novo coronavírus na cidade e a 25ª no Rio Grande do Norte.

A confirmação foi feita pela prefeitura do município neste sábado (18).

O idoso era hipertenso e diabético. O homem morreu na segunda-feira (13), mas o resultado do exame para diagnóstico do coronavírus foi divulgado cinco dias depois.

O paciente deu entrada no hospital de Touros no dia 11 de abril e após dois dias apresentou piora no quadro e faleceu.

A coleta do material para exame da Covid-19 foi feita no dia 13, duas horas antes da morte do idoso. Segundo a vigilância epidemiológica da cidade, familiares e amigos que tiveram contato com a vítima em vida e durante a cerimônia do velório permanecem isolados para evitar a disseminação da doença.

“É um trabalho constante que estamos fazendo para conscientizar a população sobre a gravidade dessa doença e a importância do distanciamento social”, destacou Ruzem Modesto, secretário de Administração de Touros.

Até o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), neste sábado (18), o Rio Grande do Norte tinha 516 casos confirmados e 24 mortes por coronavírus.

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Empresário Flávio Azevedo foi acometido por coronavirus

O ex-presidente da FIERN, engenheiro Flávio Azevedo, 74 anos, fundador da Dois A Engenharia, foi infectado com o corona vírus.

Da variedade assintomática, o vírus causou uma pequena febre, assim como breves crises de falta oxigenação pulmonar.

Na definição do dicionário, assintomático significa “que não tem ou não produz os sintomas característicos”.

É um conceito utilizado na medicina para situações nas quais não são apresentados os sintomas característicos de uma condição. Se a patologia é assintomática, isso significa que o paciente portador não apresenta sinais clínicos perceptíveis típicos desse problema, no caso, o coronavirus.

Medicado, Flávio Azevedo tratou-se em casa, onde continua para evitar transmitir  a doença.

Roda Viva – Tribuna do Norte – 19/04/20

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