Mundo

Gripe aviária se espalha por diversas regiões no Japão

O Japão tem sofrido o pior surto de gripe aviária já registrado no país, que espalhou-se para novas fazendas nesta semana, com o vírus tendo sido encontrado em um quarto das 47 áreas administrativas do país, conhecidas como prefeituras. O fato levou autoridades a ordenar o abate de aves.

Cerca de 32 mil aves foram abatidas e enterradas na cidade de Sukumo, na prefeitura de Kochi, no Sudeste do Japão, após a descoberta da gripe aviária em uma fazenda de produção de ovos, disse o ministério da agricultura nesta quarta-feira (16).

Mais aves contaminadas foram encontradas em duas fazendas na prefeitura de Kagawa, onde a epidemia começou no mês passado. Desde então, quase 30 mil aves foram sacrificadas por lá, segundo o ministério.

O surto atingiu 12 prefeituras do Japão, e um recorde de 3 milhões de aves foram sacrificadas até o momento.

Embora o ministério afirme que pessoas não podem ser contaminadas pela “influenza” aviária ao comer ovos ou carne de aves infectadas, autoridades de saúde pelo mundo estão preocupadas com a possibilidade de o vírus dar um “salto” para a espécie humana, causando uma pandemia como o novo coronavírus.

O surto no Japão e na vizinha Coreia do Sul é uma de duas diferentes epidemias de influenza aviária que têm atingido aves pelo mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentos e Agricultura e autoridades japonesas.

Tanto a cepa do vírus em circulação na Ásia quanto a que tem se espalhado rapidamente pela Europa tiveram origem em pássaros selvagens, afirmaram.

Compartilhe aqui:

Eclipse solar total escurece e emociona o sul do Chile e Argentina

O céu ficou completamente escuro por cerca de dois minutos nesta segunda-feira (14) no sul do Chile e Argentina por causa de um novo eclipse solar total. O fenômeno comoveu as milhares de pessoas que se deslocaram para essas áreas para ver o espetáculo natural.

A noite começou a cair por volta das 13h00min locais (mesmo horário em Brasília). Uma leve brisa antecedeu o fenômeno, ocorrido em meio à alegria das pessoas na praia, aos pés do Lago Villarrica, na cidade de Pucón, na região de La Araucanía, aproximadamente 800 km ao sul de Santiago, parte da “zona zero” de escuridão total deste novo eclipse solar, o segundo presenciado no Chile depois de julho de 2019.

Chuva, vento e nuvens cobriram os céus do sul do Chile e da Argentina durante toda a manhã. Mas no momento do eclipse no sul do Chile, um círculo se abriu entre as nuvens e o sol.

“Foi lindo, único. A verdade é que ninguém tinha muita esperança de vê-lo por causa do tempo e das nuvens, mas foi algo único porque clareou. Foi um milagre”, contou, animado, Matías Tordecilla, de 18 anos, à AFP. “É algo que não se vê apenas com os olhos, mas se sente com o corpo”, acrescentou este jovem, que viajou 10 horas por terra com sua família da cidade de Viña del Mar a Pucón para ver o eclipse.

Milhares de pessoas vieram de diferentes partes do Chile para esta cidade turística, apesar dos pedidos para “ficar em casa” para evitar a propagação do novo coronavírus. No momento do eclipse, Cinthia Vega, moradora de Pucón, sentiu “calafrios”.

Em Carahue, outra cidade do sul do Chile, mais perto da costa, o eclipse foi visto em um clima calmo, com muitas orações Mapuche – os indígenas e primeiros habitantes do Chile e da Argentina – que veem neste fenômeno o fim de uma era e o início de um novo processo de mudança.

Em Santiago, capital do Chile, o fenômeno também pôde ser apreciado. O céu escureceu um pouco e a temperatura caiu.

Apesar das restrições à mobilidade para evitar a propagação de casos de covid-19, cerca de 300.000 turistas viajaram ao sul do Chile para ver ao vivo o momento em que a Lua, o Sol e a Terra estavam alinhados, transformando o meio-dia em noite, tendo como pano de fundo a vegetação abundante e os imponentes vulcões que esta região do sul do Chile oferece.

Argentina

Depois de passar pelo Chile, o eclipse foi vivido com igual emoção no sul da Argentina. Na província argentina de Neuquén não choveu, mas durante a manhã surgiu um vento muito forte que atrapalhou a visibilidade.

Na rota 237, entre Villa El Chocón e Piedra del Águila, havia um acampamento onde várias famílias e estrangeiros aguardavam a chegada do eclipse. Um grupo relatou a odisseia de chegar à Argentina em meio à pandemia e conseguir diversos documentos para chegar a Bariloche e, finalmente, no acampamento, uma jornada que inclui a coleta de ao menos três cotonetes para exames e a contratação de seguro saúde.

Visão Mapuche

Para o povo indígena Mapuche, que concentra grande parte de suas comunidades nesta região do Chile, o eclipse tem um significado especial e anuncia mudanças a curto e longo prazo, abrindo a página para um novo ciclo.

Quando a Lua cobre o Sol, ela traz uma mensagem de mudança, às vezes negativa, mas também de equilíbrio.

Assim, alguns mapuches atribuíram as mudanças sociais e políticas que abalaram o Chile desde outubro de 2019 ao eclipse solar total ocorrido em 2 de julho daquele ano em uma espécie de festa massiva no deserto do norte do país.

Compartilhe aqui:

“Estrela de Belém” ou “Estrela do Natal”’: fenômeno raro que acontece há cada 400 anos poderá ser visto no dia 21

Um fenômeno astronômico raro poderá ser observado do Brasil e de praticamente toda a Terra de 16 a 21 de dezembro deste ano. Será o alinhamento de Júpiter e Saturno, que estarão próximos e devem parecer um planeta duplo (dois pontos brilhantes).

Essa formação é conhecida como “Estrela de Belém” ou “Estrela do Natal”. No último dia do período, 21 de dezembro, a distância entre eles deve ser ainda menor. O fenômeno ficará visível após o pôr do sol. Os dois planetas só estiveram tão perto nos anos 1623 e 1226 – ou seja, séculos atrás.

As conjunções são raras porque cada planeta demora um tempo diferente para girar em torno do Sol. A Terra, por exemplo, leva 1 ano. Já os planetas Júpiter e Saturno completam a volta em cerca de 12 e 30 anos, respectivamente.

“Todos os corpos celestes estão em movimento. Em especial, o Sol e os planetas se movimentam em uma linha no céu chamada Eclíptica. Quando ocorre um cruzamento entre os planetas a gente chama de conjunção”, afirma Felipe Navarete, pesquisador do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG-USP).

Segundo astrônomos, Júpiter e Saturno estiveram tão próximos pela última vez em 1623. O fenômeno mais similar, porém, ocorreu no século 13, há quase 800 anos.

O pesquisador do IAG-USP diz que, apesar de os planetas estarem próximos, a distância ainda vai ser de quase 700 milhões de quilômetros. “Esse efeito, essa conjunção ocorre a cada 400 e poucos anos. Século 13, século 17 e agora 21. Encontros semelhantes podem acontecer mais frequentemente, mas as máximas aproximações no céu são bem raras e demoram mais tempo para ocorrer.”

“Ao longo dos dias a distância entre os pontos vai diminuir. No dia 21 será a distancia mínima. A olho nu você consegue separar os planetas: Júpiter e Saturno. Júpiter será mais brilhante. A olho nu vai dar para ver, embora não dê para enxergar os detalhes. Com binóculo pequeno você já consegue começar a ver melhor os detalhes”, afirma Navarete.

“Júpiter e Saturno são os maiores planetas do sistema solar. São também os planetas com mais luas. Júpiter desempenha um papel muito grande porque graças a ele a gente não tem muitos asteróides que poderiam colidir com a Terra. Ele segura os asteróides a uma distância segura da gente.”

Navarete destaca ainda que esse fenômeno astronômico raro será um dos assuntos tratados em uma palestra, transmitida pelo canal do instituto no YouTube, às 19h desta terça-feira (8). O evento é organizado pelo projeto “Astronomia Para Todos”.

“Devemos olhar na direção do pôr do sol. Logo depois do pôr do sol, a gente vê um pouco mais acima do horizonte. Fica mais visível num horizonte mais limpo.”

G1

Compartilhe aqui:

Doença misteriosa deixa mais de 300 pessoas hospitalizadas na Índia

Uma doença ainda não identificada levou centenas de pessoas a serem hospitalizadas na cidade indiana de Eluru, durante o fim de semana, com uma morte registrada. Nenhum dos pacientes internados desde sábado (5) estava infectado pelo novo coronavírus.

Mais de 300 pessoas foram hospitalizadas no fim de semana por causas desconhecidas, mas com sintomas comuns, segundo anunciaram as autoridades indianas nesta segunda-feira (7). Os pacientes apresentavam sintomas como convulsões, perda de consciência e náuseas.

Pelo menos um dos doentes hospitalizados morreu, após uma parada cardiorrespiratória, e as autoridades investigam a doença desconhecida que afetou a população de Eluru, no estado de Andhra Pradesh.

“As pessoas que adoeceram, especialmente as crianças, começaram a vomitar de repente, depois de se queixarem de ardor nos olhos. Algumas delas desmaiaram ou tiveram convulsões”, disse um médico do Hospital do Governo de Eluru ao jornal The Indian Express, citado pela BBC.

O surgimento da enfermidade ocorre ao mesmo tempo em que a Índia continua a combater a pandemia da covid-19, sendo o segundo país com maior número de infeções em todo o mundo, e o estado de Andhra Pradesh um dos mais afetados. No entanto, a covid-19 não foi a causa das hospitalizações em massa dos últimos dias.

O número de pacientes começou com 55 à meia-noite de sábado e subiu para 170 na manhã de domingo. No fim do dia de domingo, as hospitalizações já tinham subido para 270 e à meia-noite para 315. Segundo as autoridades, pelo menos mais 50 pessoas estão internadas em hospitais privados, devido à mesma doença.

Cerca de 180 pacientes já tiveram alta hospitalar, mantendo-se o restante internado, com situação considerada estável.

“Todos os pacientes tiveram resultados negativos à covid-19”, afirmou à imprensa Dolla Joshi Roy, autoridade responsável do distrito West Godavari de Eluru. “A taxa de recuperação é boa e não há necessidade de pânico”, acrescentou.

De acordo com nota divulgada pelas autoridades de saúde do estado de Andhra Pradesh, as análises no sangue não apresentaram qualquer infecção viral, como dengue ou chikungunya, ambas causadas por picada de mosquito. Foram ainda recolhidas amostras de água de mais de 57 mil casas, uma vez que foi detectada uma origem comum de abastecimento de todos os pacientes.

“A causa é desconhecida, mas ainda estamos realizando todos os tipos de testes, incluindo a alimentos e ao leite”, disse Roy.

Especialistas do Instituto de Ciências Médicas da Índia e um neurologista de outro estado também se deslocaram a Eluru para fazer mais testes neurotóxicos e aguardam os resultados.

O chefe de governo de Andhra Pradesh, YS Jaganmohan Reddy, pediu um inquérito para investigar o aparecimento do surto e visitou os pacientes.

Compartilhe aqui:

Idosa de 90 anos na Inglaterra é a 1ª vacinada contra Covid-19 no mundo

Margaret Keenan, uma britânica de 90 anos, tornou-se a primeira pessoa no mundo a receber a vacina da Pfizer contra a Covid-19 fora de um ensaio clínico.

Keenan recebeu a injeção em um hospital em Coventry, no centro da Inglaterra, na manhã desta terça-feira (8) às 6h31 no horário local (3h31 no horário de Brasília), uma semana antes de completar 91 anos.

O Reino Unido começou a aplicar a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Pfizer e BioNTech nesta terça-feira, tornando-se o primeiro país ocidental a começar a vacinar sua população de forma massiva.

“Sinto-me muito privilegiada por ser a primeira pessoa vacinada contra a Covid-19”, disse Keenan.

“É o melhor presente de aniversário antecipado que eu poderia desejar porque significa que posso finalmente esperar passar um tempo com minha família e amigos no Ano Novo, depois de estar sozinha na maior parte do ano.”

CNN BRASIL

Compartilhe aqui:

Reino Unido aprova vacina da Pfizer e BioNTech e anuncia que iniciará aplicação na próxima semana

G1 –Reino Unido aprovou, nesta quarta-feira (2), a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech e anunciou que prevê iniciar a vacinação na semana que vem. Um primeiro lote com 10 milhões de doses será disponibilizado pelo NHS, serviço público de saúde britânico, ainda em 2020.

Profissionais da saúde deverão estar entre os primeiros a serem vacinados, assim como idosos e pessoas vivendo em casas de repouso, incluindo funcionários. Por causa das condições de armazenamento da vacina – que precisa ser mantida a -70°C – as campanhas de vacinação serão feitas em hospitais.

Os anúncios foram feitos pelo ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, que classificou a notícia como “fantástica”.

“No início da próxima semana, começaremos um programa de vacinação de pessoas contra Covid-19 aqui neste país”, disse ele à rede Sky News.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que a aprovação da vacina vai resgatar vidas e a economia do país – que tem 59.148 mortes pela Covid-19, o maior número da Europa.

“É a proteção das vacinas que vai finalmente nos trazer de volta às nossas vidas e fazer a economia andar novamente”, escreveu o premiê britânico na rede social Twitter.

Na terça-feira (1º), a Pfizer pediu autorização para uso de sua vacina contra a Covid-19 na Europa. A decisão deve sair até 29 de dezembro.

Brasil não comprou vacina

A vacina da Pfizer/BioNTech é uma das quatro que estão sendo testadas no Brasil. O país ainda não fez acordo para adquirir a vacina, mas, em meados de novembro, o governo recebeu executivos da Pfizer para, segundo o Ministério da Saúde, “conhecer os resultados dos testes em andamento e as condições de compra, logística e armazenamento oferecidas pelo laboratório”.

Na terça-feira (1º), o Ministério da Saúde disse que o plano de imunização do país não prevê o uso de vacinas que exijam baixíssimas temperaturas de armazenamento, como é o caso da desenvolvida pelas farmacêuticas.

Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, o governo quer um imunizante que possa ser armazenado em temperaturas de 2ºC a 8ºC, pois essa é a temperatura da rede de frio usada no sistema de vacinação brasileiro.

Em entrevista à GloboNews, o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, comemorou a aprovação – e disse que é um marco na história do desenvolvimento de vacinas. Isso porque a vacina é a primeira do tipo genético a entrar no mercado.

Kfouri também reconheceu, entretanto, o armazenamento e o transporte do imunizante como um desafio.

“Uma das limitações é o transporte, por conta do congelamento, mas o fabricante tem estudado alternativas, com gelo seco, em que ela pode ficar fora de freezers por até 15 dias”, disse Kfouri.

O especialista disse que o preço também pode ser um impeditivo para a aplicação em massa no Brasil – ele estima que a vacina da Pfizer seja até 5 vezes mais cara que a de Oxford, que será produzida em solo brasileiro pela Fiocruz.

Eficácia

No início de novembro, as farmacêuticas anunciaram que sua vacina candidata tem eficácia de 95% na prevenção da Covid-19, segundo dados iniciais do estudo da terceira e última fase de testes. Os dados ainda não foram publicados em revista científica.

Na prática, se uma vacina tem 95% de eficácia, isso significa dizer que 95% das pessoas que tomam a vacina ficam protegidas contra aquela doença.

A Pfizer informou que pretende produzir até 50 milhões de doses de vacina em 2020 para todo o mundo, e 1,3 bilhão de doses até o final de 2021. Em julho, os Estados Unidos fecharam acordo com os laboratórios para comprar 100 milhões de doses ainda este ano, pelo valor de US$ 1,95 bilhão (cerca de R$ 10,1 bilhões).

Compartilhe aqui:

Funcionário de funerária é demitido por tirar foto com o corpo de Maradona

Um funcionário da funerária que preparou o corpo de Diego Maradona, velado nesta quinta-feira (26) em Buenos Aires, foi demitido após a divulgação de uma foto em que ele aparece ao lado do caixão aberto, tocando o rosto do astro do futebol argentino.

Maradona morreu aos 60 anos na quarta-feira (25) após sofrer uma parada cardiorrespiratória em casa, na cidade de Tigre. O dono da funerária argentina pediu desculpas à família de Maradona e disse, em entrevista ao site da emissora Todo Noticias, do grupo Clarín, que o funcionário foi “despedido imediatamente”.

Compartilhe aqui:

Europa enfrenta aumento de 100% de casos de covid-19 em duas semanas

Os novos casos de covid-19 na Europa dobraram em cinco semanas, levando a região, neste domingo (1°), a superar a marca de 10 milhões de infecções totais, segundo dados da Reuters.

Apenas no mês passado, tanto América Latina quanto Ásia, informaram mais de 10 milhões de casos totais em suas regiões. Os Estados Unidos sozinhos têm mais de 9 milhões de casos com o surto em rápida aceleração.

Enquanto a Europa demorou nove meses para registrar seus 5 primeiros milhões de casos da covid-19, os 5 milhões seguidos foram relatados em pouco mais de um mês, segundo análise da Reuters.

Com 10% da população mundial, a Europa responde por cerca de 22% dos 46,3 milhões de infecções globais. Com mais de 269 mil mortes, a região responde por cerca de 23% do total de óbitos por covid-19 em todo o mundo, que já perdeu quase 1,2 milhão de vidas.

Compartilhe aqui:

Santo Stefano, a idílica vila italiana que paga para quem se mudar para lá

Você já conhece a história: aldeia de conto de fadas no topo de uma colina na Itália com a população envelhecida quer sangue novo.

Normalmente, o primeiro passo é vender as casas abandonadas por 1 euro. Aldeias de todo o país viram estrangeiros abocanhar propriedades por centavos, com a contrapartida de eles deviam reformar a casa dentro de um determinado prazo.

Outros, porém, foram mais ousados. A vila de Candela, na Puglia, por exemplo, ofereceu a futuros residentes 2.000 euros (R$ 13.493) para se mudarem para lá em 2017.

Agora saiu uma proposta ainda melhor. Santo Stefano di Sessanio, uma vila medieval murada em Abruzzo, uma região no lado leste do centro-sul da Itália, está se oferecendo para pagar as pessoas que desejam se mudar e começar um negócio lá. E pode até mesmo apoiá-las dando-lhes um lugar para morar com aluguel nominal.

“Não estamos vendendo nada para ninguém. Isso não é um movimento comercial. Só queremos que a vila continue a viver”, diz o prefeito Fabio Santavicca à CNN.

A pegadinha? É precisa ser residente da Itália (ou ter capacidade legal para se tornar um) e ter 40 anos ou menos.

Uma vila simples nas montanhas Santo Stefano é mais conhecida pelo Sextantio, sua pousada de luxo ou “albergo difuso” (hotel disperso) cujos quartos estão localizados em casas de aldeia individuais.

No entanto, o glamour do hotel está muito longe do resto da vila simples, que se ergue 1.250 metros acima do nível do mar dentro do belo Parque Nacional Gran Sasso e Monti della Laga.

O local tem apenas 115 residentes, cerca de metade deles aposentados. Menos de 20 moradores são menores de 13 anos.

Pelo menos, esses são os números oficiais. Na verdade, o prefeito diz que o número de residentes durante todo o ano está entre apenas 60 e 70.

Portanto, agora as autoridades estão agindo.

A prefeitura pagará aos novos residentes uma taxa mensal por três anos, até um máximo de 8.000 euros (equivalente a R$ 53.974) por ano. Também vai conceder uma contribuição única de até  20.000 euros (R$ 134.935) para quem iniciar algum empreendimento.

Os residentes também receberão uma propriedade para morar por um aluguel “simbólico”.

Quanto é “simbólico”? Nem Santavicca tem certeza ainda. Eles querem analisar todos os candidatos e decidir quantos aceitar antes de acertar os detalhes financeiros.

Forte competição

Cerca de 1.500 pessoas se inscreveram desde que a proposta foi lançada, em 15 de outubro. Mas o conselho quer manter o número em cerca de 10 pessoas, ou cinco casais. “Queremos aumentar gradativamente os números e temos que trabalhar com as moradias que pertencem às autoridades”, diz Santavicca.

Mesmo assim, dá para se mudar para lá e abrir um negócio. O esquema é válido para um número seleto de atividades, identificadas como fundamentais pelo conselho: guias, pessoal do escritório de informações, trabalhadores de limpeza e manutenção, donos de drogarias ou aqueles que podem trabalhar e vender os alimentos da região.

Os candidatos devem ter idade entre 18 e 40 anos e não residir na área de Santo Stefano. Devem ser residentes na Itália, cidadãos da UE ou ter o direito de permanecer na UE por um período indefinido. Se já residem na Itália, devem vir de uma área com mais de 2.000 residentes, já que a cidade não quer lutar contra a perda de população retirando residentes de outras pequenas comunidades.

E os novos moradores devem ficar na cidade por no mínimo cinco anos. Ainda não existe um processo formal para obrigar as pessoas a ficarem até o final do mandato, mas o prefeito diz que, como o dinheiro é público, terá que haver algum tipo de “restrição” para que as pessoas não venham, peguem o dinheiro para um ano e partam.

A nova vida

E que tipo de vida espera aqueles que fazem a mudança?

A cidade grande mais próxima é L’Aquila, a meia hora de distância. Capital de Abruzzo, ela foi devastada por um terremoto em 2009 e ainda está em reconstrução.

Roma fica a cerca de duas horas de distância e a lendária costa do Adriático fica a 90 minutos de carro. O aeroporto mais próximo é Pescara, a 90 minutos.

“É uma vida bem programada, porque não dá para dizer, ‘Ai, esqueci de comprar parmesão, vou dar um pulinho de volta e comprar”, comparou o prefeito.

“Estamos na base das montanhas – a 1.200 metros de altitude – então, no inverno, nem sempre é fácil se locomover com neve e gelo. Porém há uma sensação de tranquilidade, você vive de forma autossuficiente e volta às raízes. Não há nada do caos das grandes cidades, e você pode economizar mais do seu tempo livre”, elogiou o prefeito.

“Vivo muito bem aqui. O ar é bom e, desde o momento em que você acorda, há vistas incríveis que realmente levantam o seu ânimo e lhe dão um motivo para ir trabalhar”.

As remotas cidades rurais da Itália, especialmente nas regiões montanhosas e no sul do país, sofreram um êxodo de residentes desde o fim da Segunda Guerra Mundial, com pessoas se mudando para as cidades em busca de trabalho.

A ideia do “albergo diffuso” foi cunhada na década de 1970 pelo profissional de marketing Giancarlo dall’Ara para tentar rejuvenescer as aldeias e criar empregos para as pessoas voltarem.

A pandemia de Covid-19, que deu nova luz ao trabalho remoto, trouxe um interesse renovado na mudança de italianos para áreas rurais.

Santavicca espera que este projeto, se der certo, possa ser replicado por outras pequenas cidades.

“Essas aldeias vivem enquanto houver pessoas nelas. Para renovar a Santo Stefano e dar-lhe uma vida nova, mais força econômica e social, precisamos de gente mais jovem”, explicou.

“Temos um senso de dever cívico que está nos empurrando nessa direção. Não se trata de vender nada [em contraste com os esquemas de casa de 1 euro]. Só queremos começar coisas que vão permitir que a aldeia continue a viver”.

Pronto para fazer a mudança? Os detalhes completos e o formulário de inscrição estão no site do conselho municipal. O prazo final é 15 de novembro.

Compartilhe aqui:

Espanha adota estado de emergência e Itália fecha estabelecimentos para conter 2ª onda do coronavírus

Espanha e Itália anunciaram neste domingo (25) uma série de novas medidas para conter uma nova onda de infecções pelo coronavírus. A Europa vive um aumento rápido no número de casos da doenças, o que tem levado governos a readotarem restrições à circulação.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou um segundo estado de emergência que valerá pelos próximos seis meses.

Entre as medidas estabelecidas por Sánchez estão o confinamento noturno em todo o país (exceto nas Ilhas Canárias), entre 23h e 6h, e a permissão para que as regiões apliquem outras restrições de movimento, como proibição de reuniões com mais de 6 pessoas e fechamento do comércio.

Na última quarta-feira (21), a Espanha foi o primeiro país da União Europeia e o sexto do mundo a ultrapassar a marca de um milhão de casos de Covid-19.

No sábado (24), o país registrou 231 novas mortes pelo vírus, maior número desde 29 de abril, quando foram registrados 224 óbitos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No pico da primeira onda, em 30 de março, 888 pessoas morreram.

Com mais jovens infectados, esta segunda onda da pandemia está sendo menos letal na Espanha do que a primeira, que atingiu seu clímax entre o final de março e o início de abril, com cerca de 800 mortes por dia. No entanto, especialistas de saúde alertam que alguns hospitais podem entrar em colapso novamente.

Itália

Itália também decidiu adotar novas restrições como o fechamento de academias e o retorno das aulas virtuais ao ensino médio. O país registrou cerca de 20 mil infecções em 24 horas, uma nova máxima diária.

De acordo com o premiê Giuseppe Conte, a ideia é não retomar um lockdown, mas retomar um fechamento em algum grau para que o país “volte a respirar em dezembro”.

Bares e restaurantes, a partir da próxima sexta-feira, não poderão atender clientes no local: apenas em serviços de entrega ou que as próprias pessoas busquem as refeições para levar para casa. Museus permanecem abertos, mas o governo insiste que os italianos devem permanecer em casa o máximo possível.

‘Semanas muito duras virão’

“Semanas muito duras virão, o inverno (europeu) está chegando, a segunda onda não é mais uma ameaça, é uma realidade em toda a Europa”, advertiu o ministro da Saúde, Salvador Illa, afirmando que o governo está “aberto a todas as abordagens possíveis” contra o vírus.

A Espanha foi um dos países mais atingidos pela primeira onda da pandemia, até aplicar um dos mais rígidos confinamentos da Europa entre março e junho e controlar as infecções.

Os casos voltaram a se multiplicar a partir de julho, com as autoridades tentando salvar a temporada de turismo, um dos motores da economia espanhola.

Desentendimentos entre as administrações central e regional, e entre os partidos políticos, sobre o escopo das medidas a serem aplicadas em face da recuperação também prejudicaram a resposta, disseram os especialistas.

Compartilhe aqui:

Covid-19: França bate novo recorde de casos em 24 horas

As autoridades de saúde da França registraram de ontem para hoje 41.622 novos casos de Covid-19 no país —um recorde, que confirma a “segunda onda” da Pandemia.

No mesmo período de 24 horas, foram registradas 165 mortes em razão da doença, o que elevou para 34.210 o total de vítimas fatais no país europeu.

Ontem, conforme publicamos, a Espanha tornou-se o primeiro país da União Europeia a contar mais de 1 milhão de infectados pelo novo Coronavírus. A França está bem próxima, com 999.043 casos registrados.

Compartilhe aqui:

Manifestações no Chile acabam com igrejas incendiadas

Dezenas de milhares de chilenos se reuniram na praça central de Santiago neste domingo (18) em lembrança aos protestos em massa que deixaram mais de 30 mortos e milhares de feridos um ano atrás, e manifestações inicialmente pacíficas culminaram em tumultos e saques à noite.

Pessoas haviam se congregado mais cedo em manifestações no centro da capital e em cidades de todo o Chile, que ganharam em tamanho e fervor durante o anoitecer. Muitas portavam cartazes e faixas caseiras com as cores do arco-íris pedindo um sim no referendo do próximo domingo (25), que perguntará se a população quer descartar a Constituição dos tempos da ditadura – uma das exigências nos protestos de 2019.

As manifestações, essencialmente pacíficas no início, foram marcadas por incidentes crescentes de violência, saques de supermercados e confrontos com a polícia em toda a capital mais tarde, no mesmo dia. Sirenes de caminhões de bombeiros, barricadas em chamas em estradas e fogos de artifício em ruas do centro aumentaram a sensação de caos em alguns bairros.

O ministro do Interior chileno, Victor Pérez, falou no final da noite, elogiando os protestos pacíficos iniciais e criticando a desordem do fim do dia. Ele pediu aos chilenos para acertarem suas diferenças votando no referendo constitucional de 25 de outubro.

Mais de 15 estações de metrô foram fechadas temporariamente durante os tumultos, e vândalos atacaram outra igreja de Santiago, incendiando seu pináculo. A polícia usou gás lacrimogêneo e canhões de água durante confrontos com pessoas encapuzadas.

Protestos

Inicialmente desencadeados por uma alta no preço do transporte público, o Chile enfrentou em 2019 a maior onda de protestos da história do país. A praça Itália, no centro da capital Santiago, foi palco de confrontos violentos entre diversos grupos de manifestantes e a polícia. Gás lacrimogêneo e jatos de água de alta pressão foram utilizados para tentar conter o avanço de grupos de manifestantes contra a polícia.

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, afirmou na época que o país estaria “em guerra” contra criminosos responsáveis pelos protestos violentos. Vários grupos de manifestantes usaram as redes sociais para convocar aliados, derrubar portões de estações de metrô e destruir catracas. Na manhã do dia 19 de outubro, várias cidades amanheceram em chamas, com prédios públicos e estabelecimentos comerciais vandalizados.

Mais de 10 mil policiais foram mobilizados apenas na capital. Os protestos se espalharam por todas as cidades chilenas, mesmo após o anúncio do cancelamento do reajuste nas tarifas de transporte. As Forças Armadas chilenas foram convocadas para controlar o caos nas ruas.

O aumento proposto pelo governo era de 3,75% – de 800 para 830 pesos chilenos.

Agência Brasil

Compartilhe aqui:

Vaticano confirma caso de Covid na residência onde vive Papa Francisco

Um morador da residência Santa Marta, onde também mora o Papa Francisco foi diagnosticado com covid-19. A informação foi confirmada neste sábado (17), pelo Vaticano. O homem, que não foi identificado, está assintomático e todos seus contatos também foram isolados.

A residência que abriga cardeais e membros do clero tem mais de 130 quartos e suítes e este não é o primeiro caso. Em março, outro morador teve resultado positivo durante o auge da pandemia na Itália. Na semana passada, quatro membros da Guarda Suíça, a força de elite que protege o Papa, testaram positivo para a Covid.

O papa é testado regularmente para a covid, de acordo com o Vaticano, e vai cumprir normalmente sua agenda oficial neste sábado. Ele participou de três audiências privadas e recebeu um grupo de policiais italianos. Francisco teve parte do pulmão retirada devido a uma infecção quando era mais jovem.

Compartilhe aqui:

Europa se prepara para segunda onda de covid-19

Países europeus começaram a fechar escolas e cancelar cirurgias, indo muito além das restrições à vida social agora que autoridades sobrecarregadas enfrentam o ressurgimento da covid-19 às vésperas da chegada do inverno.

A maioria da nações da Europa amenizou seus lockdowns durante o verão para começar a reativar as economias já a caminho de retrações e cortes de empregos inéditos, resultantes da primeira onda da pandemia.

Mas a volta das atividades normais – de restaurantes cheios a novos semestres nas universidades – desencadeou um pico acelerado de casos em todo o continente.

Bares e pubs foram dos primeiros a fechar ou ser obrigados a encurtar o expediente nos novos lockdowns, mas agora as taxas de infecção crescentes também estão testando a determinação dos governos a manter as escolas abertas e os atendimentos de saúde não relacionados à covid em funcionamento.

A República Tcheca, que tem o pior índice per capita europeu, trocou o ensino presencial pelo virtual e os hospitais começaram a suspender operações sem urgência para liberar leitos. Bares, restaurantes e clubes fecharam.

“Às vezes estamos à beira do choro, isso acontece com bastante frequência agora”, disse Lenka Krejcova, chefe de enfermagem do hospital Slany, no noroeste de Praga, enquanto operários corriam pelos corredores para transformar uma ala geral em um departamento para pacientes infectados com o novo coronavírus.

Nesta quarta-feira (14), as autoridades de Moscou disseram que adotarão o ensino virtual para muitos estudantes a partir de segunda-feira, e a Irlanda do Norte anunciou um fechamento de duas semanas das escolas.

As grandes economias europeias da Alemanha, Reino Unido e França vêm resistindo à pressão para fechar as escolas, uma medida que criou transtornos para a força de trabalho durante os lockdowns de primavera, já que os pais tiveram que se dividir entre os cuidados com os filhos e o trabalho em casa.

A Holanda retomou um lockdown parcial nesta quarta-feira (14), fechando bares e restaurantes, mas manteve as escolas abertas.

As infecções europeias vêm se mantendo em uma média de quase 100 mil por dia, obrigando governos a adotarem uma variedade de restrições severas, e cada um deles tenta calibrá-las para proteger a saúde sem destruir os meios de subsistência.

“É uma bagunça, é uma bagunça, meu filho, o que posso dizer? Realmente não sabemos o que será de nós”, disse um aposentado italiano em Roma.

Compartilhe aqui:

Opinião: “luz vermelha acesa”. Cresce segunda onda da Covid-1

A “luz vermelha” acendeu-se e a epidemia cresce vertiginosamente. Mostra-se acertada a decisão do prefeito Álvaro Dias, de Natal (RN), ao definir medidas preventivas, para que a “segunda onda” não chegue à cidade de Natal.

Contra fatos não há argumentos.

A América Latina é o epicentro, lugar antes ocupado por China, Europa e EUA.O Brasil registra o segundo maior número de casos no mundo. Nações fora da Europa, que pareciam ter controlado os surtos, enfrentam aumento de casos.

Entre elas, Israel, Peru, Austrália e Japão.

A Espanha foi a exceção durante agosto. Agora, a curva de infecções está em alta novamente. O Centro Europeu de Prevenção alertou, que em todos os países monitorados, os novos casos aumentaram.

Portugal registrou mais de 1649 casos nas últimas 24 horas, o dia com mais casos desde o início da pandemia, batendo os 1516 registrados em 10 de abril.

Dr. João Gouveia, Presidente da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos, em entrevista publicada neste domingo, 11, foi enfático: “ou se fecha outra vez, ou vão morrer muitas pessoas”.

Claro que “fechar” admite exceções racionais, protegidas por protocolos sanitários rígidos, tais como o comércio (shopings), escolas e atividades essenciais, áreas em que se justifica o funcionamento normal.

Neste final de semana, pelo terceiro dia consecutivo, a Alemanha, que havia controlado, superou 4 mil novas infecções. A primeira ministra Merkel, com lucidez, se preocupa em não paralisar a economia e manter as escolas abertas. Porém, decretou severas punições, até de contatos de físicos em reuniões de famílias.

Enquanto isso, prossegue a inconveniente eleição municipal brasileira, com discussões bizantinas e sandices de exaltação à democracia, através da abertura de contatos físicos das pessoas em aglomerações, comícios, carreatas e até reuniões políticas sem limites de participantes.

Como já afirmado, o bom senso justifica flexibilização em certas áreas, onde são possíveis fiscalizações e medidas eficazes de proteção à saúde pública.

Nada a opor.

Mas, abrir para comicios e atividades políticas assemelhadas, em plena campanha eleitoral?

Isso é democracia?

Não se contesta, que uma campanha política pressupõe a interação do candidato com o eleitor.

Entretanto, após a tresloucada decisão de manter a eleição municipal de 2020, todos tinham conhecimento dos riscos da pandemia.

Sendo assim, aderir ao “liberou geral” e justificá-lo com o falso rótulo de ato democrático  e de liberdade política, significará a revogação tácita do artigo 196, da Constituição Federal, que consagra o princípio de que a “a saúde é dierito de todos”.

Por tais razões, a cada dia, o exemplo de responsabilidade, com a preservação das vidas humanas, dado pelo prefeito de Natal, torna-se mais justificável.

A Constituição permite tal medida e a justiça eleitoral cumpriu o seu dever, ao homologar o Plano de Segurança Sanitária para as Eleições Municipais de 2020”, considerado prévio parecer técnico elaborado por “autoridade sanitária nacional”.

No Ceará, com o apoio da justiça eleitoral,  lideranças politicas municipais acolhem, sem contestação, as restrições do Plano de Segurança Sanitária para as Eleições Municipais de 2020”, homologado pelo TSE e que legaiiza os decretos municipais preventivos (Emenda Constitucional 107/20, artigo 1° § 3°, inciso V).

A indagação no ar: e no RN, especialmente em Natal?

Qual será o saldo sanitário de infectados da Covid19, até 15 de novembro?

Só resta pedir, que Deus proteja o nosso povo!

Por Ney Lopes

Compartilhe aqui:

Papa Francisco destaca situação perigosa da Amazônia e de povos indígenas

O papa Francisco fez um pronunciamento na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e citou a “perigosa situação da Amazônia e de seus povos indígenas”.

Em um vídeo, o religioso fala também sobre desigualdade social do mundo e a pandemia do novo coronavírus. A gravação foi exibida nesta sexta-feira (25).

“Penso também na perigosa situação da Amazônia e de seus povos indígenas. Eles nos lembram que a crise ambiental está intimamente ligada a uma crise social e que o cuidado com o meio ambiente exige uma aproximação integrada para combater a pobreza e a destruição”, afirmou o líder religioso.

Ele também pediu que que sejam reduzidas “as sanções internacionais que dificultam o apoio adequado dos Estados a suas populações”, embora não tenha mencionado nenhuma em particular. O papa solicitou que a ONU faça mais pela paz e responda “ao rápido aumento da desigualdade entre os super ricos e os permanentemente pobres”, e lamentou o clima de desconfiança e a “erosão do multilateralismo” que prevalece nas sociedades.

O papa Francisco avaliou que a atual crise que surgiu com a pandemia do coronavírus pode ser uma oportunidade real para a transformação dos atuais modos de vidae sistemas econômicos e sociais, diminuindo o fosso entre ricos e pobres. Mas, ao mesmo tempo, reconheceu que pode levar a uma “retirada defensiva com características individualistas e elitistas”.

Segundo Francisco, existem dois caminhos possíveis após a crise atual: um leva ao fortalecimento do multilateralismo, solidariedade e unidade; e outro “dá preferência a atitudes de autossuficiência, nacionalismo, protecionismo, individualismo e isolamento, deixando de fora os mais pobres, os mais vulneráveis”.

Para ele, “a pandemia destacou a necessidade urgente de promover a saúde pública e realizar o direito de todos aos cuidados médicos básicos”.E renovou o recente apelo à comunidade internacional e ao setor privado para garantir “o acesso às vacinas contra a covid-19 e às tecnologias essenciais para cuidar dos enfermos”. “E se você tem de privilegiar alguém”, ele continuou, “que essa pessoa seja a mais pobre, a mais vulnerável, aquela que normalmente é discriminada por não ter poder ou recursos econômicos”.

Compartilhe aqui:

Covid-19: Índia bate novo recorde global e registra mais de 90 mil casos em 24 h

A Índia registrou mais de 90 mil casos do novo coronavírus em boletim do Ministério da Saúde local divulgado neste domingo (6). O número representa um novo recorde diário global, superando marcas do próprio país que esteve acima dos 80 mil casos nos últimos dias.

Foram 90.632 novos casos registrados em 24 horas, enquanto foram reportadas 1.065 mortes em decorrência da doença. O país deve ultrapassar o Brasil na segunda-feira (7) como o segundo mais afetado pelo total de infecções por Covid-19 — ficará atrás apenas dos Estados Unidos.

De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins neste domingo (6), às 7h, os EUA registraram até o momento 6.246.162 casos, enquanto o Brasil tem 4.123.000, e a Índia, 4.113.811. Neste sábado (5), o Brasil registrou 30.168 casos de Covid-19, número três vezes menor do registrado pela Índia.

Em número de mortes, os EUA têm 188 mil registros. O Brasil confirmou até o momento 126 mil mortes por Covid-19, e a Índia, 70 mil.

Especialistas médicos disseram que a Índia está presenciando uma segunda onda da pandemia em algumas regiões, e que o número de casos cresceu devido ao aumento dos exames e à redução das restrições ao movimento do público. Mesmo em meio aos números recordes, o governo indiano restaurará parcialmente os serviços de metrô na capital nacional, Nova Déli, a partir de segunda-feira (7).

De acordo com Randeep Guleria, diretor do Instituto de Ciências Médicas da Índia em Nova Déli, o número de casos pode continuar a aumentar antes que a curva se estabilize, disse em entrevista ao “India Today TV”.

Por quase um mês, a Índia vem registrando diariamente o maior número de novos casos do vírus no mundo, ao mesmo tempo em que seu governo pressiona para abrir negócios e reviver uma economia em contração.

REUTERS

Compartilhe aqui:

Cientistas de Hong Kong confirmam 1º caso de reinfecção por Covid-19

Um cidadão de Hong Kong que se recuperou de Covid-19 foi infectado novamente quatro meses e meio depois. Trata-se do primeiro caso confirmado de reinfecção pela doença em seres humanos, disseram cientistas da região semiautônoma nesta segunda-feira 24.

A descoberta indica que a doença, que já matou mais de 800 mil pessoas no mundo todo, pode continuar se espalhando entre a população global apesar da imunidade de rebanho, segundo os pesquisadores.

O homem de 33 anos se curou do novo coronavírus e recebeu, em abril, alta do hospital em que estava. Contudo, testou novamente positivo para o vírus após voltar de uma viagem à Espanha, passando pelo Reino Unido, no dia 15 de agosto.

O paciente parecia estar saudável, afirmaram os cientistas no relatório, que foi aceito pelo jornal acadêmico Clinical Infectious Diseases. Eles descobriram que o paciente contraiu um tipo diferente do vírus que havia contraído antes, e permaneceu assintomático para essa segunda infecção.

“A descoberta não significa que tomar a vacina será inútil”, afirmou o médico Kai-Wang To, um dos autores do documento. “A imunidade induzida pela vacinação pode ser diferente daquela induzida por infecção natural”, explicou ele. “É preciso esperar os resultados dos testes das vacinas para ver o quão eficazes elas são.”

A epidemiologista da Organização Mundial da Saúde (OMS) Maria Van Kerkhove disse nesta segunda que não há necessidade de tirar conclusões apressadas em resposta ao caso de Hong Kong.

Explicações

Casos de pessoas que tiveram alta de hospitais e testaram novamente positivo para o novo coronavírus também foram registrados na China. No entanto, nestes casos, não ficou claro se eles contraíram a doença de novo depois de se recuperarem por completo – como o exemplo de Hong Kong – ou se eles ainda estavam com o vírus da primeira infecção no organismo.

O número preliminar de pacientes chineses que testaram positivo para a doença pela segunda vez, após serem liberados do hospital, é de 5% a 15%, afirmou Wang Guiqiang, especialista em doenças infecciosas de um grupo na China especialista em tratamento de Covid-19, durante uma entrevista coletiva em maio.

Uma explicação para esse fato é que o vírus ainda existia nos pulmões dos pacientes, mas não foi detectado nas amostras colhidas nas partes superiores do sistema respiratório, explicou Guiqiang. Outras causas possíveis são baixa sensibilidade a testes e imunidade fraca, que podem levar a resultados positivos persistentes.

*Com informações da CNN Brasil

Compartilhe aqui:

Covid-19: mais de 20 países já solicitaram 1 bilhão de doses da vacina russa

O Fundo Russo de Investimento Direto recebeu pedidos de mais de vinte países para a compra de 1 bilhão de doses da vacina russa contra o coronavírus, disse o chefe da entidade, Kirill Dmitriev, citado pela agência TASS.

No momento não se sabe quais países fizeram os pedidos, embora Dmitriev enfatize que a Rússia concordou em produzir sua vacina contra o coronavírus em cinco países e que espera receber aprovação para a produção do medicamento em vários estados latino-americanos até novembro.

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou nesta terça-feira, 11 de agosto, que seu país registrou a primeira vacina contra o coronavírus do mundo. O presidente especificou que a vacinação da população deve ser feita exclusivamente de forma voluntária, acrescentando que espera que a produção em massa do medicamento comece em breve.

Vacina

Criada artificialmente, sem nenhum elemento do coronavírus em sua composição, a vacina é apresentada na forma liofilizada, na forma de pó que se mistura a um produto para dissolvê-la e depois administrá-la por via intravenosa.

Um total de 76 voluntários participaram dos ensaios clínicos da vacina, que tiveram como objetivo avaliar sua segurança e efeitos no organismo. Os médicos consideraram a investigação um sucesso e concluíram que a vacina é segura: ao final do processo “todos os voluntários estavam imunizados”.

Yelena Smolyarchuk, diretora do Centro de Pesquisa Clínica de Medicamentos da Universidade Séchenov, disse que a proteção máxima é alcançada três semanas após a vacina, quando a resposta do sistema imunológico é desencadeada.

Compartilhe aqui:

Beirute: enfermeira resgata recém-nascidos em hospital destruído pela explosão

O fotógrafo Bilal Marie Jawich compartilhou em seu perfil do Facebook uma foto tirada no hospital Saint George do Centro Médico da Universidade de Beirute (também conhecido como Al Roum), tirada logo após a explosão catastrófica que ocorreu na terça-feira passada na capital libanesa.

Na foto, a enfermeira Pamela Zeinoun aparece ao telefone e com três recém-nascidos nos braços, relata o Arab News. A profissional de saúde diz que perdeu a consciência no momento da explosão e, quando se recuperou, correu para resgatar cinco recém-nascidos que estavam na unidade de terapia intensiva neonatal.

“Consegui carregar três nos braços e meu colega os outros dois”, disse a enfermeira. “Minha maior preocupação era a segurança deles, pois são muito frágeis”, acrescentou.

Jawich comentou em sua publicação que, ao longo de sua carreira de 16 anos como fotógrafo, em que trabalhou em muitos conflitos armados, ele jamais presenciou o que viu no bairro do hospital, especialmente no interior dele, onde havia “dezenas de cadáveres e feridos”.

O hospital Saint George informou em seu site que a instalação foi severamente danificada pela explosão e ficou inoperante, motivo pelo qual seus 160 pacientes tiveram que ser transferidos para outros centros médicos. Além disso, quatro enfermeiros e 16 pacientes morreram, enquanto mais de 100 funcionários do hospital ficaram feridos.

Compartilhe aqui: