Economia

Governo volta a cobrar PIS/Cofins do diesel amanhã; imposto subirá R$ 0,31

 

O imposto do diesel nas refinarias deve subir R$ 0,31 por litro com o fim da isenção de PIS/Cofins, no sábado (1º). Os donos de postos devem repassar a alta para o preço do combustível na bomba, segundo o presidente da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes), Paulo Miranda Soares.

 

A isenção do PIS/Cofins para o diesel por dois meses começou em 1º de março. Foi anunciada pelo governo como medida para tentar segurar o avanço no preço do combustível e para acalmar as pressões de caminhoneiros, que são base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Desde o início do ano, a Petrobras já aumentou o preço do diesel em cerca de 36%. A política de preços da companhia segue os valores internacionais do petróleo, cobrados em dólar.

 

“Nós [postos] não temos como absorver nenhum tipo de aumento, porque já trabalhamos com margens muito pequenas. Nos últimos dez anos, nossa margem caiu 40%. Já estamos no osso, no limite. Os postos não vão conseguir absorver parte desse aumento. Geralmente, repassamos imediatamente para o consumidor o preço que vem da distribuidora,” afirmou Miranda.

 

Governo não conseguiu segurar preço do diesel

 

As medidas tomadas pelo governo para tentar segurar o diesel não resultaram em quedas significativas no valor pago pelos motoristas nos postos.

 

Além do desconto temporário de R$ 0,31 em impostos federais, houve diminuição do percentual de biodiesel na mistura do diesel, que resultou em uma queda de R$ 0,08 por litro, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

 

No fim das contas, o preço final do diesel teve redução de apenas R$ 0,03 por litro entre o início de março e a metade de abril.

 

No começo de março, quando a isenção de PIS/Cofins começou a valar, a média de preço do litro do combustível estava em R$ 4,23. Semanas depois, o preço chegou a subir, atingindo R$ 4,27 por litro. Em abril, com a redução no percentual de biodiesel adicionado ao diesel, o preço foi a R$ 4,18.

 

O levantamento mais recente da ANP, da semana do dia 18 de abril, aponta para preço médio de R$ 4,20 por litro. Ou seja, só R$ 0,03 a menos do que o preço registrado no início de março.

 

Petrobras vai reduzir diesel em R$ 0,06 na refinaria

 

Em meio à dificuldade do governo de controlar o preço do combustível, a Petrobras anunciou nesta sexta-feira (30) reduções de 2,1% no preço do diesel e 1,9% no preço da gasolina.

 

A partir deste sábado, segundo a companhia, o preço médio do diesel nas refinarias cairá para R$ 2,71, o que equivale a uma queda de R$ 0,06. Já a gasolina cairá R$ 0,05, para R$ 2,59 por litro.

 

Esses são os preços cobrados nas refinarias. Os postos são livres para aplicar ou não o reajuste, e na porcentagem que desejarem.

 

Do UOL

 

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Arroz e feijão sobem 60% em um ano e prato feito fica 23% mais caro

 

Cozinhar para fazer para a família o prato mais tradicional da mesa dos brasileiros –arroz, feijão, carne, ovo, batata fria e salada– está, em média, 23% mais caro que há um ano.

 

É o que aponta levantamento feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que calculou qual foi o aumento dos dez principais alimentos que compõem o “prato feito” brasileiro em 12 meses. A conta considera as variações até março de 2021 capturadas pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) calculado pela FGV.

 

Os principais responsáveis pelo aumento forte são, também, os principais ingredientes: o arroz, que subiu 61%, e o feijão, que subiu 69%, no caso do feijão preto. O feijão carioca, por sua vez, subiu 20%.

 

As carnes também não estão ajudando muito: a alta nos preços das carnes bovinas foi de 27,2% e do frango, de 13,9%. O ovo está 10% mais caro que há um ano. A batata subiu 19% e a cebola, 40%. O único alívio vem tomate, que está em queda de 24%.

 

Muitos alimentos marcam, desde o ano passado, altas e preços recordes nas prateleiras dos supermercados. O resultado é que o custo de comprar comida para a casa está subindo bem mais que a inflação total: o IPC geral teve alta de 6,1% nos 12 meses até março.

 

A explicação passa pelo aumento das exportações desses alimentos –o dólar alto estimula as vendas para fora e deixa os produtos ainda mais caros em reais. “Esse movimento do câmbio induz um aumento nas exportações, sobretudo dos cereais e das carnes, favorecendo a redução da oferta interna e pressionando os preços”, disse o pesquisador da FGV Matheus Peçanha. Ele avalia que a escalada de preços foi acentuada nos últimos anos com a desvalorização do real frente ao dólar.

 

CNN BRASIL

 

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Em um ano, quase 40% da população fez cortes definitivos nos gastos, aponta CNI

 

Quase 40% da população deu adeus a algum tipo de despesa durante um ano de pandemia, de acordo com a pesquisa “Os Brasileiros, a Pandemia e o Consumo”, realizada pela Confederação Nacional de Indústria (CNI), em parceria com o Instituto FSB Pesquisa. Em maio de 2020, este índice era de 29%, mas até abril de 2021, no entanto, o quadro mudou. Se somados os cortes de gastos definitivos aos temporários, o índice de pessoas alcançadas sobe para 71%. Em outras palavras, em cada dez pessoas ouvidas, sete mexeram na dinâmica de gastos em casa.

 

Participaram da pesquisa cerca de 2.000 pessoas, em amostras representativas da população brasileira. Entre os motivos para os cortes nos gastos, 38% dizem estar inseguros com o futuro da renda; 30% responderam que perderam a renda e 27% deixaram de comprar algum item por causa do fechamento do comércio.

 

O gerente de Análise Econômica da pesquisa, Marcelo Azevedo, afirma que o aumento do número de pessoas que tiveram que fazer alguma privação nos gastos por terem perdido a renda ou por insegurança deve prejudicar a retomada da economia.

 

As mulheres foram as que mais reduziram gastos “em maior quantidade e de forma definitiva”. Os dados mostram que 73% delas cortaram as despesas, enquanto, entre os homens, essa redução atingiu 70%. E mais: 45% das mulheres afirmaram que essa redução foi “grande ou muito grande” e 39% responderam ser permanente. Entre os homens, 36% disseram que o corte nas despesas foi “grande ou muito grande” e 35% garantem ser definitivo.

 

A região que mais perdeu foi o Nordeste, onde 48% da população afirmou que reduziu gastos, seguido do Norte/Centro-Oeste, em que 42% alegou ter passado a tesoura em nível “grande ou muito grande” nas despesas.

 

A pesquisa ocorreu entre os dias 16 e 20 de abril. A margem de erro do estudo é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

 

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MEI, Micro e Pequenas Empresas vão poder usar o Pix para recolher tributos do simples

 

Mais de 16 milhões de micro e pequenas empresas e de microempreendedores individuais, MEI, poderão usar o Pix, plataforma de pagamentos instantâneos do Banco Central, para recolher os tributos do Simples Nacional, regime especial para os negócios de menor porte que unifica o pagamento de tributos federais, estaduais e municipais.

 

Com a nova tecnologia, o Documento de Arrecadação do Simples Nacional, o DAS, terá um código QR.

 

Segundo a Receita Federal, existem 5 milhões de micro e pequenas empresas e 11 milhões de MEI inscritos no Simples Nacional.

 

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Contas de luz estão mais caras no Rio Grande do Norte

 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nessa quinta-feira (22), em reunião pública extraordinária, o reajuste tarifário de 2021 para o Rio Grande do Norte. As novas tarifas já entraram em vigor para 1,4 milhão de unidades consumidoras potiguares. O reajuste também foi feito para Ceará, Bahia e Sergipe.

 

“Vale ressaltar que o conjunto de ações tomadas pela Agência para mitigar as tarifas, entre elas a conta-covid e o reperfilamento do pagamento do financeiro da RBSE das transmissoras, colaborou para amenizar as tarifas e manter o reajuste em um dígito. Esse trabalho foi realizado com total transparência com os agentes e respeitando rigorosamente os compromissos previstos em contratos”, explicou a agência.

 

Confira, nas tabelas, os novos índices:

 

Empresa Consumidores residenciais – B1
Coelba 7,26%
Cosern 7,74%
Enel CE 7,55%
Energisa SE 8,33%

Empresa

Classe de Consumo – Consumidores cativos
Baixa tensão
em média
Alta tensão
em média
Efeito Médio
para o consumidor
Coelba 7,82% 12,28% 8,98%
Cosern 8,27% 11,18% 8,96%
Enel CE 8,54% 10,21% 8,95%
Energisa SE 8,66% 9,43% 8,90%

 

Os fatores que mais impactaram estes processos tarifários foram: custos com distribuição, pagamento de encargos setoriais e aquisição de energia.

 

Para a diretora Elisa Bastos, relatora de três dos quatro processos tarifários em questão (Cosern, Enel CE e Energisa Sergipe), “mais uma vez o setor elétrico dá provas da sua organização e comprometimento com o país. Foi necessário um esforço conjunto para que chegássemos a resultados tarifários que respeitem a capacidade de pagamento do consumidor, mas que ao mesmo tempo mantenha o equilíbrio das concessões de distribuição, bem como a qualidade da prestação dos serviços”.

 

“Realizamos a gestão das tarifas, com ações que serão capazes de atenuar os impactos tarifários que seriam sentidos pelos consumidores em 2021, mas sem comprometer o equilíbrio econômico das empresas dos segmentos de geração, transmissão e distribuição. Esse trabalho foi debatido com o Ministério de Minas e Energia e com todo o setor de maneira transparente e pelo bem do setor”, disse o diretor-geral da ANEEL, André Pepitone.

 

O efeito médio da alta tensão refere-se às classes A1 (>= 230 kV), A2 (de 88 a 138 kV), A3 (69 kV) e A4 (de 2,3 a 25 kV). Para a baixa tensão, a média engloba as classes B1 (Residencial e subclasse residencial baixa renda); B2 (Rural: subclasses, como agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, serviço público de irrigação rural); B3 (Industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço público e consumo próprio); e B4 (Iluminação pública).

 

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Fecomércio RN oferece certificação profissional gratuita para garçons, recepcionistas e camareiras

 

Em mais uma ação inserida no Projeto Verena – acordo de cooperação internacional entre o Sistema Fecomércio RN e o governo do estado alemão da Renânia-Palatinado e executado pela Câmara de Comércio de Trier (EIC Trier) – o Senac RN lança nesta quinta-feira (22), o programa de Certificação por Competência baseado no Sistema Dual de Ensino da Alemanha, com vagas gratuitas para Garçons, Camareiras e Recepcionista em Meios de Hospedagem.

 

Viabilizada por meio do Programa Senac de Gratuidade, esta primeira etapa irá ofertar 30 vagas para os profissionais autônomos e/ou com experiência de dois anos comprovada em ocupação e que desejam obter o seu certificado profissional. Os interessados deverão assistir um curso preparatório online, para atualização das técnicas profissionais, após isso, serão submetidos a uma prova teórica e uma prova prática onde serão avaliados por uma banca especializada na área de atuação do candidato.

 

A iniciativa surge como mais uma ação estratégica do Sistema Fecomércio RN para dar suporte à retomada do turismo potiguar.

 

 “O setor do turismo foi uma das atividades econômicas mais impactadas com a pandemia Covid-19 e para contribuir com a retomada da atividade, priorizamos destinar as vagas gratuitas do Programa de Certificação por Competência do Senac aos profissionais do segmento. O programa vai beneficiar tanto o trabalhador – que tem a técnica mas não tem formação -, a obter seu registro profissional; como o empregador, pois é uma forma de ele conhecer a mão de obra contratada,  avaliar o seu desempenho e contar com uma equipe certificada pelo Senac, uma instituição que é referência em educação profissional de excelência”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio Marcelo Queiroz.

 

 As inscrições para o processo seletivo deverão ser realizadas no período de 22/04 a 12/05 de forma on-line, no site www.rn.senac.br. Podem participar trabalhadores, profissionais autônomos,  maiores de 18 anos,  com renda familiar mensal per capita até dois salários mínimos federais. O processo de avaliação poderá ser realizado de forma on-line ou presencial, no Senac Barreira Roxa, a depender do quadro de pandemia Covid-19 no estado.

 

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Senac RN capacita pequenas e médias empresas para vendas online

 

O Senac RN abriu nesta terça-feira (20) uma nova etapa de inscrições para o Programa de Assistência Digital Empresarial. A iniciativa é direcionada a micros, pequenas e médias empresas interessadas em se capacitar para comercializar produtos e serviços nas plataformas digitais.

 

A capacitação – toda online – é gratuita e visa oferecer suporte aos empresários afetados pelos decretos que estabelecem restrições ao funcionamento das atividades comerciais de forma presencial por causa da pandemia da Covid-19.

 

As inscrições podem ser realizadas no telefone e/ou WhatsApp (84) 4005-1000.

 

Em 2020, o Senac atendeu 94 empresas, que, após participação nas capacitações, passaram a trabalhar com implementação de novas estratégias de vendas no e-commerce. Após um primeiro diagnóstico, um consultor realiza uma mentoria para expor as reais necessidades da empresa, sugerindo modelos de negócio para implantação no ambiente virtual.

 

“O Programa de Assistência Digital Empresarial oferece capacitação e orientação personalizada, focada na realidade de cada empresa atendida. O programa conta com uma equipe de consultores e profissionais com vasta experiência no e-commerce e que irão oferecer todo auxílio necessário aos participantes”, explicou o diretor regional do Senac, Raniery Pimenta.

 

Para o público em geral, o Senac vai disponibilizar o curso online gratuito “Como abrir o seu e-commerce: estratégias e modelos de negociação”. São cinco módulos com conteúdo instrucional e de aplicação de ferramentas e estratégias para implementar e gerenciar plataformas digitais. Também haverá uma série de lives com empresários convidados no canal do Senac no Youtube e no perfil do Instagram.

 

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Intenção de Consumo das Famílias volta a cair em abril, aponta CNC

 

O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) alcançou o patamar de 70,7 pontos em abril, o menor nível desde novembro de 2020, quando atingiu 69,8 pontos. Após ajuste sazonal, a série apresentou queda mensal de 2,5%, ante recuperação pontual no mês anterior.

 

O resultado foi divulgado hoje (20) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que destacou que foi o pior mês de abril da série histórica. Em relação ao mesmo período em 2020, houve retração de 26,1%.

 

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, essa redução no mês de abril é resultado do agravamento da pandemia de covid-19 no país, com medidas mais restritivas de circulação, como fechamento de comércios e cidades inteiras em lockdown.

 

“É um momento de oscilação, de grande incerteza. Isso se reflete no orçamento familiar, já que o agravamento da pandemia, somado à lentidão da vacinação, acaba gerando pessimismo e cautela no consumo. Acreditamos que, com a imunização em massa da população, o crescimento econômico será retomado e a confiança vai reagir”, disse Tadros, em nota.

 

Nos indicadores de renda e consumo, houve queda em relação ao mês anterior. A maioria das famílias considerou a renda pior do que no ano passado, com percentual de 41,3% ante 40,3% em março.

 

Segundo a CNC, a maior parte das famílias também considera que o nível de consumo em abril foi menor do que no ano passado (59,9%), o maior percentual desde novembro (60,4%), ante 58% no mês anterior e 46,9% em abril de 2020.

 

Também aumentou entre os pesquisados a proporção dos que acreditam que comprar a prazo está mais difícil: 41,7%, o maior percentual desde novembro de 2020, quando foi de 42,2%.

 

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Preço do botijão atinge recorde histórico e Congresso analisa programa social

 

A escalada do preço do gás de botijão em meio à crise econômica gerada pela pandemia reacendeu no Congresso o debate sobre políticas sociais para subsidiar o combustível à população de baixa renda, que vem apelando a lenha ou carvão para cozinhar suas refeições.

 

Em meados de fevereiro, o preço médio do botijão no país atingiu o maior valor desde que a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) começou a compilar os dados, em 2004. E, mesmo com a isenção de impostos anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro em março, o preço do produto não parou de subir.

 

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 14 milhões de domicílios brasileiros usavam lenha ou carvão para preparar alimentos em 2019, número equivalente ao do ano anterior e a cerca de 20% do total de domicílios do país.

 

A EPE (Empresa de Pesquisa Energética) estima que, já em 2018, combustíveis como lenha e carvão ultrapassaram a fatia do gás de cozinha na matriz energética residencial brasileira, tendência que, segundo especialistas, pode ter se acentuado na pandemia.

 

A estimativa é feita em toneladas de petróleo equivalente. Como lenha ou carvão têm poder calorífico bem menor ao do gás, é necessária uma quantidade bem maior desses combustíveis para obter o mesmo resultado na cozinha.

 

Além de poluidor e menos eficiente, o consumo de lenha ou carvão é prejudicial à saúde dos moradores da residência. Mas tem sido a única alternativa para famílias como a da estudante de serviço social Nadjane dos Santos, 27, de Salvador.

 

“Com três crianças, mais despesas com aluguel, água, energia, medicações para minhas filhas, internet móvel para estudar e manter contato com clientes, não tenho condições de comprar gás, senão a gente não come”, diz ela.

 

Nadjane trabalha como trançadeira de cabelos e vendedora ambulante de salgados, atividades que são parte do setor mais afetado pela pandemia, o de Serviços. Hoje, sobrevive com cerca de R$ 800 por mês, dos quais R$ 123 vêm do programa Bolsa Família.

 

Sem condições de gastar de R$ 80 a R$ 100 em um botijão de gás, ela improvisou um fogão com tijolos no quintal de casa e recolhe lenha nas redondezas, uma região pobre com cerca de 50 mil habitantes. Quando chove, apela para um fogareiro com álcool.

 

A escalada do preço do botijão ganhou força no fim de 2019, após o fim do subsídio cruzado dado pela Petrobras desde 2003, quando o governo Luiz Inácio Lula da Silva determinou que a empresa vendesse mais barato o gás envasado em botijões de 13 quilos.

 

A desvalorização cambial acrescentou outro ingrediente ao problema, pressionando ainda mais os preços nas refinarias, que seguem as cotações internacionais do petróleo e as variações do dólar.

 

Há dois meses, o preço médio do botijão ultrapassou pela primeira vez a barreira dos R$ 81. Na última semana, segundo a ANP, o produto era vendido a R$ 84, alta de 22% em relação ao valor vigente na semana em que o subsídio foi extinto, em 2019.
O cenário provocou uma enxurrada de projetos de lei sobre o tema no Congresso. Dos 28 textos hoje em tramitação, 12 foram apresentados e 2020 e 8, em 2021.

 

“A demanda da população de baixa renda é muito sensível a preço e a sua renda”, diz o pesquisador do Grupo de Economia da Energia da UFRJ, Marcelo Colomer. “Isso não só justifica como legitima a definição de políticas públicas”.

 

Os projetos no Congresso discutem três soluções principais: a criação de um programa social, a inclusão do botijão de gás na cesta básica e o tabelamento de preços, alternativa que enfrenta resistência do governo, da Petrobras e das empresas do setor.
Autor de um dos projetos, o deputado federal Christino Áureo (PP-RJ) avalia que a isenção concedida pelo governo em março é insuficiente e acaba subsidiando famílias que têm condições de comprar o botijão.

 

O desconto é de R$ 2,18 por botijão, o que representa uma renúncia fiscal de R$ 1,2 bilhão por ano. “Se destinarmos essa renúncia totalmente para o Bolsa Família, daria um desconto de até R$ 30 por botijão”, defende.

 

Seu projeto prevê o uso do cartão do Bolsa Família para direcionar o subsídio. O valor destinado ao botijão de gás só poderia ser usado em estabelecimentos que vendem o combustível.

 

Áureo defende que a estratégia adotada pelo governo, de dar um pequeno desconto para todos, “não é política pública”. “É desoneração sem capacidade de mensuração de resultados, que é o pior tipo de política pública que se pode ter”.

 

Ao dar o desconto para cadastrados no Bolsa Família, diz, é possível saber se o beneficiário migrou da lenha para o gás ou se melhorou padrão nutricional.

 

As propostas para incluir o botijão na cesta básica também têm efeitos no preço, ainda que menores, pela redução da carga tributária estadual, hoje responsável por cerca de 14%, em média, do preço final do produto.

 

Estudo da LCA Consultores estima que a medida provocaria corte de 9,1% a 17,3% no preço do botijão, dependendo do estado. A menor variação se daria em São paulo e a maior, em Pernambuco.

 

Os responsáveis pelo estudo afirmam que os maiores valores de ICMS são cobrados justamente nos estados de renda mais baixa e de maior consumo de lenha e carvão, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

A mudança na tributação, porém, depende da disposição de governos estaduais a perder arrecadação.

 

A posição do governo Bolsonaro sobre as propostas não é consensual. Segundo fontes, o Ministério da Economia tem uma posição mais refratária à adoção de subsídios, enquanto o Ministério de Minas e Energia vem estudando soluções para suavizar as variações de preços dos combustíveis.

 

A reportagem procurou as duas pastas e o Ministério da Cidadania, responsável pela gestão do programa Bolsa Família, mas nenhum deles quis dar entrevistas sobre o tema.

 

“Estamos vendo o empobrecimento da população e o aumento do consumo de lenha. É efetivamente uma questão social”, diz Sérgio Bandeira de Mello, que preside o Sindigás, que reúne os distribuidores do produto. “Não é o setor privado que vai resolver.”

 

“À medida em que a dificuldade aumenta, seja pelo preço, seja pelo desemprego, mais pessoas vão correr atrás da lenha para cozinhar os alimentos, mesmo com o risco de problemas de saúde”, conclui o presidente da Abragás (associação que representa a revenda do produto), José Luiz Rocha.

 

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Governo Federal propõe salário mínimo de R$ 1.147 em 2022, sem aumento real

 

O salário mínimo em 2022 será de R$ 1.147 e não terá aumento acima da inflação, anunciou o Ministério da Economia. O reajuste consta do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2022, enviado hoje (15) ao Congresso Nacional.

 

O reajuste segue a projeção de 4,3% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para este ano. A estimativa também consta do PLDO.

 

Até 2019, o salário mínimo era reajustado segundo uma fórmula que previa o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de dois anos antes mais a inflação oficial do ano anterior. Desde o ano passado, o reajuste passou a seguir apenas a reposição do INPC, por causa da Constituição, que determina a manutenção do poder de compra do salário mínimo.

 

Segundo o Ministério da Economia, cada aumento de R$ 1 no salário mínimo tem impacto de aproximadamente R$ 315 milhões no orçamento. Isso porque os benefícios da Previdência Social, o abono salarial, o seguro-desemprego, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e diversos gastos são atrelados à variação do mínimo.

 

O valor do salário mínimo para o próximo ano ainda pode ser alterado, dependendo do valor efetivo do INPC neste ano. Pela legislação, o presidente da República é obrigado a publicar uma medida provisória até o último dia do ano com o valor do piso para o ano seguinte.

 

Em 2021, o salário mínimo está em R$ 1.100. Como o INPC do ano passado encerrou 2020 em 5,45%, puxado pela inflação dos alimentos, o valor do mínimo deveria ser R$ 1.102, mas o governo até hoje não incorporou a diferença de R$ 2 ao salário mínimo. Caso não faça isso antes do fim do ano, o resíduo será incorporado ao salário mínimo em 2022.

 

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Petrobras aumenta preços do diesel e da gasolina nas refinarias

 

A Petrobras anunciou hoje (15) aumentos de R$ 0,10 (3,7%) no preço do diesel e de R$ 0,05 (1,9%) no da gasolina. Os valores serão reajustados a partir de amanhã nas refinarias da estatal, onde o litro do diesel passará a custar R$ 2,76, e o da gasolina, R$ 2,64.

 

A última mudança nos preços dos combustíveis ocorreu no sábado passado, quando a Petrobras havia anunciado uma redução de R$ 0,08 no preço do diesel e mantido o preço da gasolina em R$ 2,59.

 

Os reajustes de preços da Petrobras acompanham variações do valor dos combustíveis e do dólar no mercado internacional. Com isso, os aumentos ou reduções de preços ocorrem sem periodicidade definida, o que, segundo a estatal, permite competir de maneira mais eficiente e flexível.

 

Desde o início do ano, os preços acumulam alta tanto para a gasolina, que encerrou 2020 vendida a R$ 1,84 nas refinarias da Petrobras, quanto para o diesel, que era negociado a cerca de R$ 2 por litro.

 

A Petrobras afirma que os preços cobrados por suas refinarias têm “influência limitada” sobre o que é cobrado dos consumidores finais desses combustíveis. Isso ocorre porque o valor pago na bomba dos postos é acrescido de impostos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis.

 

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Mais de 620 mil micro e pequenas empresas foram abertas em 2020

 

Dados do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostram que, em 2020, foram abertas 626.883 micro e pequenas empresas em todo o país. Desse total, 535.126 eram microempresas (85%) e 91.757 (15%) eram empresas de pequeno porte.

 

Os setores onde as microempresas abriram maior número de unidades em 2020 foram serviços combinados de escritório e apoio administrativo (20.398 empresas), comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (16.786) e restaurantes e similares (13.124). Já os setores onde as pequenas empresas abriram mais estabelecimentos foram serviços combinados de escritório e apoio administrativo (3.108), construção de edifícios (2.617) e comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (2.469). De acordo com o Sebrae Nacional, o resultado evidencia a força do empreendedorismo no Brasil.

 

Com base em dados do governo federal, apurou-se que, no ano passado, o país criou 3,4 milhões de novas empresas, alta de 6% em comparação a 2019, apesar da pandemia de covid-19. Ao final de 2020, o saldo positivo no país foi de 2,3 milhões de empresas abertas, com destaque para microempreendedores individuais (MEI).

 

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Incubadora do IMD abre 25 vagas de apoio ao empreendedorismo

 

A incubadora de empresas Inova Metrópole, do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), abriu hoje, 12, as inscrições para as empresas interessadas em ingressar em seu Programa de Pré-incubação. São oferecidas cinco vagas. Ao lado dessa oportunidade, voltada para amplo público, também estão sendo disponibilizadas mais 20 vagas para outro programa da incubadora, destinado à formação empreendedora e tendo como público alunos de pós-graduação da UFRN.

 

O Programa de Pré-incubação busca candidatos que já possuem um protótipo funcional de produto ou serviço na área de Tecnologia da Informação (TI) e que necessitem de ajuda para continuar o desenvolvimento desse protótipo e fazer a sua inserção no mercado. Para isso, a Inova disponibiliza, para os que integram o programa, uma série de benefícios, como é o caso de capacitações, serviços de TI e o acompanhamento de assessorias em gestão, marketing, tecnologia, desenvolvimento organizacional e finanças.

 

Inscrições

 

As inscrições para participar do programa devem ser feitas por meio do preenchimento de formulário disponível no site da incubadora. Já o edital com todos os detalhes sobre o processo seletivo está disponível neste link. Um dos diferenciais desta seleção, com relação a edições anteriores, é a oferta de vagas remotas, por meio das quais é possível participar de assessorias e capacitações de modo on-line, além de acessar, presencialmente e sob demanda, as salas de reuniões.

 

Conduzida por meio de uma comissão da própria Inova Metrópole, a seleção será feita em duas etapas, uma para análise documental e outra para entrevistas remotas, durante as quais serão feitas avaliações sobre a proposta de negócio de cada candidato. Também nesta segunda fase, será analisado o currículo do empreendedor, sua disponibilidade de tempo para o negócio e demais aspectos sobre o produto ou serviço, como tecnologia, capital, entre outros.

 

Acelera

 

Já o programa Acelera Inova tem como público-alvo candidatos com ideias de produtos, serviços ou processos inovadores na área de TI, mas que ainda necessitam de apoio e orientação para transformá-las em protótipos funcionais. Nesta edição do programa, estão sendo ofertadas 20 vagas, que serão destinadas para estudantes de pós-graduação da UFRN.

 

O edital do processo seletivo para ingresso no programa já está disponível no site da Inova e as inscrições poderão ser feitas até o dia 30 de abril, por meio de formulário on-line.

 

O programa será realizado por meio de aulas on-line e síncronas, que serão divididas em duas fases. Na primeira delas, poderão participar todos os 20 candidatos selecionados inicialmente. Nessa etapa, serão realizados cinco encontros de formação ao longo do mês de maio, voltados para as seguintes temáticas: Modelo de Negócios e Startup Enxuta; e Design Thinking e Análise de Mercado.

 

Já a segunda fase será destinada a cinco participantes, que serão escolhidos, por meio de uma seleção interna, entre aqueles que cursarem a primeira etapa. Os temas deste segundo momento, que será realizado através de três encontros no mês de junho, serão Treinamento de Pitch e Banca de Apresentação de Pitch.

 

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Banco do Nordeste lança Crediamigo Digital e agiliza atendimento ao cliente em tempos de pandemia

 

Crediamigo Digital é a nova estratégia que o Banco do Nordeste lançou, nesta sexta-feira, 9, visando deixar mais ágil a experiência dos clientes do maior programa de microfinanças da América do Sul.

 

Dentre as principais funcionalidades da plataforma Crediamigo Digital, que agregam mais praticidade ao atendimento e evitarão o deslocamento do cliente às agências e às unidades do BNB, destacam-se a inclusão do Pix/QR Code no App Crediamigo, o WhatsApp Crediamigo e a Assinatura Eletrônica.

 

A apresentação das inovações ao público foi feita por meio de evento on-line, realizado a partir da sede da empresa, em Fortaleza, obedecendo aos protocolos sanitários e transmitido pelo canal do Banco do Nordeste no Youtube.

 

Para o presidente do BNB, Romildo Rolim, “o Crediamigo Digital é um esforço do Banco no sentido de atender de forma ágil as necessidades do cliente do programa, incorporando funcionalidades que oferecem segurança e ao mesmo tempo criam a comodidade do não deslocamento, o que, em tempos de pandemia, é um relevante diferencial”.

 

Funcionalidades

 

A Assinatura Eletrônica, por exemplo, permitirá aos clientes do Crediamigo, sem sair de casa ou do local de seu negócio, selecionar a operação de crédito no App Crediamigo e assinar contratos de empréstimos de operações individuais ou em grupo. Por meio remoto, o cliente visualizará a lista de documentos a serem assinados, concluindo com a assinatura eletrônica do contrato.

 

Já o WhatsApp Crediamigo, que terá um único número para todos os estados (85.9973-0700), possibilitará ao cliente acessar o chatbot ou interagir com os agentes do programa por meio da ferramenta chat, agilizando o atendimento de forma virtual. Oferecerá, ainda, condição para o cliente confirmar propostas de renegociação e tirar dúvidas sobre crédito, pagamentos, conta corrente, cartão de débito, internet banking, além de link para baixar o App Crediamigo.

 

O App Crediamigo passa também a contar com a funcionalidade Pix/QR Code. Isso integrará o Crediamigo às transações instantâneas, 24 horas por dia, em qualquer dia da semana, durante os 365 dias do ano, por intermédio do cadastro de uma chave (e-mail do cliente, CPF ou chave aleatória). Gratuitas, as transações por meio do Pix são processadas pelo Banco Central e protegidas por segurança bancária.

 

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Com a aceleração da vacinação, 54% dos pequenos negócios podem retomar faturamento até 18 de agosto

 

 

Um estudo feito pelo Sebrae a partir de dados da Fiocruz e do cronograma para a entrega de vacinas do Ministério da Saúde e dados populacionais do IBGE prevê que, acelerandoo ritmo de vacinação, até o próximo dia 18 de agosto, cerca de 9,5 milhões de pequenos negócios podem ter retomado o nível de atividade equivalente ao registrado antes da pandemia. Isso representa cerca de 54% do universo de microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas brasileiros. São negócios que atuam principalmente nos setores relativamente menos atingidos pela crise e que teriam uma reação mais rápida ao contexto de imunização da população: Comércio de Alimentos, Logística, Negócios Pet, Oficinas e peças, Construção, Indústria de base Tecnológica, Educação, Saúde e bem-estar e Serviços Empresariais.

 

De acordo com especialistas, o SUS tem capacidade de aplicar 3,04 milhões de doses diárias. Atualmente, o ritmo de vacinação está próximo a 700 mil doses/dia. De acordo com o estudo do Sebrae, chegando próximo à capacidade do SUS, até o dia 24 de maio 100% dos idosos com mais de 60 anos e dos profissionais da saúde estariam imunizadoscom duas doses da vacina. No dia 6 de julho, esse grupo seria ampliado com o restante dos grupos prioritários, que incluem profissionais da educação, segurança, transportes, industriais e pessoas com comorbidades.

 

Assumindo que a vacinação seguiria por grupos de idade, no dia 18 de agosto, 100% das pessoas com mais de 40 anos teriam sido imunizadas. Também nessa data, chegaríamos a dois terços da população imunizada com duas doses. “Sabemos que a vacina é o único meio capaz de devolver a economia ao eixo da normalidade. Por isso, apoiamos todas as iniciativas que têm sido adotadas para ampliar a disponibilidade de vacinas para a população. Quanto mais rápido imunizarmos todos os brasileiros, mais rápida será a retomada dos pequenos negócios”, comenta o presidente do Sebrae, Carlos Meles.

 

Ainda de acordo com o estudo realizado pelo Sebrae, outros setores da economia, pelas suas particularidades, retornariam mais lentamente ao estágio verificado antes do início da pandemia. É o caso dos segmentos de Bares e Restaurantes, Artesanato e Moda, que só retomariam esse nível de atividade por volta do dia 11 de outubro, quando 100% das pessoas com mais de 25 anos estariam imunizadas. Já o setor de Beleza só alcançaria o estágio de faturamento equivalente ao pré-pandemia em 27 de outubro. Segundo o estudo feito pelo Sebrae, os setores de Turismo e Economia Criativa devem demorar ainda mais, voltando ao patamar de faturamento anterior à pandemia apenas em 2022, mesmo que 100% da população já tenha sido vacinada até dezembro desse ano.

 

“A pandemia mudou muitos dos hábitos de consumo da população. Mesmo com o avanço significativo da vacinação, alguns comportamentos não serão alterados rapidamente. A tendência é que o consumo por meio da internet continue em alta. Assim como é esperado que as pessoas continuem evitando grandes concentrações ainda por algum tempo. Por esse motivo, atividades como Economia Criativa e Turismo levarão um tempo maior para voltar ao mesmo padrão de faturamento anterior à crise”, comenta o presidente do Sebrae.

 

Socorro aos pequenos negócios

 

Enquanto acompanha a evolução da vacinação e a gradativa retomada dos diferentes setores da economia, o Sebrae estruturou um plano de apoio aos pequenos negócios, dividido em três fases. A primeira – que é o momento atual de Isolamento – prevê uma série de ações voltadas a apoiar os pequenos negócios na abertura de novos mercados (digitalização das empresas), melhorar as finanças do negócio e desenvolver ações junto ao Congresso e ao governo para melhoria das políticas públicas.

 

“No aspecto do Mercado, estamos negociando com o Facebook, iFood, Magazine Luiza e Amazon para impulsionar a participação do Pequenos Negócios nas grandes plataformas digitais de negócios. Quanto à melhoria das finanças das empresas, estamos orientando os empreendedores sobre como renegociar os empréstimos adquiridos via Pronampe no ano passado, assim como efetuar a portabilidade de dívidas e acessarcrédito junto à Caixa, com quem o Sebrae tem parceria para crédito, ou por meio de fintechs, que já oferecem financiamento para esse público. Por fim, depois da aprovação do novo Auxílio Emergencial e da extensão do prazo para pagamento dos tributos do Simples Nacional, estamos trabalhando agora junto ao Congresso e governo pela aprovação do Pronampe permanente, pela renovação das MPsque flexibilizaram as regras trabalhistas e pela renegociação das dívidas tributárias”, comenta Carlos Melles.

 

Na fase 2, que é o estágio da flexibilização das medidas de isolamento social, o Sebrae vai reforçar a atenção dos pequenos negócios quanto à importância de continuar observando os protocolos de higiene e saúde e vai abrir espaço também para orientar os empreendedores na renegociação de dívidas e empréstimos, bem como a remodelagem das empresas. “Muitos empresários e empresárias vão precisar reformular seus modelos de negócio para continuarem em operação”, diz o presidente do Sebrae.

Por fim, na fase 3, que é o período pós-vacina, o Sebrae vai trabalhar para apoiar os novos negócios que deverãosurgir. Além disso, o foco deve voltar para uma questão estrutural da economia brasileira, a partir da melhoria produtividade das empresas, e para incentivara inteligência de negócios, para que o pequeno empreendedor possa se preparar para um mercado consumidor em constante mudança. “Nossa expectativa é que, no momento em que a população esteja vacinada, muitos empreendedores que fecharam as portas por conta da crise resolvam abrir novas empresas, assim como devem surgir novos empresários, movidos pelas oportunidades que serão criadas nesse novo momento da sociedade e da economia”, avalia Carlos Melles.

 

Agência Sebrae

 

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Inflação acumula alta de 6,10% em 12 meses e supera teto da meta para 2021

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,93% em março, acima da taxa de 0,86% registrada em fevereiro. Com essa aceleração, o indicador acumulado em 12 meses estourou o teto da meta do governo para a inflação no ano, algo que não acontecia há quatro anos. É o que apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

A taxa de 0,93% “é o maior resultado para um mês de março desde 2015, quando foi registrada inflação de 1,32%”, destacou o IBGE. Os principais impactos na inflação do mês vieram dos aumentos nos preços de combustíveis (11,23%) e do gás de botijão (4,98%).

 

Salto de 6,10% em 12 meses

 

No ano, o IPCA acumula alta de 2,05%. Já em 12 meses, a inflação acumula alta de 6,10%, acima dos 5,20% observados nos 12 meses imediatamente anteriores e a maior para esse intervalo de tempo desde dezembro de 2016, quando ficou em 6,29%.

 

A taxa em 12 meses ficou pela primeira vez no ano acima do limite superior da meta de inflação estabelecida para este ano – o centro da meta é de 3,75%, podendo variar entre 2,25% e 5,25%. Segundo o IBGE, a última vez que o indicador ultrapassou o teto da meta do Banco Central foi em novembro de 2016, quando ficou em 6,99%. Naquele ano, o teto da meta era de 6,5%.

 

Apesar de estourar o teto da meta para o ano, o IPCA veio abaixo das expectativas. Pesquisa da Reuters apontou que a projeção de analistas era de alta de 1,03% em março, acumulando em 12 meses alta de 6,20%.

 

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Sindicato potiguar projeta novo aumento no gás de cozinha

 

G1/RN – O botijão de gás de cozinha vai subir mais uma vez de preço e passará a custar entre R$ 95 e R$ 100 no Rio Grande do Norte. A projeção foi confirmada pelo Sindicato dos Revendedores Autorizados de Gás Liquefeito de Petróleo (Singás-RN).

 

O valor vai sofrer novo reajuste em função do aumento, pela Petrobras, de quase 5% no preço médio de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP) para as distribuidoras. Segundo a estatal, o preço passa a ser de R$ 3,21 por quilo, o que é equivalente a R$ 41,68 por 13 quilos.

 

De acordo com o presidente do Singás-RN, Francisco Correia, esse é o quarto aumento apenas em 2021. Ele informou que o preço já vai ser reajustado nesta segunda.

 

No início de janeiro, a variação do preço era de R$ 85 a R$ 90 no Rio Grande do Norte. O último aumento aconteceu no início de março, levando o preço a até R$ 97. Como comparação, em junho de 2020, o gás custava na casa dos R$ 70 a R$ 76.

 

A Petrobras disse em nota que o aumento na venda do GLP se dá porque os preços praticados “têm como referência os preços de paridade de importação e, dessa maneira, acompanham as variações do valor do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”.

 

A estatal também pontou que o “alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento“.

 

No mês passado, o presidente Jair Bolsonaro editou um decreto no qual zerou as alíquotas de PIS e Cofins que incidem sobre óleo diesel e gás de cozinha com o objetivo de conter o avanço do preço dos combustíveis.

 

Apesar das medidas, as distribuidoras de gás alertaram que não estavam conseguindo repassar para as revendedoras a isenção de tributo concedia pelo governo federal para o botijão de até 13 quilos.

 

Segundo a Associação Brasileira de Entidades de Classe das Revendas de Gás LP (Abragas), o repasse da isenção não estava ocorrendo porque, ao emitir a nota fiscal, a Petrobras não sabia qual volume de gás será envasado – o benefício fiscal vale apenas para o botijão de até 13 quilos.

 

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Extensão do auxílio emergencial deve abranger cerca de 39% dos MEIs do RN

 

O Governo Federal anunciou o início do calendário para pagamentos da extensão do Auxílio Emergencial 2021 para a próxima terça-feira 6. E os Microempreendedores Individuais (MEI) estão entre os públicos contemplados nessa nova fase de repasses e já recebem o recurso aqueles nascidos em janeiro e que se inscreveram pelos meios digitais da Caixa. O benefício será pago em quatro parcelas mensais entre R$ 150,00 e R$ 350,00 dependendo de alguns critérios. Em todo o Rio Grande do Norte, mais de 57 mil MEIs receberam esse aporte financeiro no ano passado e parte desse quantitativo terá direito a receber as parcelas dessa extensão do auxílio.

 

O cronograma segue o que foi implementado no ano passado, com um escalonamento por mês de nascimento para as pessoas receberem o crédito na Conta Social Digital da Caixa já na próxima terça 6 e outro para os saques das quatro parcelas previstas. O calendário de créditos segue até o dia 30 deste mês, para os nascidos em dezembro. Os saques dessa primeira parcela estarão disponíveis a partir de 4 de maio.

 

Na avaliação do gerente do Escritório Metropolitano do Sebrae no Rio Grande do Norte, Thales Medeiros, o pagamento do auxílio deverá reaquecer as vendas de pequenos negócios, sobretudo aqueles comércios de bairro, como mercadinhos, farmácias e padarias, por exemplo, e também os estabecimentos em cidades pequenas do interior do Estado. “A injeção desses recursos, que somam no total R$ 44 bilhões, dará uma nova dinâmica na economia do país e poderá desafogar a situação da população de menor poder aquisitivo, e, por consequência, dará um ânimo nas vendas dos donos de pequenas empresas, que já sofrem os impactos das medidas restritivas de controle a essa segunda onda da pandemia da Covid-19”, avalia Thales.

 

A opinião do gerente do Sebrae-RN é fundamentada nos anseios dos proprietários de empresas de pequeno porte, público que a instituição tem como prioritário para dar apoio e orientação empresarial. Pesquisa feita pelo Sebrae Nacional e Fundação Getúlio Vargas (FGV) com donos de pequenos negócios do Rio Grande do Norte, em fevereiro, apontou que a extensão do auxílio emergencial foi a segunda política pública mais solicitada por 32% dos empreendedores potiguares entrevistados, atrás apenas da ampliação das linhas de crédito (lembrada por 41% dos empreendedores). Entre os microempreendedores individuais (MEI) de todo o país a extensão do auxílio teve maior adesão, sendo citada por 36% desse público de acordo com o levantamento.

 

Dos 72.481 microempreendedores potiguares que solicitaram o auxílio no ano passado, 57.411 receberam as parcelas da primeira fase. Isso representa 39,2% do total de MEIs registrados no Rio Grande do Norte. Atualmente, o estado conta com 146.265 negócios registrados nessa categoria jurídica.

 

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Petrobras aumenta preço do gás de cozinha em 5%

 

A Petrobras confirmou o aumento de preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) em 5% ou R$ 0,15 por quilo. O novo valor será cobrado nas distribuidoras a partir desta sexta-feira (2) e vale tanto para indústria como para uso doméstico. O gás de cozinha passará a custar R$ 3,21 o quilo.

 

Esse é quarto reajuste realizado pela petrolífera desde o início do ano. Em resposta à CNN Brasil, a companhia reiterou que os preços nas refinarias têm como referência os preços de paridade de importação, variando de acordo com as cotações do dólar e do petróleo.

 

O último reajuste realizado pela Petrobras foi em 1º de março, o que deixou o preço do botijão de gás de cozinha praticamente estável em R$ 83,25, frente à média de R$ 83,18 uma semana antes. O valor mais alto da história do combustível foi encontrado na região Centro-Oeste, a R$ 120,00, mesmo após os impostos federais serem zerados para o botijão de 13 quilos de GLP.

 

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Decreto em vigor até esta sexta (02) será prorrogado até o dia 4 de abril

 

O Governo do Rio Grande do Norte vai editar um novo decreto com medidas para reduzir a transmissão do coronavírus e manter o sistema de saúde em nível seguro, sem riscos de colapso. As medidas foram adotadas depois de uma série de reuniões com os diversos segmentos da sociedade e levaram em consideração os indicadores de monitoramento da Covid no Rio Grande do Norte e o contexto da economia local. O prazo de vigência do decreto 30.419/2021, que só permite o funcionamento dos serviços essenciais, foi prorrogado por mais dois dias, até 04 de abril, quando o novo entra em vigor e ficará em vigência até o dia 16 de abril.

 

Os detalhes do novo decreto foram alinhados nesta quarta-feira (30) em reunião do Governo do Estado com os Ministérios Públicos Federal, Estadual e do Trabalho; a diretoria da Federação dos Municípios e presidentes de associações municipais.

 

Faço um apelo aos prefeitos e prefeitas, ao setor empresarial e, lógico, à própria população, para que nos ajudem no cumprimento dos protocolos sanitários. Com união e a solidariedade de todos, vamos atravessar esse momento mais doloroso. É fato que estamos reduzindo o número de casos e diminuindo o pedido por leitos em decorrência do êxito dos decretos anteriores, mas o atual cenário ainda inspira muitos cuidados e devemos ficar em alerta”, disse a governadora Fátima Bezerra.

 

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