Economia

Governo federal define reajuste de 10,89% nos preços de medicamentos

 

Os medicamentos vendidos no Brasil passarão, nesta semana, por novo reajuste de preços. De acordo com o Sindicato dos Produtos da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma), o aumento acordado pelo governo federal é de 10,89%.

 

A modificação passa a valer, possivelmente, a partir desta quinta-feira (31/3). A definição do valor é de incumbência da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), comissão interministerial coordenada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

“O reajuste não é automático nem imediato, pois a grande concorrência entre as empresas do setor regula os preços: medicamentos com o mesmo princípio ativo e para a mesma classe terapêutica (doença) são oferecidos no país por vários fabricantes e em milhares de pontos de venda”, explica nota do Sindusfarma.

 

O reajuste pode afetar cerca de 13 mil apresentações de medicamentos existentes no mercado varejista brasileiro.

 

As farmácias e drogarias, assim como laboratórios, distribuidores e importadores, não podem cobrar pelos medicamentos preços acima do permitido pela CMED.

 

Metrópoles

 

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Água mineral terá aumento e garrafão de 20 litros vai custar até R$ 12 no RN

 

Os empresários das fontes de água mineral anunciam para a próxima segunda-feira (28) um aumento em torno de 20% no produto que sai da indústria. Com isso, o valor do garrafão da água mineral ficará entre R$8 e R$12 para o consumidor final. O aumento percentualmente variará entre 15 a 25%.

 

De acordo com Roberto Serquiz, presidente do Sindicato das Águas Minerais e Bebidas em Geral do RN (Sicramirn), o setor já vinha absorvendo uma série de aumentos, mas a situação econômica de inflação em que vive o Brasil impactou diretamente o custo de produção. “Todo esse cenário de inflação impacta no custo da produção da água mineral. Tivemos aumentos sucessivos nos insumos, energia, combustível. E, para agravar, o alto índice recentemente aplicado na gasolina e diesel tornou insustentável a manutenção do valor que vínhamos praticando”, relata Serquiz.

 

O preço médio dos combustíveis no Brasil ficou ainda mais caro nesta segunda semana de março, segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O aumento é o segundo de 2022, depois da alta promovida em 12 de janeiro, e é o maior desde janeiro de 2021, segundo levantamento de petroleiros. Na ocasião, os combustíveis foram reajustados pelos percentuais de 18,8% na gasolina e 24,9% no diesel. Desde então, a Petrobras já aumentou 13 vezes o preço da gasolina e 11 vezes o do diesel.

 

Já o custo da energia elétrica no Brasil, acumulou uma alta de 24,97% em 2021, segundo números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram coletados entre 15 de setembro e 13 de outubro do ano passado.

 

“Diante de toda esta situação, nos vimos agora obrigados a praticar reajuste no nosso produto, que tem sofrido diretamente com essa bolha inflacionária, impactando em toda a nossa cadeia produtiva, desde o envase até a distribuição”, pontua Serquiz.

 

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Contas de luz deverão ficar mais caras com alta do diesel

 

O efeito da alta dos combustíveis não vai se restringir às bombas dos postos de gasolina ou às prateleiras dos supermercados, inflacionadas com o custo do transporte. A conta de luz também vai subir. O governo e órgãos do setor elétrico ainda fazem as contas, uma equação complicada em função da volatilidade diária que domina os preços dentro e fora do Brasil, mas o fato é que o preço do óleo diesel subiu, e esse repasse é inevitável para bancar as operações de usinas térmicas movidas pelo combustível.

 

Essas usinas, que são as mais caras de todas as fontes de geração, já foram acionadas à exaustão até o fim do ano passado, por causa da crise hídrica. Com as chuvas de verão, parte delas foi desligada, mas ainda assim há centenas que continuam em operação, por dois motivos: o primeiro é que essa geração ajuda a preservar os reservatórios das hidrelétricas para que eles atravessem o período seco; o segundo é que as térmicas a óleo são, basicamente, a única fonte de energia elétrica em centenas de municípios do Brasil que ainda não estão conectados ao sistema nacional de transmissão de energia.

 

Seja qual for o motivo de acionamento das usinas a óleo, quem paga mais essa conta é o consumidor. Cada centavo gasto por essas térmicas é bancado por um encargo embutido na conta de luz, a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). No fim do ano passado, já se previa que as despesas com o encargo subiriam 21% neste ano, chegando a R$ 10,3 bilhões, justamente em função do aumento dos preços dos combustíveis. Agora, em decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia e das dificuldades de se prever os impactos nos preços dos combustíveis, não se sabe exatamente onde isso vai parar.

 

UOL

 

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Pão francês e macarrão vão subir de preço por causa da guerra

 

A Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) afirmou, nesta segunda-feira (14/3), por meio de nota, que os preços dos produtos devem subir nas próximas semanas. No entanto, não há previsão de data e de quanto será o aumento.

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A entidade explica que, em decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, os embarques dos dois países, que respondem por 30% das exportações mundiais de trigo, estão suspensos.

 

“A Rússia é o maior exportador de trigo do mundo e tem sido afetado economicamente pelo conflito com a Ucrânia – juntos, os dois países respondem, em média, por 30% das exportações mundiais de trigo”, aponta a nota.

 

O comunicado diz que, além da queda na oferta de trigo, fator da alta dos preços, “o desabastecimento tem a ver com dificuldades logísticas – a guerra fechou portos, interrompeu o transporte – e com a queda da produção ucraniana da commodity”.

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Segundo a associação, o Brasil produz menos da metade do trigo consumido e precisa importar grandes quantidades do grão de países do Mercosul – sobretudo da Argentina –, do Canadá e dos Estados Unidos.

 

“A elevação do preço do grão, impacta diretamente os valores de produção para os fabricantes das categorias representadas pela Abimapi. Nas massas, em média, 70% do custo é de farinha. Nos biscoitos, o peso é de 30%, e nos pães e bolos industrializados, de 60%”, destaca.

 

Preço repassado

 

A Abimapi diz que os fabricantes vão começar a sentir a disparada da cotação do trigo e isso será repassado aos consumidores.

 

“O consumidor brasileiro deve começar a sentir os efeitos em breve, quando as indústrias comprarão as novas safras. As indústrias estão com estoques relativamente curto, pois estão no início da entressafra de trigo, lembrando que o produto acabado também não tem estoques e que varia muito de empresa para empresa. De todo modo, este repasse tende a ser gradual, pois não há espaço para elevar os preços de uma só vez para o consumidor final”, afirma.

 

Segundo o Banco do Nordeste, o Brasil é o 16° produtor, sétimo importador e 11° consumidor mundial de trigo. A previsão da produção brasileira de trigo para a atual safra de 2021 é de 7,7 milhões de toneladas, ou seja, cerca de dois terços do consumo nacional (66,2%), cuja média gira em torno de 11,6 milhões por ano.

 

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Petrobras reajusta preços da gasolina, diesel e gás de cozinha

 

Em meio à disparada dos preços do petróleo, a Petrobras anunciou nesta quinta-feira (10) reajustes nos preços de gasolina e diesel após quase 2 meses de preços congelados nas refinarias. “Após 57 dias sem reajustes, a partir de 11/03/2022, a Petrobras fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras”, informou a estatal, em comunicado.

 

A partir desta sexta-feira (11), o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%. Para o GLP, o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras foi reajustado em 16,1%, e passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg.

 

O produto não era reajustado há 152 dias. “Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”, justificou a Petrobras, acrescentando que decidiu não repassar de imediato a volatilidade decorrente da guerra na Ucrânia.

 

“Esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia. Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade”, acrescentou a estatal.

 

O mercado segue de olho em medidas do governo para conter a alta dos preços dos combustíveis para os consumidores. Sem consenso para a análise, o Senado adiou na quarta-feira (9), pela terceira vez, a votação de dois projetos com o objetivo de conter a alta de preços dos combustíveis.

 

G1

 

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FGTS: saque-aniversário é liberado nesta quarta

 

Após a suspensão de atividades e pagamentos durante de Carnaval, a Caixa Econômica informou que o saque-aniversário do Fundo de Garantia por tempo de Serviço (FGTS) — modalidade de retirada anual de parte dos recursos do fundo — para trabalhadores nascidos em março será liberado na Quarta-Feira de Cinzas (2).

 

O depósito dos recursos também será feito no dia 2, segundo a Caixa. Geralmente, os pagamentos começam no dia 1 de cada mês. Mas desta vez o feriado adiou seu início. Os trabalhadores nascidos em março também podem aderir o saque-aniversário para retirar o dinheiro ainda neste ano. Para isso, é preciso comunicar à Caixa Econômica Federal sua adesão à modalidade.

 

Os interessados podem fazer a solicitação e receber parte do saldo do FGTS ainda em 2022. Pelas regras do sistema, os saques podem ser efetuados a partir do primeiro dia útil do mês de aniversário e até dois meses após o mês de nascimento do trabalhador – por exemplo, quem nasceu em março pode sacar do início do mês até 31 de maio.

 

O prazo para aderir é o último dia do mês de aniversário, e a opção precisa ser comunicada à Caixa. A solicitação pode ser feita pelo site da Caixa, pelo aplicativo do FGTS. pelo internet banking da Caixa ou nas agências.

 

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Preço de botijão de gás subiu quase 50% no Brasil durante a pandemia

 

Durante a pandemia, o preço do botijão de gás para o consumidor já aumentou quase 50%. Uma comparação feita pelo EXTRA com base em dados da Agência Nacional de Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revela que o preço médio do GLP saltou de R$ 69,74 em janeiro de 2020 para R$ 102,27, na primeira semana de fevereiro deste ano. Em alguns locais, o botijão é encontrado por até R$ 140.

 

Uma análise feita pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) mostra que a margem bruta da Petrobras foi o que mais contribuiu para o aumento, com alta de 83,05% entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021.

 

A margem bruta de revenda, no mesmo período, apresentou aumento de 41,93%. A explicação seria o repasse de custos maiores com logística, diante da alta dos combustíveis. Enquanto isso, os tributos aumentaram 17,12%.

 

“Nós temos 35 milhões de botijões vendidos por mês, entregues de porta em porta. O custo principal é com distribuição e segurança”, analisa Mello: “Em relação aos impostos, devemos recordar que a carga poderia ser maior se o PIS/Cofins não tivesse sido zerado. Acreditamos que a carga do ICMS sobre os botijões tem que ser revista, devido à sua relevância social, já que é aplicada uma alíquota de 14%, enquanto produtos da cesta básica são tributados apenas em 4%.”

 

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Contribuição mensal do MEI a vencer no dia 21 vem com reajuste de 5%

 

Os donos de negócios registrados como Microempreendedor Individual (MEI) devem ficar atentos e se programarem para o cumprimento de suas obrigações mensais. A partir deste mês, o boleto de contribuição mensal – o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) – virá atualizado. A guia de janeiro foi reajustada de acordo com o novo salário mínimo e já vencerá no próximo dia 21 de fevereiro. Para visualizar o boleto, o empreendedor deve acessar o novo site que substitui o Portal do Empreendedor no endereço https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/empreendedor/.

 

O ajuste da contribuição com os novos valores foi confirmado pelo Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), que publicou resolução, no dia 26 de janeiro deste ano, especificando os montantes a serem recolhidos dos negócios enquadrados nessa categoria jurídica. Do total, R$ 60,60 serão destinados ao INSS e equivalem a 5% do valor do salário mínimo em vigor no país (R$ 1.212,00).

 

Se a empresa for do setor de serviços, serão acrescidos mais R$ 5,00 referentes ao Imposto Sobre Serviço (ISS). Já aqueles negócios com atividades comerciais, nas quais incide o Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), o acréscimo é de apenas R$ 1,00, que são recolhidos pela venda de mercadorias no comércio ou na indústria.

 

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Imposto de Renda 2022: Saiba quais os documentos você já precisa separar para realizar sua declaração

 

Estamos chegando na metade do mês de fevereiro, mas já é bom ir se preparando para fazer a sua Declaração de Imposto de Renda.

 

Mesmo que ainda não tenha sido divulgado oficialmente pela Receita Federal quando começará os recebimentos das informações referente ao calendário 2021, a mesma orienta que o cidadão comece a organizar os documentos para evitar imprevistos e agilizar o processo.

 

Visto que existem situações em que o cidadão necessita solicitar segunda via de documentos, o que não ocorre de imediato e muitas vezes, podem demorar alguns dias.

 

Com os documentos em mãos, você permite que o envio da declaração seja feito assim que liberar o programa de preenchimento e transmissão de dados.

 

Vale destacar, que quanto mais cedo se envia os dados mais tempo tem para fazer correções, além da vantagem, caso tenha restituição a receber, geralmente, as primeiras declarações enviadas,  são as incluídas nos primeiros lotes liberados.

Revise bem os seus documentos

 

Também é importante salientar que a organização prévia dos documentos, reduz o risco de enviar dados errados. E na hora de fazer a declaração deve-se cuidar para preencher todas as informações corretamente, desse modo,  evita-se de cair na malha fina.

 

Mesmo que a lista de informações necessárias não seja exatamente a mesma, os documentos necessários, normalmente, são: os informes de rendimentos; os gastos relativos  a educação e à saúde; os dados e as despesas referentes aos dependentes; as escrituras de imóveis; os documentos de veículos; e os extratos de investimentos.

 

Também é importante separar os informes de aluguéis e de bens móveis e imóveis se tiver recebido, além de gastos com IPTU.

Resumindo, comece a organizar:

 

  • Informe de rendimentos da empresa em que você trabalha ou trabalhou no ano anterior
  • Informe do saldo de suas contas (conta corrente ou poupança) em 31/12/2021
  • CPF, título de eleitor e endereço completo
  • CPF do cônjuge  no caso  de casamento
  • Nome completo e CPF dos dependentes, se houver
  • Dados de bens automóveis, imóveis, aplicações entre outros

 

Com essas informações você já pode ficar mais tranquilo. Mas lembrando que a documentação completa para envio depende de cada caso. Por isso, certifique-se de que está informando tudo o mais correto possível. E que mudanças podem ocorrer, por isso preste atenção aos informes da Receita Federal, havendo dúvida consulte um profissional especializado.

 

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Governo Bolsonaro: Inflação explode e é a maior desde janeiro de 2016

 

Sob o governo de Jair Bolsonaro a vida se torna mais cara dia após dia. É o que mostra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) de janeiro, divulgado na manhã desta quarta-feira (9).

 

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o IPFA para o mês de janeiro foi de 0,54%, a maior variação para um mês de janeiro desde janeiro.

 

Nos últimos 12 meses, o IPCA acumulou alta de 10,38%, acima dos 10,06% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2021, a variação mensal foi de 0,25%.

 

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em janeiro. O setor de Alimentos e Bebidas teve alta de 1,11% e foi o responsável pelo maior impacto no índice do mês (0,23 p.p).

 

Os alimentos com maiores altas foram as frutas (3,40%) e as carnes (1,32%).

 

Os preços do café (4,75%) subiram pelo 11º mês consecutivo, acumulando alta de 56,87% nos últimos 12 meses.

 

Além do café, outros produtos base da alimentação brasileira registraram alta: cenoura (27,64%), cebola (12,43%), a batata-inglesa (9,65%) e o tomate (6,21%).

 

O levantamento completo pode ser conferido aqui.

 

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Valor do Auxílio Brasil não cobre nem uma cesta básica

 

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realizou um levantamento em 17 capitais brasileiras e chegou a conclusão de que o valor médio do Auxílio Brasil não seria suficiente para comprar uma cesta básica em nenhuma delas. O resultado do levantamento foi divulgado na última segunda-feira (7).

 

O valor médio do benefício é de R$ 407,54. Em Aracaju (SE), capital em que a cesta básica foi encontrada pelo menor valor, ela sai por R$ 507,82, em média.

 

Salvador aparece como a terceira capital com a cesta básica mais barata, custando, em média, R$ 540,01. Na capital baiana, houve um aumento de 4,21% entre o preço médio da cesta em dezembro e janeiro.

 

A maior alta dentre os produtos da cesta básica foi do café em pó.

 

O preço médio do café subiu em todas as capitais analisadas em janeiro deste ano. O açúcar também subiu de preço.

 

Uol

 

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Com altas da luz e da gasolina, arrecadação do ICMS bate recorde

 

Dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) mostram que a arrecadação dos estados com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) bateu recorde em 2021 ao atingir R$ 637 bilhões, com alta de 22,6% em relação ao ano anterior.

 

Um aumento desse nível não é registrado desde 1999. Alguns dos fatores que contribuíram para o crescimento da arrecadação dos governos estaduais foram a alta dos preços dos combustíveis e da energia elétrica e a retomada das atividades comerciais após o período de restrições imposto pela pandemia da Covid.

 

O tributo foi incluído na discussão sobre o preço de combustíveis em 2022, no ano eleitoral. O presidente Jair Bolsonaro defende a redução da alíquota pelos governadores para baratear o preço.

 

Na última quinta-feira (27/1), os chefes dos Executivos estaduais decidiram congelar a cobrança por mais dois meses. O acordo tem validade até o dia 31 de março.

 

O ICMS é regulamentado pela Lei Kandir e representa um tributo estadual cujos valores são definidos pelos respectivos estados e Distrito Federal. É o imposto que incide quando um produto ou serviço tributável circula entre cidades, estados ou de pessoas jurídicas para pessoas físicas (como quando um cliente compra um móvel em uma loja, por exemplo).

 

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Gasolina ultrapassa barreira dos R$ 8 pela primeira vez

 

O preço médio da gasolina ficou praticamente estável nos postos brasileiros nesta semana, mas pela primeira vez a pesquisa de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) detectou o produto sendo vendido a mais de R$ 8 por litro.

 

Na média nacional, a gasolina custou R$ 6,658 por litro nesta semana, um pouco abaixo dos R$ 6,664 verificados na semana passada. A estabilização ocorre após dois aumentos em resposta a reajuste de 4,85% promovido pela Petrobras no dia 11 de janeiro.

 

Em Angra dos Reis, no litoral sul do Rio de Janeiro, a agência encontrou a gasolina mais cara do país: R$ 8,029 por litro. O valor foi detectado em um dos sete postos pesquisados no município. Na média, a gasolina na cidade custa R$ 7,759 por litro.

 

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Luz cara faz 22% atrasarem conta para comprar comida

 

A catadora de latinhas Valquíria Cândido da Silva, 47, mora em uma casa pequena no Grajaú (zona sul de SP), com o marido e quatro filhos. Com renda familiar de R$ 2.000, ela teve de deixar de pagar a conta de luz para fazer a compra de alimentos do mês.

 

A fatura de energia, que antes da pandemia não passava de R$ 60, bateu R$ 370 neste mês. A de água saltou de R$ 30 para R$ 200. “Não tive escolha. A conta não para de subir e está tão alta que tive de adiar o pagamento para poder ter o que comer em casa”, disse Valquíria.

 

“Não paguei a água e cortei outros gastos também, como roupa e lazer. Trabalho para as contas. Os meninos estão na escola, temos gastos com eles, e, por isso, estou economizando em quase tudo.”

 

Nos planos está a construção de um fogão a lenha para evitar pagar mais de R$ 100 por um botijão de gás. Também entrou no radar a captação de água de chuvas para lavar roupas e tomar banhos de bacia.

 

Valquíria faz parte do grupo de 22% dos brasileiros que, diante da disparada das tarifas de energia e água, têm trocado o pagamento da conta de luz pela compra de alimentos básicos, como arroz e feijão.

 

É o que mostra pesquisa feita pelo Ipec para o iCS (Instituto Clima e Sociedade). Entre 11 e 17 de novembro de 2021, o instituto entrevistou 2.002 pessoas com 16 anos ou mais em todas as regiões do país.

 

O levantamento mostrou que o aumento da energia comprometeu, em média, metade do orçamento de um quarto dos brasileiros de baixa renda (até cinco salários mínimos –hoje, R$ 6.060).

 

A energia corroeu ao menos 25% dos vencimentos de metade da população brasileira.

 

No geral, 4 entre 10 brasileiros reduziram despesas deixando de comprar roupas, sapatos e eletrodomésticos para arcar com a luz. A população de baixa renda é a que mais contribuiu com o resultado.

 

Os cortes de despesas foram mais severos no Nordeste e no Centro-Oeste, onde 1 em cada 4 habitantes (28% e 27%, respectivamente) postergou o pagamento para ir ao supermercado.

 

Em Brasília, Ivânia Souza Santos, 38, ainda não sabe como conseguirá pagar a luz. Desempregada, ela, o marido e três filhos pequenos moravam em uma ocupação próxima ao Planalto, mas foram expulsos com outras famílias.

 

Com o auxílio mensal de R$ 600 pago pelo governo do Distrito Federal, ela alugou um apartamento pequeno –quarto e sala– de um prédio em Itapuã, bairro afastado da capital federal.

 

No edifício, três unidades compartilham um mesmo medidor de luz e dividem as despesas. “Em outubro, o governo parou de pagar e, agora, não tenho como quitar essa conta”, afirma Ivânia.

 

Ela diz ter pedido um empréstimo a uma amiga para saldar o aluguel. “Com o que sobrou, comprei mantimentos. A conta de luz está atrasada.”

 

O fornecimento só não foi interrompido porque os demais apartamentos realizaram o pagamento e Ivânia ficou como devedora dos moradores.

 

A energia subiu demais porque a falta de chuva, que fez o ano de 2021 entrar para a história como o mais seco dos últimos 91 anos, reduziu o volume de água nas hidrelétricas.

 

Por isso, desde o início de 2021, o governo autorizou com mais regularidade a contratação de energia produzida por termelétricas movidas a diesel, carvão e outros combustíveis fósseis, que cobraram mais de R$ 2.000 o MWh (megawatt-hora), quase dez vezes o preço de referência.

 

O governo também permitiu a importação de energia por preços similares.

 

O resultado dessa política para o consumidor foi uma alta na tarifa duas vezes acima da inflação medida pelo IPCA, de acordo com o iCS.

 

Os cálculos, segundo o físico Roberto Kishinami, coordenador sênior de energia do instituto, não levaram em conta as bandeiras tarifárias e as medidas para contornar a crise hídrica que, em ano eleitoral, serão deixadas como herança para o próximo governo.

 

Em valores médios, a luz (tarifa mais impostos) subiu 1,32 vez mais que o IPCA durante os oito anos do governo Luiz Inácio Lula da Silva; 1,1 vez ao longo da gestão da ex-presidente Dilma Rousseff; 2,4 vezes sob Michel Temer e 2 vezes no governo Bolsonaro.

 

Nos cálculos não foram incluídos custos com todas as bandeiras tarifárias nem custos extras sobre a conta gerados pela crise hídrica. Bolsonaro deixará um passivo superior a R$ 140 bilhões a ser repassado para os consumidores em 2023.

 

Para os especialistas, o peso dessa política será maior para as famílias mais pobres. “Para os mais ricos, a conta, mesmo subindo mais do que a inflação, não compromete a renda familiar”, disse Kishinami.

 

Em debate recente promovido pelo iCS, a economista Paula Bezerra, doutora em planejamento energético pela Coppe-UFRJ, afirmou que os 10% dos brasileiros mais ricos consomem 2,5 vezes mais energia que os 10% mais pobres.

 

Entretanto, para os mais abastados, a conta representa 2% do orçamento familiar. Entre os menos favorecidos, pode comprometer até metade da renda.

 

Essa desproporção deve piorar diante da aprovação da lei que abriu o mercado para a geração distribuída, mecanismo que permite instalar placas solares ou unidades geradoras em cada domicílio com a previsão de abatimento na conta caso o gasto seja inferior à produção de cada residência.

 

Como esses equipamentos exigem investimentos, será uma solução para que os consumidores de renda mais alta gerem sua própria energia, escapando dos custos da rede elétrica das distribuidoras. Ou seja: com menos consumidores de maior poder aquisitivo rateando os custos do sistema elétrico nacional, haverá uma sobrecarga ainda maior sobre os mais pobres.

 

A saída para evitar a indigência energética, segundo diversos especialistas do setor, é criar um programa de tarifa progressiva. “Esse é um fator de injustiça que precisa ser corrigido”, disse Kishinami.

 

Esses técnicos defendem tarifas diferenciadas balizadas pelo ganho mensal das famílias. Existem propostas do gênero no Congresso, mas seguem paradas há duas décadas.

 

A tarifa social foi um feito nesse sentido, mas já não se mostra suficiente. “Ela trava o consumo em 30 kWh [quilowatt-hora] por mês”, disse Paula Bezerra.

 

“Essa taxa só comporta luz e um refrigerador eficiente. Como na maioria desses lares a geladeira não funciona direito, [boa parte da baixa renda] não cai nessa faixa”, afirmou.

 

Uma reforma do setor elétrico para corrigir essas distorções é uma necessidade urgente, afirma o ex-diretor do ONS (Operador Nacional do Sistema) Luiz Barata, já que as dificuldades do consumidor de baixa renda são imediatas e não justificam planos que só olhem para o longo prazo.

 

O MME (Ministério de Minas e Energia) afirmou que a discussão sobre um novo modelo de tarifas está no projeto que trata da modernização do sistema elétrico e que os mais pobres não participaram do rateio do aumento de custos de geração.

 

Por meio de sua assessoria, a pasta disse que a, partir deste ano, a tarifa social será concedida automaticamente. “Não será mais necessário solicitar à distribuidora”, disse o ministério.

 

“Atualmente, cerca de 12,3 milhões de famílias no Brasil recebem a tarifa social. Estimativas apontam que existam mais 11,5 milhões de famílias em condições de usufruir dos descontos.”

 

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Inflação fecha 2021 a 10,06%, acima do teto da meta, e no maior nível em 6 anos

 

IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial de inflação do país, encerrou 2021 a 10,06%. O resultado fica acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 5,25%, e é o maior em seis anos.

 

Em dezembro, a taxa foi de 0,73%, uma desaceleração em relação à registrada em novembro (0,95%). Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

Em 2021, o alvo central da meta para a inflação era de 3,75%, com margem de tolerância que ia de 2,25% até um limite máximo de 5,25%.

 

Analistas de mercado esperavam alta de 0,65% em dezembro, e de 9,97% no ano.

 

grupo Transportes teve o maior peso no resultado do ano, de acordo com o instituto, com a maior variação (21,03%) e o maior impacto (4,19 p.p.) no período.

 

Em seguida, vieram Habitação (13,05%), que contribuiu com 2,05 p.p., e Alimentação e bebidas (7,94%), com impacto de 1,68 p.p. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021, diz o IBGE.

 

Dentro de Transportes, o item que mais pesou foi o combustível. “Com os sucessivos reajustes nas bombas, a gasolina acumulou alta de 47,49% em 2021. Já o etanol subiu 62,23%, influenciado também pela produção de açúcar”, explica o gerente do IPCA, Pedro Kislanov, em nota.

 

Ainda no grupo Transportes, o IBGE destaca também o preço dos automóveis novos (16,16%) e usados (15,05%), que tiveram contribuição significativa, sobretudo, pelo desarranjo na cadeia produtiva do setor automotivo.

 

“Houve uma retomada na demanda global que a oferta não conseguiu suprir, ocorrendo, por exemplo, atrasos nas entregas de peças e, as vezes do próprio automóvel”, diz Kislanov.

 

No grupo Habitação, as principais contribuições (0,98 p.p.) vieram da energia elétrica, que subiu 21,21%, e do botijão de gás, com alta de 36,99%.

 

A conta de luz pesou mais no bolso do consumidor no ano, por conta da crise hídrica, que dexou o custo de geração vem mais alto. Vale lembrar que uma nova bandeira tarifária (Escassez Hídrica) chegou a ser criada em 2021, para acomodar a necessidade de reajustes mais altos.

 

Já o grupo Alimentação e bebidas teve variação de 7,94%, menor que a do ano anterior (14,09%), quando contribuiu com o maior impacto entre os grupos pesquisados.

 

Os destaques dessa categoria foram café moído, que subiu 50,24%, e o açúcar refinado, que teve alta de 47,87%, destaca o IBGE.

 

“A alta do café ocorreu principalmente no segundo semestre, pois a produção foi prejudicada pelas geadas no inverno. Já o preço do açúcar foi influenciado por uma oferta menor e pela competição pela matéria-prima para a produção do etanol”, diz Kislanov.

Inflação em dezembro

 

Na comparação mensal, apesar de o IPCA ter mostrado uma desaceleração — indo de 0,95% em novembro a 0,73% –, todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta.

 

O grupo Vestuário teve a maior variação (2,06%), mostrando aceleração em relação ao mês anterior (0,95%).

 

Na sequência, vieram Artigos de Residência (1,37%) e Alimentação e bebidas (0,84%). Esse último contribuiu com o maior impacto no índice do mês (0,17 p.p.).

 

O IBGE destaca também no resultado do mês as variações de Habitação (0,74%) e Transportes (0,58%), inferiores às observadas no mês anterior (1,03% e 3,35%, respectivamente).

 

O grupo Saúde e cuidados pessoais, por sua vez, teve alta de 0,75%, após a queda de 0,57% em novembro. Os demais ficaram entre o 0,05% de Educação e o 0,56% de Despesas pessoais, diz o instituto.

 

CNN

 

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Planejamento e organização são fundamentais para sair das dívidas

 

Conta de luz atrasada, dívidas no cartão de crédito e boletos vencidos são alguns caminhos para o endividamento que se tornou um problema mais grave durante a pandemia de covid-19. Para algumas pessoas a sensação é de bola de neve, mas segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, com organização, planejamento e um pouco de sacrifício é possível sair do vermelho.

 

Segundo o educador financeiro, Jhon Wine, vice-presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), alguns passos são importantes para reequilibrar as contas:

 

1 – Planilha de gastos

 

Para ter o controle das contas ele recomenda começar anotando todos os gastos, do cafezinho à prestação do carro, por um período de 30 dias. Dessa forma, Wine diz que é possível saber exatamente para onde o dinheiro está indo.

 

2 – Tenha sonhos estabelecidos

 

Um dos objetivos para 2022 de quem está no vermelho pode ser sair das dívidas até o fim do ano. Com essa motivação em mente é importante eleger as dívidas prioritárias e criar estratégias, como o pagamento das contas com mais descontos à vista, como IPTU. Além disso, ele sugere ter motivação e criar sonhos a serem alcançados no curto, médio e longo prazo. “Inclua no seu planejamento o prazer, se não vai se cansar e acaba fugindo do plano. Mas tudo tem que caber no seu orçamento”, lembra Jhon Wine.

 

3 – Orçamento organizado

 

Organizar o orçamento é outra recomendação para equilibrar as contas e sair do vermelho. Há hoje diversos aplicativos grátis disponíveis para esse fim. Quem preferir também pode utilizar uma planilha no computador ou uma caderneta de papel. O importante é anotar todo o dinheiro que você recebe no mês e setorizar todos os gastos como alimentação, saúde, lazer, telefone, entre outros.

 

4 – Envolva a família

 

Envolver toda a família na organização do orçamento e no processo de acabar com as dívidas é considerado um ponto fundamental pelo consultor. Cada membro da sua casa pode ajudar com ideias para diminuir as contas ou conseguir mais dinheiro, com um trabalho extra ou venda de itens não essenciais que estão sem uso.

 

5 – Gastos desnecessários

 

O estilo de vida e as necessidades de cada família vão indicar quais gastos podem ser cortados. Enquanto estiver com dívidas será necessário apertar o cinto e cortar alguns gastos por um período. Pequenas mudanças de hábitos como apagar a luz do quarto quando sair, colocar o chuveiro na posição verão no período de calor e juntar as roupas para usar a máquina de lavar na capacidade máxima podem fazer diferença no fim do mês.

 

Outras estratégias

 

Além desses passos, a Serasa Experian acrescenta que buscar uma renda extra pode ser interessante. Segundo a instituição, às vezes, só cortar não basta, ou mesmo com todos os cortes possíveis ainda falta dinheiro para se livrar das dívidas. Se essa for a sua situação, o caminho pode ser a renda extra. Pode ser com um trabalho nas horas que estavam livres, bicos nos finais de semana ou mesmo com vendas.

 

Com o orçamento em ordem e com as economias de corte de gastos ou renda extra, procurar credores também é indispensável. De acordo com a Serasa Experian, com dinheiro na mão é mais fácil negociar e conseguir desconto. Para quem tem mais de uma dívida, o importante é dar prioridade para as que têm os maiores juros para não virar uma bola de neve.

 

Outra recomendação da instituição é pesquisar antes de comprar. Essa é a única garantia de que você vai encontrar o melhor preço e, claro, economizar.  A última dica para sair das dívidas é uma auto avaliação. Parar e pensar no que aconteceu para chegar a situação de endividamento são passos importantes para evitar a inadimplência no futuro e saber sair do problema o quanto antes.

 

*Karine Melo – Repórter da Agência Brasil

 

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Vilões da inflação: açúcar, carne e café

 

Açúcar, maracujá, carne bovina e café em pó foram os vilões da inflação de alimentos em 2021, mostra levantamento do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). Os preços de alimentos só não subiram mais, no agregado, porque houve itens que ficaram mais baratos, com destaque para o arroz e diversas frutas.

 

As contas do Ibre/FGV foram feitas com base nas variações acumuladas em 12 meses até novembro do IPC-DI, componente do Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) que mede os preços ao consumidor.

 

A maior alta ficou com açúcar refinado, 53,05% mais caro. Em seguida vieram maracujá (52,02%), filé-mignon (39,07%), café em pó (38,69%), alimentos preparados e congelados de carne bovina (33,71%), pimentão (31,68%), açúcar cristal (31,25%), frango em pedaço (28,68%), feijão-fradinho (25 97%) e pá (25,57%).

 

Embora o maracujá figure na lista dos principais vilões, o alívio foi garantido pelas frutas. Entre os preços em queda, o maior tombo foi visto nos preços do limão, com recuo de 18,50%. Em seguida, vieram maçã, com queda de 16,30%, e banana-da-terra, com declínio de 11,05%. O arroz ficou 8,27% mais barato. Também registraram queda banana-nanica (-4,17%), feijão-mulatinho (-2 02%), uva (-1,84%), pernil suíno (-1,27%), sucos de fruta (-0 66%) e fígado bovino (-0,37%).

 

Em nota, o Ibre/FGV destacou que “boa parte da inflação que sofremos em 2021 é culpa do cenário climático que castigou a produção agrícola brasileira até meados de outubro”. O impacto foi forte nas carnes, pois a criação de animais é “altamente dependente do milho e da soja para compor sua alimentação”.

 

“Mesmo agora com a melhoria no cenário climático, há alguma demora no repasse da queda pela cadeia, além de outros custos que ainda impactam esse mercado, como o diesel, em virtude do preço dos fretes”, diz a nota.

 

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Petrobras prevê reajuste de 50% no gás natural

 

A Petrobras determinou um reajuste de 50% no valor do gás natural (GN) para as distribuidoras de todo o país cujos contratos vencem em 31 de dezembro deste ano. O ajuste incide no custo de aquisição do combustível, referente à molécula e ao transporte.

 

Com a medida, o preço do gás subiria de cerca de US$ 8 para US$ 12 por milhão de BTU (unidade térmica britânica) a partir de janeiro e se manteria assim durante o primeiro ano de vigência dos contratos. Nos anos seguintes, haveria redução dos valores, dependendo do preço internacional do petróleo e do dólar.

 

Para tentar frear o aumento, distribuidoras e indústrias seguem no aguardo da análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), até dia 20 de dezembro. No entanto, Rafael Chave, gerente executivo de Estratégias da Petrobras, explica que a alta não mira o lucro e é feita para seguir o mercado internacional.

 

“Em 2021, a Petrobras importou quase 120 cargas de gás, contra 20 no ano passado. Além disso, temos outro problema, estamos com as térmicas todas ligadas e não está chovendo. Está faltando gás. E isso é um problema global”, diz.

 

Com informações do Bem Paraná

 

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Inflação da ceia supera 90% em 3 anos

 

Após um Natal atípico em 2020 devido aos altos números de casos de covid-19, dessa vez a inflação altera as celebrações natalinas dos potiguares. O avanço da vacinação já possibilita reencontros, porém a mesa pode estar bastante diferente. Conforme pesquisa realizada pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE em três supermercados da capital potiguar, os itens da ceia natalina estão mais caros. O tradicional chester, por exemplo, chegou a um aumento de até 93% no preço quando comparado aos números de 2018.

 

Maria de Lourdes Silva vem pesquisando com antecedência os itens necessários para a sua ceia. Faltando uma semana para a data festiva, ela já garantiu o chester por R$23,98, preço que considerou razoável diante das altas encontradas. “A minha família é pequena então os gastos com a ceia não são tão grandes. Mesmo assim, as coisas estão bem caras, tenho pesquisando bastante nos supermercados. Vamos conseguir celebrar com um esforço e colocar tudo na mesa, mas se fosse muita gente não daria. A carne é o que pesa mais, só que tudo está mais caro”.

 

O mesmo caso acontece com Clara Danielle, que foi com sua filha ao supermercado buscar itens para completar a ceia. Sua família de quatro integrantes vai ter uma ceia bem regrada nesse ano. “Os preços estão horríveis, tudo, tudo mesmo está caro. Mesmo assim, vou sacrificar um pouco para conseguir fazer nossa ceia. Somos quatro e esse ano realmente quis fazer a ceia completa. O chester, arroz, ficaram muito caros, até que estou encontrando alguns valores bons depois da pesquisa mas a ave está demais em todo canto”, relata.

 

Comparados aos números publicados pelo Procon Natal em 2018, que foi o último ano no qual o órgão apresentou a pesquisa de preços, itens natalinos registram altas consideráveis. Produtos como a ave chester apresentam aumento de 40% a 93% nos mercados pesquisados, com precos de R$23,98 e R$32,99, comparados ao que foi visto em 2018 (R$17,05). Do mesmo modo, a pesquisa do Procon apontava preços de R$19,86, R$72,71 e R$41,87 para lombo de porco congelado, queijo do reino e empumante Chandom Brut, respectivamente. Hoje em dia, esses itens são encontrados com um aumento médio de 94%, 70% e 98%, por R$ 38,99, R$ 128 e R$ 115, respectivamente.

 

Serviços de ceia por encomenda têm dificuldades

 

Através de seu próprio buffet, a chef Larhissa Gurgel produz cardápios especiais para o período natalino há mais de onze anos, antes mesmo de se formar em Gastronomia. Para 2021, Larhissa precisou adaptar o formato de seu cardápio para condizer com a realidade econômica brasileira. “Em relação aos outros anos, eu oferecia a ceia completa. Nesse Natal, desmembrei toda a ceia para poder atender quem não estava com aquela grana toda para comprar tudo de vez e sabe fazer um arroz e uma salada em casa, por exemplo”, explica.

 

Sem essa adaptação, Larhissa comenta que a alta dos preços de itens necessários ia elevar o valor dos seus produtos em até 30 a 40% no antigo formato. “Dessa forma, optei por fazer essa mudança porque a alta dos insumos realmente foi uma coisa absurda. Esse ano, se o cliente quiser comprar só uma porção de filé, ele consegue, se quiser só uma porção de camarão dá certo também. Se quiser montar a ceia completa com arroz, salada, farofa, também continuei com essa possibilidade”.

 

A chef aponta o aumento do filé mignon como mais significativo, mais que dobrando o valor do ano passado onde ainda era encontrado por R$50 por kilo. Em 2021, esse preço saltou para R$110 no minimo, sendo então o maior peso da ceia natalina. “O camarão está estável, os assados aumentaram em torno de 30% mas o filé foi campeão. A procura é muito grande, eu tenho média de 50 encomendas e já encerrei os pedidos. Se eu continuasse recebendo demandas até o Natal, chegaria as 100 encomendas. Tive que diminuir um pouco a margem de lucro para não assustar meus clientes, mas com as pessoas conseguindo fazer algo em casa e comprando comigo só os itens que realmente não sabem fazer, pude atender bastante gente”, finaliza.

 

No mercado vegano, a inflação também é sentida de diversas formas e vem afetando a empresa Delectus há vários meses. A cozinheira Mariana Araújo explica que por trabalhar com insumos sazonais, como vegetais e grãos, esses preços flutuam naturalmente. “Para nós, não teve uma grande variação em função do que já vinha acontecendo nos últimos meses, as altas dos preços estão constantes então precisamos nos adaptar o tempo inteiro. Em Natal, temos um problema de abastecimento em que alguns insumos simplesmente somem das prateleiras as vezes, por isso quando encontramos estão bem mais caros”.

 

A Delectus está no mercado potiguar desde 2015, produzindo alimentos veganos e sem glúten que atendem aqueles que seguem esse estilo de vida, clientes que possuem alguma restrição alimentar ou aqueles que simplesmente buscam comida saudável. Segundo Mariana, a empresa sempre contou com a procura de pessoas não veganas e realiza serviços de encomenda para o período natalino há cinco anos. Em 2021, a estratégia encontrada para lidar com o contexto econômico foi enxugar o cardápio e ofertar um desconto para quem reservasse pedidos com antecedência.

 

“Acredito que quase todas as pessoas que trabalham com alimentação já vem sentindo essa alta e precisamos fazer alguns ajustes ao longo do ano, não só pelos insumos em si mas em função de tudo o que acarreta a produção e que teve alta que continuam constantes, desde energia elétrica a embalagens. Precisamos não necessariamente adaptar coisas, mas reajustar os valores em relação ao ano passado de uma forma que percentualmente foi bem mais considerável do que outros anos. Optamos também por fazer um cardápio menor e coeso, justamente para concentrar em produtos que as pessoas pediram mais”, explica.

 

Chef potiguar propõe cardápio mais econômico

 

Atuante no setor há 11 anos, o chef seridoense Warison Albino, consultor e professor de Gastronomia na Universidade Potiguar (UnP), propôs dois cardápios mais em conta usando ingredientes que muitos já possuem em casa. “A proposta reinventa uma ceia de Natal com o pouco que temos diante do que estamos vivendo no Brasil. A intenção é não deixar de fazer a nossa ceia, que está enraizada nesse momento festivo. Temos sim motivos para comemorar, estamos vivos e vamos sobreviver essa crise”, comenta.

 

De acordo com Walison, a capacidade de adaptação é característica da Gastronomia, que sempre está reinventando pratos e fazendo substituições de ingredientes. O chef acredita que ao valorizar aquilo que é brasileiro, trabalhando com o que se tem na despensa e geladeira, nossos ingredientes podem estar em evidência e serem protagonistas.

 

“Pensamos em dois cardápios, um é a terrine de lombo de porco e a ideia é que esteja dentro dessa massa o que você tem em casa. Na outra opção, para substituir o tão valorizado chester, vamos fazer o frango como protagonista da nossa ceia e recheá-lo com farofa de ovo e cuzcuz, usando algumas cenouras para compor o prato”, diz.

 

A reportagem é da Tribuna do Norte

 

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Saída para evitar aumento na conta de luz segue sem definição, diz Minas e Energia

 

Uma das saídas estudadas pelo governo para evitar o aumento de 21% na conta de luz em 2022, o socorro às distribuidoras de energia ainda não tem definição no Ministério das Minas e Energia. A demora em estipular os valores e modelo para nova rodada de empréstimos às empresas têm preocupado o setor.

 

Os empréstimos visam cobrir o rombo causado pelo custo do acionamento das usinas térmicas devido à escassez hídrica. O objetivo é evitar o aumento integral de 21% na conta e diluí-lo ao longo dos próximos anos.

 

O ministério afirmou em nota que a ideia é atender a todas as distribuidoras que apresentarem problemas. A pasta diz que ainda avalia as condições dos empréstimos, como prazos e taxas de juros, “tendo em vista a preocupação em relação à tarifa de energia’” e “a capacidade de pagamento do consumidor brasileiro”.

 

Marcus Madureira, presidente da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica, disse à reportagem que o cronograma repassado pela pasta prevê a edição de uma Medida Provisória sobre o tema ainda em novembro e a liberação dos recursos em janeiro.

 

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