Brasil

Como ele foi de uma lojinha aos 19 anos a uma rede de 3 mil vendedores

A maioria dos futuros empreendedores sonha com o overnight sucess: aquela ideia de negócio que, do dia para a noite, torna-se um empreendimento inesquecível. Para Tiago Dalvi, esse sonho já dura 12 anos. E ele acredita estar longe do sucesso.

Para Dalvi, ter uma própria empresa é como pilotar um carrinho de rolimã em alta velocidade. No começo, você precisa se segurar. Depois, a própria rapidez o manterá no rumo que você decidiu. “Mas mais importante do que saber onde essa rua dará é aprender com as raladas no meio do caminho”, relata o empreendedor durante o evento Endeavor Day1 2018, com palestras sobre dias decisivos na vida de empreendedores.

No caso de Dalvi, essa jornada o levou de uma pequena lojinha, fundada aos 19 anos de idade, à Olist. O empreendimento já ajudou mais de 3 mil vendedores a chegar em marketplaces como Amazon, Americanas, Extra, Ponto Frio, Submarino e Walmart.

Primeiros passos

Dalvi é natural de Londrina, interior do Paraná. Sua primeira experiência com o empreendedorismo foi aos seis anos de idade. Ele viu seus pais abandonarem um escritório de arquitetura, que ia “super bem”, para investirem todas as economias em um novo negócio: uma loja de shopping para vender brinquedos importados.

O futuro empreendedor se animou com a ideia. Mas se assustou com as discussões dos pais sobre como andava a loja. “Lembro de um dia em que o governo sobretaxou os brinquedos importados. Do dia para a noite, o modelo de negócios deles caiu por terra.”

Os pais tiveram dificuldades para se reerguer – e Dalvi começou a ajudar na loja. Mais velho, no curso da Administração de Empresas na Universidade Federal do Paraná (UFPR), entrou para a empresa júnior e foi convidado a ser voluntário na Aliança Empreendedora, uma organização que fomenta novos negócios em comunidades de baixa renda. Seis meses depois, recebeu seu primeiro salário.

Na Aliança Empreendedora, Dalvi percebeu que a maioria das pessoas atendidas eram artesãos. “Eles tinham um ótimo produto, design, preço adequado, mas não tinham a menor ideia de como vender”, conta. “Comecei a apresentar os produtos deles para varejistas de Curitiba e percebi que tinha muito gente querendo comprar. Ninguém fazia a ponte entre esses dois mundos de forma escalável.”

Com base nessa experiência, Dalvi teve sua primeira ideia de negócio, aos 19 anos de idade: uma lojinha de shopping, chamada Solidarium. “Não era nada muito diferente do que meus pais faziam 20 anos atrás. Mas foi muito importante para eu entender as dores de um varejista, o que é operar no Brasil.”

A vida no primeiro empreendimento, criado em 2017, não era nada fácil e Dalvi tentava vender os produtos dos artesãos de todas as formas possíveis. Isso incluiu a tentativa de entrar nas lojas do Walmart para fazer a Solidarium ganhar escala.

Após meses de tentativas de contato, a pequena lojinha fechou um contrato para vender 32 produtos na rede varejista. Uma falha na integração dos sistemas fez Dalvi perder o primeiro mês de vendas – e acordar com, do nada, 1.600 pedidos acumulados. Ele mesmo ia até lojas próximas para entregar os produtos, colocá-los nas prateleiras e tentar vender.

Com o tempo, aprendeu a organizar a produção. “Chegamos a estar em quase 500 lojas de varejistas como Renner, Tok&Stok e o próprio Walmart”.

Dalvi estava nesse negócio há quase quatro anos e queria inovar no atendimento aos artesãos. Por isso, se inscreveu para um programa de cinco semanas no Colorado (Estados Unidos), chamado Unreasonable Institute. Lá, aprendeu como a tecnologia é uma alavanca para o crescimento das empresas e conversou com os fundadores de negócios como eBay e Etsy. Veio a ideia de levar a Solidarium para o online, no modelo de marketplace.

Carrinho de rolimã

“No primeiro dia de operação, tivemos 20 vezes mais demanda do que jamais havíamos conseguido”, conta Dalvi. Era o momento do carrinho de rolimã: bastava encarar a alta velocidade e seguir em frente, batalhando contra a resistência do ar. O site chegou a ter 15 mil lojistas e 80 mil produtos. Mas, sem investimento pesado, a nova Solidarium não sobreviveria.

“Eu não recebia salário há três meses, minha namorada me ajudava a pagar o aluguel. Até que eu recebi uma ligação”, conta. Era da aceleradora 500 Startups, uma das mais conhecidas do Vale do Silício. A 500 estava oferecendo uma vaga em seu programa, junto com investimento. Dalvi pediu para o dinheiro ser depositado em até uma semana – caso contrário, a Solidarium não conseguiria mais operar.

No final de aceleração, o negócio havia captado 1 milhão de dólares em aportes. Um mês depois, Dalvi começou a sentir a pressão da concorrência no mundo dos marketplaces – inclusive de antigos parceiros, como a rede Walmart.

“Por que não juntar os dois mundos – a minha experiência de aquisição do lojista, com a Solidarium, e a experiência de aquisição do cliente das grandes redes?”, indaga. A ideia era criar um site que conectasse os produtos aos grandes sites de revenda de produtos.

Mas como convencer os recém-adquiridos investidores? O empreendedor sentou com cada um deles, apresentou seu contexto e defendeu a mudança do negócio. No final, Dalvi percebeu que eles confiavam muito mais nele e em seu time do que na Solidarium. Ela se tornou, então, a Olist.

“No primeiro mês de Olist no ar, passamos toda a história da Solidarium. Dez anos depois, acertamos a mão”. A “maior loja de departamento dentro das lojas de departamento” intermedeia hoje a venda de 180 mil produtos, de 3 mil lojistas, todos os dias. O negócio possui 145 funcionários.

“Se há um aprendizado ao longo da minha história, é não se apegar ao modelo de negócio. Não o escreva na pedra, porque ele vai mudar. Se não é pelo seu investidor, pelo seu cliente ou pelo seu time, é pelo seu aprendizado e experiência”. O carrinho de rolimã está turbinado.

Via MSN

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Bancos fecham no feriado e funcionam normalmente na sexta-feira

As agências bancárias funcionam normalmente na próxima sexta-feira (1º), após o feriado nacional de Corpus Christi amanhã (31). No dia do feriado, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) lembra que não haverá atendimento nas agências bancárias. A população poderá utilizar os canais alternativos de atendimento, como mobile (celular) e internet banking, caixas eletrônicos, banco por telefone e correspondentes.

Segundo a Febraban, os carnês e as contas de consumo (como água, energia, telefone) vencidos no feriado poderão ser pagos sem acréscimo no dia seguinte. Normalmente, os tributos já estão com as datas ajustadas ao calendário de feriados, sejam federais, estaduais ou municipais.

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Presidente do STF, Cármen Lúcia diz que enfrentou grupos de pressão sem ceder

A crise política frustrou a pretensão da ministra Cármen Lúcia de marcar sua gestão na presidência do Supremo, que termina em setembro, como o exercício da pacificação social. Coube a ela apaziguar ministros nos embates sobre a Lava Jato, belicosidade que minimiza.

Sua gestão deverá ser lembrada pelo combate à violência contra a mulher, em especial as presas grávidas e lactantes. Investiu em pesquisas e enfrentou a resistência dos tribunais para dar visibilidade ao que chama de “verdade remuneratória” dos magistrados: subsídios, gratificações e penduricalhos.

O Judiciário precisa de mudanças estruturais. Há estados em que mais da metade das comarcas não têm juízes”, diz.

Folha – A sra. disse que gostaria de marcar sua gestão como o exercício da pacificação social. Tem sido bem-sucedida?

Cármen Lúcia – A tentativa de pacificar foi permanente. Não consegui a pacificação social, pelo menos do que era minha atribuição. Porém, dei o exemplo de serenidade nos momentos mais difíceis.

Como enfrenta a animosidade entre ministros?

Com muita tranquilidade. Essa eventual tensão se dá nos julgamentos, na tentativa de convencimento do outro. As pessoas acham que aquilo prevalece depois do julgamento. Ao final da sessão, os ministros saem, conversam entre si.

Como lida com o voluntarismo de ministros?

Acho que não é tanto o voluntarismo. Os ministros têm processos que eles acham que são preferenciais. Há, por parte de alguns —e só por parte de alguns— pedidos de inclusão em pauta. Nem sempre você pode colocar de imediato. Não tive a experiência que indicasse alguma coisa muito pessoal.

Lembrando Catilina, senador romano, até quando Gilmar Mendes vai abusar da sua paciência?

O jeito do ministro é esse. Me dou muito bem com ele. Na verdade, não acho que seja por voluntarismo. Ele defende as suas opiniões, aquilo no que acredita, com uma certa contundência que às vezes é mal compreendida. Mas o ministro sempre motiva muito, é preciso reconhecer isso.

Considera aceitável ministros abandonarem o plenário para atender a interesses privados?

A prioridade é sempre o julgamento do STF. Quando acontece de eles saírem, a justificativa geralmente oferecida é que se estendeu em demasia a sessão, e eles tinham assumido um compromisso não prevendo isso.

E sobre a prisão em segunda instância?

O STF vinha aceitando a execução em segunda instância e, em 2009, houve a mudança de orientação. De 2009 a 2016, alguns ministros que formavam a corrente vencedora começaram a dizer que era preciso discutir, porque se estava levando à impunidade. Em 2016, foi reafirmada a possibilidade do início da execução em segunda instância. A maioria aprovou, dando efeito vinculante.

Essa mudança recente permanecerá na próxima gestão?

Eu não sou capaz de prever. Na minha gestão não se pôs nenhuma razão específica. Não tem por que passar na frente de outros casos para rediscutir.

Como vê a crítica de que o STF foi rigoroso com Lula e benevolente com Renan Calheiros e Aécio Neves?

O que se teve com o ex-presidente foi o julgamento de um habeas corpus ao qual se aplicou a tese que vem prevalecendo na jurisprudência. Não se trata aqui de cuidar de uma ou de outra pessoa. E nos outros casos, nós temos inquéritos e ações ainda em andamento. Não se trata de benevolência.

Qual era a urgência da conversa com Temer em sua casa, num sábado? Não teria sido mais prudente encontrá-lo no STF?

Nem era um caso de urgência. Tinha sido decretada a intervenção no Rio, eu tinha estado lá. Foi uma conversa sobre a questão carcerária e a segurança pública. Não escondi, não estava na agenda porque era na minha casa.

Como tem sido o relacionamento entre a toga e a farda? Celso de Mello criticou as “intervenções pretorianas” do general Eduardo Villas Bôas. Combinou com a sra.?

Não. Nós estamos numa época em que as pessoas falam muito. E há uma quase virulência em muitas falas, gerando a necessidade de resposta. As instituições têm que ser preservadas.

Quais foram as principais marcas de sua gestão no CNJ?

A transparência da remuneração de todos os magistrados. O cadastro de presos, para se saber quais são as políticas necessárias a serem adotadas. A questão das mulheres grávidas e lactantes com prisão decretada. O programa Justiça pela Paz em Casa, com a criação de varas de combate à violência doméstica.

O corregedor nacional, ministro João Otávio de Noronha, faz inspeções nos tribunais, mas não leva os relatórios a plenário. Ele assumiu prometendo blindar os juízes.

Ele vai levar agora [a plenário]. Eles queriam fazer as comparações no final. Por exemplo, por que um tribunal tem produção 30% a menos do que outro…

E quanto às eventuais irregularidades nos tribunais?

Acho que ele vai dar transparência. O número de processos nos quais se teve julgamentos de magistrados é muitas vezes maior do que em outras gestões.

Mas presidentes punidos anos atrás, porque não cumpriram determinações do CNJ na época, foram absolvidos na sua gestão.

Ainda tem os casos dos que foram afastados e, depois de um tempo, mandaram voltar…

Com devolução corrigida do que não foi pago enquanto estiveram afastados por malfeitorias. Está errada essa leitura?

Não. Está correta.

Duvidava-se de sua capacidade de enfrentar grupos de pressão.

Eu mantive o enfrentamento na transparência da remuneração dos magistrados. Ex-ministros e conselheiros disseram que eu não conseguiria. Desde outubro, há uma plataforma com a demonstração de quanto se paga. Eu resisto às pressões. Eu não cedo.

Folhapress

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Com preço do litro a R$ 2,98, posto de Ciudad del Este, no Paraguai, tem fila de brasileiros

Com a falta de combustível devido à greve dos caminhoneiros, moradores de Foz do Iguaçu e outros municípios do oeste do Paraná estão cruzando a fronteira neste sábado (26) para abastecer.

O posto mais próximo em Ciudad del Este, no Paraguai, que vende a gasolina a R$ 2,98 o litro, tem fila de motoristas brasileiros – que também causam transtorno no trânsito local.

Outros postos da cidade paraguaia também estão sendo procurado pelos brasileiros. A gasolina também é encontrada, neste sábado, a R$ 3,06 e R$ 3,10 no país vizinho.

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Evaristo Costa diz que prefere lavar louça a voltar para Globo

O queridinho da Rede Globo, onde trabalhou por 19 anos, e “dono” da bancada do Jornal Hoje por muito tempo, Evaristo Costa parece não querer ouvir falar de vínculo com a emissora carioca novamente. Em seu Twitter, o jornalista fez um declaração polêmica, afirmando que preferia lavar louças a voltar a trabalhar no canal de onde saiu em 2017.

Evaristo postou uma foto na pia e escreveu: “Aos filhos e maridos: lavem a louça (não só hoje, ok?)”, disse ele. Um internauta resolveu brincar com o jornalista: “A coisa ficou feia, melhor voltar pra Globo”, disse. “Prefiro lavar louças aqui em casa mil vezes”, respondeu o ex-global.

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Impudico: Suzane Richthofen e Anna Jatobá deixam prisão para o Dia das Mães

Beneficiadas pela saída temporária de Dia das Mães, as detentas Suzane Von Richthofen e Anna Carolina Jatobá deixaram a Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé (SP), na manhã desta quinta-feira (10). O retorno está marcado para a próxima terça-feira (15).

A saída temporária é concedida a detentos em regime semi-aberto e com bom comportamento. No Vale do Paraíba, região do estado de São Paulo onde ambas estão presas, cerca de 3 mil presidiários serão beneficiados.

Suzane foi condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais. Anna Carolina cumpre pena pela morte da enteada, Isabela Nardoni.

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Temer reduz subsídios para mais pobres financiarem imóvel

Os valores efetivamente pagos pelo Minha Casa, Minha Vida (MCMV) foram reduzidos em 83% na gestão Michel Temer. A queda brusca de recursos prejudicou principalmente as famílias com renda até R$ 1.800, que se encaixam na faixa 1 da iniciativa.

Isso porque os recursos do MCMV deveriam ser utilizados principalmente para subsidiar a aquisição de imóveis para essa faixa. Em 2015, as famílias de menor renda receberam boa parte dos R$ 20,7 bilhões destinados ao programa. Mas esse valor caiu no passado para apenas R$ 3,6 bilhões.

Os números referem-se à verba efetivamente repassada pelo governo, somando o valor pago do Orçamento do exercício aos chamados ‘restos’ a pagar de anos anteriores que foram pagos. Até mesmo o valor empenhado, que reflete o comprometimento do Orçamento anual com a área, foi reduzido bruscamente: de R$ 16,8 bilhões para R$ 3,5 bilhões entre 2015 e 2017. Os dados são do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento do Governo Federal (Siop).

A média de gasto da gestão Temer com o programa no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 234,9 milhões, queda de 3% em relação ao ano passado. O valor é irrisório comparado ao gasto médio anual nos primeiros trimestres de 2012 a 2014, durante o governo Dilma Rousseff, quando os valores disponibilizados ficaram próximo de R$ 7 bilhões, de acordo com matéria do jornal Valor Econômico.

A previsão para este ano na Lei Orçamentária Anual é de R$ 4 bilhões, valor quatro vezes menor do que o empenhado em 2015 e que pode ser ainda mais baixo em razão de contingenciamentos.

No primeiro trimestre de 2018, só 17% das 125.475 unidades habitacionais contratadas pelo programa foram adquiridas pelas famílias na faixa 1. Nos governos Lula e Dilma, 60% das moradias apoiadas com subsídios eram destinadas à faixa de renda mais baixa.

O dado mostra que o governo Temer exclui os pobres do Orçamento, sendo que 91% do déficit habitacional no Brasil está concentrado nas famílias que ganham até três salários mínimos.

“O déficit habitacional está subindo gigantescamente, porque há aumento de desemprego, há precarização do mercado de trabalho, redução de políticas sociais, e ainda cortam recursos do Minha Casa, Minha Vida”, criticou o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias, nesta quinta-feira (3).

O último dado disponível para o déficit habitacional, levantado pela Fundação Getúlio Vargas, é de 7,75 milhões de unidades em 2015 – sendo 6,5 milhões referentes a ônus excessivo do aluguel na renda e à coabitação (famílias convivendo sob o mesmo teto).

O peso do aluguel na renda ampliou o déficit, tendo em vista a crise econômica. A situação tende a piorar, pois a gestão Temer reduz os investimentos no MCMV e não consegue garantir a retomada consistente da atividade econômica. No primeiro trimestre de 2018, houve queda da renda média do brasileiro e 13,7 milhões de desempregados no país.

Exemplo para o mundo

O Minha Casa, Minha Vida, criado em 2009 pelo ex-presidente Lula, é considerado pela Organização das Nações Unidas como “um exemplo para o mundo”. Nos governos Lula e Dilma, cerca de 11 milhões de pessoas foram beneficiadas – quase o equivalente à população da cidade de São Paulo.

Até abril de 2016, foram 4,2 milhões de moradias contratadas, das quais 2,76 milhões entregues. Os investimentos no programa somaram R$ 301 bilhões entre subsídios e financiamentos.

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Campanha do Maio Amarelo alerta para 37 mil mortes no trânsito do país

Com o lema “Nós somos o trânsito”, foi lançada nesta quarta-feira (2), em Brasília, a quinta edição do Maio Amarelo, campanha internacional que chama atenção da sociedade para o alto índice de mortos e feridos no trânsito. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), os acidentes rodoviários matam 1,25 milhão de pessoas por ano, em todo o mundo, e são a principal causa de morte de pessoas com idade entre 15 e 29 anos. Do total de mortes, 90% ocorrem nas estradas de países de baixa e média renda, que detêm apenas a metade da frota de veículos do mundo.

No Brasil, de acordo com o DataSUS, mais de 37,3 mil pessoas morrem todos os anos no trânsito das cidades e rodovias do país. “É como se um avião de médio porte caísse todos os dias com 93 passageiros a bordo. É o que representa o número de vidas que perdemos no trânsito em nosso país [todos os dias]”, afirmou o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, que participou do lançamento da campanha na capital federal. De acordo com Baldy, o objetivo do Maio Amarelo é articular os órgãos de trânsito nos estados, como os Detrans, com a ação do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). Além das campanhas educativas, serão intensificadas, ao longo do mês, campanhas de fiscalização, como as blitz de trânsito.

Em 2011, o Brasil aderiu ao programa das Nações Unidas chamado Década de Ação pela Segurança no Trânsito, uma pacto global que prevê a redução em 50% do número de vítimas no trânsito até 2020. De lá pra cá, o Brasil conseguiu diminuir em 25% o número de mortes em acidentes automobilísticos. “O Maio Amarelo consegue trazer para sociedade essa atenção para o tema, mas de nada adianta o esforço de cada órgão, se o motorista, ao conduzir nas cidades ou estradas, não tiver responsabilidade e a devida consciência de que tem em seu poder uma arma de grande potencial para matar ou lesionar as pessoas”, afirmou o diretor-geral da PRF, Renato Dias.

Principais causas

Segundo a PRF, o excesso de velocidade, as ultrapassagens indevidas, a combinação de álcool e direção, a falta de cinto de segurança e o uso de celular ao volante são as cinco principais causas de acidentes de trânsito no país. “A grande preocupação no momento é o uso do celular pelo motorista. Agora, com o Whatsapp, potencializou mais o risco de tirar a atenção do condutor”, acrescentou Renato Dias, da PRF.

Perguntado sobre a aplicação de tecnologias para bloqueio de celular por motoristas em trânsito, o ministro Alexandre Baldy diz que o governo estuda o tema, mas que a medida é complexa. “Nós temos que, primeiro, educar e tornar cada vez mais conhecida dos usuários do trânsito, daqueles que dirigem no dia a dia, a realidade de mortes em nosso país, que mata quase 100 pessoas por dia em acidentes. Em vez de banir a utilização de telefone no trânsito, que a gente possa ter a conscientização do motorista para não usar o aparelho enquanto dirige”, argumentou.

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CNBB lança mensagem aos trabalhadores e trabalhadoras pelo 1º de maio

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nesta segunda-feira, 30 de abril, a “Mensagem aos Trabalhadores e Trabalhadoras” por ocasião da celebração do Dia do Trabalhador neste 1º de maio. No documento, a entidade saúda os(as) trabalhadores do Brasil e, baseada na Doutrina Social e no Magistério da Igreja, lembra que o “trabalho constitui uma dimensão fundamental da existência do ser humano sobre a terra’.

A mensagem, conclama os católicos e todas as pessoas de boa vontade a vencerem a tentação da indiferença e da omissão e a colocar-se decididamente ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras, assumindo a defesa de seus direitos e de suas justas reivindicações. Leia a íntegra do documento abaixo:

MENSAGEM DA CNBB AOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS
1º DE MAIO DE 2018

“O clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor todo-poderoso” (Tg 5,4)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil -CNBB, fiel à sua missão profética, iluminada pela Palavra de Deus e pela Doutrina Social da Igreja, saúda os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil que celebram o seu dia neste 1º de Maio. “Convencida de que o trabalho constitui uma dimensão fundamental da existência do ser humano sobre a terra” (Laborem Exercens, 4), a Igreja coloca-se ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras em sua luta por justiça e dignidade, sobretudo, neste momento de prolongada crise vivida pelo Brasil.

O trabalho não é mercadoria, mas um modo de expressão direta da pessoa humana (cf. Mater et Magistra, 18) que, por meio dele, “deve procurar o pão quotidiano e contribuir para o progresso contínuo das ciências e da técnica, e sobretudo para a incessante elevação cultural e moral da sociedade, na qual vive em comunidade com os próprios irmãos” (Laborem Exercens, Intr.).

Além disso, recorda-nos o Papa Francisco, o trabalho humano é participação na criação que continua todos os dias, inclusive, graças às mãos, à mente e ao coração dos trabalhadores: “Na terra, há poucas alegrias maiores do que as que sentimos ao trabalhar, assim como há poucas dores maiores do que as do trabalho, quando ele explora, esmaga, humilha e mata” (Gênova, 2017). Com tão grande dignidade, o trabalho humano não pode ser governado por uma economia voltada exclusivamente para o lucro, sacrificando a vida e os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

Ao Estado compete cuidar para que as relações de trabalho se deem na justiça e na equidade (cf. Mater et Magistra, 21). A solução para a crise, que abate o País, não pode provocar a perda de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Nos projetos políticos e reformas, o bem comum, especialmente dos mais pobres, e a soberania nacional devem estar acima dos interesses particulares, políticos ou econômicos.

Conforme temos insistido em nossos pronunciamentos, solidários com os movimentos sociais, especialmente com as organizações de trabalhadores e trabalhadoras que sofrem com as injustiças, com o desemprego e com as precárias condições de trabalho, reafirmamos seu papel indispensável para o avanço da democracia, apoiamos suas justas reivindicações e os incentivamos a contribuir, em clima de diálogo amplo e manifestações pacíficas, para a edificação da justiça, da fraternidade e da paz no mundo do trabalho, sendo “sal da terra e luz do mundo”, segundo a Palavra de Jesus.

Neste 1º de maio, mais uma vez, conclamamos os católicos e todas as pessoas de boa vontade a vencerem a tentação da indiferença e da omissão, colocando-se decididamente ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras, assumindo a defesa de seus direitos e de suas justas reivindicações.

O Senhor nosso Deus, que “ama a justiça e o direito” (Sl 32,5), nos conceda a graça de construirmos juntos um país verdadeiramente justo e democrático.

São José Operário, cuja memória hoje celebramos, nos acompanhe com seu exemplo e intercessão.

Brasília-DF, 30 de abril de 2018

Cardeal Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB

Dom Murilo S. Ramos Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB

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URGENTE – Prédio desaba durante incêndio no centro de São Paulo

https://www.youtube.com/watch?v=ANig3HZNVjE

Um prédio de 22 andares desabou durante um incêndio de grandes proporções no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo, na madrugada desta terça-feira, 1º. Um edifício vizinho também pegou fogo, mas não corre risco de colapso. Uma pessoa morreu e pelo menos outras duas estão desaparecidas. Bombeiros buscam por vítimas nos escombros no início desta manhã.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima que morreu estava sendo resgatada por corda pelos militares quando a estrutura do prédio desabou. Os militares abriram um acesso pelo edifício vizinho e a vítima já estava pronta para sair quando toda a estrutura colapsou. A corda que prendia a vítima se rompeu e ela caiu. Um bombeiro também ficou ferido durante o desabamento.

O prédio que desabou era uma antiga instalação da Polícia Federal. Segundo comerciantes do entorno, o local era ocupado ilegalmente. Antes de ruir, algumas pessoas pediam socorro no último andar. As chamas começaram no quinto andar, se alastrando rapidamente para os níveis superiores. Ao todo, 160 militares e 57 viaturas atuam no combate ao incêndio e no resgate das vítimas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o prédio já havia passado por vistoria, na qual foram relatadas as péssimas condições do local às autoridades do município. De acordo com a corporação, os compartimentos entre os andares eram divididos por madeira, o que ajudou a propagar as chamas.

Ainda não há confirmação de outros mortos ou feridos. A Defesa Civil Estadual está no local e realiza cadastramento de todas as famílias que poderiam estar no prédio no momento do incêndio.

A Polícia Militar e a Companhia de Engenharia de Tráfego foram acionadas e auxiliam os trabalhos na região. Ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) estão de prontidão para atender as vítimas.

Comerciantes da região relatam correria nas ruas, com clientes deixando hoteis vizinhos às pressas. As testemunhas dizem que quebraram vidraças, se espalhando rapidamente pelos andares e atingindo os prédios vizinhos.

“Eu estava em horário de serviço e escutei várias pessoas gritando, barulho de vidros caindo. Quando fui ver o que era, as ruas, que estavam desertas, ficaram cheias de pessoas desesperadas”, disse o recepcionista Flábio Gabia, que trabalha em um hotel no Largo do Paissandu. Segundo ele, vários clientes deixaram o estabelecimento quando viram o incêndio. Um hotel ao lado dos edifícios em chamas também foi esvaziado e interditado.

Devido ao combate às chamas, a CET interditou o trecho entre a avenida Rio Branco e a rua Antônio de Godói e recomenda aos motoristas que evitem passar pela região do Largo do Paisandu. Três quarteirões estão fechados.

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Sinal analógico será desligado em maio em cidades do Norte e Nordeste

O sinal analógico de TV vai ser desligado em três capitais do Nordeste e duas da Região Norte no final de maio. A previsão é que o desligamento ocorra no dia 30. Terão o sinal desligado no Nordeste Natal (RN), Maceió (AL) e Teresina (PI). Já no Norte, o desligamento ocorrerá em Belém (PA) e Manaus (AM).

Até o momento, o sinal analógico já foi desligado em 13 capitais. A previsão era de que Aracaju e João Pessoa também tivessem o sinal desligado nessa data, mas a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não divulgou se ele ocorrerá ou se haverá mudança no cronograma.

No Rio Grande do Norte, além de Natal, terão o sinal analógico desligado os municípios de Arês, Brejinho, Ceará-Mirim, Extremoz, Ielmo Marinho, Lagoa de Pedras, Lagoa Salgada, Macaíba, Maxaranguape, Monte Alegre, Natal, Nísia Floresta, Parnamirim, Poço Branco, Riachuelo, Rio do Fogo, Santa Maria, São Gonçalo do Amarante, São José de Mipibu, São Pedro, Senador Georgino Avelino, Serra de São Bento, Taipu, Tibau do Sul, Vera Cruz, Vila Flor.

Em Alagoas, também terão o sinal desligado os municípios de Atalaia, Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Maceió, Marechal Deodoro, Messias, Paripueira, Pilar, Rio Largo, Santa Luzia do Norte, São Miguel dos Campos, Satuba.

Já no Piauí, o desligamento também ocorrerá em Demerval Lobão, Lagoa do Piauí, Nazária, Teresina. A cidade de Timon, no Maranhão, vizinha da capital do Piauí, também terá o sinal analógico desligado.

Na Região Norte, no estado do Pará, também ocorrerá o desligamento em Ananindeua, Barcarena, Benevides, Bujaru, Cachoeira do Arari, Colares, Marituba, Ponta de Pedras, Santa Bárbara do Pará, Santa Isabel do Pará, Santo Antônio do Tauá. No Amazonas, o desligamento atingirá também as cidades de Careiro da Várzea e Iranduba.

Kits

A agência reguladora está entregando kits, compostos por conversores e antenas, para as famílias atendidas por programas sociais do governo federal (como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Tarifa Social de Energia Elétrica) que não possuem aparelhos de TV que captam o sinal digital. Até o momento, já foram distribuídos em todo o país 9 milhões de kits.

O próximo desligamento está previsto para acontecer em agosto. De acordo com a Anatel, com o desligamento do sinal analógico, haverá a liberação da faixa de 700 MHz, atualmente ocupada por canais de TV aberta. Essa radiofrequência será utilizada para ampliar a disponibilidade do serviço de telefonia móvel e Internet 4G no Brasil.

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Um terço das casas brasileiras não conta com rede de esgoto

Um terço das casas brasileiras não contava com acesso direto à rede de esgoto em 2017. Isso é o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dos 69,8 milhões de domicílios existentes no país, 66% fazem o escoamento do esgoto pela rede geral. Outros 30,3% utilizam fossas não ligadas à rede e 2,9% fazem o escoamento por outros meios.

Das regiões brasileiras, a Norte é a com menor presença de casas com rede de esgoto, apenas 20,3%. Lá, 69,2% fazem o escoamento por fossas não ligadas à rede geral e 8,8% por outros meios. O Sudeste era a região com mais casas ligadas à rede de esgoto (88,9%) e com menor porcentual de escoamento por fossas não ligadas à rede (8,9%).

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Um milhão de indígenas brasileiros buscam alternativas para sobreviver

Há, no Brasil, cerca de 1 milhão de indígenas de mais de 250 etnias distintas vivendo em 13,8% do território nacional. Em meio às ameaças de violência, riscos de perda de direitos em decorrência da pressão dos latifundiários, mineradoras e usinas, alguns povos indígenas lutam por mais autonomia, tentando conquistar, com a comercialização de seus produtos e com o turismo, alternativas para diminuir a dependência dos recursos cada vez mais escassos da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Segundo especialistas consultados pela Agência Brasil, estes são alguns dos principais desafios a serem lembrados neste 19 de abril – o Dia do Índio.

Para serem bem-sucedidos, nessa empreitada visando a venda de suas produções e a exploração dos recursos naturais das terras indígenas (TIs), os povos indígenas têm como desafio buscar maior representatividade no Congresso Nacional, uma vez que cabe ao Legislativo Federal criar políticas específicas que deem segurança jurídica para que eles consigam o desenvolvimento financeiro do qual sempre foram excluídos.

Para serem bem-sucedidos, nessa empreitada visando a venda de suas produções e a exploração dos recursos naturais das terras indígenas (TIs), os povos indígenas têm como desafio buscar maior representatividade no Congresso Nacional, uma vez que cabe ao Legislativo Federal criar políticas específicas que deem segurança jurídica para que eles consigam o desenvolvimento financeiro do qual sempre foram excluídos.

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Mais de 40% dos brasileiros até 14 anos vivem em situação de pobreza

Mais de 40% de crianças e adolescentes de até 14 anos vivem em situação domiciliar de pobreza no Brasil, o que representa 17,3 milhões de jovens. Em relação àqueles em extrema pobreza, o número chega a 5,8 milhões de jovens, ou seja, 13,5%. O que caracteriza a população como pobres e extremamente pobres é rendimento mensal domiciliar per capita de até meio e até um quarto de salário mínimo, respectivamente.

Os dados são da publicação “Cenário da Infância e da Adolescência no Brasil”, que será divulgado amanhã (24) pela Fundação Abrinq. O estudo relaciona indicadores sociais aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), compromisso global para a promoção de metas de desenvolvimento até 2030, do qual o Brasil é signatário junto a outros 192 países.

“Algumas metas [dos ODS] certamente o Brasil não vai conseguir cumprir, a menos que invista mais em políticas públicas voltadas para populações mais vulneráveis. Sem investimento, fica muito difícil cumprir esse acordo”, avaliou Heloisa Oliveira, administradora executiva da Fundação Abrinq. “Se não houver um investimento maciço em políticas sociais básicas voltadas à infância, ficamos muito distantes de cumprir o acordo”.

Um dos exemplos de metas difíceis de serem cumpridas está relacionada à educação, mais especificamente ao acesso à creche. “Você tem uma meta, que entra no Plano Nacional de Educação [PNE], de oferecer vagas para 50% da população de 0 a 3 anos [até 2024]. Se você não aumentar o investimento e a oferta de vagas em creches – hoje estamos com 27% de cobertura –, não chegaremos em 50% para atender o PNE. Essa é também uma meta dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável [da ONU]”, explica Heloisa.

Outra meta distante do cumprimento é sobre a erradicação do trabalho infantil. “O acordo [com a ONU] prevê que, até 2025, os países erradiquem todo tipo de trabalho escravo e trabalho infantil. Nós [Brasil] ainda temos 2,5 milhões crianças em situação de trabalho. Se não houver investimento na erradicação do trabalho infantil, essa meta certamente não vai ser alcançada”, avaliou.

Jovens vulneráveis

Segundo Heloisa, o relatório ressalta o quanto os jovens são vulneráveis à pobreza. Ela compara que, enquanto as crianças e adolescentes representam cerca de 33% da população brasileira, entre os mais pobre esse patamar é maior. “Se você fizer um recorte pela pobreza cruzado com a idade, você vai perceber que entre a população mais pobre tem um contingente ainda maior de crianças e adolescentes [40,2%]. Esse é um ponto importante que ressalta o quanto as crianças são vulneráveis à pobreza”, diz.

A representante destaca ainda a importância de analisar os indicadores do ponto de vista regional, uma vez que a média nacional não reflete o que se passa nas regiões mais pobres. Em relação à renda, o Nordeste e o Norte continuam apresentando os piores cenários, com 60% e 54% das crianças, respectivamente, vivendo na condição de pobreza, enquanto a média nacional é de 40,2%.

“Quando olhamos para uma média nacional, tendemos a achar que a realidade está um pouco melhor do que de fato ela está. O Brasil é um país muito grande, muito desigual, então se você olhar os dados regionais, vai ver que as regiões mais pobres concentram os piores indicadores de educação, de acesso à água e saneamento, de acesso a creches, por exemplo”.

Violência

O relatório mostra que 18,4% dos homicídios cometidos no Brasil em 2016 vitimaram menores de 19 anos de idade, um total de 10.676. A maioria desses jovens (80,7%) foi assassinada por armas de fogo. O Nordeste concentra a maior proporção de homicídios de crianças e jovens por armas de fogo (85%) e supera a proporção nacional, com 19,8% de jovens vítimas de homicídios sobre o total de ocorrências na região.

A violência é a consequência da falta do investimento nas outras políticas sociais básicas, segundo Heloisa. “Os outros índices influenciam diretamente a estatística da violência. Se você investir na manutenção das crianças e adolescentes na escola até completar a educação básica – que está prevista na lei brasileira, que seria até 17 anos –, se investir na proteção das famílias, na disponibilização de atividades e espaços esportivos para crianças e adolescentes, você vai ter um número muito menor de jovens envolvidos com a violência”, conclui

Heloisa destaca que há uma relação direta dos altos índices de violência com as estatísticas de pobreza. “A prova de que isso é uma relação direta é que, entre esses 10,6 mil crianças e adolescentes assassinados [em 2016], a maioria deles, mais de 70%, são jovens negros, pobres e que vivem em periferia. Portanto, são adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade social, ou seja, poderia ser evitado com investimento em enfrentamento da pobreza, melhorando a qualidade de moradia, educação e saúde”, acrescenta.

Para reduzir a violência e os homicídios nessa faixa etária, Heloisa alerta que não basta investir em segurança pública. “O melhor indicador da segurança pública é a evasão escolar zero”, diz. Ela cita um estudo, realizado pelo sociólogo Marcos Rolim, do Rio Grande do Sul, com jovens que ficaram na escola e outros que saíram precocemente. “O resultado que ele encontrou é que os jovens que permanecem na escola não se envolvem com violência, portanto, há uma relação direta e o melhor investimento para segurança pública é a escolarização, é a manutenção dessas crianças na escola”.

Os indicadores selecionados para o Cenário da Infância e da Adolescência podem ser encontrados no portal criado pela Fundação Abrinq Observatório da Criança e do Adolescente.

Agência Brasil

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“Lula livre!”, grita Gleici, vencedora do “BBB 18”, ao deixar o confinamento

A estudante de psicologia do Acre Gleicivencedora desta edição do Big Brother Brasil 18, soube da prisão do ex-presidente Lula assim que pisou fora do reality show e não se aguentou. “Lula livre!“, gritou, antes de engrenar uma conversa com o namorado, o curitibano Wagner.

Mas, ao falar com Tiago Leifert, evitou o tom político e usou da autoajuda. “Acredite no sonho de vocês, que tudo é possível”, disse.

Esta edição do BBB foi marcada por manifestações políticas — todas de esquerda, ou ao menos contra o ora presidente Michel Temer. O bordão “Fora Temer” surgiu já no paredão de Helcimara, a Mara, primeira eliminada do programa. Ao sair da casa, Viegas também bradou contra Temer e ainda soltou um “Eita p***” ao saber da prisão de Lula, um dia antes.

Revista Veja

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Terra treme no Brasil; prédios são evacuados em SP e DF

Pelo menos três prédios foram evacuados em Santos, no litoral de São Paulo, após um forte tremor ser sentido por centenas de pessoas no bairro do Gonzaga, um dos principais da cidade. Os bombeiros foram acionados por volta das 11h10 e não há informações de feridos. Também foram registrados tremores simultâneos em São Paulo e em Brasília.

Segundo apurado pelo G1, o prédio da Mediterranean Shipping Company (MSC), foi evacuado após o alarme de segurança disparar por volta das 10h45. Segundo testemunhas ouvidas pelo G1, funcionários da empresa que trabalhavam a partir do terceiro andar relataram os tremores e observaram os objetos se movendo.

Segundo Elber Alves Justo, diretor-presidente da MSC em Santos, a situação ocorreu de forma rápida. “Algumas pessoas sentiram mais que as outras por estarem em andares mais altos. Em menos de 15 minutos fizemos a evacuação. Os bombeiros e a Defesa Civil fizeram uma vistoria e liberaram o nosso retorno. Foi tudo muito rápido.”

Um outro prédio, localizado atrás do edifício da MSC, na Rua Barão de Paranapiacaba, também teve que ser evacuado às pressas, segundo o Corpo de Bombeiros. Após uma análise das equipes, ambos os prédios acabaram sendo liberados, por volta das 11h35, e os moradores e trabalhadores puderam voltar a rotina normal.

De acordo com Daniel Onias, coordenador da Defesa Civil em Santos, não há risco para as pessoas. “A evacuação foi feita de forma correta. Nossos técnicos vistoriaram, junto com os bombeiros, e nada foi localizado que comprometa a estrutura. Foi apenas uma vibração causada como reflexo de um tremor que ocorreu na Bolívia. Esse mesmo tremor foi sentido em outros pontos do País.

Relatos

De acordo com um dos funcionários do prédio, que preferiu não se identificar, os trabalhadores enfrentaram momentos de pânico. “Eu estava sentada e me senti meio tonta. Logo percebi que algo estava errado porque um começou a olhar para o outro. Foi uma sensação estranha que durou uns 10 segundos. Logo depois, o prédio foi evacuado”, relata.

Segundo a gerente de documentação da MSC, Carla Queiroz, o alarme foi fundamental para que todos entendessem o que estava ocorrendo. “Eu senti balançar, mas não achei que fosse tremor. Achei que estava passando mal, pois nunca vivi isso em Santos. O alarme começou a tocar e eu desci com os meus colegas”, explica.

Em nota, a Defesa Civil de Santos informa que foram registradas no município, na manhã desta segunda-feira (02/04), duas chamadas em decorrência do reflexo do tremor sísmico de 6.8 graus na Escala Richter, ocorrido na Bolívia.

Os chamados foram efetuados por trabalhadores de edifícios comerciais nas ruas Amador Bueno e Barão de Paranapiacaba. Nos dois casos, os prédios foram liberados para utilização após análise técnica de funcionários da Prefeitura.

O Corpo de Bombeiros registrou 30 chamados. No prédio da MSC, na Avenida Ana Costa, funcionários também sentiram o tremor e evacuaram a área. Bombeiros e Defesa Civil fizeram vistoria e não foi constatado nenhum abalo ou rachadura na parte estrutural. Trabalhadores também retornaram a suas funções.

Em São Paulo

Vários prédios da Avenida Paulista, em São Paulo, também foram esvaziados após relatos de tremores. Segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), o tremor foi reflexo de um terremoto de magnitude 6,8 ocorrido na Bolívia.

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Apagão afeta 13 estados das regiões Norte e Nordeste

Vários estados das regiões Norte e Nordeste ficaram sem fornecimento de energia elétrica na tarde desta quarta-feira (21). O “apagão” teve início por volta das 16h e atingiu os estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas, Bahia, Amazonas e Tocantins.

A Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) informou que enviou equipes técnicas para apurar as causas e extensão do ocorrido.

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OCDE sugere mais recursos no Bolsa Família para reduzir desigualdade no Brasil

Para estimular um crescimento econômico mais igualitário no Brasil, o país deve aumentar os recursos destinados ao Bolsa Família, já que o programa é o único gasto social verdadeiramente progressivo e que chega ao pobre. A avaliação é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que fez uma série de recomendações ao Governo nesta semana.

Segundo relatório da OCDE, um pacote de reformas que desvinculasse o piso de benefícios previdenciários do salário mínimo e que, ao mesmo tempo, deslocasse as economias que possam ser geradas para o Bolsa Família, poderia ter feito a desigualdade no Brasil diminuir 63% mais rapidamente nos últimos anos.

“É importante olhar medidas que limitem os aumentos reais dos benefícios que não atinjam os pobres. Não diminuir, mas somente limitar aumentos futuros e usar essa economia para transferir mais dinheiro para o Bolsa Família. Aumentar o escopo de pessoas que possam utilizar o benefício “, explica Jens Arnold, economista responsável pelo Brasil na OCDE, ao EL PAÍS.

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Projeto aprovado: Município terá que contratar imediatamente aprovados em concursos

Os candidatos aprovados em concursos públicos dos órgãos públicos municipais de Natal deverão ser convocados imediatamente pelo Executivo, dentro das vagas ofertadas em edital. A exigência ficou garantida com o Projeto de Lei 031/17, de autoria do vereador Ney Lopes Júnior (PSD), aprovado em sessão ordinária desta terça-feira, 27, na Câmara Municipal. Outras cinco matérias receberam parecer favorável.

A proposta do vereador altera a lei 278/2009, de autoria dele próprio, que obriga a contratação de aprovados em concursos públicos, extinguindo certames para cadastros reservas.

“Em alguns concursos houve entendimento de que a lei não se aplica e as contratações continuam demorando, por isso estou acrescentando que a contratação seja imediata para não pairar nenhum tipo de dúvida para a contratação, nem para a necessidade de respeito àqueles que fazem concurso público e passam meses esperando serem nomeados”, justificou o parlamentar reforçando que Natal é pioneira com esta lei, combatendo o que ele chamou de “indústria da taxa de inscrição”.

Na sessão, os vereadores aprovaram também o Projeto de Lei 064/17, de autoria do vereador Paulinho Freire (SD), que estabelece a Política Municipal de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (ETA). “Estamos vivendo numa era importante para a inclusão social de todas as síndromes. Esta lei pretende conscientizar a população natalense, dirimir os transtornos sociais e implementar o atendimento a estas pessoas, para que sejam incluídos tanto socialmente quanto no mercado de trabalho”, disse Freire.

O presidente da Casa, vereador Raniere Barbosa (PDT) relembrou sua proposta de lei que institui o censo da população com espectro autista. “O projeto do vereador Paulinho vai ao encontro o que esta casa já aprovou. Estamos à espera que o Executivo realize esse censo para que possa planejar e traçar metas e políticas para atender essas famílias”, destacou.

A Câmara aprovou ainda o auxílio financeiro para quadrilhas juninas da cidade, através do Projeto de Lei 176/17, da vereadora Eudiane Macedo (SD); o Projeto de Resolução 025/17, de autoria da vereadora Carla Dickson (PROS), que altera o nome da Escola do Legislativo da Câmara Municipal, que passa a levar o nome da ex-governadora Wilma de Faria, ao invés do nome do ex-governador pernambucano Miguel Arraes como era até então; além da criação da comenda Dorian Gray Caldas, através do Decreto Legislativo 017/17, de autoria do vereador Franklin Capistrano (PSB), para reconhecer o trabalho daqueles que projetam Natal por meio da cultura.

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Municípios recebem mais de R$ 1,8 bilhão na próxima quarta-feira

Os Municípios recebem na próxima quarta-feira, 28 de fevereiro, R$ 1.821.177.357,13 referente ao 3º decêndio deste mês do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O montante a ser creditado nas contas das prefeituras já está descontado a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Em valores brutos, ou seja, incluindo o Fundeb, o valor é de R$ 2.276.471.696,41. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) informa que, de acordo com os dados do Tesouro Nacional, o 3º decêndio de fevereiro de 2018, comparado com mesmo decêndio de 2017, apresentou um aumento de 6,06% em termos nominais, ou seja, comparando os valores sem considerar os efeitos da inflação.

Esse repasse é 9,1% maior do que o previsto pela Secretaria do Tesouro Nacional para o decêndio. O valor deflacionado do repasse do 3º decêndio de fevereiro em relação ao mesmo decêndio de 2017 apontou crescimento de 3,45% levando em conta as consequências da inflação.

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