Dia: 6 de maio de 2025
Sônia Bridi, no Fantástico, mostra que Lula evitou genocídio de Yanomamis por Bolsonaro; vídeo
Fórum – Em janeiro de 2023, quando assumiu seu terceiro mandato, Lula determinou como uma de suas prioridades o fim do genocídio imposto ao povo Yanomami durante o governo Jair Bolsonaro (PL), que promoveu uma liberação geral no garimpo em áreas indígenas que deveriam ser protegidas pelo Estado.
A invasão das terras levou à instalação de garimpos próximos às aldeias, poluiu com mercúrio e metais pesados os rios onde os indígenas matavam a sede e a fome, com a pesca, e espantou os animais, outra fonte de alimento para os povos da região amazônica.
Em janeiro de 2024, considerando o ritmo lento da recuperação, Lula ordenou que a preservação da vida dos Yanomami fosse tratado como “questão de Estado”.
“Vamos tratar a questão indígena e a questão dos Yanomami como uma questão de Estado, ou seja, nós vamos ter que fazer um esforço ainda maior, utilizar todo o poder que a máquina pública pode ter, porque não é possível que a gente possa perder uma guerra para garimpo ilegal, para madeireiro ilegal, para pessoas que estão fazendo coisas contra o que a lei determina”, afirmou em reunião ministerial em janeiro de 2024.
“Essa reunião aqui é para definir, de uma vez por todas, o que o nosso governo vai fazer para evitar que os indígenas brasileiros continuem sendo vítimas de massacres, do vandalismo, da garimpagem e das pessoas que querem invadir as áreas que estão preservadas e que têm dono e não podem ser utilizadas”, pontuou Lula ao anunciar a implementação de ações permanentes e estruturantes na terra indígena, com investimento de R$ 1,2 bilhão.
Neste domingo (4), a repórter Sônia Bridi, do Fantástico, voltou pela terceira vez, desde 2022, ao território Yanomami, cravado na fronteira com a Venezuela, no Estado de Roraima, e constatou que a política do governo Lula evitou o genocídio desses brasileiros.
Após narrar um “cenário de guerra” em 2023, ao se deparar com a implantação das medidas emergenciais, a jornalista se emocionou a pegar no colo a mesma garotinha indígena que levou para atendimento no ano anterior.
“Eih, olha aqui como estou gordinha… Meu Deus do céu”, exclamou Sônia Bridi ao se deparar com a garotinha e a irmã, saudáveis, que por muito pouco não foram vítimas da matança promovido pelo garimpo desenfreado na região.
Desde que assumiu o terceiro mandato, Lula e seu governo reduziram em 96,5% o garimpo no território Yanomami, destruindo cerca de R$ 369 milhões em equipamentos das organizações criminosas.
“A grande dificuldade hoje é que o garimpo mudou a sua metodologia. Antes você tinha o garimpo trabalhando próximo dos rios, nas cavas. Hoje essa atividade se foi para dentro da floresta, para os igarapés no interior da floresta. O que muda a nossa dinâmica de trabalho”, contou o diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino, que comanda as operações com diversos agentes de todas as pastas do governo.
As mortes por malárias caíram 42%. Unidades de saúde improvisadas que há dois anos atendiam mais de 100 indígenas, agora estão reestruturadas e atendem um contingente de cerca de 10%, já que muitos indígenas voltaram a caçar, pescar e plantar seus roçados com o fim do garimpo.
“No primeiro mês que eu entrei em área, a gente tinha uma média de 100 a 130 pacientes ainda internados. Então, foi uma melhora, eu diria que uns 90%. A gente conseguiu reduzir em um ano de trabalho,” afirma o médico Fábio Rivelino, do Mais Médicos, que atua na região.
Principal porta-voz do povo Yanomami, Junior Hekurara, que havia chorado copiosamente na primeira reportagem com situação das crianças, agora celebra.
“Da outra vez, eu chorei muito. Agora vemos crianças saudáveis, brincando e rindo. Fico muito feliz”, afirmou.
Nas redes, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, comemorou. “O que aconteceu entre essas duas imagens das crianças Yanomami? O Fantástico deste domingo mostrou algo poderoso: mudanças importantes na Terra Indígena Yanomami. Resultado de ações do governo do presidente Lula no combate ao garimpo ilegal e na ampliação do atendimento em saúde”.