Dia: 15 de junho de 2021

Fungo preto” no RN: mulher passa por cirurgia e está estável; saiba mais sobre essa infecção

 

A mulher de 42 anos que teve o primeiro caso confirmado de mucormicose, infecção fúngica conhecida como fungo preto, relacionado com a Covid-19 no Rio Grande do Norte, passou por cirurgia para retirada do fungo e tem quadro de saúde estável. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), o procedimento cirúrgico foi realizado na semana passada, no Hospital Universitário Onofre Lopes, em Natal.

 

A relação do fungo preto com a Covid-19 se tornou mais um motivo de preocupação para os órgãos de saúde durante a pandemia do novo coronavírus. Os casos ainda são poucos, mas estão se espalhando pelo Brasil.

 

A Infectologista e diretora corporativa de infectologia do Hapvida, Silvia Fonseca, explica que o fungo preto pode acometer pacientes com Covid-19 ou não, mas pacientes com o coronavírus são mais suscetíveis.

 

“A mucormicose é sempre grave e se acometer qualquer paciente, tendo ou não Covid-19, pode levar ao óbito. Porém, com coronavírus pacientes ficam suscetível à mucormicose”, explica.

 

A infectologia destaca que sendo o fungo preto uma doença rara, esta infecção afeta hoje um número reduzido de pessoas. Já no que diz respeito à Covid-19, a médica reforça a necessidade dos cuidados.

 

“O vírus que causa a Covid-19 está espalhado na comunidade e temos que continuar a usar máscaras, álcool gel, distanciamento social e tomar a vacina quando chegar a nossa vez”, pondera.

 

Sintomas e Tratamento – Silvia Fonseca explica que o fungo preto pode afetar diversas partes do corpo. Porém, os sintomas variam de acordo com o órgão atingido e elenca alguns deles.

 

“Os órgãos mais atingidos são o sistema nervoso central, os seios da face e os pulmões. Também podem atingir a pele, principalmente depois de traumas ou queimaduras, após desastres naturais como tsunamis e tornados. Se o fungo infecta a face causa dor, protusão do globo ocular, perda da visão, obstrução da respiração, febre e necrose. Se atingir os seios da face causa secreção nasal, febre e dor local. Se atingir o cérebro, causa vários sintomas neurológicos, convulsões, dor de cabeça incontrolável, alterações mentais e motoras. Se atingir os pulmões causa febre, tosse, dor no peito, dificuldade para respirar. Se atingir a pele causa úlceras (feridas) e a área afetada se torna negra, com dor local, aumento da temperatura local, vermelhidão e inchaço ao redor da úlcera”, explica.

 

Já o tratamento é feito com drogas antifúngicas que são aplicadas na veia por meses e com a retirada cirúrgica das partes afetadas.

 

Riscos e Cuidados – Silvia Fonseca lembra ainda que o risco para contrair o fungo preto é sempre das pessoas com imunidade muito afetada, como os transplantados, os diabéticos graves, as pessoas em tratamento de câncer. Pessoas que tomam corticoides em altas doses devem sempre seguir orientação médica e evitar automedicação.

 

Mais informações – A infectologista explica que estes fungos causadores da mucormicose vivem no meio ambiente. No solo, em matéria orgânica em decomposição e geralmente só causam doença nas pessoas que estão com sistema imune muito debilitado, por exemplo, por tratamentos contra o câncer, transplantados ou pessoas que têm diabetes muito descontrolada ou usam corticoides em altas doses ou por tempo prolongado.

 

As pessoas entram em contato com os fungos, através de inalação dos esporos (forma de resistência do fungo) ou através de ferimentos da pele. Silvia lembra também que a mucormicose é chamada de “fungo preto” porque invade os vasos sanguíneos, as regiões irrigadas pelos vasos afetados morrem e ficam pretas, daí a origem do nome.

 

Fonte/ Blog do Barreto

 

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Reservas hídricas do RN chegam a junho com metade da capacidade

 

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), monitora 47 reservatórios, com capacidades superiores a 5 milhões de metros cúbicos, responsáveis pelo abastecimento das cidades potiguares. O Relatório do Volume dos Principais Reservatórios Estaduais, divulgado nesta segunda-feira (14), indica que as reservas hídricas superficiais totais do RN somam 2.202.971.185 m³, correspondentes a 50,33% da sua capacidade total, que é de 4.376.444.842 m³. No dia 14 de junho de 2020, as reservas hídricas eram de 2.485.347.559 m³, equivalentes a 56,78% da capacidade total do Estado.

 

A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório do RN, acumula 1.405.314.835 m³, percentualmente, 59,22% da sua capacidade total, que é de 2.373.066.510 m³. No mesmo período do ano passado, o manancial estava com 1.562.430.780 m³, correspondentes a 65,84% do seu volume total.

 

Já a barragem Santa Cruz do Apodi, segundo maior manancial do RN, acumula 255.030.235 m³, equivalentes a 42,53% da sua capacidade total, que é de 599.712.000 m³. Em meados de junho de 2020, o reservatório estava com 214.912.240 m³, correspondentes a 35,84% do seu volume total.

 

A terceira maior barragem do RN, Umari, localizada em Upanema, acumula 212.803.119 m³, percentualmente, 72,68% da sua capacidade total, que é de 292.813.650 m³. No mesmo período do ano passado, o manancial estava com 271.092.875 m³, equivalentes a 92,58% do seu volume total.

 

Os reservatórios monitorados pelo Igarn, que continuam com 100% da sua capacidade, são: Flechas, localizado em José da Penha e o açude público do município de Encanto.

 

Outros açudes monitorados que continuam com volumes superiores a 90% da sua capacidade são: Rodeador, localizado em Umarizal, com 99,9%; Santana, localizado em Rafael Fernandes, que está com 99,33%; Passagem, localizado em Rodolfo Fernandes, com 98,04% e o açude público de Marcelino Vieira, com 97,92% da sua capacidade.

 

O açude Apanha Peixe, localizado em Caraúbas, acumula 8.750.000 m³, correspondentes a 87,5% da sua capacidade total, que é de 10 milhões de metros cúbicos. No mesmo período do ano passado, o reservatório estava com 100% da sua capacidade.

 

O açude Beldroega, localizado em Paraú, acumula 6.722.562 m³, equivalentes a 83,43% da sua capacidade total, que é de 8.057.520 m³. No mesmo período de junho do ano passado, o reservatório estava com 100% da sua capacidade.

 

A barragem de Pau dos Ferros acumula 30.116.105 m³, correspondentes a 54,91% da sua capacidade total, que é de 54.846.000 m³. No mesmo período do ano passado o reservatório estava com 21.100.898 m³, equivalentes a 38,47% do seu volume total.

 

O reservatório Marechal Dutra, conhecido como Gargalheiras, acumula 8.159.595 m³, percentualmente, 18,37% da sua capacidade total, que é de 44.421.480 m³. No mesmo período do ano passado, o manancial estava com 15.318.190 m³, equivalentes a 34,48% do seu volume total.

 

Os reservatórios monitorados pelo Igarn, que estão com volumes inferiores a 10%, sendo por isso, considerados em nível de alerta, são: Zangalheiras, localizado em Jardim do Seridó, com 5,12%; Itans, localizado em Caicó, com 3,56% e Esguicho, localizado em Ouro Branco, com 0,73% da sua capacidade total.

 

Já os mananciais monitorados pelo Igarn, que permanecem secos, são: Inharé, localizado em Santa Cruz e Trairi, localizado em Tangará.

 

Situação das Lagoas 

 

A lagoa de Extremoz, responsável pelo abastecimento de parte da zona norte da capital, acumula 10.946.719 m³, correspondentes a 99,34% da sua capacidade total, que é de  11.019.525 m³.

 

Já a lagoa do Bonfim, responsável pelo abastecimento da adutora Monsenhor Expedito, acumula 42.163.471 m³, percentualmente, 50,03% do seu volume total, que é de 84.268.200 m³.

 

A lagoa do Boqueirão, que atende a usos diversos, acumula 10.181.394 m³, correspondentes a 91,93% da sua capacidade total, que é de 11.074.800 m³.

 

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