Dia: 7 de abril de 2021

RN tem 34% do esperado de chuva para o primeiro trimestre de 2021

 

Pelo terceiro mês consecutivo, as chuvas no Rio Grande do Norte ficaram abaixo do normal em todas as Mesorregiões do estado, chovendo 34% do esperado para o período. É o que aponta a análise pluviométrica feita pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN).

 

“Esse expressivo valor no desvio negativo observado nesses três meses, mostra que mesmo num ano com Fenômeno Lã Niña presente no Oceano Pacífico, as condições no Oceano Atlântico Sul, com águas mais frias do que o normal, impediram a atuação da Zona de Convergência Intertropical de atuar sobre a Região Nordeste do Brasil”, analisou o chefe da unidade instrumental de Meteorologia, Gilmar Bristot.

 

Só no mês de março choveu 33,2% do volume esperado. Era esperado um volume médio de 159,7 milímetros de precipitações no estado, porém foi observado o acumulado médio de 106,6 mm. Bristot explicou que as poucas chuvas ocorridas neste mês decorrem da atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), principal sistema meteorológico indutor de chuvas no interior do Estado no período de fevereiro a maio. “Este ano, diferente dos últimos anos, as condições oceânicas, referentes ao comportamento termodinâmico, principalmente no Oceano Atlântico, não apresentaram condições favoráveis a ocorrência de chuvas sobre a região norte do Nordeste, resultando desta forma numa irregular distribuição temporal e espacial das chuvas, isto é, locais com mais chuvas e outros com menos chuvas tanto em intensidade como em eventos de ocorrência”, disse.

 

A análise destacou ainda que houve variação na distribuição das chuvas pelo estado. Na região do Alto Oeste foram registrados valores médios que superaram os 200mm, enquanto que no restante do Oeste, os índices acumulados variaram entre 50 mm a 150 mm. “Esse comportamento ocorreu em todas as regiões, na Mesorregião Central, as maiores chuvas ocorreram no Seridó Oriental. No Agreste, a região da Borborema apresentou os maiores índices acumulados e no Litoral Leste, as maiores chuvas concentraram-se na Região Metropolitana de Natal”, completou.

 

Previsão para os próximos três meses

 

Para o trimestre que se inicia – abril, maio e junho, as análises apontam irregularidade nas chuvas no interior do RN, variando de normal a abaixo do normal, com maior concentração nas regiões do Alto Oeste, Seridó e Vale do Açu.

 

As médias previstas para o período são: Oeste 250 mm, Central 200 mm, Agreste 200 mm e Leste 500 mm.

 

Média de chuvas registradas em janeiro, fevereiro e março de 2021:

 

Oeste= 152,6 mm

Central=105,9mm

Agreste=94,8 mm

Leste=139,9mm

Estado=123,3 mm

 

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Brasil bate novo recorde e passa de 4 mil mortes em 24h

 

Brasil registrou 4.195 mortes nas últimas 24 horas por covid-19, elevando para 336.947 as vítimas da pandemia no país, informou o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) nesta terça-feira (6).

 

O número é um recorde absoluto desde o início da pandemia, em fevereiro do ano passado, e conta com o represamento de dados que sempre ocorre nos fins de semana, quando as secretarias estaduais trabalham em capacidade reduzida de notificação.

 

O dado também é um dos mais altos registrados no mundo. Conforme a Universidade Johns Hopkins, o recorde para 24 horas pertence aos Estados Unidos: foram 4.476 óbitos no dia 12 de janeiro.

 

A taxa de letalidade do coronavírus Sars-CoV-2 continua a subir e está em 2,6% na média nacional e a de mortalidade está em 160,3 a cada 100 mil habitantes. O Rio de Janeiro é o que possui a maior média na letalidade da doença (com 5,8%), seguido por Pernambuco (3,5%), Amazonas (3,4%) e São Paulo (3,1%).

 

O recorde também ocorre no dia em que o estado de São Paulo, que possui os maiores números absolutos, bateu sua própria marca para um dia, contabilizando 1.389 óbitos. Ao todo, são 78.554 vidas perdidas para a doença.

 

Ainda nos números totais, o Rio de Janeiro aparece na segunda posição (38.040), seguido por Minas Gerais (25.795), Rio Grande do Sul (21.018) e Paraná (17.685).

 

O total de novos casos de Covid-19 no período foi de 86.979, totalizando 13.100.580 os contágios confirmados no país. São Paulo continua na liderança nos dados absolutos, com 2.554.841 contaminações e é seguido por Minas Gerais (1.169.489), Rio Grande do Sul (868.590), Paraná (864.677) e Santa Catarina (821.952).

 

Conforme o portal covid-19 no Brasil (https://coronavirusbra1.github.io/), o Brasil tem 20.685.707 pessoas que receberam ao menos uma dose das duas vacinas aplicadas no país e 5.798.401 que foram totalmente imunizadas com as duas doses – o que representa 2,74% da população.

Consórcio de imprensa

 

O Brasil ultrapassou pela primeira vez nesta terça-feira, 6, a marca de 4 mil mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, com 4.211 registros, recorde na pandemia. Ainda com aumento de infecções após quase um mês de medidas restritivas e vacinação lenta, a crise sanitária deve piorar antes de dar trégua e o País pode chegar a 5 mil vítimas diárias, segundo especialistas. Na contramão, outros países que tiveram número alto de óbitos – como Estados Unidos e Reino Unido – têm apresentado tendência de redução. A falta de coordenação das medidas de isolamento, dizem os cientistas, prejudica a contenção da doença.

 

Apenas em março, a média de mortes diárias pelo coronavírus no Brasil ficou em 2.147, transformando este no pior mês de toda a pandemia no País, segundo dados do consórcio de imprensa, formado por Estadão, Folha, G1, O Globo, Extra e Uol – a média dos últimos sete dias está em 2.775. Em contrapartida, a média dos Estados Unidos, que concentra a maior parte de vítimas da covid-19, ficou em 1.223 no mesmo período. Grande parte dos especialistas defende lockdown para conter o avanço do contágio, mas a restrição mais severa só foi adotada por algumas cidades, como Araraquara, que viu redução significativa de doentes e mortes.

 

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Deputados do RN aprovam projeto que reconhece academias e clubes como atividade essencial

 

Os deputados estaduais do Rio Grande do Norte aprovaram à unanimidade, nesta terça-feira (06), durante sessão ordinária, o Projeto de Lei Nº 248/2020, de autoria do deputado Coronel Azevedo (PSC), que considera a prática de atividades esportivas em academias e clubes essencial à saúde e autoriza a abertura e funcionamento destas em período de calamidade pública em decorrência da pandemia do novo coronavírus em todo o Estado.

 

“A prática regular de atividades físicas em academias é importante não só para a estética, mas também para a saúde, pois acelera o metabolismo, fortalece a estrutura óssea, melhora a flexibilidade, há perda de gordura (massa gorda) e ganho de músculos (massa magra), reduz o risco de diabetes, ajuda a controlar a pressão arterial, melhora a oxigenação, a respiração, há liberação de endorfina (hormônio ligado ao bem-estar, humor e alegria) e redução de estresse. Portanto, extremamente benéfica para esse momento tão complicado que passamos”, justificou.

 

Autor de um projeto com as mesmas características, o deputado George Soares (PL) declinou do projeto de sua autoria para subscrever o projeto do colega deputado. “A prática de exercício é indiscutível para a nossa saúde e aqui me somo ao colega Coronel Azevedo que apresenta esse projeto de suma importância nesse momento tão delicado da saúde física e mental da nossa população”, ressaltou.

 

O mesmo sentimento foi destacado pelos parlamentares Albert Dickson (PROS) e Hermano Morais (PSB). “Esta Casa Legislativa está sempre em consonância com as necessidades da população e, sensível como é, estava atenta a esse apelo da população”, destacou Hermano.

 

De acordo com o Projeto de Lei, as academias deverão vetar a entrada em suas  dependências e participação nas atividades dos menores de 18 anos sem expressa autorização dos pais ou responsáveis, de idosos a partir de 60 anos, de  pessoas com sintomas de  gripe  ou  outra infecção, de  pessoas que convivam com infectados pelo coronavírus e de pessoas consideradas do grupo de risco para o contágio da enfermidade.

 

Além disso, as academias e clubes deverão observar o distanciamento mínimo de 1,5 m entre  as  pessoas para  evitar aglomeração e  contatos próximos, disponibilizar ininterrupta e suficientemente álcool gel 70% em locais fixos de fácil visualização e acesso, e manter o ambiente, aparelhos e utensílios limpos e higienizados.

 

O Projeto de Lei segue agora para sanção da governadora Fátima Bezerra e entra em vigor na data da sua publicação.

 

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MPRN ajuíza ação civil pública para obrigar Governo do Estado a permitir retorno de aulas presenciais

 

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) para que o Governo do Estado seja obrigado a permitir o retorno das aulas presenciais em todas as instituições de ensino públicas e privadas, estaduais e municipais, em quaisquer das etapas da Educação Básica. Esse retorno deve ser de forma híbrida, gradual, segura e facultativa. A ação foi ajuizada nesta segunda-feira (5) com pedido de antecipação de tutela, para o Estado permitir a volta das aulas presenciais, em todas as etapas da educação básica da rede privada e da rede pública de ensino.

 

A ação civil é baseada na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente. Para o MPRN, a educação deve ser tratada como atividade essencial, sendo a primeira a retornar e a última a paralisar. E essa paralisação deve ocorrer apenas em caso de justificada necessidade sanitária.

 

Para abertura e funcionamento das escolas da rede privada, deve haver o cumprimento do que está determinado nos Protocolos Sanitários vigentes, de modo que as medidas de biossegurança sejam rigorosamente cumpridas. Em relação à abertura e funcionamento das escolas das redes públicas estadual e municipais, isso deve ocorrer de acordo com os respectivos Planos de Retomada de Atividades Escolares Presenciais que contemplem os protocolos sanitários e pedagógicos, devidamente elaborados, aprovados e publicados pelos Comitês Setoriais Estadual e Municipais.

 

Na ação, o MPRN pede que, em caso de eventual necessidade de suspensão das atividades escolares presenciais nas redes pública e privada da educação, o Governo do Estado confira tratamento igualitário, abstendo-se de autorizar apenas a retomada das atividades escolares de forma presencial na rede privada de ensino, em descompasso com a rede pública de ensino.

 

No entender do MPRN, o Decreto Estadual 30.458/2021, que passou a vigorar nesta segunda (5), “estabelece marco diverso para retomada da mesma atividade e, portanto, com os mesmos riscos epidemiológicos, elegendo como fator de diferenciação o fato de os estabelecimentos pertencerem à rede pública ou privada, o que gera discriminação odiosa, acentuando as desigualdades em vez de reduzi-las, como quer a Constituição Federal”.

 

Para o MPRN, não se concebe mais retardar a retomada presencial das atividades das redes estadual e municipais de ensino, visto que desde março de 2020 os alunos atendidos por essas redes estão sem atividades escolares presenciais, ou seja, há mais de 1 ano.

 

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