Mês: novembro 2020

Santo Stefano, a idílica vila italiana que paga para quem se mudar para lá

Você já conhece a história: aldeia de conto de fadas no topo de uma colina na Itália com a população envelhecida quer sangue novo.

Normalmente, o primeiro passo é vender as casas abandonadas por 1 euro. Aldeias de todo o país viram estrangeiros abocanhar propriedades por centavos, com a contrapartida de eles deviam reformar a casa dentro de um determinado prazo.

Outros, porém, foram mais ousados. A vila de Candela, na Puglia, por exemplo, ofereceu a futuros residentes 2.000 euros (R$ 13.493) para se mudarem para lá em 2017.

Agora saiu uma proposta ainda melhor. Santo Stefano di Sessanio, uma vila medieval murada em Abruzzo, uma região no lado leste do centro-sul da Itália, está se oferecendo para pagar as pessoas que desejam se mudar e começar um negócio lá. E pode até mesmo apoiá-las dando-lhes um lugar para morar com aluguel nominal.

“Não estamos vendendo nada para ninguém. Isso não é um movimento comercial. Só queremos que a vila continue a viver”, diz o prefeito Fabio Santavicca à CNN.

A pegadinha? É precisa ser residente da Itália (ou ter capacidade legal para se tornar um) e ter 40 anos ou menos.

Uma vila simples nas montanhas Santo Stefano é mais conhecida pelo Sextantio, sua pousada de luxo ou “albergo difuso” (hotel disperso) cujos quartos estão localizados em casas de aldeia individuais.

No entanto, o glamour do hotel está muito longe do resto da vila simples, que se ergue 1.250 metros acima do nível do mar dentro do belo Parque Nacional Gran Sasso e Monti della Laga.

O local tem apenas 115 residentes, cerca de metade deles aposentados. Menos de 20 moradores são menores de 13 anos.

Pelo menos, esses são os números oficiais. Na verdade, o prefeito diz que o número de residentes durante todo o ano está entre apenas 60 e 70.

Portanto, agora as autoridades estão agindo.

A prefeitura pagará aos novos residentes uma taxa mensal por três anos, até um máximo de 8.000 euros (equivalente a R$ 53.974) por ano. Também vai conceder uma contribuição única de até  20.000 euros (R$ 134.935) para quem iniciar algum empreendimento.

Os residentes também receberão uma propriedade para morar por um aluguel “simbólico”.

Quanto é “simbólico”? Nem Santavicca tem certeza ainda. Eles querem analisar todos os candidatos e decidir quantos aceitar antes de acertar os detalhes financeiros.

Forte competição

Cerca de 1.500 pessoas se inscreveram desde que a proposta foi lançada, em 15 de outubro. Mas o conselho quer manter o número em cerca de 10 pessoas, ou cinco casais. “Queremos aumentar gradativamente os números e temos que trabalhar com as moradias que pertencem às autoridades”, diz Santavicca.

Mesmo assim, dá para se mudar para lá e abrir um negócio. O esquema é válido para um número seleto de atividades, identificadas como fundamentais pelo conselho: guias, pessoal do escritório de informações, trabalhadores de limpeza e manutenção, donos de drogarias ou aqueles que podem trabalhar e vender os alimentos da região.

Os candidatos devem ter idade entre 18 e 40 anos e não residir na área de Santo Stefano. Devem ser residentes na Itália, cidadãos da UE ou ter o direito de permanecer na UE por um período indefinido. Se já residem na Itália, devem vir de uma área com mais de 2.000 residentes, já que a cidade não quer lutar contra a perda de população retirando residentes de outras pequenas comunidades.

E os novos moradores devem ficar na cidade por no mínimo cinco anos. Ainda não existe um processo formal para obrigar as pessoas a ficarem até o final do mandato, mas o prefeito diz que, como o dinheiro é público, terá que haver algum tipo de “restrição” para que as pessoas não venham, peguem o dinheiro para um ano e partam.

A nova vida

E que tipo de vida espera aqueles que fazem a mudança?

A cidade grande mais próxima é L’Aquila, a meia hora de distância. Capital de Abruzzo, ela foi devastada por um terremoto em 2009 e ainda está em reconstrução.

Roma fica a cerca de duas horas de distância e a lendária costa do Adriático fica a 90 minutos de carro. O aeroporto mais próximo é Pescara, a 90 minutos.

“É uma vida bem programada, porque não dá para dizer, ‘Ai, esqueci de comprar parmesão, vou dar um pulinho de volta e comprar”, comparou o prefeito.

“Estamos na base das montanhas – a 1.200 metros de altitude – então, no inverno, nem sempre é fácil se locomover com neve e gelo. Porém há uma sensação de tranquilidade, você vive de forma autossuficiente e volta às raízes. Não há nada do caos das grandes cidades, e você pode economizar mais do seu tempo livre”, elogiou o prefeito.

“Vivo muito bem aqui. O ar é bom e, desde o momento em que você acorda, há vistas incríveis que realmente levantam o seu ânimo e lhe dão um motivo para ir trabalhar”.

As remotas cidades rurais da Itália, especialmente nas regiões montanhosas e no sul do país, sofreram um êxodo de residentes desde o fim da Segunda Guerra Mundial, com pessoas se mudando para as cidades em busca de trabalho.

A ideia do “albergo diffuso” foi cunhada na década de 1970 pelo profissional de marketing Giancarlo dall’Ara para tentar rejuvenescer as aldeias e criar empregos para as pessoas voltarem.

A pandemia de Covid-19, que deu nova luz ao trabalho remoto, trouxe um interesse renovado na mudança de italianos para áreas rurais.

Santavicca espera que este projeto, se der certo, possa ser replicado por outras pequenas cidades.

“Essas aldeias vivem enquanto houver pessoas nelas. Para renovar a Santo Stefano e dar-lhe uma vida nova, mais força econômica e social, precisamos de gente mais jovem”, explicou.

“Temos um senso de dever cívico que está nos empurrando nessa direção. Não se trata de vender nada [em contraste com os esquemas de casa de 1 euro]. Só queremos começar coisas que vão permitir que a aldeia continue a viver”.

Pronto para fazer a mudança? Os detalhes completos e o formulário de inscrição estão no site do conselho municipal. O prazo final é 15 de novembro.

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Potiguares podem concorrer a prêmio de economia criativa

A Secretaria do Turismo, a convite da Fundação Cultural Joaquim Nabuco, participou do lançamento do prêmio Delmiro Gouveia, no último dia 28, realizado pela instituição.

O edital abarca as seguintes categorias: patrimônio, cultura, artes visuais, audiovisual, publicações, criações funcionais nas áreas de arquiteturas populares, design, moda, confecção e reciclagem de materiais que enfatizem a consciência e responsabilidade com a ecologia. A premiação de R$ 900 mil será dividida entre os estados da região Nordeste, sendo R$ 100 mil para cada estado.

Podem se candidatar projetos que envolvam tanto elementos da cultura material quanto imaterial, ações em apoio a manifestações culturais, e atividades que deem acesso à cultura popular do Nordeste; mestres e guardiões de saberes e tradições populares, grupos, comunidades sociais e criadores como repentistas, cordelistas, artesãos e demais atores do cenário artístico e cultural.

As inscrições já estão abertas e seguem até às 23h59 do dia 9 de novembro de 2020. O edital e o formulário para inscrição do concurso estão disponíveis no site da Fundação, no endereço www.fundaj.gov.br. O resultado será às 10h do dia 4 de dezembro de 2020, por meio do site e canais da Fundação Joaquim Nabuco e do Ministério da Educação, bem como no Diário Oficial da União. Dúvidas podem ser tiradas pelo e-mail: premiodelmirogouveia@fundaj.gov.br.

Uma plateia restrita a 40 pessoas, participou do lançamento do edital, entre as quais o Ministro da Educação, Milton Ribeiro, o presidente da Fundaj, Antônio Campos, reitores das universidades de Pernambuco e do Instituto Federal, além de deputados estaduais e federais.

O diretor de marketing da Empresa Potiguar de Promoção Turística, Pinto Júnior, representou a Secretaria de Turismo e a Emprotur na solenidade e destacou a importância da premiação para o Rio Grande do Norte. “Essa é uma excelente iniciativa que vem impulsionar a economia neste momento de retomada, especialmente para este setor que foi um dos mais afetados pela pandemia. Nossa missão enquanto poder público é divulgar essa ação para que muitos potiguares participem”, ressaltou.

“É com criatividade e inovação que vamos buscar o desenvolvimento, como fez no passado, o empreendedor Delmiro Gouveia. Este prêmio é apenas o primeiro, anunciaremos outros”, ressaltou o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj, Mário Hélio.

A Fundaj é uma fundação pública vinculada ao Ministério da Educação do Brasil. Sediada no Recife em Pernambuco, fundada em 1949 com o propósito de preservar o legado histórico-cultural de Joaquim Nabuco, com ênfase nas regiões Norte e Nordeste.

A fundação mantém os seguintes espaços culturais em Recife: Museu do Homem do Nordeste, Cineteatro José Carlos Cavalcanti Borges, Galeria Baobá, Galeria Vicente do Rego Monteiro, Galeria Massangana, Galeria Waldemar Valente, Memorial Joaquim Nabuco, Sala Mauro Mota de exposição permanente, Biblioteca Central Blanche Knopf e a Biblioteca Nilo Pereira e o Centro Cultural Engenho Massangana no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife.

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Feriado: PRF inicia a Operação Finados nas rodovias federais

A Polícia Rodoviária Federal iniciou nesta sexta-feira a Operação Finados nas rodovias federais. Celebrado  no dia 2 de novembro, o Dia de Finados este ano será na próxima segunda-feira, o que resulta num final de semana prolongado provocando aumento do fluxo de veículos nas rodovias. Esse aumento do número de veículos nas rodovias pode provocar elevação no número de acidentes nas estradas.

A Polícia Rodoviária Federal vai direcionar seu efetivo no policiamento ostensivo preventivo em locais e horários de maior incidência de acidentes graves e de criminalidade, de acordo com os dados estatísticos dos últimos anos. A  orientação aos motoristas  é que, antes de pegar a estrada, faça a revisão preventiva do veículo, observando condições de pneus, freios e iluminação.

Além disso , é preciso respeitar  à sinalização e o limite de velocidade, uso correto do cinto de segurança, não beber antes de dirigir e não manusear o celular enquanto dirige . Essas condutas imprescindíveis para um trânsito seguro, segundo a Polícia Rodoviária.

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